segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Atenção, todo cuidado é pouco – Comportamento suicida: 6 sinais

A taxa de suicídio de adolescentes com idades entre 10 e 14 anos aumentou 40% nos últimos 10 anos e 33% entre aqueles com idades entre 15 e 19 anos, segundo o Mapa da Violência 2014. Todo dia, 28 brasileiros se suicidam e, para cada morte, há entre 10 e 20 tentativas. Médicos alertam que é um problema de saúde que não recebe tanta atenção por causa do tabu social. Para ajudar a combater essa epidemia silenciosa,
GALILEU conversou com uma série de psiquiatras e psicólogos sobre o problema e elaborou uma lista de seis alertas sobre o comportamento suicida.

1 - Frases de alarme
Existe um mito de que pessoas que falam em suicídio só o fazem para chamar a atenção e não pretendem, de fato, terminar com suas vidas. “Isso não é verdade, falar sobre isso pode ser um pedido de ajuda”, afirma Mônica Kother Macedo, psicanalista especializada em suicídio e professora da PUCRS. Adriana Rizzo, engenheira agrônoma voluntária da ONG Centro de Valorização da Vida (CVV) há 16 anos, já atendeu milhares de ligações de pessoas que pensavam em suicídio. Algumas das frases mais comuns ouvidas por ela foram “não aguento mais”, “eu queria sumir” e “eu quero morrer”. Então, se você ouvir um parente ou amigo falando algo do tipo, preste atenção.

2 - Mudanças inesperadas
Todo mundo passa por mudanças na vida, faz parte do pacote. Mas algumas mudanças podem ser traumáticas quando não estamos preparados para elas. Uma pessoa fragilizada por uma depressão ou outro problema psíquico dificilmente terá condições de encarar uma mudança inesperada, como perder um emprego que considerava muito importante. “Alguém tinha um hobby e abandona tudo, era super vaidoso e fica desinteressado. A mudança de comportamento é o momento em que a gente se aproxima da pessoa para saber o que está acontecendo, porque quem sabe dividindo ela vai entender que é só uma fase”, diz Macedo.

3 - Depressão e drogas
As estatísticas alertam: para cada suicídio, há entre 10 e 20 tentativas, ou seja, quem tentou suicídio está muito mais vulnerável. “Uma tentativa de suicídio é o maior preditor de nova tentativa e de suicídio”, diz o psiquiatra Humberto Correa da Silva Filho, vice-presidente da Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio.

Segundo alerta: quase 100% das pessoas que se suicidaram enfrentavam algum problema mental – a maioria depressão. Quem está sofrendo depressão ou outro transtorno devem receber maior atenção . E, se a pessoa consome álcool ou outras drogas, atenção redobrada.  “O maior coeficiente de suicídio se dá por transtorno de humor associado ao uso de substâncias psicoativas, mais da metade dos casos de suicídio. Depressão e consumo de álcool e drogas é responsável pelo maior numero de mortes no mundo inteiro”, afirma o psiquiatra Jair Segal.

4 - Pode não ser só aborrescência
As taxas de suicídio dos jovens brasileiros aumentou mais de 30% nos últimos 10 anos, como explica nosso dossiê da edição de outubro. Mas, muitas vezes o comportamento errático atribuído como típico do adolescente pode ser um sinal de intenção de suicídio. “Existe uma falsa ideia de que a depressão atinge mais pessoas adultas. O adolescente apresenta outros sintomas, ele vai se trancar no quarto, não vai falar com ninguém, e isso vai ser entendido como fenômeno da adolescência normal, já que ele não consegue expressar seu sofrimento de uma forma clara”, explica Segal.

5 - Preto no branco
Somente 15% dos gravemente deprimidos vão se suicidar, mas a depressão severa continua sendo a maior causa do suicídio. Por isso, é preciso ficar atento quando a pessoa demonstra zero interesse na vida ou nos outros. “Para o deprimido, o mundo deixa de ser colorido, é preto e branco. Ele tem baixa autoestima, desinteresse por todos e fica muito voltado para ele mesmo”, explica o psiquiatra Aloysio Augusto d’Abreu. Quando em depressão severa, a pessoa se isola dos outros e não vê motivos para continuar viva. É um alerta de urgência.

6 - Bom demais para ser verdade
Um caso que marcou o psiquiatra d’Abreu foi o de um paciente muito deprimido que simulou uma melhora para passar o final de semana em casa e, lá, usar uma espingarda para se matar. A simulação de melhora é comum em diversos casos de suicídio, então, se uma pessoa que normalmente é deprimida parecer subitamente alegre, é importante acompanhá-la para garantir que ela não tentará o suicídio.

O que você pode fazer?
Segundo o psiquiatra da Rede Brasileira de Prevenção do Suicídio Carlos Felipe Almeida D’Oliveira, o ideal é conversar com a pessoa e não deixá-la sozinha. Ao conversar, procure não falar muito e ouvir mais, já que muitas vezes a pessoa só precisa ser ouvida. “Se possível, acompanhe-a a um profissional de saúde e peça orientação”, diz. Outra medida é retirar acesso de ferramentas potencialmente destrutivas dentro de casa – como arma, remédios e substâncias tóxicas – para evitar o uso delas em um impulso.

EM CASO DE PENSAMENTOS SUICIDAS OU SITUAÇÕES QUE POSSAM TENTAR TE LEVAR A ISSO, LIGUE: 141 gratuitamente!  Centro de Valorização da Vida ou acesse www.cvv.org.br

Fonte: http://www.avozdepetropolis.com.br/atencao-todo-cuidado-e-pouco-comportamento-suicida-6-sinais/

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Portal Uai publica duas excelentes matérias sobre prevenção do suicídio. Nota 10!!


NOTA 10!! Matérias jornalísticas excelentes sobre prevenção do suicídio

Suicídio é mencionado 16 milhões de vezes ao dia por brasileiros e brasileiras nas redes sociais

O suicídio responde por cerca da metade das mortes violentas no mundo. Se o tema não for debatido com franqueza, continuará ceifando, sobretudo, jovens e adolescentes

por Gláucia Chaves 13/12/2016

Fonte: http://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2016/12/13/noticias-saude,198026/suicidio-e-mencionado-16-milhoes-de-vezes-ao-dia-por-brasileiros-e-bra.shtml

Adolescentes e crianças estão se suicidando mais e é preciso ajudá-los
De 2002 a 2012, o número de suicídios entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos aumentou 40%. Na faixa etária de 15 a 19 anos, a incidência também cresceu em 33%. No Dia Mundial de Combate ao Suicídio, comemorado neste sábado, é preciso romper o tabu, o preconceito e falar de prevenção

por Valéria Mendes 10/09/2016

Fonte: http://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2016/09/10/noticias-saude,189698/adolescentes-e-criancas-estao-se-suicidando-mais-e-e-preciso-ajuda-los.shtml

Parabéns aos jornalista e ao Portal Uai!!

Bendito choro!

No blog da revista Veja foi postada a interessante matéria, que merece ser lida por muitos motivos!

Homens não choram? Se “não”, isso poderia levar ao suicídio

Essa é a mensagem de uma campanha australiana (sucesso na internet) que incentiva eles a expressar os próprios sentimentos

Talissa Monteiro (13 dez 2016)


A organização australiana Man Up decidiu debater o suicídio masculino, principal causa de morte entre homens de 15 a 44 anos no país, por meio de vídeos que tentaram encontrar as razões por trás de tal atitude drástica. O terceiro episódio da série, que incentivou os homens a expressarem os seus sentimentos (chorando, por exemplo), viralizou e levantou, na internet, a discussão sobre a saúde mental masculina.

No mundo, o número de homens que tiram a própria vida é o triplo das mulheres: 16.8 mortes a cada 100 mil pessoas no primeiro grupo, diante 5,2 no segundo. No Brasil, segundo o Centro de Valorização da Vida (CVV),  a porcentagem é de 78,6% para 21,9%. Para a psicóloga especialista em prevenção do suicídio Karen Scavacini, uma das razões para a diferença é a cobrança social pela masculinidade. 

Os métodos usados por homens também são mais letais: “No Brasil, o enforcamento é a principal forma de suicídio, para ambos os sexos. Mas, enquanto as mulheres costumam ter a ingestão de medicamentos como segundo método mais utilizado, os homens recorrem às armas de fogo. Eles costumam optar por caminhos mais definitivos”, afirmou a psicóloga, em entrevista a este blog.

Problemas como dificuldade financeira e estresse no trabalho são causas que levam os homens ao ato. Segundo Karen, no entanto, a origem está na pressão que eles sentem para estarem sempre no papel de provedor, somado à dificuldade de expressar os próprios sentimentos (tema do vídeo da organização australiana). “É preciso rever o papel social do homem e incentivar que ele fale o que sente”, refletiu Karen.

Veja o vídeo aqui.

Amigos e familiares podem ajudar na prevenção quando reconhecerem os sinais de depressão. Alguns deles são a fadiga exagerada, dores no estômago e na coluna, falta de concentração, abuso de álcool e drogas, disfunção sexual, além de irritação e agressividade. “Se o homem não procura ajuda, as pessoas próximas podem tomar a iniciativa. Muitas vezes, o indivíduo tem dificuldade em dar o primeiro passo”, concluiu a psicóloga.

Os países mais felizes têm as taxas mais altas

Um paradoxo acompanha os países com as melhores taxas econômicas e sociais: eles são mais felizes, mas também têm as mais altas taxas de suicídio. Na região nórdica, que aparece na frente em termos de desenvolvimento humano, o problema desponta como a segunda causa de morte entre os jovens. Assim como na Austrália, os homens são a maioria. A cada vinte que comentem suicídio, onze são do sexo masculino.

Um estudo de universidades inglesas e americanas mostrou que os estados considerados “mais felizes” nos EUA também estão na frente em termos de suicídio. Utah, por exemplo, tem o maior nível de satisfação, mas está na nona posição no ranking de suicídio. Nova York, que aparece na 45º posição em felicidade, aparece em último lugar no segundo quesito. A pesquisa não chegou a nenhuma conclusão definitiva, mas arrisca: a comparação com outros conterrâneos, que dizem estar muito felizes, poderia levar alguns a tirar suas vidas.

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/virou-viral/homens-nao-choram-se-nao-isso-poderia-levar-ao-suicidio/

sábado, 3 de dezembro de 2016

Ação eficiente da PM e Bombeiros salva vida de um jovem!

PM resgata jovem que tentou se jogar de prédio em Várzea Grande [MT]; casos aumentam

Um jovem identificado como C. E. F., 18, tentou se suicidar na madrugada desta sexta-feira (2.12), no bairro Nova Esperança, em Várzea Grande, mas foi salvo por policiais militares e o Corpo de Bombeiro. Segundo policiais do 4° Batalhão da Polícia Militar, por volta das 3h da manhã, ele ameaçava se jogar do terceiro andar de um prédio abandonado.

O local , segundo informa o VGNews, foi isolado e os policiais do Batalhão de Operações Especiais do Bope e do 4º BPM iniciaram um diálogo com o rapaz.

Em determinado momento, o major Evane, do Bope, convenceu o jovem a aceitar água e uma jaqueta. Na entrega, a equipe do Corpo de Bombeiro conteve a vítima, que foi encaminhada ao Pronto Socorro de Várzea Grande.

Outros casos em 2016

Nesta última segunda-feira (28/11), uma jovem de 25 anos foi salva da morte por equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar (PM). Ela tentava se atirar do alto da ponte Sérgio Motta.

Segundo os militares, a jovem apresentava sinais claros de transtorno e ameaçava de lá se jogar. A mãe da mulher chegou ao local e a encontrou alterada.

Setembro Amarelo

"Às vezes tem um suicida na sua frente e você não vê". Foi o que escreveu num pedaço de papel o motoboy que se atirou dias atrás do 17º andar do Fórum Trabalhista de São Paulo.

Ele levou junto o filho de 4 anos, para perplexidade da família e dos amigos. O trágico bilhete resume uma questão incômoda. Quem experimenta um sofrimento profundo, daqueles difíceis de suportar, não sabe por vezes como lidar com tanta dor. Em boa parte dos casos se recolhe, omite a opressão que vai no peito e inicia uma jornada solitária que parece sem volta. Essa situação é mais frequente do que se imagina. E por falta de informação, muitos não conseguem imaginar que haja uma saída.

A Organização Mundial da Saúde afirma que em pelo menos 90% dos casos o suicídio é prevenível, porque está associado a psicopatologias diagnosticáveis e tratáveis, principalmente a depressão. A tristeza faz parte da vida, e nos ajuda crescer emocional e espiritualmente. A tristeza persistente inspira cuidado e atenção.

Pessoas deprimidas tendem a se isolar, não interagem socialmente, parecem desmotivadas, anestesiadas, sem iniciativa. Por vezes chegam a verbalizar o quanto a vida lhes parece um fardo. Quem passa por essa experiência difícil - e principalmente parentes, amigos e pessoas próximas - devem prestar atenção aos sinais e, se for o caso, procurar ajuda. Setembro Amarelo discutiu essa prática que está causando ângustia na sociedade mundial.

A prevenção do suicídio não é apenas assunto de profissionais de saúde ou ONGs humanitárias. Todos estamos sendo chamados a fazer algo pelos que estão em situação de risco e, por vezes, nem sabem disso.

Se a vida é o bem mais precioso que existe, protegê-la é o que empresta sentido à palavra "Humanidade". Aproximadamente 32 pessoas se matam todos os dias no Brasil.

Em todo mundo esse número chega a 2.200. Onde a mobilização em favor da vida cria redes de cuidado e atenção, esses números caem drasticamente.

Valorize-se
Há opções de assistência gratuita nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) e nos serviços oferecidos por universidades ou entidades classistas ligadas a psiquiatras e psicólogos.

Mesmo quando se trata de um outro problema qualquer (angústia, ansiedade, solidão, etc) os próprios profissionais de saúde costumam recomendar (com o aval do Ministério da Saúde) que se recorra ao CVV, o Centro de Valorização da Vida, organização voluntária sem ligações políticas ou religiosas, que desde 1962 realiza de forma gratuita, um serviço de apoio emocional e prevenção do suicídio por telefone (141) ou por um chat (CVV.com.br).

Os voluntários do CVV não são terapeutas, mas oferecem algo precioso num mundo onde é anda vez mais difícil encontrar alguém que se disponha a ouvir um desabafo sem julgamentos, sem receitas prontas sobre como se sentir melhor, e guardando-se absoluto sigilo em relação ao que é conversado.

São aproximadamente 800 mil ligações por ano sem grandes apoios ou divulgação nas mídias, o que confirma a importância desse serviço.

Fonte: www.24horasnews.com.br/noticias/ver/pm-resgata-jovem-que-tentou-se-jogar-de-predio-em-vg-casos-aumentam.html