terça-feira, 24 de abril de 2012

Prevenção de suicídio nas escolas de Campo Grande-MS

Projeto oferece atividades para prevenção de suicídio nas escolas

O Programa de Prevenção de Suicídio nas Escolas é um projeto de extensão desenvolvido pela UFMS e o Núcleo Hospital Universitário (NHU) em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar, as secretarias estadual e municipais de educação e as prefeituras municipais do Estado. Pioneiro no tema visa treinar professores e funcionários das escolas das redes pública (estadual e municipal) e privada de MS para identificarem ideação e tentativa de suicídio em jovens e adolescentes nas escolas onde atuam, bem como quebrar tabus e mitos quanto à temática do suicídio infantil e juvenil.

Segundo Edilson dos Reis, capelão do NHU, a sensibilização dos profissionais é de extrema importância, pois eles poderão salvar vidas. Temos que criar um novo paradigma relacionado ao tema,  principalmente quando envolve criança e adolescente.

Dados do Ministério da Saúde (Manual Prevenção do Suicídio) apontam que na faixa etária entre 15 e 35 anos o suicídio está entre as três maiores causas de morte, e ainda que nos últimos 45 anos a mortalidade global por suicídio migrou em participação percentual do grupo dos mais idosos para o de indivíduos mais jovens (15 a 45 anos).

As atividades do Programa serão desenvolvidas em oito horas de seminário, envolvendo palestras e estudos de caso. Além do capelão Reis, o projeto conta com o médico psiquiatra Juberty Antonio de Souza, docente da UFMS, com o apoio de acadêmicos da UFMS dos cursos de Psicologia, Enfermagem e Medicina, e da Universidade Anhanguera Uniderp a acadêmica de Medicina Carolina Yume Arazawa.

O treinamento é oferecido gratuitamente. As escolas interessadas em receber as atividades devem entrar em contato pelo e-mail bioeticaufms@bol.com.br.

. Data: 23 de Abril de 2012
. Fonte: http://www-nt.ufms.br/news/view/id/1691

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Manual de prevenção ao suicídio no Rio Grande do Sul


Manual de prevenção ao Suicídio é distribuído para redes de atendimento

O Manual de Prevenção ao Suicídio já foi lançado e começou a ser distribuído para as redes de atendimento. A observação é do médico psiquiatra e coordenador da saúde mental e telessaúde do Sistema de Saúde Mãe de Deus e pesquisador da Universidade Estrácio de Sá do Rio de Janeiro, Ricardo Nogueira. O informativo é o resultado de uma pesquisa realizada nos municípios de Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul, Candelária e São Lourenço do Sul por Nogueira e uma equipe.

O material apresenta orientações aos que atuam em áreas, como de saúde, de assistência social, de educação e de segurança pública, além de dicas de prevenção aos pacientes que necessitam desse tipo de auxílio.

Vai auxiliar na prevenção e identificação dos casos. Ele afirma que a capacitação desses profissionais é a melhor forma de prevenir mais ocorrências. “Principalmente, para as Unidades Básicas de Saúde, emergência e Programa de Saúde da Família. È a melhor maneira. O trabalho deve ser permanente”. Uma equipe deve se dirigir para Venâncio Aires, nos próximos meses, mas ainda sem data definida.

Conforme ele, um evento de relançamento vai ser realizado durante um Seminário sobre a Valorização da Vida e Prevenção do Suicídio que ocorre no dia 22 de maio no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre. “Já foi lançado de forma digital e impressa. Deve sair ainda uma edição de bolso”. O médico destaca que o material deve ser distribuído para os municípios gaúchos.

Nogueira observa que, em Venâncio Aires, já foram registrados mais casos de janeiro até março. “Isso nos preocupa”. No entanto, lembra que em cidades como Santa Cruz e Candelária houve diminuição. “Das 20 cidades brasileiras com mais índices de suicídio, 10 estão no Rio Grande do Sul”, alerta.

A coordenadora do Programa de Prevenção à Violência (PPV) de Venâncio Aires, Cristina Telles Silva Pfeiffer, explica que já são entregues os manuais para as Unidades Básicas de Saúde do município e para os profissionais de saúde mental do Hospital São Sebastião Mártir. “Em breve teremos mais exemplares, que é de fácil leitura”.

De acordo com a primeira sargento da Brigada Militar do município, Carla Sibere de Oliveira, durante a pesquisa para a realização do manual foi possível perceber que na maioria dos casos de Venâncio Aires as pessoas tinham histórico de violência, como vítimas ou como agressores. “É urgente que se passe a desmistificar isso. È um problema que envolve várias famílias e é preciso identificar as vítimas. A violência passa de geração em geração. Pessoas que sofrem com isso, devem procurar tratamento e não deixar chegar a esse ponto”.

Além de Cristina e Carla, de Venâncio Aires também colaboraram na pesquisa a representante do Centro de Atendimento Psicosocial (Caps), Ângela Cristina Martins e da Educação, Alice Theis.

No mês de março do ano passado, ocorreu um Seminário sobre o assunto na Sociedade de Leituras que reuniu representantes de 29 municípios gaúchos.


07/04/2012 - Carolina Schmidt - Folha do Mate
Fonte: http://folhadomate.com/noticias/80-saude/1501-manual-de-prevencao-ao-suicidio-e-distribuido-para-redes-de-atendimento

Treinamento para voluntários do CVV - Abolição(SP)





O Posto Samaritano Abolição, vinculado ao Programa CVV de Apoio Emocional e Prevenção ao Suicídio promoverá curso para a seleção de novos voluntários da entidade.

Data: 14 e 15 de abril
Horário: 13:30h às 18:30h


As inscrições podem ser feitas:


a) pessoalmente na sede da entidade na Rua da Abolição 411 - Bela Vista - SP em horário comercial;


b) pelo telefone (11) 3242-4111 ou 8143-3611 - de 15 às 23h;


c) via e-mail: abolicao@cvv.org.br.


Durante a atividade haverá seleção dos interessados em colaborar com a entidade.


Para ser voluntário vinculado ao Programa CVV Prevenção ao suicídio, Apoio Emocional e valorização da vida, basta ter mais de 18 anos, ter disponibilidade de tempo (média de 4 horas e meia por semana), disposição para ajudar o próximo e abertura para o autoconhecimento e ser treinado.


Instituição sem fins lucrativos os postos Samaritanos desenvolvem trabalhos de apoio emocional por meio de contatos telefônicos, atendimento pessoal, via correio, e-mail e mais recentemente, via chat, no próprio site da entidade(http://www.cvv.org.br/).


terça-feira, 3 de abril de 2012

CVV inicia suas atividades em Avaré(SP)


AVARÉ TÊM ALTO ÍNDICE DE SUICÍDIOS
 Quando a Organização Mundial de Saúde revelou, no último dia 10 de setembro (Dia Mundial de Prevenção do Suicídio), que aproximadamente três mil pessoas se matam por dia; esse número cresceu 60% nos últimos 50 anos, especialmente nos países em desenvolvimento;

O suicídio já é uma das três principais causas de morte entre os jovens e adultos de 15 a 34 anos, mas poucos veículos de comunicação se interessaram em abrir espaço para essas informações.

Na cidade de Avaré, só nessa semana aconteceram 3 suicídios, todos por enforcamento. A cidade é a primeira no estado de São Paulo em suicídios. São pessoas de ambos os sexos, de classe baixa e média e com idade que variam entre 20 a 65 anos. O principal motivo apurado é a depressão e a dependência de entorpecentes, há casos também de dificuldade financeira.

Nos últimos anos, a população de Avaré tem-se surpreendido com o alto índice de mortes por suicídio na cidade. As taxas têm preocupado policiais e autoridades, no tocante quanto a precauções a serem tomadas para evitar que uma pessoa tome a atitude de tirar a própria vida.

Apesar de ser a causa da morte de muitas pessoas em todo o mundo, o suicídio é um tema muito delicado a ser tratado na sociedade. Por isso, foi criado o Centro de Valorização da Vida (CVV), que é uma associação civil sem fins lucrativos que tem como objetivo prestar serviço voluntário e gratuito de apoio emocional, oferecido a todas as pessoas que querem e precisam conversar sobre suas dores e descobertas, dificuldades e alegrias. Em Avaré, o CVV funciona através do telefone: (14) 3733-2525.

Talvez tenha prevalecido a tese de que qualquer menção ao suicídio na mídia possa fomentar a ocorrência de novos casos. O risco de fato existe quando se explora o assunto de forma sensacionalista, dando visibilidade a detalhes mórbidos que possam inspirar a repetição do gesto fatal. Mas a própria OMS recomenda enfaticamente a veiculação através da mídia de informações que ajudem na prevenção do suicídio, como já se faz em relação à dengue, hanseníase, tuberculose, AIDS, câncer de mama e outras doenças.

"A disseminação de informação educativa é elemento essencial para os programas de prevenção; nesse sentido, a imprensa tem um papel relevante", é o que se lê na apresentação do manual de prevenção do suicídio dirigido aos profissionais de imprensa pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde.

 Embora este seja um assunto ausente na mídia, o suicídio é considerado problema de saúde pública no Brasil. Aqui ainda se registram taxas pequenas em relação a outros países (3,9 a 4,5 para cada 100 mil habitantes), mas em números absolutos já estamos entre os dez países do mundo onde ocorrem mais suicídios (aproximadamente oito mil casos por ano), uma quantidade certamente bem superior, considerando que muitos atestados de óbito omitem a intenção do suicídio em mortes oficialmente causadas por acidentes de trânsito, overdose, quedas etc. Há outros números que deveriam justificar uma preocupação maior da sociedade em relação ao problema: as tentativas de suicídio ocorrem numa proporção pelo menos dez vezes superior ao dos casos consumados e para cada suicídio, há em média 5 ou 6 pessoas próximas ao falecido que sofrem consequências emocionais, sociais e econômicas.

Omitir essas informações da sociedade significam esconder a sujeira debaixo do tapete e fingir que o problema não existe. Se prevenção se faz com informação, é preciso enfrentar com coragem o tabu que envolve o suicídio. Tão importante quanto rastrear as causas desse problema de saúde pública - incentivando a realização de pesquisas, seminários e congressos científicos - é apoiar as redes de proteção que trabalham em favor da vida, como é o caso dos grupos de apoio que reúnem os "sobreviventes de si mesmo", aqueles que tentaram, mas não conseguiram se matar; familiares e amigos de suicidas que compartilham suas experiências em dinâmicas de grupo conduzidas por terapeutas; e organizações voluntárias que realizam gratuitamente um serviço de apoio emocional e prevenção do suicídio por telefone como é o caso do Centro de Valorização da Vida (CVV).

Há inúmeros motivos para se acreditar que a prevenção do suicídio seja uma causa urgente e necessária. Entre eles, os depoimentos dos suicidas que não conseguiram consumar o autoextermínio. Uma boa amostragem desses relatos aparece na excelente reportagem "Os sobreviventes da ponte", publicada em O GLOBO no ano de 1984, na qual o repórter entrevistou quatro pessoas (um comerciante, um estudante, um comerciário e um estofador) que pularam da ponte Rio-Niterói com o objetivo de se matar, mas, embora tenham-se machucado bastante, não faleceram.

Todas, sem exceção, declararam-se arrependidas e se apegaram de uma forma diferente à vida. No polêmico documentário "A Ponte", do cineasta americano Eric Steel, são registradas em imagens fortes os flagrantes de seis casos reais de suicídio consumados na Golden Gate, em São Francisco no ano de 2004. Há também um único depoimento de alguém que tentou se matar e não conseguiu: um rapaz revela em detalhes o salto para a morte a 60 metros de altura; durante os quatro segundos de queda livre a aproximadamente 200 km por hora, ele se arrependeu da decisão e conseguiu girar o corpo de forma a tentar cair de pé no espelho d´água; apesar das inúmeras fraturas e escoriações, conseguiu sobreviver, nadar até a superfície e aguardar o resgate. É bastante sugestiva a convergência de depoimentos em favor da vida de quem esteve tão perto da morte. O problema é que, na maioria absoluta dos casos, o arrependimento pode vir tarde demais.

Fonte: http://www.jornalabigorna.com.br/home/edicoesanteriores/30032012.html

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Boa notícia em atenção ao suicídio como política pública

 Coreia do Sul efetivará amanhã nova lei contra o suicídio

 
Uma nova lei contra o suicídio entrará em vigor amanhã na Coreia do Sul para tratar de deter a crescente tendência de atos desse tipo, estimados em 31,2 casos em 100 mil pessoas em 2010.

De acordo com a legislação, se estabelecerá um serviço telefônico de emergência às 24 horas, o qual será operado pelo centro de atenção de telefonemas de consulta do Ministério de Saúde e Assistência Social, informou hoje a pasta, citada por meios de imprensa.

A lei sobre a prevenção do suicídio e a criação de uma "cultura respeitosa com a vida" exige ao Governo realizar uma pesquisa nacional e adotar uma série de medidas para evitar as tentativas desse tipo e ajudar às pessoas que passam por isso.

E estipula a criação de centros de prevenção a esse ato em todo o país a fim de aplicar ações imediatas ante qualquer tentativa a respeito e oferecer consultas, bem como tratamento para as pessoas em risco.

Na Coreia do Sul, nação com a maior taxa de suicídio entre os 34 países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, o indicador incrementou-se nos últimos anos.

De acordo com estatísticas oficiais, em 2008 teve 26 casos de suicídio em 100 mil habitantes e 21,8 em 2006.

Fonte: Seul, 30 mar (Prensa Latina) :: http://www.prensa-latina.cu/index.php?option=com_content&task=view&id=492846&Itemid=1