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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Mais um artigo científico sobre prevenção do suicídio em congresso de psicologia


VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar 

Prevenção do suicídio no contexto hospitalar 

Marília Frota Pinho, Ana Maria Vieira Lage (UFCE)

O suicídio é um óbito que resulta de uma ação ou omissão iniciada com a intenção de causar a morte e com a expectativa desse desfecho. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), por ano cerca de um milhão de pessoas cometem suicídio, ou seja, uma taxa de mortalidade de 16 a cada 100 mil habitantes, uma morte a cada 40 segundos. Tendo em vista a magnitude do comportamento suicida, as tentativas de suicídio correspondem cerca de 20 vezes mais o número de suicídios consumados. No contexto hospitalar, as principais situações clínicas associadas ao comportamento suicida são os pacientes que apresentam grave ideação suicida e os sobreviventes de tentativas de suicídio, os quais podem estar com comprometimentos clínicos e cirúrgicos estabilizados. Nestes casos, o profissional de saúde deve realizar uma avaliação do comportamento suicida, a fim de propor uma intervenção terapêutica eficaz. A avaliação deve incluir um levantamento dos fatores de risco relevantes, como tentativas prévias de suicídio; condições biopsicossociais; a magnitude dos sintomas suicidas atuais; fatores de stress que precipitem o suicídio; nível de impulsividade e de controle pessoal; e, fatores de proteção contra o suicídio. É importante o recolhimento de dados confirmativos com os acompanhantes, colegas ou amigos e, principalmente, de cônjuges e familiares que porventura estejam presentes no momento da avaliação. O manejo do paciente suicida deve incluir procedimentos de gestão como alistamento de apoios, com vários níveis de contrato pessoal e desenvolvimento familiar, bem como aconselhamento. O tratamento farmacológico ou internamento clínico também pode ser incluído nos procedimentos. É muito importante que os psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros psiquiátricos, psiquiatras e outros médicos trabalhem em conjunto, a fim de colaborar e cooperar uns com os outros para que o plano de gestão do suicídio seja adequado para cada perfil de paciente. A utilização de um “contrato de não suicídio” é uma técnica útil na prevenção do suicídio. Esta técnica pode ser usada em um contexto de emergência hospitalar, porém o resultado pode não vir a ser o esperado visto que o “contrato de não suicídio” baseia-se, principalmente, na relação terapêutica estabelecida entre o profissional e o paciente. Além desses procedimentos, algumas precauções devem ser tomadas, como: a remoção de objetos perigosos; o leito deve ser de fácil observação, se possível em andar térreo com janelas trancadas ou com grade; acesso ao banheiro sempre supervisionado; e autorização para que um acompanhante sempre esteja presente. A atenção deve ser redobrada em alguns períodos, tais como na troca de turnos da enfermagem, na licença hospitalar, na primeira semana após a internação e no primeiro mês após a alta hospitalar. Entretanto, observa-se, na maioria dos hospitais públicos e privados, o despreparo dos profissionais para lhe dar com o suicídio e suas implicações, sendo preciso, dessa forma, a aplicação de estratégias que visem melhorar os serviços de saúde e desenvolver intervenções efetivas. Para isso, é necessária a capacitação dos profissionais de saúde para a identificação do risco suicida nos pacientes e a intervenção, caso haja ideação ou planos. 

Palavras-chave: hospital, prevenção, suicídio, avaliação. 

Email de contato: mari_frota@hotmail.com

Fonte: http://sbph.org.br/csbph8/resumos/TEMA%20LIVRE%20268.pdf

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Artigo científico sobre prevenção do suicídio em congresso de psicologia


VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar


PRAVIDA - Projeto de Apoio à Vida 

Aline Garcia Diniz, Joel Alves da Silva, Marília Franco de Oliveira, Marília Frota Pinho, Marina Costa
Lima Rodrigues da Cunha, Renata Mesquita Ferreira Lima, Fábio Gomes de Matos e Souza

O presente trabalho expõe as atividades e resultados que são os mais relevantes do projeto de extensão PRAVIDA – Projeto de Apoio à Vida, descrevendo o trabalho de prevenção do suicídio junto às pessoas que tiveram tentativas de suicídio. No intuito de prestar um serviço de assistência terapêutica e preventiva a pessoas que tentam suicídio no estado do Ceará, surgiu no ano de 2004, o PRAVIDA, um projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará, formado por quatorze acadêmicos de medicina e psicologia e coordenado pelo psiquiatra Dr. Fábio Gomes de Matos e Souza. Sendo este projeto o primeiro centro de prevenção terciária de suicídio do estado do Ceará. Nesses sete anos de atuação, ressalta-se a importância de uma instância inserida na UFC que viabilize o estudo do suicídio, bem como de atividades que visem sua prevenção. Em relação à difusão do conhecimento científico-cultural, o Projeto tem como objetivo expandir a temática através de cursos e simpósios direcionados, principalmente, a comunidade acadêmica e atos públicos voltados para a comunidade em geral, a fim de esclarecer sobre o suicídio, tornando sua prevenção efetiva, na sociedade. O Projeto se utiliza de salas localizadas no setor de Saúde Mental do Hospital Universitário Walter Cantídio onde ocorrem as reuniões e os atendimentos. Como metodologia, o PRAVIDA veicula atividades que integram ensino, pesquisa e extensão. Nesse âmbito podem ser enumeradas as seguintes: ensino: capacitações internas; cursos e simpósios; pesquisa: pesquisas relacionadas ao tema; extensão: atendimentos a comunidade, atos públicos, visitas ao instituto Dr. José Frota (IJF); e elaboração do Plano Municipal de Prevenção ao suicídio, a pedidos da Secretaria Municipal de Fortaleza. No ano de 2010 até junho de 2011, entraram em contato diretamente com o projeto cerca de 270 pessoas, as quais puderam ser assistidas e conscientizadas de que é possível sair do risco suicida. Os anos anteriores também representaram números significativos o que nos indicou que mais de mil pessoas tiveram contato com o projeto. Os cursos e simpósios possibilitaram a troca de conhecimentos entre estudantes e profissionais, atingindo, em média, mais de 300 pessoas, as quais puderam adquirir conhecimentos acerca de Prevenção do Suicídio. Várias pesquisas já foram desenvolvidas e outras estão em andamento, como a “Perfil Epidemiológico do Suicídio no Ceará entre 2000 e 2009”, que foi possível com a parceria do IML. Diante do proposto, pode-se concluir que o PRAVIDA tem alcançado seus objetivos, porém ambiciona desenvolver projetos maiores a fim de que a Prevenção ao Suicídio atinja o âmbito estadual e nacional. A temática do suicídio ainda é um tabu, sendo necessário ser discutida para que sejam desenvolvidos métodos preventivos eficazes. Percebe-se, por meio das atividades desenvolvidas, que é possível retirar uma pessoa do risco suicida, sendo preciso, pois, à capacitação de todos os profissionais da área da saúde, os quais devem estar informados acerca dos métodos preventivos. Assim, o PRAVIDA espera intensificar suas ações de prevenção, aliviando os onerosos custos que acarretam o suicídio e suas tentativas.

Palavras-Chave: suicídio, prevenção, ações.

E-mail de contato: aline_gd@hotmail.com

Fonte: http://sbph.org.br/csbph8/resumos/TEMA%20LIVRE%20081.pdf