domingo, 28 de novembro de 2010

Especialistas discutem a relação entre suicídio e seguro em evento da ANSP

As Cátedras de Microsseguro, Direito do Seguro e Contrato do Seguro da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) discutem um tema muito importante para o mercado segurador no dia 2 de dezembro: a relação entre o suicídio e o seguro.

O evento terá como participantes o jornalista André Trigueiro, o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo José Renato Nalini e a especialista em suicídio do Centro de Valorização à Vida do Rio de Janeiro, Maria Luiza Delavechia.

“É muito importante contar com a ilustre presença de palestrantes de alto gabarito, elucidando um tema que desperta interesse e gera muitas dúvidas para os profissionais do mercado de seguros”, declara Ana Rita Petraroli, advogada e coordenadora da Cátedra de Microsseguro da Academia.

André Trigueiro abordará o comportamento da imprensa com relação ao suicídio e os cuidados necessários para tanto, ante o crescimento dos casos em nosso país. “O suicídio pode ser evitado na maioria absoluta das situações, e a prevenção se faz com informação. Se o auto-extermínio é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, existem razões de sobra para que a mídia informe, da maneira apropriada e respeitando os princípios recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o que a população deve saber sobre a prevenção do suicídio. Nesse sentido, há muito o que ser feito no Brasil”, afirma o jornalista.

O entendimento jurídico sobre o suicídio, em especial à carência legal prevista no artigo 798 do Código Civil, e ainda o descabimento da cobertura acidentária para sinistros desta natureza será discutido por José Renato Nalini. “Após um longo período em que a jurisprudência multiplicou casuísmos subjetivistas sobre o pagamento do valor segurado ao beneficiário do suicida, o Código Civil de 2002 pretendeu serenar a questão e adotou a tese objetiva. A explicitação da tese objetivista solucionou a questão? É o que se verá na reflexão a ser levada a efeito no encontro”, antecipa o desembargador.

Maria Luiza Delavechia, do Centro de Valorização da Vida do Rio de Janeiro, será responsável por desvendar o comportamento do suicida, a capacidade de raciocínio no ato e a relação com a premeditação do suicídio. “A auto-destruição é um processo complexo e dinâmico. Pensar que o gesto suicida surge repentinamente é um grande equívoco. Meses e anos de sofrimento são necessários até que o desejo de morrer supere o forte impulso para a vida que todo ser humano possui. Entender um pedido de socorro, reconhecer as principais características da pessoa que pensa em suicídio, compreensão e calor humano são de grande importância no trabalho de prevenção”, afirma a especialista.

Sobre a ANSP

A Academia Nacional de Seguros e Previdência é uma associação sem fins lucrativos, voltada para o aperfeiçoamento institucional do seguro, da previdência privada e das instituições afins. Sua estratégia de atuação contempla a pesquisa, o arquivo e a informação, sendo, portanto, um centro permanente de estudos e pesquisas.

Local: Hotel Tivoli São Paulo Mofarrej - Cerqueira César

Data: 02/12/2010

Horário: 8h30 às 13h30.

O evento será gratuito e as vagas são limitadas

Fonte: http://www.atibaianews.com.br/ver_not.php?id=15218&ed=Geral&cat=Not%C3%ADcias


domingo, 21 de novembro de 2010

CVV na II Feira e Congresso de ONGS Brasileiras.








Os Postos CVV e Samaritanos vinculados ao Programa CVV de Valorização da Vida, Apoio Emocional e Prevenção ao Suicídio tem convidado a todos para visitar o estande da instituição na II Feira e Congresso de ONGS Brasileiras.

Eis uma boa oportunidade para conhecer melhor o trabalho desenvolvido pelo CVV nos seus 48 anos de existência.

Para fazer a visita é necessário inscrever-se, gratuitamente, no link abaixo:

Local: Expo Center Norte - Pavilhão Vermelho
Rua Jose Bernardo Pinto 333 - Vila Guilherme - SP

Data: 25 a 27 de Novembro, 2010.
Quinta e sexta Feira: 13h às 20h
Sábado: 10h às 17h

Notícias sobre a palestra de André Trigueiro

No último 6 de novembro, o jornalista André Trigueiro reuniu uma plateia com cerca de 300 pessoas na Instituição Beneficente Nosso Lar, em São Paulo, para falar sobre a prevenção do suicídio.


Trazendo números bastante representativos, que colocam o Brasil, segundo ele, numa condição “vexatória”, disse que no país há estimativa de 24 suicídios por dia, uma taxa pequena em relação a outros países (3,9 a 4,5 para cada cem mil habitantes), mas preocupantes em números absolutos. “Estamos entre os dez países do mundo onde ocorrem mais suicídios, com aproximadamente 8 mil casos por ano. É caso de Saúde Pública”.


Ressaltou que apesar de milhões de pessoas desistirem, todo ano, de viver no mundo, o que se revela um problema urgente, que demanda ações e respostas, o assunto ainda é tido como tabu nos meios científicos, sociais e religiosos. “É importante se falar sobre suicídio, mas não de qualquer maneira. Há formas adequadas para se abordar o assunto”. Acrescenta ainda que há estudos que demonstram que essa ação pode ser prevenida e a omissão sobre o tema não ajuda em nada. Já se sabe, por exemplo, que o suicídio dificilmente é causado por um único motivo, lembrou.


Referiu-se ao livro Suicídio – uma morte evitável , de Humberto Corrêa e Sérgio Barrero, Editora Atheneu-Rio – como obra de referência atual sobre o assunto, que traz o último capítulo inclusive dirigido aos meios de comunicação. “Aquilo que já foi febre na tv brasileirira e que focava, por exemplo, uma pessoa se jogando de uma ponte, hoje tem sido evitado”.


Entre os itens abordados, Trigueiro comentou sobre a subnotificação, em que se omite a causa real na maior da parte dos atestados, tornando, portanto, os números relativos. Falou também sobre as religiões, que consideram o suicídio um crime, estigmatizando o suicida, quando na verdade deveriam dirigir preces e boas vibrações a eles...


Fonte: http://www.correiofraterno.com.br/images/stories/site/treigo2.jpg

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Conhecer os indícios é uma forma de prevenção


Equipe vinculada à Faculdade de Medicina da UFG desenvolve Programa de Estudos e Prevenção do Suicídio e Atendimento a Pacientes com Tentativas de Suicídio

Nos últimos 45 anos, a mortalidade global por suicídio vem migrando em participação percentual do grupo dos mais idosos para o de indivíduos mais jovens, na faixa etária entre 15 e 45 anos. Desemprego, problemas escolares, comunicação pouco frequente e insatisfatória com a família, sensação de desesperança são fatores que explicam esse novo cenário.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) o número de mortes por suicídio, em 2003, foi em torno de 900 mil pessoas. E, para cada caso, há em média cinco ou seis pessoas próximas que sofrem com consequências emocionais, sociais e econômicas. As estatísticas ainda informam que o Brasil encontra-se no grupo de países com taxas baixas de suicídio. No entanto, por ser um país populoso, está entre os dez primeiros países, em números absolutos de suicídio.

No intuito de chamar a atenção para a gravidade do problema escolheu-se 10 de setembro, como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Considerado um problema de saúde pública, a dimensão de sua gravidade pode ser ainda maior. Os estudos indicam que os registros oficiais sobre tentativas de suicídio são mais escassos e menos confiáveis do que os dados dos casos consumados. Segundo a OMS, estima-se que o número de tentativas supere o número de suicídios em pelo menos dez vezes.

Como uma condição para se combater o problema é conhecê-lo, o Programa de Estudos e Prevenção do Suicídio e Atendimento a Pacientes com Tentativas de Suicídio (PATS) desenvolve ações de assistência e prevenção ao suicídio. Vinculado ao Departamento de Saúde Mental e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da UFG (DSMML) e coordenado pela psicóloga Célia Maria Ferreira da Silva Teixeira, o programa pretende orientar e auxiliar o paciente com comportamento suicida, assim como seus familiares, por meio de tratamentos com uma equipe interdisciplinar.

Segundo Célia Teixeira, pessoas com ideação suicida dão sinais de suas intenções, que e muitas vezes são ignorados. Frases do tipo “preferia estar morto”, “os outros vão ser mais felizes sem mim” ou “sou um perdedor e um peso para os outros” podem ser indícios. De acordo com a psicóloga, as pessoas com esses pensamentos são carregadas de sentimentos ambivalentes, ou seja, não necessariamente desejam morrer, mas, sim, livrar-se de uma situação considerada insuportável.

Mitos

Diversos mitos cercam casos de tentativa de suicídio e muitas vezes levam à negligência perante situações que resultam em fatalidades possivelmente evitadas. Segundo os especialistas, um deles é o mito de que pessoas que realmente querem se matar não avisam de sua intenção. A verdade é que a maioria das pessoas que se mataram deu sinais de sua intenção. Segundo os dados, 80% avisam a intenção. Outro mito é que a melhora após a crise significa que o risco de suicídio acabou. Na verdade, muitos suicídios ocorrem na fase de melhora, quando a pessoa tem energia e vontade de transformar pensamentos autodestrutivos em ação. Segundo a psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina Maria Amélia Dias Pereira são diversos casos de suicídio que acontecem após uma melhora de um quadro depressivo.

O que fazer

Para os especialistas, um dos grandes problemas é ignorar o pedido de ajuda. Segundo o médico residente em Psiquiatria no Hospital das Clínicas, Thiago Cezar da Fonseca, o suicídio é a consequencia de um pedido de socorro que não foi ouvido a tempo. A recomendação é que o indivíduo seja tratado com atenção e receba acompanhamento de um profissional. Além disso, a recomendação é que a família acompanhe de perto o tratamento do paciente. “A família precisa ser envolvida para discutir sinais de alerta específicos do paciente, além de reduzir o isolamento”, afirmou Thiago Cezar. Ele acrescentou que, quanto mais ajuda receber o paciente, maiores serão as chances de se evitar, o suicídio que pode e deve ser prevenido.

Fatores de risco

Há diversos fatores de risco para o suicídio, segundo os especialistas. Entre eles estão os transtornos mentais, fatores sociodemográficos, psicológicos e condições clínicas incapacitantes. Os dados revelam que histórico de suicídio na família e presença de algum transtorno mental são os principais fatores capazes de desencadear o suicídio. No caso da depressão, segundo dados mundiais, 15% dos casos mais graves terminam em suicídio. No entanto, de acordo com a psiquiatra Maria Amélia Pereira, os dados mostram que pessoas com quadros depressivos recorrentes têm a probabilidade reduzida de suicidar-se. Segundo ela, isso se justifica porque pessoas que vivenciam a situação com frequencia e buscam tratamento, sabem que o sofrimento vai passar.

08/11/2010
Fonte: http://www.jornalufgonline.ufg.br/page.php?noticia=1287151781&site_id=242

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ecos do 28º Congresso Brasileiro de Psiquiatria em Fortaleza

Para especialistas, suicídios no Brasil são subnotificados

Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, a cada dia 24 pessoas se suicidam no Brasil. Porém, a própria instituição reconhece que esse número provavelmente não corresponde à realidade. “O Brasil está muito atrasado em termos de suicidologia. Os dados são precários. As taxas divulgadas são provavelmente maiores”, explicou Carlos Eduardo Estellita-Lins, médico e coordenador do Grupo de Pesquisa de Prevenção do Suicídio, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), durante o último dia do 28° Congresso Brasileiro de Psiquiatria, ocorrido semana passada na cidade de Fortaleza.

Segundo o especialista, são procedimentos importantes na tentativa de se evitar um suicídio: não deixar o paciente ficar muito tempo sozinho, proibi-lo de dirigir, proibi-lo de usar máquinas e ferramentas, não deixá-lo andar sozinho no metrô e em vias públicas, não deixá-lo acessar locais altos, entre outros.

“Os métodos para o suicídio variam de um país para o outro. Porém, os mais comuns, inclusive no Brasil, são enforcamento, armas de fogo e envenenamento”, disse Carlos. Segundo ele, há uma alta prevalência de suicídio também no começo do tratamento para depressão, motivada pelo efeito dos antidepressivos.

Ele ainda explicou que os médicos devem ter um rigor maior quando o paciente já tentou se matar mais de uma vez. “As chances de alguém tentar se suicidar, depois de já ter tentado alguma vez e ter fracassado, é muito grande. E, provavelmente, ele irá utilizar um método diferente”, disse.

Quando questionado se o paciente com risco de tentar suicídio precisa ser internado, o médico disse que sim. Porém, argumentou que é preciso antes avaliar a qualidade da internação e que o tratamento precisa continuar depois que a internação acabe. Segundo ele, a internação compulsória está sendo discutida no país, a exemplo da Inglaterra, onde o paciente de risco grave de suicido é internado à força, independente da vontade da sua família.

Carlos explicou que cada suicídio afeta entre seis e dez pessoas. E que a mídia possui um grande papel nesses casos, devendo agir com muita responsabilidade. “Se por um lado, o suicídio pode ser contagioso, por outro, o silêncio sobre os casos tende a ser mais danoso para a sociedade. A própria Organização Mundial de Saúde possui um protocolo para a divulgação de suicídios. Nele a instituição sugere: evitar sensacionalismo, detalhes do ato, enfatizar que o suicídio pode ter como causa uma depressão e que esta pode ser prevenida e tratada, entre outros”, disse.

A psiquiatra Ivete Contieri Ferraz explicou que o suicídio é contagiante, por isso muitas pessoas que são expostas a ele têm vontade de fazer o mesmo – fato agravado, quando a vitima é alguma celebridade. “A mídia tem um grande papel nesses casos. Ela deve noticiar sim, mas com racionalização e entendimento dos motivos que levaram àquela morte. A sua condição de impactar, é um ótimo momento para educar”, acredita.

Ela ainda disse que as pessoas mais suscetíveis a sofrer influência de um suicídio são jovens, mulheres e pessoas com transtornos depressivos.

Os especialistas afirmaram que o suicídio é uma tema diretamente relacionado às políticas públicas e que deve ser articulado com todas as esferas do poder, instituições não governamentais, Organizações não governamentais (ONGs) e universidades. “Como suicídio tem, muitas vezes, algum transtorno mental como causa, é importante que os psiquiatras também participem da discussão dessas políticas”, aconselhou Carlos.

Jornal do Brasil (Agência Notisa)
http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2010/11/05/para-especialistas-suicidios-no-brasil-sao-subnotificados/

domingo, 7 de novembro de 2010

Na França...

Uma mensagem para a vida


Uma simples palavra, um olhar, um gesto, um bilhete, uma foto, um filme, um livro podem evitar o irreparável.

Palestras sobre prevenção no Hospital Universitário da UFMS

Curso do HU promove palestras para prevenção de suicídio
João Humberto

Os alunos do curso de extensão em capelania hospitalar do HU (Hospital Universitário) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) promovem nos próximos dias 11 e 12 [nov/2010] um ciclo de palestras sobre a prevenção do suicídio. Os temas serão dedicados aos profissionais de saúde, educadores e à imprensa.

No dia 11, será enfocada a prevenção do suicídio a profissionais de atenção básica e a prevenção para equipe de saúde mental. Já no dia seguinte, vai ser abordada a prevenção do suicídio a professores e educadores.

Segundo o coordenador do projeto, capelão Edílson Reis, para elaborar as palestras foram utilizados os manuais da OMS (Organização Mundial de Saúde). “Todos falam em suicídio, mas não em prevenir. Para abordar a problemática é preciso criar uma cultura de prevenção”, ressalta.

As palestras são gratuitas e acontecerão às 19h no anfiteatro do LAC (Laboratório de Análises Clínicas) do HU.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3345-3057.

Fonte: http://www.campogrande.news.com.br/canais/view/?canal=8&id=313649

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Curso de voluntários CVV - Osasco-SP

O Posto Samaritano Osasco, vinculado ao Programa CVV de Apoio Emocional e Prevenção ao Suicídio realizará curso para capacitação de novos voluntários da entidade.

Data: 20 de novembro de 2010
Horário: 15 às 17:30h

As inscrições podem ser feitas:

1) Pessoalmente na sede da entidade na Rua Euclides da Cunha, 177 - Sl - Centro - Osasco-SP em horário comercial;

2) Pelo telefone 3713-5000;

3) Via e-mail enviando mensagem para osasco@postosamaritano.org.br ou

4) 30 minutos antes do curso, no próprio local.

Durante a atividade - que é gratuita - haverá seleção dos interessados em colaborar com a entidade.

Para ser voluntário Samaritano basta ter:

a) mais de 18 anos,

b) disponibilidade de tempo (média de 4 horas e meia por semana),

c) disposição para ajudar o próximo e

d) abertura para o autoconhecimento e para o atividade de capacitação (treinamento).

Mais informações: http://www.cvv.org.br.

Evento de prevenção do suicídio em Portugal

3as. Jornadas sobre prevenção do suicídio

13 de novembro
Auditório 1 da Universidade Católica Portuguesa - Porto

Temas

O suicídio ao longo da história
Professor Doutor Joaquim Paulo Serra

Para-suicídio e jogos perigosos
Professor Doutor Carlos Braz Saraiva

Prevenção do suicídio em meio escolar
Dr.ª Diana Ribeiro

Programa integrado de prevenção do suicídio: importância e resultados
Dr.ª Letícia Malta

Stress pós-traumático e comportamentos suicidários
Professor Doutor Adriano Vaz Serra

Suicídio em lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros
Mestre Pedro Frazão
Dr.ª Margarida Lima Faria

Doença mental e comportamentos suicidários
Professor Doutor Carlos Mota Cardoso

17:00
Tratamento da doença mental – um caso prático
Professor Doutor Ricardo Gusmão

Inscrição: http://milrazoes.no.sapo.pt/index_ficheiros/Page1075.htm