sábado, 22 de dezembro de 2012

OSPI-Europe: êxito na prevenção do suicídio em Portugal


Entre 2008 e 2012, vários especialistas da área da saúde e da segurança acompanharam de perto a população da Amadora, no âmbito de um projeto europeu na prevenção do suicídio (OSPI-Europe: Optimising Suicide Programmes and their Implementation in Europe).

O estudo, que é financiado pela Comissão Europeia e em Portugal é coordenado pelo Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, aponta para uma redução em mais de 20% das tentativas de suicídio. Antes do início da implementação do programa, a taxa de tentativas de suicídio na Amadora era de 150 por 100 mil habitantes. Dois anos depois era de 115. Em comparação, em Almada, concelho que serviu de ponto de comparação, e onde não houve qualquer intervenção, as tentativas de suicídio subiram 10% no mesmo período.

 O programa teve lugar noutros países, como Alemanha, Irlanda e Hungria. Em Portugal os dados serão divulgados em janeiro.

"Nada disto teria sido possível sem o envolvimento do tecido vivo do concelho e o maior desafio - e sucesso - foi obter a colaboração e parceria das instituições e pessoas do concelho", refere Ricardo Gusmão, médico psiquiatra, professor na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e coordenador da Aliança Europeia Contra a Depressão em Portugal (EAAD-Portugal), implementando o estudo OSPI-Europe com uma equipa de seis pessoas no concelho da Amadora.

Sabia que...

1. Em Portugal a doença mental afeta mais de dois milhões de pessoas por ano. A depressão afeta 400 mil portugueses adultos por ano 3. A depressão é a doença que gera mais incapacidade, mensurável por produtividade perdida em baixas médicas e invalidez permanente 4.  Em Portugal morrem duas mil pessoas por suicídio por ano. O suicídio de cada português tem um custo de 2 milhões de euros.

Fonte: http://expresso.sapo.pt/tentativas-de-suicidio-descem-mais-de-20-na-amadora=f775227


Sobre o Projeto OSPI

Em 2010 foi assinado um Protocolo de Colaboração entre a Câmara Municipal da Amadora e a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, que consistiu no desenvolvimento e na implementação de um projeto de investigação na área do suicídio, denominado OSPI – Optimised Suicide Prevention Programs and their implementation in Europe, no município da Amadora.

O OSPI teve como finalidade fornecer à União Europeia um constructo baseado na evidência científica para a prevenção do suicídio. Deste modo, possibilitará a implementação de programas de prevenção, previstos no Plano Nacional de Saúde Mental.

O estudo contemplou os seguintes níveis de atuação:

Nível 1 – a formação dos médicos de família e outros profissionais de saúde, utilizando sessões de formação e vídeos;

Nível 2 – campanha pública de informação e atividades de relações públicas. As mensagens nucleares da campanha são: “A depressão é uma doença real”, “A depressão pode atingir qualquer pessoa em qualquer momento”, e “A depressão tem tratamento”, “Nós podemos ajudar”;

Nível 3 – formação para agentes sociais, ditos facilitadores comunitários, tais como farmacêuticos e técnicos de farmácia, padres, assistentes sociais, cuidadores geriátricos, agentes das forças de segurança, professores e profissionais de comunicação social;

Nível 4 – suporte dirigido a grupos de alto risco e seus familiares (pessoas que ‘sobrevivem’ ao suicídio e que lidam com familiares suicidários) e apoio a grupos de autoajuda;

Nível 5 – restrição do acesso aos meios letais e verificação de locais de risco (ex: troço de linha de comboio desprotegida) com a colaboração da Câmara Municipal da Amadora e colaboração estreita com as farmácias, no que diz respeito à venda de medicamentos.

Fonte: http://local.pt/resultados-sobre-projeto-sobre-suicidio-apresentado-na-amadora/

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Congresso Nacional de Psiquiatra em Portugal discute prevenção do suicídio


Ecos do primeiro dia do Congresso Nacional de Psiquiatria, em  Porto, Portugal.

A escassez de autópsias psicológicas e o elevado número de mortes por causas indeterminadas escondem ainda muitos dos casos de suicídio em Portugal. Um grave problema de saúde pública que os especialistas querem combater através da prevenção.

De acordo com Bessa Peixoto, diretor do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Braga, «existem princípios básicos que devem ser tidos em consideração na óptica da estratégia das consultas de prevenção do suicídio», nomeadamente a redução da disponibilidade e acessibilidade aos meios de suicídio; a implementação de estratégias que visem a diminuição do estigma associado à doença mental; o estabelecimento de procedimentos relativos à informação com os órgãos de comunicação social; desenvolvimento e implementação de programas de prevenção, entre outras.

No entanto, segundo o especialista, «existem ainda algumas dúvidas se o foco principal da prevenção deve estar nestas questões ou se deve ser dirigido para os cuidados primários. Há que refletir se estes serviços estão apetrechados de forma a poder desenvolver consultas de intervenção em crise que, em tempo útil, respondam ou criem uma acessibilidade capaz de dar resposta a estes aspectos».

No simpósio dedicado aos «comportamentos suicidários: da prevenção à pósvenção» foram ainda abordadas as questões dos impactos do suicídio nas famílias e nos profissionais da área. De acordo com Ema Lima das Neves, Psicóloga Clínica do Hospital de Santa Maria, «o suicídio de um membro da família é ainda hoje visto como um tabu, a fonte de muita culpa e de muito segredo dentro das famílias», acrescentando que o neste campo «o foco é colocado nos sobreviventes - aqueles que são deixados para trás como consequência do suicídio - e na intervenção a esse nível».

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2000 existiam entre 6 a 10 sobreviventes directos por cada suicídio, o que quer dizer «que há uma necessidade de caracterizar as famílias dos suicidas e de pensar qual a intervenção nestas situações».

Ainda neste campo foi apresentado por Inês Rothes, investigadora da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, o primeiro estudo sobre o impacto do suicídio de um doente em profissionais de saúde portugueses e que revelou as principais reações emocionais, o impacto na prática clínica e os recursos disponíveis aos técnicos. Segundo o estudo, que incluiu 242 profissionais de várias áreas, 27% dos inquiridos já tinham passado pelo suicídio de um doente e segundo a especialista «são os clínicos gerais que tendem mais a estar em risco devido à organização do nosso sistema de saúde».

Os principais sentimentos e reações emocionais nos técnicos são sobretudo o sofrimento emocional; preocupações, medos, inseguranças e dúvidas, sobretudo relativamente a doentes futuros; frustração e desilusão, existindo mesmo a situação de culpabilização da família. Muitos dos técnicos chegam a efetuar diversas alterações na sua prática clínica e 7% referem implicações na vida pessoal. «Os profissionais tendem a recorrer pouco a ajuda mas quando recorrem consideram-na útil», explica.

Durante este primeiro dia do Congresso Nacional de Psiquiatria foi ainda apresentado o estudo WAVE-bd que, segundo Luísa Figueira, diretora do Serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (Hospital de Santa Maria), «procurou descrever e avaliar os resultados do tratamento da doença bipolar». Realizado em 10 países, entre os quais Portugal, os resultados permitem concluir que no nosso país «os episódios de depressão são os mais frequentes na doença bipolar» e que «os doentes com episódios de depressão tiveram a mais baixa adesão ao tratamento e os doentes com episódios mistos tiveram a mais alta adesão ao tratamento».

De acordo com as estimativas a prevalência da doença bipolar está entre os 0,2% e 6,0%, sendo considerada já a 9ª causa de perda de vida saudável e morte prematura, especialmente nas faixas etárias entre os 15 e 44 anos.

A cannabis é a droga ilícita mais consumida pelos adolescentes e a maior parte das primeiras experiências ocorre durante a adolescência, fase crucial para o desenvolvimento e amadurecimento do órgão cerebral.
Segundo Julio Bobes, professor catedrático de Psiquiatria da Universidade de Oviedo, «trata-se de um facto preocupante, uma vez que como consequência deste consumo, os adolescentes estão mais propensos a ter uma redução significativa e irreversível do seu potencial cerebral».

Alterações na capacidade de pensamento e raciocínio, ansiedade, deficiências em mecanismos da memória e de aprendizagem são alguns dos efeitos mais comuns desta droga. O consumo de cannabis - particularmente em adolescentes e jovens adultos - facilita igualmente a manifestação de perturbações mentais em indivíduos vulneráveis. É também comum um indivíduo apresentar sintomas psicóticos quando consome pela primeira vez.

Abordando o tema da «Recuperação da cognição na doença mental – o papel da quetiapina na esquizofrenia, transtorno bipolar e perturbação depressiva major», Eduard Vieta explicou que esta recuperação «deve incluir as esferas sintomática, cognitiva e funcional. Apesar de muitos tratamentos permitirem uma recuperação sintomática, alcançar a recuperação cognitiva e funcional é mais difícil», acrescentando que «muitos doentes melhoram os sintomas característicos da doença mas sofrem de dificuldades neurocognitivas e de adaptação psicossocial».

Sobre como esta recuperação é realizada, João Marques Teixeira, da Universidade do Porto, referiu que são utilizadas «técnicas específicas de remediação e estimulação cognitiva (face a face ou com o auxílio de computadores), da estimulação da cognição social em pequenos grupos e em interações contextuais com o envolvimento da família». Trata-se de uma área altamente especializada «que requer um treino prolongado e uma equipa terapêutica dedicada apenas a essa tarefa. Este investimento justifica-se dado os resultados animadores quanto à integração socioprofissional destes doentes».

No que se refere ao papel da quetiapina, João Marques Teixeira explica que «a psicofarmacologia tem um papel importante na facilitação da remediação cognitiva, muito embora a investigação não se tenha virado completamente ainda para esta área de intervenção», tendo apresentado um racional para a utilização da psicofarmacoterapia como complemento da remediação cognitiva, «no qual a quetiapina, pelos estudos que existem e pela sua configuração farmacológica, assume um papel de destaque». Uma situação corroborada por Eduard Vieta, segundo o qual «a quetiapina é uma das substâncias melhor toleradas do ponto de vista cognitivo, tanto na esquizofrenia como nos transtornos afetivos».

O Congresso Nacional de Psiquiatria, que se prolonga até sábado, no Sheraton Porto, terá na sexta-feira em destaque temas como:

  • O balanço de 20 anos de política comunitária em saúde mental, 
  • A sobrecarga das perturbações mentais dos idosos, 
  • Perturbação esquizo-afetiva: sua caracterização e seus limites, 
  • Medicina sexual e psiquiatria 
  • Perturbações psicóticas na prática clínica
  • Recovery - um desafio atual na promoção da saúde mental.

Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=604301

Ecos do Rio Grande do Sul. Convite à conversa entre os profissionais da saúde mental


Roda de conversa sobre prevenção do suicídio e atenção em situações de crise em saúde mental
Luciane Régio

Na sexta-feira dia 7, reuniremos coordenadores municipais de saúde mental e da DANT-violência de 31 municípios da 4ª CRS/RS, coordenadores de CAPS, coordenadores de NASF/NAAB e as equipes de cinco hospitais gerais com leitos contratualizados SUS para atendimento em saúde mental. Público restrito, para que a roda seja possível...

A conversa estará aberta! Reconhecendo as potencialidades dos municípios, trazendo questões sobre acolhimento, escuta qualificada, atuação nos territórios, a partir do tema da prevenção ao suicídio e atenção em situações de crise.

Conversa densa, epidemiologia preocupante.

80% dos suicidas consultaram com algum médico no último mês antes do suicídio.

60 % dos suicidas nunca procuraram um profissional de saúde mental.

As notificações das lesões auto-provocadas na DANT-violência, a perda do familiar, a crise por essa perda, outras crises... como trabalhamos?

As pistas...

As tentativas...

As concretizações...

O luto...

A memória...

Outro dia atendo o telefone, uma mãe que havia internado o filho compulsoriamente, pela primeira vez, chora. Pergunto o motivo. Ela me conta que o filho não a compreendeu a internação. Vinte dias depois de retornar para casa, cortou os pulsos. Socorrido a tempo... 22 anos.

Um profissional de saúde solicita um leito para internação. Liberado o leito e... meia-hora depois cancela o pedido. Pergunto o motivo. O usuário diz que vai se suicidar no hospital, caso lhe obriguem a ser internado. Avisou os familiares, que desistiram da "ordem judicial".

Mais abordagens terapêuticas, projetos terapêuticos singulares, cuidado compartilhado em equipe multiprofissional, tratamento em liberdade, internações breves, mais trabalho criativo, vínculos,  afetos, afetar, trocar, reduzir danos, tolerar, aproximar...

A partir da gestão regional, da coordenação da DANT, da coordenação da Politica de Saúde Mental e os demais coordenadores do Núcleo Regional de Ações em Saúde em esforço de transversalização/integração das políticas, contaremos com a apoiadora da PNH, Martha Noal (psiquiatra).

Uma roda de conversa provocada a partir de relatos de profissionais em vídeo, alguns slides no tema, músicas inusitadas/letras trazidas pela Martha, retomaremos a Linha de Cuidado em Saúde Mental "O cuidado que eu preciso", com a expectativa de trocas de experiências, da apropriação de novos conhecimentos, para o planejamento em equipe e escuta, capacitando para a notificação das tentativas de suicídio, abrindo fórum para o planejamento estratégico de ações nos municípios.

 Fonte: http://www.redehumanizasus.net/59451-roda-de-conversa-sobre-prevencao-do-suicidio-e-atencao-em-situacoes-de-crise-em-saude-mental

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Evento de capacitação de prevenção de suicídio no Rio Grande do Sul


Secretaria promoveu capacitação sobre suicídio a profissionais da saúde do RS
Gustavo Trevisi

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) realizou no dia 29 de novembro o 4º Seminário Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio. O evento foi destinado aos servidores da saúde dos municípios do RS que trabalham com a temática do suicídio (Venâncio Aires e região).

A psicóloga do Departamento de Coordenação dos Hospitais Estaduais da SES,  Cláudia Weyne Cruz, explicou que o objetivo do encontro foi capacitar os profissionais de saúde para a prevenção de suicídios. "Ainda falta conhecimento para evitar que as pessoas façam isso", afirma.

Segundo ela, há um aumento de casos entre jovens e idosos. Entre os idosos, a aposentadoria; as dores provenientes de doenças e a perda da função social estão entre os principais fatores que contribuem para este acréscimo.

A Irmã Lúcia Boniatti, presidente do Sistema Mãe de Deus, disse que é necessário tocar o coração das pessoas. "Dentro de nós está a maior sabedoria das nossas vidas", assegura. Para ela, devemos ter, pelo menos, 15 minutos de silêncio diário e eliminar hábitos antigos para aquietar nossa mente e melhorar nossa qualidade de vida.

Durante o evento, teve o lançamento do Guia de Prevenção do Suicídio, realizado a partir de um convênio com o Ministério da Saúde.

Fonte: http://www.saude.rs.gov.br/conteudo/6733/?Secretaria_promove_capacita%C3%A7%C3%A3o_sobre_suic%C3%ADdio_a_profissionais_da_sa%C3%BAde_do_RS

Mais informações sobre o guia


PREVENÇÃO DO SUICÍDIO NO NÍVEL LOCAL

Orientações para a formação de redes municipais de prevenção e controle do suicídio e para os profissionais que a integram

Organização
Anna Tereza Miranda Soares Moura, Eliane Carnot Almeida, Paulo Henrique de Almeida Rodrigues,
Ricardo de Campos Nogueira, Tânia E. H. H. - Porto Alegre

Revisão Técnica
Miriam Prietch
Neury José Botega
Ricardo de Campos Nogueira

Esta publicação se dirige a todos os profissionais que tem a possibilidade de atuar na vigilância e prevenção do suicídio, em especial nas áreas da saúde, assistência social, educação, extensão rural, jornalismo e segurança.

Resulta de um Projeto de Pesquisa realizado em quatro municípios do Estado do Rio Grande do Sul – Candelária, Santa Cruz do Sul, São Lourenço do Sul e Venâncio Aires, todos com elevados índices de suicídio, com o objetivo de desenvolver uma metodologia para a formação de redes intersetoriais de promoção da vida e prevenção do suicídio, a partir da sensibilização e do envolvimento de profissionais de diferentes setores.

O Projeto foi coordenado por pesquisadores do curso de Mestrado em Saúde da Família da Universidade Estácio de Sá, com o apoio do Centro de Estudos em Saúde Coletiva (CEPESC) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com financiamento do Ministério da Saúde através da Coordenação de Saúde Mental e da Secretaria de Vigilância e Saúde (SVS). Contou com a parceria do Centro Estadual de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (CEVS/SES/RS), através do Núcleo de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis (NVDANT), do Programa de Prevenção da Violência do Estado do Rio Grande do Sul (PPV/RS) e das secretarias municipais de saúde dos quatro municípios envolvidos.

Houve participação ativa de profissionais com atuação local em diferentes setores, representantes de instituições como o Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul (CIT/RS) da SES/RS, o Centro de Valorização da Vida (CVV), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul (SSP/RS) e da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC).

O projeto contou com a consultoria técnica dos especialistas Profa. Blanca S. Guevara Werlang, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) e Prof. Neury José Botega, da Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP).

Foram tomados como referência os manuais da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS) para a vigilância, prevenção e o controle do suicídio, cujo conteúdo foi sintetizado, assim como os dados levantados na referida pesquisa e em outros trabalhos acadêmicos sobre o tema.

Para acessar o guia, clique nos arquivos abaixo:
Capa do Manual
Parte 1/3
Parte 2/3
Parte 3/3

Fonte do guia: http://www.polbr.med.br/ano11/wal1211.php (Psychiatry on line Brasil POL+BR)

domingo, 2 de dezembro de 2012

Duas notícias do mundo hispânico: prevenção do suicídio em face do bullying e da condição de soropositivo

Adolescentes graban un videoclip contra el acoso escolar, para prevenir suicidios como el del holandés Tim Ribberink


Cuatro alumnos del Instituto Alejandría de Tordesillas (Valladolid) han grabado un videoclip contra el acoso en las redes sociales, a fin de evitar suicidios como los de la canadiense Amanda Todd o el más reciente del holandés Tim Ribberink.

Según la Plataforma de Infancia, el objetivo de esta iniciativa es sensibilizar a la población, y en especial a los jóvenes, sobre la existencia del problema, a fin de que denuncien su situación u otros casos de acoso que puedan conocer.

María, Sergio, Andrea y Patricia han contado con sus compañeros de clase para rodar y grabar 'Today is dark, tomorrow will be black' ('Hoy está oscuro, mañana será negro').

Este vídeo y la canción se difundirán en la red social 'cibercorresponsales', que impulsa dicha plataforma entre menores de 18 años para dar cabida a la participación juvenil en temas sociales.

Con este trabajo, los chicos quieren poner de manifiesto que no toda la juventud toma parte en actos violentos y que muchos incluso los denuncian y se involucran en actividades de voluntariado contra el acoso.


Terapias psicológicas son vitales para prevenir suicidios en pacientes seropositivos


Depresión puede acabaron sus ganas de vivir.

Los especialistas del Hospital de la Solidaridad recomiendan terapias psicológicas en los pacientes de VIH-SIDA con el fin de prevenir suicidas y cuadros depresivos en su vida.

Liliana Díaz Díaz, psicóloga del centro, señala que para muchas personas el saber que tiene esa enfermedad puede resultar muy impactante, ocasionando reacciones diversas, algunos muy negativas.

"No hay estadísticas que certifiquen esto pero por la experiencia y lo que manifiestan, en alguno momento lo pensaron. Esto unido a indicadores de depresión, si están recibiendo un tratamiento o abordaje emocional, implican muchos aspectos”, expresa.

Ante esta, la experta recomienda optar por terapias en donde la enfermedad se puede ver desde diversos enfoques, tiempos y espacio, educando e informando no solo al paciente, sino también a sus familiares y amigos.

Asimismo, resalta la necesidad de identificar los signos de alerta temprana como los nervios inestables, los estados de inquietud varios, las pesadillas y los ataques de pánico.

Fontes: link1 e link2.
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