sábado, 14 de dezembro de 2019

Famosos ajudam a difundir boas ideias e práticas em torno do enfrentamento à depressão e ao suicídio


Luisa Sonza revela depressão e faz desabafo: 'cansada de fingir ser forte'

 

Cantora falou sobre doença em mensagens publicadas em seu Twitter

(13 dezembro 2019)


Luisa Sonza publicou um desabafo e revelou sofrer depressão na noite desta sexta-feira, 13. A cantora é casada com o youtuber Whindersson Nunes, que já falou publicamente sobre a doença em diversas ocasiões.

"Eu não aguentava mais ficar quieta e arrumar desculpa para as pessoas inventando coisas aleatórias quando eu estou nos piores dias", afirmou Luisa em seu Twitter.

Em outro momento, a cantora prosseguiu: "Eu ando tendo que me esforçar mais do que nunca a não desistir de 'ser feliz' e ficar bem... E isso tá me cansando. É uma m***. É uma m*** você querer muito, muito acordar feliz e simplesmente não conseguir".

"Não consigo mais ficar bem por muito tempo, e faz muito tempo que estou assim, mas, por diversas razões, tenho sempre que 'segurar a barra', mas isso já me cansou. Não aguento mais 'ser forte', isso é uma m***", continuou.

"Eu menti para vocês que não tenho depressão, menti que está tudo bem. Não está, faz tempo. E eu estou cansada de fingir ser forte para vocês. Eu não sou tão forte assim e isso me frustra muito", desabafou.

Luisa Sonza parece ter feito referência a uma ocasião em setembro, quando foi questionada por fãs preocupados com um tuíte publicado por ela sobre a doença. "Eu estou bem, não estou com depressão. Não quero que confundam uma doença séria com tristeza. Eu faço terapia, me cuido", afirmou, à época.

Busque ajuda

"A doença mental limita a liberdade da pessoa e a capacidade de escolha. É importante lembrar que o suicídio está na maior parte das vezes atrelado a uma doença passível de tratamento e prevenção", explica o psiquiatra José Alberto Del Porto, pós-doutor pela Universidade de Illinois (EUA) e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento 24 horas a quem está com pensamentos suicidas ou que enfrenta outros problemas.

"Mesmo que você não tenha certeza de que precisa de nossa ajuda, não tenha receios em entrar em contato com a gente. Um de nossos voluntários estará à sua disposição", explica a equipe do site.

Fonte: https://emais.estadao.com.br/noticias/gente,luisa-sonza-revela-depressao-e-faz-desabafo-cansada-de-fingir-ser-forte,70003125427

13 famosos que desabafaram sobre depressão

(16 abril 2019)

Whindersson Nunes
Na última sexta-feira (12), o youtuber e humorista Whindersson Nunes surpreendeu muitos de seus seguidores ao falar sobre um quadro de depressão que vem enfrentando há algum tempo. "Apesar de tudo de bom que vem acontecendo comigo, de tudo que já conquistei, eu me sinto há alguns anos triste", escreveu o piauiense. E completou: "Eu sinto angústia todos os dias, todos os dias, algumas risadas, algumas brincadeiras e depois lá estou eu de novo com esse sentimento ruim". Depois do desabafo, Whindersson cancelou sua agenda de shows até agosto.

Relembre a seguir outras 12 celebridades que falaram abertamente sobre a depressão.

Padre Marcelo Rossi
Em entrevista ao programa Mariana Godoy Entrevista, padre Marcelo Rossi falou sobre o período em que teve depressão, nos anos 2000: "Não sou padre por profissão, sou padre por missão. Deus me chamou. Durante a depressão, ser padre se tornou uma profissão. Não deixei de ir em nenhum compromisso, mas já não fazia com amor". A doença o afetou tão gravemente que o afastou, inclusive, de sua relação com Deus, segundo o padre: "Eu tinha preguiça de rezar o terço. Já ouviu falar do Terço Bizantino? Fazia o Terço Bizantino porque era mais rápido". O primeiro passo para tratar o problema, segundo o sacerdote, foi vencer seu próprio preconceito em relação à doença: "Achava que era frescura. Durante 19 anos da minha vida, e olha, tirei pessoas da depressão levando-as a Jesus, mas eu não acreditava".

Padre Fábio de Melo
 Em junho de 2018, o padre Fábio de Melo compartilhou em sua conta no Instagram uma tirinha falando sobre depressão e fez um relato sobre a doença: "Há um ano eu enfrentei crise de pânico e quadro depressivo. Foi o pior momento da minha vida. [...] Aprendi muito com o que vivi. Tristeza não é doença, mas, quando se estende no tempo, pode ser. É preciso estar atento à duração dela em nós. Há muita ignorância no trato com pessoas depressivas. É comum escutar que é frescura, exagero, falta do que fazer. Quando de fato se trata de um quadro depressivo, não, não é. Só quem sofre sabe!".

Paula Fernandes
A cantora sertaneja Paula Fernandes também falou publicamente sobre depressão, no programa "Vai, Fernandinha", apresentado pela atriz Fernanda Souza. A artista disse que sofreu com a doença logo no início da carreira: "Foi um conjunto de coisas: ter assumido responsabilidades muito cedo, ter me tornado arrimo de família... Com 18 anos, vi que faltava vida social". Além de um quadro grave de depressão, ela disse que foi afetada, inclusive, por pensamentos suicidas, o que a ajudou a perceber que algo realmente não estava bem: "Avistei a janela e queria pular. Aí vi que o negócio estava feio. Emagreci 7 quilos, cabelo caiu, foi 'uó'". Segundo ela, sua mãe sugeriu um tratamento psicológico e psiquiátrico, mas seu preconceito a impediu de começá-lo: "Achava coisa de gente doida. Quando aceitei o tratamento e os remédios, comecei a melhorar. Fiquei três anos no processo. Voltei a sonhar e as coisas foram acontecendo", contou a cantora.

Selton Mello
Em entrevista à revista Veja, em 2009, o ator Selton Mello revelou que havia superado recentemente um quadro de depressão grave. "Vivi um inferno", definiu o ator. Selton disse que a doença se manifestou quando ele interrompeu o uso de remédios para emagrecer, que fazia havia anos. Pesando mais de 100 kg, ele considerou até mesmo abandonar a carreira: "Isso foi ao auge do desconforto. Estou redescobrindo o prazer de atuar", confessou. Segundo Mello, duas atividades o ajudaram a se recuperar: fazer terapia e encontrar prazer em atividades físicas.

Jorge Pontual

Outro a revelar quadro de depressão foi o jornalista Jorge Pontual. Em participação no programa Bem Estar, da Rede Globo, em janeiro de 2018, Pontual disse que fazia 40 anos que tratava depressão, mas que nunca se sentia plenamente satisfeito com os remédios que tomava, até que fez um teste genético que identificou em seu DNA um gene que o predispunha à depressão e que exigia um medicamento diferente para o tratamento da doença. "Agora minha vida mudou, meu humor ficou estável, sem aqueles altos e baixos, em geral mais baixos do que altos, de antes. A depressão ficou sob controle", contou ele no programa.

Heloísa Périssé
A atriz e humorista Heloísa Périssé mostrou, em entrevista no Conversa com Bial, exibida em agosto de 2018, que é possível lidar com a depressão de maneira bem-humorada. Ao ser perguntada por Bial se estava medicada, a humorista respondeu, brincando: "Eu não estou medicada... Eu sou medicada! [...] Eu acho que é impossível não ser e encorajo todo mundo que às vezes passa por um determinado tipo de situação e fica envergonhado. Nós somos química. Existe uma química dentro do nosso corpo que se desequilibra. É normal. Eu não tenho problema nenhum com isso".

Adriana Esteves
Em entrevista à revista Marie Claire, a atriz Adriana Esteves falou sobre o quadro de depressão que enfrentou aos 23 anos de idade: "Eu havia me separado, comecei a fazer uma novela atrás da outra, com personagens grandes, ganhei exposição e tinha pouca maturidade. Fiquei perdida, não segurei a onda. E aí veio a depressão. Passei pela fase de não conseguir comer, de não sair da cama, de achar um sofrimento tomar banho, de engordar muito com o antidepressivo". Adriana contou que não considerou suicídio, mas que temeu a morte. "A dor da depressão foi tão grande que parecia que eu ia morrer e tive a chance de não morrer. A sensação que ficou é de ter ressuscitado", revelou a atriz.

Nubia Oliiver
A modelo Nubia Oliiver, em entrevista à revista Quem, falou sobre a doença e se mostrou desesperançosa em relação a uma possível cura: "Não me sinto curada e duvido que exista cura para a depressão. Apesar de ter meus médicos capacitados nessa área. Basta um 'gatilho' para voltar tudo de novo e, algumas vezes, pior. Mas descobri também que sou mais forte que isso! Que tenho uma fé inabalável e acredito que consigo ir além e fazer muito mais do que já fiz. Vou continuar lutando, diariamente. Mas hoje sei que posso vencer, de novo e de novo, e quantas vezes for preciso".

Fani Pacheco
Nem toda depressão é causada exclusivamente por frustrações, decepções, situações e pensamentos negativos e/ou dolorosos. Em março de 2019, a ex-BBB e modelo Fani Pacheco falou sobre seu quadro de depressão endógena, problema que é causado por fatores de origem biológica/hereditária. "Cuido desde os 14 anos e, depois, foi recorrente aos 18, 20 e 22 anos. No meu caso, é genético, tenho de tratar para o resto da vida e é um desequilíbrio bioquímico do meu cérebro. A depressão pode aparecer por um acúmulo de frustrações ou alguma situação que somatiza os problemas e tem um desnível bioquímico no cérebro em que a medicação ajuda a nivelar. A psicoterapia é uma forma de resolver esta situação que ficou pendente, esses comportamentos emocionais que somatizaram, e a depressão não volta a acontecer. Precisa solucionar a causa. O importante é tratar da saúde mental como trata o resto do corpo", explicou ela.

Nesta matéria ainda são citados os ídolos internacionais Adele,Jim Carrey e Demi Lovato.

Fonte: www.bol.uol.com.br/listas/13-famosos-que-desabafaram-sobre-depressao.htm


quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Comitê Permanente de Prevenção do Suicídio é instituído no Distrito Federal

Secretaria institui o Comitê Permanente de Prevenção do Suicídio


Foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal desta quarta-feira (11) a Portaria Nº 1.003, que instituí o Comitê Permanente de Prevenção do Suicídio. O colegiado tem como atribuições elaborar, coordenar, acompanhar e avaliar as ações de prevenção do suicídio previstas no Plano Distrital de Prevenção do Suicídio 2020-2023.

Toda a população do Distrito Federal será beneficiada com a instituição e a organização do comitê, uma vez que essas ações ordenadas se tornam mais efetivas. Faremos uma ação de integração com outras secretarias e outras entidades para termos melhores resultados para esse problemática grave de saúde pública”, destaca a diretora de Serviços de Saúde Mental, Elaine Bida.

O Comitê Permanente de Prevenção do Suicídio também é responsável por articular ações de prevenção de suicídio com outros servidores da pasta, em parceria com as demais secretarias do Governo do Distrito Federal e outros setores da sociedade – instituições de ensino superior, sociedade civil organizada, representantes da mídia, lideranças comunitárias, agentes políticos e demais interessados na temática da prevenção do suicídio.

O comitê é composto por especialistas da área. Conta com representantes da Diretoria de Serviços de Saúde Mental, da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, da Coordenação de Atenção Primária à Saúde, dos Hospitais Gerais, do Hospital Psiquiátrico e Residência Médica, dos serviços ambulatoriais, de unidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAP) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Outras pessoas, servidores ou não da secretaria, poderão ser convidadas a participar do planejamento, da articulação e da execução do plano, a critério do comitê.

* Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: https://jornaldebrasilia.com.br/cidades/comite-permanente-de-prevencao-do-suicidio-instituido-nesta-quarta/

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Debate sobre prevenção do suicídio na Câmara dos Deputados

Sociedade deve ser sensibilizada sobre prevenção ao suicídio de crianças, dizem especialistas 


Especialistas e deputados apontaram a importância da informação e da sensibilização da sociedade sobre a prevenção das lesões autoprovocadas e dos suicídios de crianças e adolescentes. Eles participaram nesta quarta-feira (4) do seminário “O papel dos educadores na prevenção do suicídio de crianças e adolescentes”, promovido pela Câmara dos Deputados


Cleia Viana (4 dezembro 2019)

O deputado Lucas Gonzalez (Novo-MG), presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Suicídio e Automutilação, afirmou que é fundamental promover eventos dessa natureza, em que busca sensibilizar a opinião pública para uma questão que afeta não apenas adolescentes e jovens, mas também suas famílias e amigos.

Assunto foi debatido nesta quarta-feira (4/12/2019) na Câmara

“São fóruns como esse que vão nos levar a uma reflexão maior: que pode ter alguém do meu lado, um colega de trabalho, alguém da minha família, um amigo de muitos anos, que esteja sofrendo na alma, não esteja expressando isso e precise de um abraço, de um sorriso, de um tempo junto, de um apoio”, disse.

Gabriel de Souza Rodrigues, que gerencia um grupo de enfrentamento à depressão e ao suicídio do Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga, no Distrito Federal, contou um pouco sobre o projeto, que promove a saúde mental e é realizado conjuntamente com os estudantes.

“Para nós, enquanto escola, importa esquecer um pouco o boletim para dar um pouco de vida e esperança. Precisamos ensinar que a vida tem valor e que ela não pode acabar num problema que se enfrenta. Trabalhar a questão da depressão e do suicídio perpassa pelo aprendizado da vida. Se a educação trata de questão de futuro, você precisa estar vivo para chegar lá”.

Para o professor, esse trabalho poderia ser ainda melhor caso as escolas contassem com profissionais especializados, como psicólogos, assistentes sociais e psiquiatras.

O profissional de saúde Elias Lacerda lembrou que a derrubada, pelo Congresso, de veto presidencial a projeto que garante atendimento psicológico e de assistentes sociais aos estudantes do ensino fundamental e médio pode contribuir com esse trabalho de prevenção.

Orientação aos professores


Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde, informou que um trabalho conjunto envolvendo quatro ministérios deve levar aos professores da rede pública do país educação permanente sobre como atuar em relação ao sofrimento psíquico e às lesões autoprovocadas pelos alunos.

“Elaboramos um conteúdo pedagógico com auxílio da Sociedade Brasileira de Pediatria e a de Psiquiatria para elaborar curso de formação que vai ser entregue em janeiro de 2020 para todas as escolas públicas. Vamos formar os professores através de cursos de EAD e palestras presenciais”.

Mayra disse ainda ser fundamental que o Governo regulamente o mais rapidamente possível a lei que dispõe sobre a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio.

Dentre outros objetivos, a lei busca garantir o acesso à atenção psicossocial das pessoas em sofrimento psíquico agudo ou crônico, especialmente daquelas com histórico de ideação suicida, e promover a notificação de eventos e o aprimoramento de métodos de coleta e análise de dados sobre automutilações, tentativas de suicídio e suicídios consumados para subsidiar a formulação de políticas.

Caps


Mayra Pinheiro lembrou que estatísticas indicam pequena redução de automutilações e suicídios em áreas em que funcionam centros de atenção psicossocial, os Caps, unidades que atendem pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Mas ressaltou que muitas dessas unidades estão desativadas em todo o país.

Reportagem - Eduardo Tramarim
Edição - Ana Chalub

Fonte: www.camara.leg.br/noticias/622285-sociedade-deve-ser-sensibilizada-sobre-prevencao-ao-suicidio-de-criancas-dizem-especialistas/