domingo, 30 de janeiro de 2011

Simpósio em Portugal

X Simpósio da Sociedade Portuguesa de Suicidologia - "Suicídio 2011 - Conhecer para prevenir"        
Organizador: Sociedade Portuguesa de Suicidologia e DPSM ULS da Guarda
Data: 8 e 9 de abril  
Local: Hotel Vanguarda - Guarda

Sobre o congresso

A Sociedade Portuguesa de Suicidologia, fundada em 2000, congrega profissionais que desenvolvem há longos anos trabalho clínico e de investigação nesta área, tem tido como objectivo desenvolver a actividade científica, formativa e de investigação, de promoção para a saúde e a execução de projectos no domínio do estudo e prevenção do suicídio.

Temas 

- Riscos e vulnerabilidades: populações e contextos

- Guerra e suicídio - Despovoamento, solidão e lonjuras - Desemprego, exclusão social e suicídio

- Estatísticas do suicídio: para além dos números

- Suicídio como processo: o antes e o depois - Testemunho de Famílias

- Factores protectores do suicídio

- Religião e suicídio

- Família e suicídio

- Genética e suicídio

- Prevenção do suicídio: tarefa (im)possivel?

- Para um plano nacional de prevenção de suicídio

- Papel das consultas de prevenção

- Estratégias de prevenção junto de adolescentes

- Estratégias de prevenção junto de adultos

Mais informações 

Luis Jorge Dias (kongressos@hotmail.com)

Fonte: http://www.spsuicidologia.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=134:x-simposio-da-sociedade-portuguesa-de-suicidologia-qsuicidio-2011-conhecer-para-prevenirq&catid=55:nacionais&Itemid=80

domingo, 16 de janeiro de 2011

Novo curso do Posto Samaritano Abolição, do CVV, para voluntários

O Posto Samaritano Abolição, vinculado ao Programa CVV de Apoio Emocional e Prevenção ao Suicídio realizará nos dias 29 e 30 de janeiro (das 13 às 19h), um curso para a seleção de novos voluntários da entidade.

Requisitos para ser voluntário:

. Ter mais de 18 anos

. Disponibilidade de tempo (média de 4 horas e meia por semana)

. Disposição para ajudar o próximo e abertura para o autoconhecimento.

. Disponibilidade para comparecer aos 2 dias do evento de formação.

Inscrição:

Pessoalmente: Rua da Abolição 411 - Bela Vista - SP (horário comercial)

Telefone: 3242-4111 depois das 19h

E-mail: samaritanos.abolicao@gmail.com

É sempre bom lembrar que o CVV também está atendendo via chat (www.cvv.org.br) a todos quantos precisam de um ombro amigo.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Capitão América na prevenção contra o suicídio

Uma HQ especial de 11 páginas, estrelada pelo Capitão América, publicada nesta semana na última edição da minissérie I Am an Avenger e disponível gratuitamente para iPad, iPhone e iPod, é fruto da iniciativa de responsabilidade social da Marvel Comics na prevenção do suicídio.

A little help (Uma pequena ajuda), escrita pelo psicólogo Tim Ursiny e desenhada por Nick Dragotta, conta a história de um jovem que está prestes a praticar suicídio pulando do alto de um prédio.

Quando vê o Capitão América em confronto com vilões em um telhado próximo, o rapaz se detém para observar a luta.

Depois de ajudar o herói, o jovem acaba desistindo de tirar a própria vida.

Segundo o vice-presidente sênior de publicações da Marvel Entertainment, Tom Brevoort, os super-heróis enfrentam muitas batalhas, mas nenhuma tão importante quanto a prevenção contra o suicídio.

A HQ também registra o número do telefone do National Suicide Prevention Lifeline, entidade não governamental que presta auxílio psicológico a quem pretende cometer suicídio.

"Se alguém ligar para esse número, em vez de fazer algo trágico, isso significa que tivemos sucesso", disse Tom Brevoort ao site da Marvel.

Matéria de Marcus Ramone,de Universo HQ.

Fonte: http://www.universohq.com/quadrinhos/2011/n14012011_10.cfm

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Menos armas para uma Suíça mais segura

A Suíça é um país onde a população é a mais bem armada do mundo. Mas, após diversas tragédias, a abundância das armas é cada vez mais questionada.

Em 13 de fevereiro de 2011, o povo deve se pronunciar sobre uma iniciativa pela restrição das armas.

Armas não são uma raridade na Suíça. Segundo as estimativas - não existem números precisos sobre o assunto – deve haver entre 1,2 a 2 milhões de armas nos lares suíços.

Opinião abalada

Como no exterior, essas armas estão principalmente nas mãos de caçadores, colecionadores ou de quem pratica tiro esportivo. No entanto, uma particulariedade suíça provocou uma explosão do número de armas em circulação: durante o período do serviço militar, os soldados guardam suas armas em casa e depois de cumpridas as obrigações militares, eles podem ficar com elas respeitando algumas condições.

Com esse sistema, e ao longo de gerações, pode-se facilmente imaginar o número de mosquetes, pistolas e fusis de combate em circulação em todo o país.

Nem por isso a Suíça pode ser comparada com a Chicago dos anos 1930. Mesmo assim, a quantidade de armas cria alguns problemas. Primeiro, elas são frequentemente utilizadas em suicídios ou tragédias familiares. Em um estudo, o criminologista Martin Killias descobriu que armas militares causam cerca de 300 mortes por ano.

Segundo, a opinião pública tem sido abalada nos últimos anos por várias tragédias amplamente divulgadas: em 2001, um homem entra no parlamento do cantão de Zug (centro) e mata 14 pessoas; em 2006, a ex-campeã de esqui Corinne Rey-Bellet e seu irmão são mortos a tiro pelo marido; em 2009, um soldado mata com seu fusil de combate uma adolescente que estava esperando o ônibus para Zurique.

Ampla coalizão

Isso tudo levou as organizações a apresentar uma iniciativa popular intitulada "Para a proteção diante da violência das armas". A comissão da iniciativa reúne uma ampla coalizão de cerca de 70 organizações. Ela inclui igrejas, organizações de paz e direitos humanos (incluindo a Anistia Internacional), sindicatos ou associações de luta contra o suicídio.

A nível político, os autores obtiveram o apoio dos partidos de esquerda. No entanto, o governo e a maioria dos partidos de direita do Parlamento rejeitaram a iniciativa. Eles acreditam que a atual legislação já prevê proteção suficiente contra o uso indevido das armas.

Um registro nacional

O primeiro passo recomendado é o estabelecimento de um registro centralizado de armas a nível nacional. Por enquanto, as armas são registradas - quando são - no nível cantonal, o que não é propício a um controle eficaz.

"Em um país onde cada vaca, cada cachorro, cada papagaio tem seu número de matrícula, é incompreensível que isso também não seja o caso para um instrumento que pode matar, comenta Jean-Pierre Monti, presidente do Comitê do Pessoal da Polícia Judiciária Federal e membro da iniciativa. Isso significaria uma luta moderna contra a criminalidade”.

Mas essa ideia de registro nacional já foi recusada pelo governo e pelo Parlamento, em especial devido ao seu custo. Somado a isso está também o receio de que o cadastro seja usado para outros fins que não apenas o controle.

"Eu acho que a partir do momento que existir o registro, a tentação será grande para os adversários das armas de usá-lo para encontrar as armas que desejam proibir, foi assim que aconteceu na Inglaterra", disse Yvan Perrin, deputado da União Democrática do Centro (UDC/SVP na silga em alemão) e membro do Comitê de Interesse do Tiro da Suíça, que se opõe à iniciativa.

Fusil no arsenal

Em relação principalmente às armas militares, a iniciativa exige que não sejam mais guardadas em casa, mas em um depósito protegido pelos militares. Além disso, nenhuma arma seria entregue aos soldados que deixam o exército, exceto para os atiradores esportivos licenciados.

Essa medida reduziria o número de suicídios. "Dá-se a arma à população de maior risco, já que os jovens-adultos (19-34 anos) representam o grupo populacional em que o suicídio é a maior causa de morte e onde a arma militar é o método quase que exclusivo", explica Florian Irminger, membro da Associação Stop Suicídio e do comitê da iniciativa.

"Para os médicos, é a prevenção do suicídio que está em primeiro plano, em especial os chamados suicídios impulsivos, acrescenta Jacques de Haller, presidente da Federação de Médicos da Suíça e também membro do comitê da iniciativa. Se eles não tivessem nenhuma arma em mãos e pensassem dois minutos a mais, sabemos que um terço não cometeria suicídio. Poderíamos salvar 100 vidas por ano" (...)

Olivier Pauchard, swissinfo.ch
Adaptação: Fernando Hirschy

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Bons ecos de Pernambuco...

Os ouvidos solidários
Edição de sábado, 1 de janeiro de 2011
Profissionais do Centro de Valorização da Vida aliviam a angústia de quem está debilitado pelo sofrimento


Medo, dor, sofrimento, angústia, tristeza e até mesmo alegrias. Existem momentos na vida em que o ser humano sente a necessidade de compartilhar com alguém, mas nem sempre pode contar com uma pessoa disposta a ouvir, sem fazer críticas, sem interferir, garantindo sigilo absoluto e, o melhor, sem cobrar nada por isso. Encontrar alguém assim num momento em que o mundo parece estar contra todos pode parecer impossível, mas não é. Em João Pessoa, há 24 anos, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é um desses portos seguros onde é possível desabafar, conversar anonimamente para se sentir um pouco melhor, sem medo de se expor.


Atendentes recebem ligações diárias e se prestam a ouvir os mais necessitados. Foto: Fabyana Mota/ON/D.A. Press - 15/12/10
Entre os objetivos do programa, um dos mais importantes é a prevenção do suicídio. A coordenadora geral do Samaritano de João Pessoa, integrado ao CVV, Celiana Waldeck, afirma que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o suicídio está entre as três maiores causas de morte violenta de pessoas entre 15 a 24 anos e idosos acima de 75 anos, superando os homicídios e as guerras. A perspectiva para o futuro é desanimadora. Até o ano de 2020, projeta-se que um milhão e meio de pessoas vão se suicidar por ano no mundo se não receberem apoio emocional. As cerca de 600 chamadas registradas a cada mês mostram que muitos querem fugir dessa estatística, mesmo que os apoios efetivos, ou seja, as chamadas em que a pessoa está realmente necessitando de ajuda representem apenas 30% desse total. As demais são informações sobre o trabalho, enganos, recados, entre outras.

´No CVV, as pessoas podem falam sobre o que lhes causa sofrimento, seja solidão, depressão, tristeza, conflitos familiares, perdas em geral como luto, separação e até mesmo vitórias e conquistas que a pessoa não consegue compartilhar com alguém. Nas situações mais difíceis, podemos colaborar, apenas ouvindo quem nos procura, com a meta maior de evitar o suicídio. Às vezes, as pessoas ligam com essa ideia na cabeça, mas depois de conversar, repensam a decisão`. Ela acrescenta, no entanto, que o CVV não realiza um trabalho diretivo, ou seja, não há aconselhamento e nem direcionamento. Na maioria dos casos, ao desabafar, a pessoa que procura o serviço consegue enxergar a saída para seu problema.

A dona de casa Marta Vasconcellos, 40, passava por um período difícil no relacionamento com o companheiro, com quem vivia há quatro meses. Em casa, cercada pelo sofrimento e pela solidão, ela não teve dúvidas em ligar para o CVV. ´Eu estava numa situação muito complicada. Ficava sozinha a maior parte do tempo. Me sentia humilhada, desprezada e não queria envolver minha família. Por isso, preferi buscar o serviço. Foi muito bom, desabafei, me abri. Foi um alívio`, garante.