sábado, 31 de agosto de 2013

Comitê contra suicídio no Piauí

Simpósio lança proposta de criação de comitê contra suicídio

O evento aconteceu no auditório do Comando Geral da Policia Militar

O  Simpósio  Interinstitucional  Suicídio:  causas  e  sintomas  -  aspectos  preventivos  terminou,  nesta sexta-feira  (30/8/2013), no  auditório do  Comando Geral  da Polícia  Militar, com  a proposta  de criação de um  comitê  estadual  para  combater  o  problema,  que  é  cada  vez  mais  frequente  em  Teresina.  A
proposta  é  de  que  várias  instituições  como  as  secretarias  estaduais  da  Saúde  (Sesapi)  e Segurança, juntamente  com  a  Polícia  Militar  e  Coordenação  de  Enfrentamento  às  Drogas (CEDrogas,  dentre outros  órgãos,  participem  do  comitê,  apresentando  sugestões  para  tratar  do tema.

No último dia, o consultor da Sesapi e especialista em Saúde Pública, Claudio Duarte, falou sobre a estruturação  de  um  comitê  onde,  segundo  ele,  as  entidades  envolvidas  devem  dar  suporte  aos indivíduos de alto risco, educação envolvendo médicos da família, além de acesso ao tratamento. “Sem falar no tratamento medicamentoso e psicoterapia, restrição à divulgação e reportagem e, a ampliação do acesso a medicamentos”, afirmou.

Para o especialista, o acompanhamento do paciente pós-alta e o monitoramento são fundamentais para a sua recuperação. “Se ele não  receber esse atendimento após deixar a unidade hospitalar, volta  para  a mesma  condição”,  afirma,  ressaltando  que  o  programa  deve  atuar  de  forma sustentável e colaborativa para a redução dos fatores de risco.

“Queremos  aprimorar um  intercâmbio entre  as  instituições representadas  no simpósio  e criar  um comitê  que  articule  as  redes  de  saúde,  de  modo  que  pacientes  em  vulnerabilidade  que  derem entrada em um pronto-socorro terão continuidade do seu tratamento em outra unidade do sistema de saúde”, afirma Aderlane Maia, coordenadora Clínica do Centro de Assistência Integral à Saúde da Polícia Militar (PM/PI).

Durante os dois dias de evento, foram debatidos temas como políticas públicas e a prevenção em saúde; comportamento impulsivo e depressão: ameaças  presentes no TDAH; programa saúde da família:  agentes de  prevenção,  uma  porta  aberta;  prevenção  do  suicídio  nos  grupos  de  risco: contexto hospitalar; dependência de álcool: associação ao risco de suicídio; depressão e angústia na  problemática  do  suicídio do  militar;  grupos  de  risco  em  suicídio:  contexto  universitário  e  de trabalho;  suicídio:  uma visão geral; e  por fim,  a  rede  de atenção  psicossocial  e  seu potencial  de articulação na prevenção.

O Simpósio abriu ainda espaço para exposição de trabalhos das instituições participantes sobre o tema e outros que estão ligados ao suicídio, como alcoolismo e dependência química. Na ocasião foi realizada uma premiação para o melhor trabalho. Venceu a Agespisa ao expor um painel sobre o  programa  contra  o alcoolismo  desenvolvido  na  empresa.  A  ouvidoria  do  SUS/PI  também participou do evento colhendo sugestões e reclamações.

Para  a  enfermeira  do  Hospital  do  Mocambinho,  Syenna  Veloso,  que  participou  do  simpósio,  os conhecimentos  adquiridos  serão  levados  para  o  local  de  trabalho.  “Aqui  estiveram  vários professores,  especialistas,  que  nos  passaram  informações  importantes  sobre  o  tema,  que  é delicado.
Vamos  interligar  esse  conhecimento  com  a  nossa  prática.  Precisamos  abordar  mais  o assunto e estudá-lo”, afirmou.

Fonte: www.portalodia.com/noticias/piaui/simposio-lanca-proposta-de-criacao-de-comite-contra-suicidio-179675.html 1/10

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Campanha do Dia Nacional e Mundial de Prevenção do Suicídio já em campo!

Os eventos em torno do Dia Nacional da Prevenção do Suicídio já se iniciou na Argentina.


Para curtir a fan page dos Entrenadores de Vida, da Argentina, no Facebook clique aqui.

E no Brasil, o que estamos fazendo?!

Boa notícia, boa parceria, bons serviços a serem prestados!

O Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio será inaugurado em São Paulo, no dia 31 de agosto deste ano de 2013.

Ele já existe, de fato, no mundo virtual, onde as psicólogas e psicoterapeutas Karen Scavacini e Karina Okajima Fukumitsu, ao lado do médico psiquiatra Dr. Teng Chei Tung, anunciam as atividades do Instituto: 

. atendimento, treinamento, supervisão, consultoria e pesquisa em torno da prevenção, intervenção e posvenção do suicídio. 

No site está anunciado alguns cursos a serem ministrados nos próximos dias/meses:

. Curso básico sobre prevenção ao suicídio (para leigos)

. Introdução à prevenção e posvenção ao suicídio

. Manejo e atendimento clínico para pacientes com comportamento suicida: ampliando as possibilidades de instrumentalização psicoterapêutica

. O paciente com comportamento suicida no hospital

. Suicídio e psiquiatria

. Luto por suicídio e manejo terapêutico no processo de luto de sobreviventes

Mais informações: contato@vitaalere.com.br

Nós nos congratulamos com a Karen, a Karina e o Teng e lhes desejamos boa sorte na longa jornada que começam, juntos, a empreender. 

Para finalizar deixo para todos o lema que está na página de abertura do site do Instituto:

O suicídio pode ser prevenido e o luto deve ser acolhido.


Curso para Voluntários no CVV Abolição - São Paulo

O Posto Samaritano Abolição, vinculado ao Programa CVV de Apoio Emocional e Prevenção ao Suicídio promoverá curso para a seleção de novos voluntários da entidade.

Data: 31 de agosto e 1º de setembro
Horário: 13:30h às 18:30h

As inscrições podem ser feitas:

a) pessoalmente na sede da entidade na Rua da Abolição 411 - Bela Vista - SP em horário comercial;

b) pelo telefone (11) 3242-4111 ou  9.8143-3611;

c) via e-mail: abolicao@cvv.org.br.

Obs.: As inscrições podem ser feitas antecipadamente ou no próprio dia. Não há custos para a participação e nem limite de vagas.

Durante a atividade haverá seleção dos interessados em colaborar com a entidade.

Para ser voluntário vinculado ao Programa CVV Prevenção ao suicídio, Apoio Emocional e valorização da vida, basta ter mais de 18 anos, ter disponibilidade de tempo (média de 4 horas e meia por semana), disposição para ajudar o próximo e abertura para o autoconhecimento e ser treinado.

Instituição sem fins lucrativos os postos Samaritanos desenvolvem trabalhos de apoio emocional por meio de contatos telefônicos, atendimento pessoal, via correio, e-mail e mais recentemente, via chat, no próprio site da entidade(http://www.cvv.org.br/).


domingo, 4 de agosto de 2013

Debate sobre crise e desempregado e sua relação com o aumento das taxas de suicídio

Crise e desemprego não fazem aumentar casos de suicídio, defendem especialistas

A crise econômica e o aumento do desemprego não fizeram crescer os suicídios em Portugal e Espanha, o que pode ser explicado pelas características dos povos dos dois países e a sua “aparente resiliência”, defendem especialistas.

O texto, publicado hoje na revista científica Lancet, responde a um artigo que relacionava o aumento do suicídio e de surtos de doenças infecciosas com as medidas de austeridade na Grécia, Espanha e Portugal, algo que os autores negam.

O artigo sobre o impacto da crise financeira na saúde, assinado em abril por Marina Karanikolos, defende que a Grécia, Espanha e Portugal “adotaram uma austeridade fiscal rígida”, mas as economias destes países “continuam a decrescer e a tensão sobre os sistemas de saúde está a aumentar”.

“Suicídios e surtos de doenças infecciosas estão a tornar-se mais comuns nestes países e os cortes orçamentais têm restringido o acesso aos cuidados de saúde. Em contraste, a Islândia rejeitou a austeridade através do voto popular e a crise financeira parece ter tido escassos ou nenhuns efeitos discerníveis na saúde”, argumenta o artigo.

Na resposta hoje publicada, os especialistas portugueses e espanhol afirmam que a informação oficial de Portugal e Espanha sobre suicídios nos últimos cinco anos “não sustentam” a ideia de que estes estão a aumentar.

Tanto em Espanha como em Portugal, “não é possível identificar um forte efeito sobre o suicídio diretamente relacionado com o desemprego”, referem, admitindo que o mesmo não se pode dizer sobre outros países europeus.

“As políticas em Portugal e em Espanha envolveram cortes substanciais nos gastos com saúde e apoio social, que claramente não tiveram um efeito mitigador. As características da população em Portugal e em Espanha podem ajudar a explicar a sua aparente resiliência no efeito potencialmente fatal sobre a saúde mental de uma crise econômica”, afirmam José L. Ayuso-Mateos, da Universidade Autónoma de Madrid, o psiquiatra Ricardo Gusmão, responsável da Aliança Europeia Contra a Depressão, e o economista e especialista em questões de saúde Pedro Pita Barros.

Para os autores, “a resposta a esta questão é necessária para guiar futuros estudos baseados em dados sobre a saúde mental e a prevenção do suicídio na Europa”.

Na resposta a este texto, a autora do estudo afirma-se “perplexa” com a argumentação apresentada pelos especialistas portugueses e espanhol, alegando terem existido picos do número de suicídios em 2008 e em 2010, “correspondendo ao desemprego”.

“Contudo, o recurso que fazem a taxas de suicídio totais ofusca a magnitude do aumento concentrado em homens em idade ativa, que são mais afetados pela crise financeira”, sustenta.

Fonte: Diário Digital com Lusa (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=648511)