terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Lady Gaga e o Projeto Trevor



Lady Gaga foi a convidada de honra da festa de gala do Projeto Trevor, ocorrida em 4 de dezembro (2011) por defender os direitos dos homossexuais.


A pop star, uma militante pela igualdade de direitos, recebeu o prêmio Hero Award da organização de prevenção do suicídio, por encorajar os jovens que sofrem bullying por sua orientação sexual através de sua fundação, Born  This Way.


Gaga foi aplaudida em pé quando subiu ao palco para aceitar seu prêmio e declarou:


"Isto significa mais para mim do que qualquer Grammy."


Zachary Quinto, que revelou no início deste ano que é gay, e a atriz homossexual Amber Heard, também foram homenageados na cerimônia por tentar conscientizar as pessoas quanto à igualdade de direitos.


Mary J. Blige, LeAnn Rimes, Miley Cyrus e Amber Riley estavam entre os artistas que prestigiaram o evento, enquanto Amy Adams, Zac Efron e Michelle Pfeiffer foram os mestres de cerimônia da festa.


Fonte: http://ofuxico.terra.com.br/noticias-sobre-famosos/lady-gaga-e-homenageada-por-sua-militancia-pelos-direitos-dos-gays/2011/12/05-124803.html


Sobre o Projeto Trevor


O Projecto Trevor (em inglês The Trevor Project) é uma organização sem fins lucrativos que oferece em todo território norte-americano uma linha telefônica de auxílio 24 horas para prevenção de crises e suicídios de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros (LGBT) e todos que questionem sua sexualidade (homoafetividade). A Trevor Lifeline é número telefônico gratuito, um serviço confidencial, que tem enfrentado a luta de evitar o suicídio entre os jovens LGBT, que tem quatro vezes mais propensão a suicidar-se do que os jovens heterossexuais. Dentre os integrantes deste grupo de risco de morte, 85% destes jovens tem sido vítimas de assédio moral por conta de sua orientação sexual. Para amenizar este quadro crítico o Projeto tem disponibilizado uma série de procedimentos aos educadores e aos pais para que estes jovens encontrem um meio mais amistoso e seguro (Wikipédia, com tradução e adaptação nossas)

Facebook em ação permanente de prevenção do suicídio nos EUA


O Facebook criou um novo serviço nos EUA para ajudar quem esteja com pensamentos suicidas. De acordo com a CNet, esta rede social está trabalhando em conjunto com o Centro de Prevenção ao Suicídio - Lifeline para criar um programa destinado a ajudar quem esteja às voltas com pensamentos suicidas. Com o novo serviço, os utilizadores poderão clicar num link que os levará até uma página onde podem conversar em tempo real com um especialista em prevenção de suicídios.
Há também um link em que os internautas poderão alertar o Facebook se virem algo no perfil de um contacto que os leve a pensar que a pessoa está deprimida. Nesse caso, o Facebook irá enviar uma mensagem para encorajá-la a contactar o serviço de prevenção do suicídio.
Eis, enfim, uma boa notícia, que nasce, no entanto, das evidências do aumento das taxas de suicídio em grande parte do mundo. Que outras instituições públicas e privadas se mobilizem no mesmo sentido!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Campanha Aberta de Combate ao Suicídio e Promoção da Vida em Porto Alegre

Promoção da vida e combate ao suicídio




Sistema de Saúde Mãe de Deus e Prefeitura de Porto Alegre lançam campanha para o enfrentamento do fenômeno 

  

A aliança entre o Sistema de Saúde Mãe de Deus, através do Centro de Promoção da Vida, com a Coordenadoria Municipal de Urgências da Prefeitura de Porto Alegre para a prevenção do suicídio consolidou-se em evento realizado na manhã desta terça-feira (6/12/2011). Na ocasião, as entidades realizaram o lançamento oficial da primeira Campanha Aberta de Combate ao Suicídio e Promoção da Vida. Para o prefeito da cidade de Porto Alegre, José Fortunati, a iniciativa mostra como é possível combater um fenômeno tão complexo, através de uma parceria que consolida a saúde pública enquanto um direito de todos, com a qualidade e a dignidade que todos merecem.

Essa campanha busca orientar as equipes de saúde em como agir diante de situações extremas, bem como em capacitar sobre atitudes a serem tomadas para evitar o suicídio. Assim, os profissionais em capacitação receberão continuamente informações sobre os fatores de risco e demais aspectos relacionados à problemática do suicídio. Visa ainda proporcionar uma reflexão sobre a assistência prestada nos serviços especializados na rede municipal de saúde de Porto Alegre, representando, assim, uma ação de qualificação constante.

O evento ocorreu no auditório do Centro de Saúde Cruzeiro do Sul, contando com as presenças do Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, do Secretário Municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli, bem como dos médicos psiquiatras Dr. Ricardo Nogueira, do Sistema de Saúde Mãe de Deus, do Dr. Sérgio Louzada, Coordenador do Plantão de Emergências em Saúde Mental, e do Dr. Jorge Luiz Silveira Osorio, coordenador do Setor de Urgências da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre.

Conforme explicou o Dr. Sérgio Louzada, a partir do ingresso e colaboração do Sistema de Saúde Mãe de Deus junto ao Plantão de Emergência em Saúde Mental do IAPI, houve uma maior integração entre os serviços de atendimento psiquiátrico em Porto Alegre. Ao explicar os objetivos do projeto de prevenção ao suicídio, Louzada destacou que, além da assistência à população, a atuação prevê a condução de estudos para levantamento de dados estatísticos, assim como a execução de treinamentos constantes para as equipes de saúde na cidade. Melhorando, assim, a saúde da população em um aspecto amplo "por meio da capacitação, sensibilização e treinamento para os atendimentos em situações de urgência e emergência".

Dr. Ricardo Nogueira
O médico psiquiatra Dr. Ricardo Nogueira, do Sistema de Saúde Mãe de Deus, ressaltou que o Estado do Rio Grande do Sul é líder no número proporcional de pessoas que efetivamente levaram a cabo a ação de por fim na própria vida. “Dentre os vinte municípios brasileiros com maior incidência de suicídio, treze encontram-se no Estado do Rio Grande do Sul”, afirmou. "Isso faz com que sejam prioritárias as ações de combate do fenômeno, atuando em distintas frentes e com parceiros diversos", explicou.

Ademais, o médico psiquiatra comentou que os profissionais de saúde, ao se depararem com uma situação de ideação suicida por parte de algum paciente-usuário, devem investigar a questão com cautela e perícia, atentando para múltiplos aspectos envolvidos. Para que esse objetivo seja alcançado com êxito, o especialista explicou que os servidores públicos receberão instruções específicas para o manejo de um instrumento utilizado internacionalmente para rastreio de sinais, sintomas e outros fatores que possivelmente elevam o risco de uma pessoa tentar ou efetivamente cometer suicídio.

Confira trechos de entrevista concedida pelo Dr. Ricardo Nogueira ao portal SIS.Saúde.




Estatísticas – Entre os anos de 1980 e 2008, houve um aumento global nas taxas de suicídio no país, sendo o fenômeno mais comum nas pessoas do sexo masculino. Para cada 100 mil óbitos, no ano de 1980, 1.9 eram relacionados ao suicídio entre o gênero feminino, e 4.5 no gênero masculino. Em 2008, todavia, as taxas aumentaram em ambos os gêneros: 2.0 e 7.7, respectivamente. A faixa etária com maior proporção de suicídios é a economicamente ativa, ou seja, dos 20 aos 39 anos. O Dr. Ricardo Nogueira explicou que os suicídios consumados são três vezes mais freqüentes nos homens, enquanto as tentativas são mais comuns nas mulheres.

Entre 2010 e 2011, houve uma queda na ordem de 11% nos suicídios consumados no Estado do Rio Grande do Sul. “Acreditamos que esses resultados sejam decorrentes da intensa campanha de mobilização e capacitação de profissionais de saúde, bem como através das ações no âmbito da saúde pública, conscientizando a população”, pontuou o Dr. Nogueira.
Perfis – O suicídio é um fenômeno complexo, influenciado por aspectos genéticos, sociais e culturais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o problema figura na décima posição entre as causas de mortalidade mundial, sendo considerado um problema de saúde pública. Contudo, alguns indivíduos apresentam maiores riscos de tentar ou efetivamente por fim à própria vida. Dentre os fatores de risco, destacam-se o uso ou abuso de álcool e drogas, presença de transtornos mentais e histórico familiar de suicídio.

Sobre a Campanha de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio – O objetivo da campanha é de capacitar e sensibilizar os profissionais de saúde para a detecção e prevenção do fenômeno. Assim, o Sistema de Saúde Mãe de Deus, juntamente à Secretaria Municipal de Saúde irão atuar, constantemente, no aprimoramento da qualidade assistencial prestada no Plantão de Emergência em Saúde Mental da Vila Cruzeiro (Rua Prof. Manoel Lobato, 151) e no Plantão de Emergência em Saúde Mental do IAPI (Rua Valentim Vincentini, s /n).
Sobre o Sistema de Saúde Mãe de Deus - O Sistema de Saúde Mãe de Deus apresenta como missão: “garantir soluções completas e integradas em saúde, com desenvolvimento científico, tecnológico e humano”. Aliando tecnologia de ponta a um corpo clínico altamente qualificado, abarca uma ampla rede de hospitais e serviços de saúde. O Centro de Fisioterapia SSMD é um dos mais modernos e completos do Sul do País nas áreas de reabilitação traumato-ortopédica, reumatológica, esportiva, postural e de fisioterapia preventiva.

O investimento contínuo em equipamentos e na estrutura física, atendimento de qualidade e gestão com responsabilidade social demonstram o compromisso com a comunidade. Para mais informações, acesse o site do Sistema de Saúde Mãe de Deus: http://www.maededeus.com.br




 Prefeito José Fortunati Fábio Leite Gastal, Superintendente Médico Assistencial do Hospital Mãe de Deus
 Prefeito José Fortunati e Secretário Carlos Casartelli  Autoridades presentes
 Confira os materiais gráficos para a divulgação da campanha:
Folder Folder

sábado, 3 de dezembro de 2011

Suicídio como "problema de saúde pública" em Portugal


Suicídio: é nossa obrigação evitar todas as mortes

"O problema do suicídio, acima de tudo porque é nossa obrigação evitar todas as mortes evitáveis, irá manter-se com relevância no Plano Nacional de Saúde 2012-2016", disse Paulo Macedo.

O ministro falava em Beja na sessão de abertura do colóquio "O suicídio no Baixo Alentejo, preocupações e soluções", após ter inaugurado o novo Centro de Saúde da vila de Barrancos.

Segundo o ministro, "o suicídio é um problema de saúde pública e uma clara preocupação do Ministério da Saúde" e, por isso, "o Coordenador Nacional para a Saúde Mental tem inscrito, no seu programa de ação, a implementação do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio".

"O suicídio representa uma causa importante de morte prematura em toda a União Europeia", mas as taxas globais de suicídio em Portugal são "inferiores" às dos países do Norte e do Leste do Continente Europeu, frisou.

Segundo o ministro, em 2009 a taxa de mortes por lesões auto provocadas intencionalmente em Portugal foi de 9.5 por 100 mil habitantes, o correspondente a 957 suicídios.

Naquele ano, enquanto a taxa média nacional de suicídios foi de 9.5 por 100 mil habitantes, no Alentejo esteve próxima dos 27 e no Algarve foi de quase 16, disse o ministro.

Em Portugal existe "uma marcada assimetria entre o Norte e o Sul, sendo que nesta região as taxas "são mais elevadas", devido a vários fatores sociais e de saúde mental, como desertificação, personalidade melancólica, envelhecimento e baixa religiosidade.

"Portugal continua a estar entre os países da Europa com maior número de falecimentos sem causa identificada", disse, defendendo que é "fundamental que os médicos ultrapassem a tendência cultural, comum a toda a sociedade, de não evidenciar os casos de suicídio".

"A este dado, é preciso juntar o que muitas vezes parece comezinho, mas tem um impacto real, que é o facto de os seguros de vida não cobrirem suicídios", disse o ministro.

Segundo Paulo Macedo, os grupos de risco de suicídio estão, sobretudo, ligados aos doentes com problemas no âmbito da saúde mental, incluindo os que têm "consumos aditivos" e as "principais causas" são a depressão e o consumo elevado de bebidas alcoólicas.

"O risco encontra-se ainda presente em pessoas desfavorecidas socialmente, nas que tiveram perdas recentes e alguns grupos de emigrantes", disse, referindo que "também existem grupos profissionais com risco aumentado, como o dos próprios médicos".

Na sua intervenção, Paulo Macedo disse que "não serão os constrangimentos orçamentais" que farão o Governo "retroceder" na "determinação de eleger a Saúde Pública como um dos vetores de desenvolvimento e sustentabilidade" do Sistema de Saúde.

"Pelo contrário, é a situação que nos obriga a uma gestão criteriosa dos recursos materiais e humanos e nos faz eleger as questões da Saúde Pública na promoção da saúde e na prevenção da doença como prioridades", frisou.

sábado, 26 de novembro de 2011

Opinião: depressão e suicídio


Nos últimos anos a palavra Depressão tornou-se comum na linguagem do dia-a-dia. Ouvimos falar frequentemente de pessoas que têm ou tiveram "uma Depressão". Sabemos que se relaciona com tristeza. É, no entanto, menos comum encararmos a Depressão como uma doença que mata. E a verdade é que, em determinados casos, mata mesmo.
Os principais sinais e sintomas da Depressão são o humor triste e a perda acentuada de interesse e prazer pelas actividades do dia-a-dia. A estes se juntam as alterações do sono e apetite, a fadiga, os problemas de concentração, de memória, dificuldade em tomar decisões e a agitação ou lentificação psicomotora. Para além disso, podem suceder sentimentos de desesperança, de desvalorização pessoal e de culpa excessiva. Em casos mais graves surgem pensamentos sobre morte, ideias suicidas e plano suicida ou mesmo tentativa de suicídio.
Existe portanto uma associação forte entre Depressão e Suicídio. Estima-se que 70 a 80% dos suicídios estão relacionados com a presença da Depressão. A partir destes dados, emerge um raciocínio elementar: se queremos prevenir o suicídio, é indispensável tratar eficazmente a Depressão.
A presença de um transtorno mental revela-se, de facto, como o mais importante factor de risco no suicídio. Mas não é o único. As causas que explicam o fenómeno são complexas e há um relativo consenso na sociedade científica de que o fenómeno resulta da interacção entre condições biológicas, psicológicas e sociais.
O perfil típico do suicida é o de um homem, com mais de 45 anos, divorciado ou viúvo, desempregado, com relacionamentos interpessoais conflituosos, com doença física e/ou com doença mental (ex: depressão, abuso de álcool), que seja essencialmente uma pessoa isolada e que a família não se preocupe com ele. No entanto, nos últimos anos, os suicídios têm aumentado de forma preocupante entre os adolescentes.
Centrando agora o problema na nossa região, os Açores têm, parece-me, um assinalável historial de melancolia, talvez provocado pelo isolamento das ilhas e pela sensação de esmagamento que esse isolamento sempre provocou. O que sucedeu a Antero de Quental em 1891 é revelador dessa disposição típica do povo açoriano.
No caso da Graciosa, como sabem, ocorreram na ilha ao longo dos últimos anos, até ao presente, um número francamente alarmante de suicídios para a dimensão da nossa população. Tendo em conta a taxa de suicídio em Portugal, que é de cerca de 10 casos por cada 100mil habitantes, haver, como houve, vários suicídios no mesmo ano na Graciosa é muito anormal.
Para combater este problema de saúde pública torna-se indispensável acabar com o estigma que recai sobre aqueles que sofrem de perturbações mentais. No dia em que as mentalidades mudarem e as doenças mentais forem encaradas e respeitadas tal como o são as doenças físicas, acredito que muita coisa vai mudar e que a recuperação dos doentes será facilitada. Por outro lado, as pessoas que estão em dificuldades devem saber que não estão sozinhas e que existe ajuda especializada para o seu sofrimento.
O desafio central será aumentar o conhecimento do fenómeno por parte de profissionais de saúde, da comunidade escolar, dos serviços sociais e dos cidadãos em geral, para que todos em conjunto possam ter um papel na prevenção do suicídio. Só assim será possível identificar quem está em risco e encaminhar as pessoas para os serviços de saúde de modo a receberem tratamento eficaz.
por: Marco MartinsFonte:  http://ww1.rtp.pt/icmblogs/rtp/graciosa/?k=Depressao-e-Suicidio.rtp&post=36824

sábado, 19 de novembro de 2011

Curso de Prevenção de Suicídios na UFVJM


O Grupo de Suicidologia e o Programa Conviver da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Proace) da UFVJM realizam novo curso de Prevenção de Suicídios, nos dias 22 e 29 de novembro, das 18h30 às 22h30, na sala 6 do Prédio I, no Campus I, em Diamantina-MG.

Veja o cartaz, abaixo:



    sexta-feira, 18 de novembro de 2011

    Ferimentos que sinalizam risco de suicídio entre adolescentes

    Jovens que têm o hábito de se cortar ou queimar correm mais risco de suicídio

    Londres - Um em cada 12 adolescentes, na grande maioria meninas, tem o hábito de se machucar com cortes, queimaduras ou assumindo riscos que podem até ameaçar a vida. Cerca de 10% deles continua se machucando deliberadamente até a idade adulta, revela um novo estudo publicado no Lancet.

    As lesões autoprovocadas são um dos principais sinais de alerta do risco de suicídio. Os autores do estudo esperam que os resultados ajudem a gerar mais intervenções precoces para evitar

    Para os autores, o achado revela uma "janela de vulnerabilidade" quando os jovens atravessam a adolescência e costumam ter problemas para controlar as emoções.

    "Essas lesões representam uma forma de lidar com essas emoções", dizem os autores. Eles também sinalizam que essas pessoas costumam ter problemas de saúde mental que não se resolvem sem tratamento.

    "Devido à associação entre lesões provocadas em si mesmo e suicídio, o tratamento de transtornos mentais durante a adolescência poderia constituir um componente importante da prevenção do suicídio em adultos"

    O hábito de machucar-se de propósito é um problema de saúde global, especialmente comum entre meninas e mulheres de 15 a 24 anos. Os especialistas temem que as taxas estejam aumentando.

    Segundo a Organização Mundial da Saúde, quase um milhão de pessoas morrem por suicídio a cada ano, o que leva a uma taxa de mortalidade de 16 em cada 100.000 personas, ou uma morte a cada 40 segundos.
    Nos últimos 45 anos, as taxas de suicídio aumentaram 60% em todo o mundo.

    Soma de fatores

    O estudo do Instituto de Psiquiatria do King's College de Londres, avaliou 1.800 jovens com idades entre 15 e 29 anos entre 1992 e 2008. Segundo os autores,uma combinação de mudanças hormonais durante a puberdade, mudanças cerebrais na adolescência pelo desenvolvimento final do córtex pré-frontal - área do cérebro associada ao planejamento, à expressão da personalidade e à moderação da conduta - e questões sociais como pressão dos pares, dificuldades emocionais e tensões familiares parecem ser fatores chave.

    Os cortes e queimaduras foram as formas mais comuns de lesões entre os adolescentes, somadas a outros métodos como envenenamento e overdose.

    Os cientistas disseram que, apesar de ser tranquilizador que quase 90% dos adolescentes que informaram ter se machucado tivessem deixado o hábito ao chegar à idade adulta, também vale reconhecer os altos riscos que correm os demais que continuam praticando.

    Estudos anteriores demonstram que as pessoas que se machucam propositalmente e que sofrem alguma internação na adolescência são 100 vezes mais propensas ao suicídio do que a média da população.

    Sexta, 17 de Novembro de 2011 - Reuters
     
    Fonte:  http://m.estadao.com.br/noticias/vidae,um-em-cada-12-adolescentes-se-machuca-de-proposito,799597.htm


    sexta-feira, 4 de novembro de 2011

    Mais um artigo científico sobre prevenção do suicídio em congresso de psicologia


    VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar 

    Prevenção do suicídio no contexto hospitalar 

    Marília Frota Pinho, Ana Maria Vieira Lage (UFCE)

    O suicídio é um óbito que resulta de uma ação ou omissão iniciada com a intenção de causar a morte e com a expectativa desse desfecho. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), por ano cerca de um milhão de pessoas cometem suicídio, ou seja, uma taxa de mortalidade de 16 a cada 100 mil habitantes, uma morte a cada 40 segundos. Tendo em vista a magnitude do comportamento suicida, as tentativas de suicídio correspondem cerca de 20 vezes mais o número de suicídios consumados. No contexto hospitalar, as principais situações clínicas associadas ao comportamento suicida são os pacientes que apresentam grave ideação suicida e os sobreviventes de tentativas de suicídio, os quais podem estar com comprometimentos clínicos e cirúrgicos estabilizados. Nestes casos, o profissional de saúde deve realizar uma avaliação do comportamento suicida, a fim de propor uma intervenção terapêutica eficaz. A avaliação deve incluir um levantamento dos fatores de risco relevantes, como tentativas prévias de suicídio; condições biopsicossociais; a magnitude dos sintomas suicidas atuais; fatores de stress que precipitem o suicídio; nível de impulsividade e de controle pessoal; e, fatores de proteção contra o suicídio. É importante o recolhimento de dados confirmativos com os acompanhantes, colegas ou amigos e, principalmente, de cônjuges e familiares que porventura estejam presentes no momento da avaliação. O manejo do paciente suicida deve incluir procedimentos de gestão como alistamento de apoios, com vários níveis de contrato pessoal e desenvolvimento familiar, bem como aconselhamento. O tratamento farmacológico ou internamento clínico também pode ser incluído nos procedimentos. É muito importante que os psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros psiquiátricos, psiquiatras e outros médicos trabalhem em conjunto, a fim de colaborar e cooperar uns com os outros para que o plano de gestão do suicídio seja adequado para cada perfil de paciente. A utilização de um “contrato de não suicídio” é uma técnica útil na prevenção do suicídio. Esta técnica pode ser usada em um contexto de emergência hospitalar, porém o resultado pode não vir a ser o esperado visto que o “contrato de não suicídio” baseia-se, principalmente, na relação terapêutica estabelecida entre o profissional e o paciente. Além desses procedimentos, algumas precauções devem ser tomadas, como: a remoção de objetos perigosos; o leito deve ser de fácil observação, se possível em andar térreo com janelas trancadas ou com grade; acesso ao banheiro sempre supervisionado; e autorização para que um acompanhante sempre esteja presente. A atenção deve ser redobrada em alguns períodos, tais como na troca de turnos da enfermagem, na licença hospitalar, na primeira semana após a internação e no primeiro mês após a alta hospitalar. Entretanto, observa-se, na maioria dos hospitais públicos e privados, o despreparo dos profissionais para lhe dar com o suicídio e suas implicações, sendo preciso, dessa forma, a aplicação de estratégias que visem melhorar os serviços de saúde e desenvolver intervenções efetivas. Para isso, é necessária a capacitação dos profissionais de saúde para a identificação do risco suicida nos pacientes e a intervenção, caso haja ideação ou planos. 

    Palavras-chave: hospital, prevenção, suicídio, avaliação. 

    Email de contato: mari_frota@hotmail.com

    Fonte: http://sbph.org.br/csbph8/resumos/TEMA%20LIVRE%20268.pdf

    quinta-feira, 3 de novembro de 2011

    Tragédia pós-guerra: o suicídio dos soldados americanos

    Um estudo divulgado nesta semana pelo instituto "Center for a New American Security Suicide" revelou que a cada 80 minutos um veterano de guerra se suicida nos Estados Unidos. Ou seja, 18 mortes diárias. Ainda segundo a pesquisa, o número dessas mortes aumentou após as guerras do Afeganistão e do Iraque.
    "A América está perdendo a batalha contra o suicídio de veteranos e ex-oficiais. E com o retorno de mais soldados, o riso aumenta", concluem os autores do estudo, Margaret C. Harrell e Nancy Berglass.
    Entre 2005 e 2010, esse número era de um suicídio a cada 36 horas. Hoje, os suicídios de militares correspondem a 20% dos suicídios registrados nos Estados Unidos.
    O número recorde até hoje foi registrado em julho de 2011, com a morte de 33 soldados, entre veteranos e oficiais na ativa, por suicídio. 
    Entre os principais motivos que levam um veterano a tirar a própria vida, de acordo com o estudo, é o desemprego (que entre essa categoria chega a 12%), perda dos benefícios militares e o sentimento de não pertencimento no retorno para casa.
    O estudo aponta algumas sugestões para a redução do número de suicídios entre veteranos. Uma delas é estabelecer um período maior para que o soldado cumpra sua missão em uma mesma unidade, para que ele se sinta mais integrado.
    Outro ponto diz respeito ao direito do veterano manter uma arma em casa. Em 2010, um relatório da Defesa Nacional apontou que 48% dos soldados tiraram suas vidas em casa, usando armas particulares. O estudo propõe que, caso seja constatado uma personalidade instável, sintomas de depressão, entre outros, o veterano deve perder o direito de possuir uma arma em casa. Uma outra proposta é o acompanhamento mais rígido dessas mortes, para criar mais ações preventivas.
    Para tentar evitar fatores que possam levar ao suicídio, diversos programas foram criados pelas organizações que trabalham com veteranos como o "Never Leave a Marine Behind" (algo como "Nunca deixe um marinheiro para trás") e "Never Let Your Buddy Fight Alone" ("Nunca deixe seu companheiro lutar sozinho").
    Uma dessas iniciativas salvou a vida do ex-soldado Jason Christiansen, 35. "Chegou um ponto em que eu sentei e coloquei uma arma na boca", diz ele ao "Huffington Post". Um amigo decidiu levá-lo a um dos programas acima e fez com que o veterano desistisse da ideia de tirar a própria vida.
    Sob uma pressão cada vez maior de grupos de veteranos e do Congresso, o Departamento para Assuntos de Veteranos contratou nos últimos anos mais de 5 mil terapeutas e conselheiros e montou um sistema de coordenadores de prevenção do suicídio em mais de 150 centros médicos.
    Uma das ações criadas pelo Departamento foi a linha de apoio para atender veteranos em crise, criada em 2007 e que funciona no centro de Nova York. Uma medida da eficácia do programa é conhecida como um “resgate”: quando os funcionários do serviço de emergência conseguem mandar para o hospital pessoas que estão ameaçando cometer suicídio ou de fato tentado se matar.
    Ao todo já foram mais de 400 mil ligações recebidas, e o grupo estima que o atendimento já tenha feito, pelo menos, 14 mil "resgates".
    Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2011/11/03/numero-de-suicidios-de-veteranos-de-guerra-chega-a-18-por-dia-nos-eua-diz-pesquisa.jhtm

    terça-feira, 1 de novembro de 2011

    Semana Estadual de Valorização da Vida no RS


    Projeto institui a Semana Estadual de Valorização da Vida

    Deputado defende que pensar na valorização da vida é pensar também na prevenção ao suicídio.

    De autoria do deputado Miki Breier (PSB), o PL 310 /2011, institui a Semana Estadual de Valorização da Vida, a ser realizada, anualmente, na semana que compreender o dia 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O parlamentar argumenta que a sua proposição tem por finalidade a reflexão e conscientização sobre esta temática, objetivando significar a Vida no planeta em reação ao aumento no índice de suicídios, estatisticamente comprovado, que assola a população do Rio Grande do Sul.

    "Neste sentido, se fundamenta a instituição de uma Semana de Valorização da Vida com toda a abrangência que esta atividade requer. Um espaço/tempo onde ações e pensamentos possam ser reunidos e, alicerçados em reflexão consistente, postular e propor novas alternativas para à Vida em nosso planeta", sustenta.

    Para Miki, pensar na valorização da vida é pensar também na sua preservação e na prevenção ao suicídio. Ele salienta que a Organização Mundial de Saúde (OMS) define o suicídio como um grave problema de saúde pública resultante da interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais. Dados apresentados pela OMS mostram um aumento de 60% no número de suicídios no mundo nos últimos anos, assim como uma mudança no seu perfil epidemiológico demonstrado pelo aumento da incidência na população jovem - 15 a 34 anos - e sua inclusão entre as três maiores causas de morte na faixa etária de 15-44 anos.

    Índices

    No Brasil, o Estado do Rio Grande do Sul é o estado que apresenta as maiores taxas padronizadas de mortalidade por suicídio do país - 12,7%, em 1980, e 15,7%, em 2004, na população masculina; e 4,9%, em 1980, e 3,3%, em 2004, na feminina. A taxa de suicídio entre os homens gaúchos foi 2,4 vezes maior em 1980 e 2,2 vezes maior em 2004 do que a média nacional.

    Miki faz referência à ação do Ministério da Saúde (MS) através da Portaria nº. 1.876/2006 que institui as Diretrizes Nacionais para Prevenção do Suicídio. Nesta Portaria o MS ressalta, entre outros fatores, a importância epidemiológica do registro do suicídio e das tentativas; a necessidade da identificação das co-morbidades em populações vulneráveis; o aumento das taxas na faixa etária entre 15 e 25 anos; os danos causados àqueles que convivem com o suicida; e a necessidade de ações integrais de promoção e prevenção em todos os níveis de atenção a saúde.

    Urgência

    O parlamentar defende a urgência da instituição de uma Semana de Valorização da Vida no Rio Grande do Sul, anualmente, na semana do dia 10 de setembro que é considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Entre os objetivos apontados na justificativa do projeto estão: alertar a população sobre como diagnosticar possíveis suicidas, utilizando veículos de comunicação de grande acesso à população; promover encontro com especialistas na área para debater o assunto; elaborar e distribuir cartilhas didáticas para órgãos públicos, tais como escolas e hospitais, capacitando funcionários para lidar com pessoas que tenham pensamentos suicidas; servir como um espaço de reflexão, avaliação e encaminhamentos a partir das ações do Projeto de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio da Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul e sobre a Vida no planeta como um todo, em todos os seus matizes; potencializar e dar visibilidade às atividades previstas na Lei 9.633 de março de 1992 que institui o Programa de Educação para a Vida.

    Fonte: http://al-rs.jusbrasil.com.br/noticias/2908396/projeto-institui-a-semana-estadual-de-valorizacao-da-vida

    Artigo científico sobre prevenção do suicídio em congresso de psicologia


    VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar


    PRAVIDA - Projeto de Apoio à Vida 

    Aline Garcia Diniz, Joel Alves da Silva, Marília Franco de Oliveira, Marília Frota Pinho, Marina Costa
    Lima Rodrigues da Cunha, Renata Mesquita Ferreira Lima, Fábio Gomes de Matos e Souza

    O presente trabalho expõe as atividades e resultados que são os mais relevantes do projeto de extensão PRAVIDA – Projeto de Apoio à Vida, descrevendo o trabalho de prevenção do suicídio junto às pessoas que tiveram tentativas de suicídio. No intuito de prestar um serviço de assistência terapêutica e preventiva a pessoas que tentam suicídio no estado do Ceará, surgiu no ano de 2004, o PRAVIDA, um projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará, formado por quatorze acadêmicos de medicina e psicologia e coordenado pelo psiquiatra Dr. Fábio Gomes de Matos e Souza. Sendo este projeto o primeiro centro de prevenção terciária de suicídio do estado do Ceará. Nesses sete anos de atuação, ressalta-se a importância de uma instância inserida na UFC que viabilize o estudo do suicídio, bem como de atividades que visem sua prevenção. Em relação à difusão do conhecimento científico-cultural, o Projeto tem como objetivo expandir a temática através de cursos e simpósios direcionados, principalmente, a comunidade acadêmica e atos públicos voltados para a comunidade em geral, a fim de esclarecer sobre o suicídio, tornando sua prevenção efetiva, na sociedade. O Projeto se utiliza de salas localizadas no setor de Saúde Mental do Hospital Universitário Walter Cantídio onde ocorrem as reuniões e os atendimentos. Como metodologia, o PRAVIDA veicula atividades que integram ensino, pesquisa e extensão. Nesse âmbito podem ser enumeradas as seguintes: ensino: capacitações internas; cursos e simpósios; pesquisa: pesquisas relacionadas ao tema; extensão: atendimentos a comunidade, atos públicos, visitas ao instituto Dr. José Frota (IJF); e elaboração do Plano Municipal de Prevenção ao suicídio, a pedidos da Secretaria Municipal de Fortaleza. No ano de 2010 até junho de 2011, entraram em contato diretamente com o projeto cerca de 270 pessoas, as quais puderam ser assistidas e conscientizadas de que é possível sair do risco suicida. Os anos anteriores também representaram números significativos o que nos indicou que mais de mil pessoas tiveram contato com o projeto. Os cursos e simpósios possibilitaram a troca de conhecimentos entre estudantes e profissionais, atingindo, em média, mais de 300 pessoas, as quais puderam adquirir conhecimentos acerca de Prevenção do Suicídio. Várias pesquisas já foram desenvolvidas e outras estão em andamento, como a “Perfil Epidemiológico do Suicídio no Ceará entre 2000 e 2009”, que foi possível com a parceria do IML. Diante do proposto, pode-se concluir que o PRAVIDA tem alcançado seus objetivos, porém ambiciona desenvolver projetos maiores a fim de que a Prevenção ao Suicídio atinja o âmbito estadual e nacional. A temática do suicídio ainda é um tabu, sendo necessário ser discutida para que sejam desenvolvidos métodos preventivos eficazes. Percebe-se, por meio das atividades desenvolvidas, que é possível retirar uma pessoa do risco suicida, sendo preciso, pois, à capacitação de todos os profissionais da área da saúde, os quais devem estar informados acerca dos métodos preventivos. Assim, o PRAVIDA espera intensificar suas ações de prevenção, aliviando os onerosos custos que acarretam o suicídio e suas tentativas.

    Palavras-Chave: suicídio, prevenção, ações.

    E-mail de contato: aline_gd@hotmail.com

    Fonte: http://sbph.org.br/csbph8/resumos/TEMA%20LIVRE%20081.pdf

    terça-feira, 25 de outubro de 2011

    Livro sobre prevenção do suicídio, assistência e gestão em saúde pública

    A Editora Insular, de Florianópolis lançou uma importante obra sobre prevenção do suicídio, de autoria de Alan Índio Serrano, Médico Especialista em Psiquiatria, Mestre em Psicologia e PHD.

    Como se aborda uma crise que tende à morte autoprovocada? Há técnicas de negociação e de salvamento úteis aos técnicos do SAMU, bombeiros, policiais e equipes de saúde em geral?

    O pessoal que telefona ao Centro de Valorização da Vida (CVV) seria o mesmo que chega carregado ao pronto-socorro?

    Como os médicos e enfermeiros enfrentarão uma emergência envolvendo auto-envenenamento? Quais as rotinas mais comuns em prontos-socorros?

    Como, e a que ponto, as equipes de saúde da família dão conta de tais pacientes? Qual o papel dos agentes de saúde diante deles e de seus familiares? Quando eles são encaminhados aos especialistas em saúde mental? Quais são as condutas mais práticas?

    Há como prevenir a violência autodirigida? O que as escolas, os jornalistas e os funcionários do Sistema Único de Saúde podem fazer? Que riscos haverão, se a comunidade for mal envolvida no tema?

    Que técnicas psicoterápicas básicas os psiquiatras e os psicólogos pode usar diante de um paciente autodestrutivo? De que remédios o SUS dispõe, úteis para estes casos?

    Por que os estados sulinos têm taxas tão altas? Pode-se aprender com as experiências dos gaúchos e dos catarinenses? Como o Brasil poderia melhorar a qualidade de seus registros? Quais as bases de uma epidemiologia etnográfica? Ela pode se assentar nos clássicos da sociologia do suicídio?

    Como preparar e gerir serviços municipais, capacitando-os a enfrentar tais problemas? Como cuidar de quem cuida de pacientes difíceis? A que perigos os cuidadores estão expostos?

    O que os planos municipais e estaduais de saúde devem conter para ajudar na prevenção do suicídio e no seu socorro?

    Respostas a isto e a muito mais você encontrará neste livro.

    Fonte: http://www.insular.com.br/product_info.php/products_id/460/osCsid/41e946kg9o4sfdbrqvofueekb6


    Vídeo de uma breve aula este autor.

    Sinopse do livro na Americanas:
    Compêndio sobre a teoria e os procedimentos clínicos e de saúde coletiva voltados ao tema do Óbito Autoprovocado e de sua tentativa, dirigido aos médicos, enfermeiros, psicólogos, epidemiologistas, gestores e gerentes de saúde, sociólogos, antropólogos, militares, membros da defesa civil, operadores de resgate, socorristas e técnicos de transporte de emergências médicas.

    Curso de Avaliação de Risco e Manejo do Comportamento Suicida

    CAPACITAÇÃO
    GHC promove curso de Avaliação de Risco e Manejo do Comportamento Suicida

    Objetivo é promover espaços de sensibilização e capacitação dos profissionais que desenvolvem assistência em saúde.

    O Grupo Hospitalar Conceição (GHC), por meio da Gestão do Trabalho e do grupo "Promoção à vida e prevenção do suicídio" , promove o citado curso nos dias 25 e 26 de outubro, pela manhã e à tarde, no SENAC Passo D'areia, localizado na Av. Assis Brasi, 1481, Porto Alegre-RS.

    Dirigido aos trabalhadores do GHC, preferencialmente ligados à assistência nos setores de emergência e saúde comunitária, o objetivo do curso é promover espaços de sensibilização e capacitação dos profissionais que desenvolvem assistência em saúde, principalmente em relação à identificação, à abordagem e ao manejo das situações de risco e tentativa de suicídio.

    sábado, 22 de outubro de 2011

    Um excelente motivo para participar do seminário na UERJ



    9:30h às 11:00h – Conferência- “Impacto social: os desafios de entender o suicídio”
     
    • Palestrante: Leonardo Boff – Filósofo, Teólogo e Doutor Honoris Causa em Política pela Universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela Universidade de Lund (Suécia). Foi Frade Franciscano até 1993 e
    professor por 22 anos de Teologia Sistemática e Ecumênica do Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e
    no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa  (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e  Heidelberg (Alemanha).Foi professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na UERJ.



    DATA: 24/10/2011
    LOCAL: Auditório 11 do Pavilhão João Lyra Filho – UERJ
    Ru. São Francisco Xavier, 524, Blc F - 1º andar – Maracanã. Rio de Janeiro
    e-mail: uerjpelavida2011@gmail.com
    Tels: (21) 2334-0918 /2334-0863 / 8785-2630
    (inscrições gratuitas)


    sexta-feira, 21 de outubro de 2011

    Suicídio e Prevenção


    ...as mortes por lesões auto provocadas intencionais são a maior causa de morte não natural em Portugal, ultrapassando mesmo as mortes na estrada, com as quais somos capazes de gastar milhões na prevenção. Ao mesmo tempo que remetemos a sensibilização e prevenção do suicídio para uma nota de rodapé no orçamento da saúde.

    Imaginem qual seria a reação da sociedade se morressem 10.000 passageiros em desastres aéreos todos os anos em Portugal (suicídios registados em portugal anualmente ultrapassam esse número). Só podemos assumir que as consequências políticas e sociais seriam devastadoras, e que à indústria aeronáutica seriam exigidas medidas de segurança com resultados imediatos.

    A maioria dos indivíduos que se suicidam não apresenta uma doença mental diagnosticada, são pessoas como eu e vós, que frequentemente sentem-se isoladas, desesperadas, infelizes e sozinhas. Os pensamentos suicidas são o resultado do “stress” do dia-a-dia e de perdas que o individuo pensa que não consegue lidar, levando ao culminar de uma vontade inescapável de querer de que a dor pare.

    São sentimentos com os quais qualquer um de nós poderá se identificar a um dado momento da nossa vida… são reais, são diagnosticáveis e tratáveis. No entanto, numa sociedade onde o estigma e a ignorância dominam em relação às doenças mentais, um individuo que tenha pensamentos suicidas, frequentemente teme o que os outros irão pensar, de ser etiquetado de “maluquinho(a)”. Essa pressão social é imensa e impede que o pedido de ajuda seja feito, que o passo em direção ao diagnóstico e tratamento não seja dado, com resultados trágicos.

    Nós precisamos de algo mais do que estudos ou avaliações de serviços, precisamos de recursos concretos e dirigidos à prevenção e tratamento.

    O suicídio não é uma escolha, acontece quando a dor que sentimos é superior aos recursos que temos para lidar com ela…

    Publicado por João Cunha em In Concreto
    Fonte: http://inconcreto.blogspot.com/2011/10/suicidio-e-prevencao.html

    quarta-feira, 19 de outubro de 2011

    Debate sobre suicídio - Portugal

     
    Data: 20-10-2011
    Local: Auditório da Unidade de Guimarães (CHAA)
    Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar do Alto Ave
     
    Programa
    14h - 15h30 Abertura
    • O papel do CHAA no tratamento das pessoas que tentam o suicídio 
    • A prevenção do suicídio no Plano Nacional para a Saúde Mental
    • Os dados epidemiológicos do suicídio na região Norte de Portugal
    • O papel dos Cuidados Primários na prevenção do suicídio na comunidade urbana
    • O papel dos Cuidados Primários na prevenção do suicídio na comunidade rural
    • O suicídio: uma perspectiva histórica
    16h - 18h O suicídio e sua prevenção
    • A prevenção do suicídio na população adulta em Portugal
    • A prevenção do suicídio em idosos em Portugal
    • A prevenção do suicídio na infância e adolescência em Portugal 
    • As tentativas de suicídio e os suicídios no pré-hospitalar - Intervenção possível
    • Casal, violência e suicídio
    • A Crise: modelos de compreensão
    • A Unidade de Crise no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar do Alto Ave

    Para saber mais, consulte:

    Centro Hospitalar Alto Ave - http://www.chaa.min-saude.pt

    terça-feira, 18 de outubro de 2011

    É tempo de fazer luz sobre o tabu do suicídio


    Opinião de Luís Costa Ribas
    Correspondente SIC Notícias em Washington

    Os meios de comunicação social preferem ignorar o suicídio a procurar uma forma elevada de fazer a cobertura de um problema que mata 3.000 pessoas por dia.

    Passou praticamente despercebido, a 10 de Setembro, o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Em Portugal, há uma "política" de não noticiar suicídios, com receio de incentivar mais pessoas a por fim à sua própria vida. E de facto, estudos científicos apontam certa forma de noticiar suicídios como um factor de risco. Mas esses estudos também fazem notar que há uma forma certa de noticiar suicídios.

    O assunto pode e deve merecer a atenção da sociedade civil e esta deve pressionar os órgãos de comunicação a prestar-lhe apropriada atenção. Como se pode ignorar um problema que, segundo as organizações de prevenção do suicídio, mata UM MILHÃO de pessoas por ano? Este ano, no Dia da Prevenção do Suicídio, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um alerta aos governos sobre a necessidade de mais e mais eficazes medidas de prevenção.

    O suicídio pode ser prevenido e evitado, se for dada respostas às suas causas, invariavelmente ligadas à saúde mental. 90% das vítimas de suicídio sofriam de uma doença do foro psiquiátrico quando morreram. É comum esses problemas serem acompanhados pela toxicodependência – um grave factor de agravamento.

    Não é possível reduzir o número de suicídios  sem pressão sobre os Governos, exercida pelo público e pelos média, para que o problema não seja esquecido. E por muito grave e importante que seja a crise actual, nada justifica o egoísmo de ignorar o sofrimento de milhões de pessoas em famílias  destruídas pela morte prematura e procurada de um dos seus.

    A organização Suicide Prevention International recomenda que as notícias sobre suicídios e sobre o fenómeno do suicídio evitem pormenores sobre o método utilizado, especulações sobre o estado de espirito da vítima,  apresentação do suicídio como resposta natural a certos problemas, e declarações exaltadas de familiares.

    Recomenda-se que a cobertura aborde o fenómeno em vez de casos específicos,  progressos no tratamento, histórias de sucesso em que o reconhecimento de sinais de alerta e tratamento salvaram vidas,  desmascarar mitos sobre o suicídio, e falar sobre intervenções humanas que salvaram vidas.

    Arrisco-me a calcular que alguém que lê estas linhas sofreu, ou conhece quem sofreu, um suicídio na família.  E, por isso, sabem que não sendo impossível,  é muito difícil  travar uma pessoa decidida a por termo à sua vida. Por isso, todo tempo urge.

    O primeiro passo é procurar mais informação.  Um destino óbvio, é a Sociedade Portuguesa de Suicidologia, que se dedica ao estudo e prevenção deste grave problema de saúde pública. Pode aceder ao site para tentar saber mais sobre o suicídio e a sua prevenção.

    Os jornalistas interessados podem consultar um documento da Organização Mundial de Saúde e da Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio, com sugestões sobre formas aceitáveis de abordar o suicídio e os suicídios.

    O suicídio propaga-se com o silêncio. Que se faça luz e barulho... Muito barulho! Porque enquanto o leitor percorria estas linhas quatro pessoas puseram fim à sua própria vida!

    Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/opinionMakers/luis_costa_ribas/2011/10/14/c-tempo-de-fazer-luz-sobe-o-tabu-do-suicidio