quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Se você estiver pensando em suicídio SAIBA que você tem uma opção!

O CVV – Centro de Valorização da Vida, serviço de apoio emocional e prevenção do suicídio, funciona normalmente nos feriados de Natal e Ano Novo.
 
O atendimento é feito pelo telefone 141 (24 horas por dia), ou por e-mail e chat, ambos pelo site www.cvv.org.br.
 
O CVV é uma das ONGs mais antigas do país, com 51 anos de atuação gratuita e sigilosa e não altera seus horários de atendimento mesmo durante os feriados.
 
Sobre o CVV
 
O CVV - Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal em 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os mais de um milhão de atendimentos anuais são realizados por 2.200 voluntários em 18 estados mais o Distrito Federal, pelo telefone 141 (24 horas), pessoalmente (nos 68 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br via chat, VoIP (Skype) e e-mail.
 
Outras informações também podem ser obtidas na nossa página www.facebook.com/cvv141
 
É associado ao Befrienders Worldwide (www.befrienders.org), entidade que congrega as instituições congêneres de todo o mundo e participou da força tarefa que elaborou a Política Nacional de Prevenção do Suicídio do Ministério da Saúde.
 

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Voluntário passará a véspera de Natal em ONG de prevenção do suicídio

Antonio Batista, de 62 anos, negociou horários com a família para trabalhar.
Ele também fará nove horas de plantão na véspera do Ano Novo.

Antes de se juntar à família para os preparativos da véspera de Natal, nesta quarta-feira (24), o engenheiro aposentado Sérgio Antonio Bastista, de 62 anos, vai cumprir um compromisso que honra há 15 anos: seu plantão semanal de quatro horas e meia como voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV), organização não-governamental de prevenção do suicídio. Criada em 1962, a ONG dá apoio emocional gratuito, presencial, por telefone ou pela internet, a pessoas em busca de ajuda.

"Vou fazer a véspera de Natal, meu plantão, e vou fazer também o dia 31. Vou estar em São Paulo e é a minha forma de poder colaborar com o trabalho", explicou ele ao receber o G1 em um sobrado em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, onde funciona um dos postos na Capital.

No total, 2 mil voluntários atuam em cerca de 70 postos espalhados pelo Brasil. O país ocupa a oitava posição na lista de nações com o maior número absoluto de casos de suicídio. Em 2012, 11.821 tiraram a própria vida no país.

Datas coincidiram

Cada voluntário se compromete a trabalhar pelo menos uma vez por semana em um turno de quatro horas e meia. Desde o início deste ano, Antonio se encarrega de um turno às quartas-feiras. Ele diz que foi só há cerca de um mês que percebeu que tanto a véspera de Natal quanto a de Ano Novo coincidiam justamente com o seu dia de trabalho.

A solução para o problema não foi difícil: ele conversou com a família e decidiu passar as festas em São Paulo. Nesta quarta, ele trabalha das 11h às 15h30; no dia 31, fará um turno duplo, para cobrir o de um colega voluntário, que viajará. "Vou trabalhar das 11h às 19h. Minha mulher compreende, aceita e respeita meu trabalho, mas não gosta muito quando às vezes eu dobro o turno."

Essa não é a primeira vez que o turno do engenheiro eletricista coincide com as festas de dezembro. Há alguns anos, ele fazia o turno da madrugada no posto da Vila Carrão, na Zona Leste. "Jantei um pouco antes, depois fui para o posto, trabalhei das 23h até as 3h. Faz parte", disse. A noite desta quarta, porém, será dedicada à mulher e às filhas de 19 e de 38 anos. "Por sinal, a de 38 está grávida. Vou ser avô pela segunda vez", comemorou.

O sorriso no rosto que ele ganha ao falar do bom momento familiar que vive hoje é, em parte, uma recompensa pelos 15 anos dedicados ao atendimento telefônico a pessoas desconhecidas, que buscam o CVV pelos motivos mais distintos. "Todo tipo de pessoa liga. Jovem, idoso, homem, mulher. Ligam quando querem conversar com alguém e não têm ninguém por perto", explicou ele.

Desde que foi indicado por uma amiga para fazer o curso e passou a ser uma das vozes – muitas vezes anônimas – que oferecem um ouvido amigo, Antonio disse que também se tornou uma pessoa melhor. "Sou mais paciente, menos preconceituoso. Minha relação com as minhas filhas também ficou melhor."

Os voluntários, que rateiam os custos de operação dos postos para garantir o funcionamento da ONG, são treinados para acolher os desabafos de tristeza, raiva, depressão, angústia e até de felicidade. O atendimento gratuito é feito por meio de ligações telefônicas sigilosas que duram o tempo que o usuário desejar. "Normalmente você tem de 15 a 20 contatos por turno. Às vezes a conversa dura cinco, dez minutos. Às vezes dura uma hora."

As ligações são sigilosas e nunca são gravadas, por isso, não é possível ter estatísticas do conteúdo dessas conversas e do perfil demográfico detalhado. Mas o CVV recebeu mais de 1,1 milhão de chamadas telefônicas em 2013: em média, o telefone toca uma vez a cada 34 segundos.

Dezembro, porém, é um mês em que a demanda dos voluntários sofre um aumento de cerca de 15%. "É um momento de reflexão. Tem as festas familiares, então ligam pessoas que perderam um ente querido, que não estão mais comemorando. As pessoas sentem nostalgia, saudade, fazem balanço do ano, falam de projetos para o ano futuro. Também tem o pessoal do vestibular, estudantes ligam preocupados com a pressão, a competição e com o futuro."

Os jovens são uma preocupação especial. Segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), divulgado em março deste ano, 9,4% dos jovens brasileiros com entre 14 e 25 anos admitiram terem tido pensamentos suicidas, e 5% já tentaram tirar a própria vida. Por isso, o CVV também conta com atendimento on-line no site oficial, entre as 19h e as 23h. "É muito importante que os jovens possam ter com quem conversar. Nosso jovem está morrendo", disse Antonio.

Serviço
O atendimento do CVV funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, pelo telefone 141. O atendimento on-line funciona em horários específicos no site do CVV.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/12/voluntario-passara-vespera-de-natal-em-ong-de-prevencao-do-suicidio.html

sábado, 20 de dezembro de 2014

Livro gratuito é lançado pela ABP sobre suicídio e sua prevenção

Iniciativa do Conselho Federal de Medicina e da Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Suicídio: informando para prevenir

Lançado neste ano de 2014, este livreto com 52 páginas mostra como abordar um paciente, explica de que forma as doenças mentais podem estar relacionadas ao suicídio, os fatores psicossociais e dados atualizados sobre o tema.

As duas entidades se empenharam em criar uma cartilha para orientar os médicos e profissionais da área de saúde em casos de tentativa de suicídio ou para identificarem possíveis casos em seus pacientes.

Disponível para download aqui.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Prevenção ao suicídio: urgência mundial

Cilene Queiroz (Campo Grande-MS)
Escritora, bióloga e mestre em 
Sistema de Produção em Agronomia

Li e reli várias vezes as reportagens, porque fiquei chocada. Não era matéria corriqueira na mídia atual, não se tratava de roubo na Petrobras e Eletrobras, mas era algo ainda pior. Era algo sobre o suicídio. O mais surpreendente é que o suicídio é prevenível em 90% dos casos.

O relatório da OMS é um apelo à ação para resolver um grave problema de saúde pública. Possivelmente, as pessoas devem se questionar o motivo de a OMS se vincular a um problema dessa altura. A humanidade, infelizmente, ainda fraqueja diante desse problema. Portanto, de antemão, percebendo isto, a OMS lança um relatório sobre a prevenção do suicídio.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a International Association for Suicide Prevention (Iaps) instituíram a data “10 de setembro 2014” como o Dia Mundial para Prevenção do Suicídio. A OMS divulgou dados do primeiro “
Relatório Global para Prevenção do Suicídio”. Foi um dia muito importante para a OMS, que vem tentando sensibilizar jornalistas e comunicadores com o tema. No primeiro relatório publicado pela OMS sobre o assunto, os dados são impressionantes e alarmantes.

Por isso, devemos todos nós, com força e garra, aderir a esta campanha. Não basta apenas rotular, como sendo mais um a fazer parte da campanha. Mas procurar informar-se, interessar-se por ter mais conhecimento. É algo às vezes difícil de compreender.

A cada dia se tem mais notícias, de jovens que consciente ou inconscientemente colocam em risco suas próprias vidas. O comportamento suicida indireto implica atividades perigosas, sem que exista uma intenção consciente de morrer. Os exemplos de suicídio indireto incluem o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o uso de qualquer tipo de droga, como o consumo de cigarros.

Infelizmente no relatório da OMS não há nada sobre suicídio indireto dos jovens. É plausível olhar em derredor e ver o que está acontecendo nas grandes metrópoles, como também nas pequenas cidades. A droga faz parte desta luta sim, embora, mostre-se de forma velada.

Ainda no relatório da OMS, revela-se que mais de 800 mil pessoas dão fim à própria vida todos os anos no mundo, tornando o suicídio um grande problema de saúde pública. E de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 75% dos casos ocorrem em países de baixa e média renda.

O relatório aponta que o envenenamento, o enforcamento e o uso de armas de fogo são os métodos mais comuns de suicídio global. Atualmente, apenas 28 países são conhecidos por ter estratégias nacionais de prevenção do suicídio. É muito pouco se tratando com vida. Os países mais desenvolvidos fazem a sua prevenção, embora ainda timidamente; enquanto os menos desenvolvidos, praticamente nada tem feito.

O levantamento diz ainda que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e o tabu em torno deste tipo de morte impede que famílias e governos abordem a questão abertamente e de forma eficaz. Acredita-se que após o lançamento deste relatório da OMS haja um acompanhamento melhor ao cidadão com tendência ao suicídio.

Os suicídios no Brasil vêm aumentando de forma progressiva. Embora as taxas de suicídio sejam consideradas baixas, entre 5.4 e 5.9 a cada 100.000 habitantes. Ocupa o 113º lugar no mundo e oitavo na América Latina em taxas de suicídio. Dentro do País as taxas são distribuídas desigualmente. São mais baixas no Norte e muito mais altas na região Sul, onde em várias cidades elas se assemelham às da Europa Central.

E para finalizar, uma citação de Eça de Queiroz:

Houve um filósofo que deixou aos infelizes esta máxima: Se a tua dor te aflige, faz dela um poema.

Fonte: www.correiodoestado.com.br/opiniao/cilene-queiroz-prevencao-ao-suicidio-urgencia-mundial/234711/

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Grupo de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio Anônimo - GASSA

Encontros mensais são destinados a quem já tentou suicídio e a familiares de suicidas

Estudos apontam que a cada suicídio, cinco ou seis pessoas sofrem consequências emocionais ou sociais que podem causar sequelas pelo resto de suas vidas. Normalmente são familiares do suicida ou amigos muito próximos que podem sentir culpa, vergonha, tristeza ou outras emoções bastante marcantes e difíceis de se trabalhar. Devido ao tabu e preconceitos que ainda cercam o assunto, muitas dessas pessoas são discriminadas e perseguidas por amigos, vizinhos e colegas de trabalho ou escola, o que agrava seus traumas, inseguranças e sensação de solidão.

Com base nessa estatística o Grupo de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio Anônimo – GASSA, iniciativa do CVV, afirma que se cerca de 32 brasileiros cometem o suicídio diariamente segundo dados do Ministério da Saúde, então, surgem por dia pelo menos 160 pessoas direta e fortemente impactadas por essas perdas.

Além deles, as próprias pessoas que tentaram o suicídio precisam de muito suporte. Não há dados muito específicos, mas estima-se que de cada vítima de suicídio, outras duas tentaram se matar, ou seja, são mais de 60 novos brasileiros nessa situação diariamente e são eles que formam o maior grupo de risco para o suicídio. Se, por um lado são pessoas com alto risco, ao mesmo tempo é um grupo bem definido e fácil de identificar.

Ao mesmo tempo, pessoas com histórico de suicídio na família também apresentam maior propensão a se matar. Conseguimos atender a esses dois importantes grupos simultaneamente: quem já tentou suicídio e os familiares.

O Grupo de Apoio tem por objetivo facilitar a troca de experiências e apoio emocional, permitindo a conversa aberta e anônima de pessoas que vivenciaram situações semelhantes. Esse modelo permite um ganho de qualidade de vida dos participantes
e busca do equilíbrio emocional e mental, mas não elimina a necessidade do acompanhamento de profissionais da saúde.

O CVV possui experiência na prevenção do suicídio e apoio emocional há 52 anos e oferece essa nova opção de atendimento gratuito com base no conhecimento acumulado e em técnicas específicas para grupos de apoio a sobreviventes de suicídio.

Serviço
Grupo de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio Anônimo – GASSA

Reuniões mensais: toda primeira quarta-feira do mês

Horário: das 19h30 às 21h30

Local: Rua Abolição, 411 – Bela Vista – São Paulo (próximo à Praça Pérola Byington)

Quem pode participar: pessoas que tentaram suicídio, e familiares e amigos de suicidas

Informações: 11 9 8318-9663 / gassaabolicao@gmail.com

Os encontros são confidenciais, sigilosos e gratuitos

Fonte: www.segs.com.br/saude/21834-cvv-cria-grupo-de-apoio-aos-sobreviventes-do-suicidio.html

sábado, 25 de outubro de 2014

O suicídio nas Américas, segundo pesquisa da OPAS

Organização Pan-Americana da Saúde revela que 7 pessoas se suicidam por hora nas Américas

23 de outubro de 2014

Um relatório divulgado pelas Nações Unidas mostra que a região das Américas registra uma média de sete suicídios por hora.

O estudo, da Organização Pan-Americana da Saúde, foi divulgado na quarta-feira, na Cidade do México.

Comportamento

Segundo o relatório “Mortalidade por suicídio nas Américas”, existe um forte elo entre problemas de saúde mental e o suicídio. De acordo com a pesquisa, distúrbios mentais são um fator em quase 90% de todos os suicídios.

O levantamento recomenda aos países que avaliem os sistemas de saúde para identificar programas, serviços e recursos que possam prevenir e tratar problemas associados a um comportamento suicida

Foram analisados dados de 48 países e territórios no Hemisfério Ocidental.

Caribe que não fala espanhol

A região das Américas, no entanto, registra uma das taxas mais baixas se comparadas à media global. São 7,3 suicídios por 100 mil habitantes, quase quatro a menos que a estatística mundial.

A América do Norte, a zona do Caribe que não fala espanhol, concentra o maior número de casos de pessoas que tiram a própria vida. O número de homens que se matam é mais alto que o de mulheres, e entre as faixas etárias, indivíduos maiores de 70 anos são os mais propensos a cometer suicídio.

Mas o problema é também a terceira maior causa de morte entre jovens de 10 a 24 anos. Os países com as taxas mais altas são Guiana, Suriname, Uruguai e Chile. Seguidos por Trinidad e Tobago, Estados Unidos, Cuba e Canadá.

Problemas têm solução

A diretora da Paho, Carissa Etienne, disse que os distúrbios mentais como depressão e excesso de álcool, devem ser diagnosticados e tratados o mais cedo possível.
 
Segundo ela, é preciso ainda ser mais vigilante com quem já tentou se matar. Etienne afirmou que a prevenção do suicídio não é apenas responsabilidade dos profissionais de saúde, mas de todos: comunidades, famílias, igrejas e grupos sociais.

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde lembrou que geralmente quem atenta contra a própria vida tem sentimentos de perda, abandono ou culpa. Mas que quase sempre os problemas têm solução.

Com informações da Rádio ONU de Nova York

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Prevenção do suicídio nas escolas... lá em Portugal

Uma onda de suicídio atinge algumas cidades brasileiras. Porto Velho é uma delas. No entanto, os responsáveis pela saúde pública estão longe de entender a gravidade da situação.

Ofereci-me para fazer palestra numa das maiores escolas públicas (gratuitamente, como é de praxe), mas não fui convidado.

Que não sejam necessárias mais tantas mortes para que despertemos para a necessidade de irmos às escolas prevenir o suicídio.

Prevenção do suicídio nas escolas volta a estar em debate na Escola de Enfermagem [em Coimbra, Portugal]

Encontro do projeto “+ Contigo”, promovido pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e pela Administração Regional de Saúde do Centro, traz a Coimbra especialistas em Psiquiatria e em Saúde Infantil, além de educadores, psicólogos e enfermeiros. Estudantes do 3º ciclo do Ensino Básico vão apresentar música rap inspirada no projeto

O alargamento, ao território nacional, do projeto de prevenção de comportamentos suicidários em meio escolar “+ Contigo”, que a partir da região centro do país já se estendeu à Lourinhã, Algarve e Açores (Ilha do Pico), é um dos temas em destaque num encontro que se realiza, amanhã (dia 1 de outubro), na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC).

O III Encontro “+ Contigo” (programa em anexo), para partilha de resultados do projeto no ano letivo de 2013-2014, tem início às 9h30, na Sala de Reuniões da ESEnfC – Polo B, em S. Martinho do Bispo. A abrir a iniciativa, os psiquiatras Daniel Sampaio (Centro Hospitalar Lisboa Norte) e Diogo Guerreiro (Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa) vão falar-nos, justamente, sobre prevenção do suicídio nas escolas.

Pelas 12h30, decorrerá a sessão de boas-vindas, com a presença da vice-presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, do presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, José Manuel Tereso, do diretor do Programa Nacional de Saúde Mental e coordenador do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, Álvaro de Carvalho, e do coordenador do “+ Contigo”, o professor da ESEnfC, José Carlos Santos.

Finda a sessão de boas-vindas, será apresentada uma música rap alusiva ao “+ Contigo”, criação de um grupo de estudantes do 3º ciclo do Ensino Básico que integra o projeto.

Da responsabilidade da ESEnfC e da ARS do Centro, o “+ Contigo” trabalha aspetos como o estigma em saúde mental, o autoconceito e a capacidade de resolução de problemas, devidamente enquadrados na fase da adolescência. A população-alvo deste programa é constituída por alunos do 3º ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário.

O “+ Contigo” mereceu o apoio da Direção-Geral da Saúde, que o inseriu no conjunto de medidas do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio.

http://www.noticiasdecoimbra.pt/prevencao-do-suicidio-nas-escolas-volta-a-estar-em-debate-na-escola-de-enfermagem/

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Posto Abolição do CVV promove treinamento para voluntários

O Centro de Valorização da Vida - CVV, realiza gratuitamente há 53 anos o  Serviço de Apoio Emocional e Valorização da Vida (consequentemente prevenindo o suicídio) utilizando o telefone e recentemente outros meios  como ferramenta.

O posto CVV Abolição realizará nos dias 27/09 e 28/09/2014 um novo curso para seleção e capacitação de novos voluntários e solicitamos a sua colaboração em divulgar o evento.

Evento

. De 13:30 às 18:30h
. Será apresentado a filosofia da entidade e a forma de conduta a ser seguida pelo voluntário.

É necessário comparecer aos dois dias do evento.

Local do evento

A Seleção e capacitação sera feita na Rua Abolição, 411 - Centro - São Paulo - Próximo as estações do Metrôs Anhangabaú ou Sé ou terminal de Ônibus Bandeira.

Inscrições e informações 

Poderão ser feitas pelo telefones (11) 3242-4111 ou 9.8143-3611, de 15 às 23h todos os dias ou por e-mail: abolicao@cvv.org.br. Os candidatos poderão ainda fazer a inscrição 15 minutos antes do curso.

Mais informações

Os postos CVV desenvolvem trabalhos de apoio emocional por meio de contatos telefônicos, atendimento pessoal, via correio, e-mail e mais recentemente via chat, no próprio site da entidade (www.cvv.org.br).

http://www.cvv.org.br.
http://www.youtube.com/watch?v=cRMG7jSARSU
https://www.facebook.com/postocvv.abolicao

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

ALERTA!!

Ainda os ecos do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, no dia 10 de setembro!

Amazonas registra o maior crescimento  de suicídio de jovens do País 

Dados do Mapa da Violência foram lembrados no Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, na quarta

domingo 14 de setembro de 2014
Márcia Valéria / portal@d24am.com

Manaus - Segundo dados do Mapa da Violência do Ministério da Saúde (MS), o Amazonas tem a maior taxa de crescimento de suicídio juvenil do País: 134,9% entre os anos de 2002 e 2012. O mais preocupante, de acordo com o MS, é que estima-se 300 tentativas para cada caso registrado, além da sub-notificação. O levantamento, divulgado em julho, voltou ao debate na última quarta-feira, Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.

A dona de casa Maria* entrou em desespero quando a filha Katia*, de 20 anos, disse que tinha chegado a medir a altura entre o telhado da varanda e o chão para ver se conseguia pendurar uma corda e pular. “Ela não falou diretamente a palavra suicídio, mas como já vinha apresentando sinais de depressão, decidi procurar ajuda antes que minha filha tirasse a própria vida. Hoje, fora do quadro depressivo, ela me contou que só não se matou naquela época porque pensou em mim”, contou.

Já a cabeleireira Eliane* chegou a tempo de segurar as pernas do filho André*, de 18 anos, que estava em cima de um banco e preso a uma corda amarrada na sacada da janela do quarto. “Deus me deu forças e eu o segurei a tempo e impedi que ele pulasse. Como sequela, ele ficou com uma cicatriz no pescoço”, disse.

Outras mães não tiveram a mesma sorte que Maria e Eliane e seus filhos. No período de dez anos, aponta o Mapa da Violência, 100,6 a cada 100 mil crianças, adolescentes e jovens com menos de 25 anos cometeram suicídio no Estado. Foram 781 mortes, destas 402 em Manaus, 65,5 para cada 100 mil habitantes juvenil da capital.

A psicóloga Auxiliadora Ribeiro, da clínica Pais e Filhos, afirma que vários motivos levam um jovem escolher por fim a sua vida e, na maioria dos casos, estão ligados à depressão. Ela alerta que os familiares devem estar atentos aos sinais.

“A qualidade de vida que tem, o tipo de família que ele pertence, o papel que ele desempenha perante os familiares, as frustrações, as perdas, as decepções, o uso excessivo de álcool e drogas e o nível de tolerância que ele encara sua vida pode levá-lo ao suicídio”. disse.

Para ela, a  grande demanda dos dias atuais requer investimento e participação dos jovens nas mais diversas esferas e contextos familiares. “Sendo assim o jovem se vê pressionado a responder cada vez mais. Alguns percebem-se incapazes e veem no suicídio uma solução”.

Ela orienta que a atenção dos pais, a acolhida nos momentos difíceis e o limite são ingredientes que permitem que, em situações que geram ameaça ao jovem, ele possa apresentar defesas adequadas e assim bloquear  as situações que geram angustia e ansiedade.

Ranking
O Mapa da Violência também aponta dois municípios amazonenses, de até 20 mil habitantes, entre as três maiores taxas de suicídio de jovens do País.  Em primeiro lugar no ranking,  está São Gabriel da Cachoeira (51,2) e, em terceiro, São Paulo Olivença (36,7). Em segundo, aparece Três Passos, no Rio Grande do Sul (41,9).

Tefé, com taxa de 16,7, também aparece no Mapa da Violência na 29ª posição e Tabatinga, com 14,7, na 90ª posição, entre as 100 cidades de até 20 mil habitantes com as maiores taxas de suicídio juvenil.

De acordo com o Mapa da violência, entre o número de casos  de suicídio na população geral, o crescimento foi de 131,3% entre 2002 e 2012, no Estado. Em Manaus, no mesmo período, o crescimento foi de 89,6%. Foram  1.407 mortes em dez anos, que representa a taxa de 90,7 para cada 100 mil habitantes. Em Manaus, foram 784 mortes, 51,6 para cada 100 mil.

O MS alerta que  os suicídios vêm aumentando de forma progressiva e constante, no Amazonas. Foram 80 em 2002, 147 em 2008 e 185 em 2012. Entre os jovens foram 43, 93 e 101, no mesmo período.

*Os nomes são fictícios para manter a privacidade das famílias.

Fonte: http://new.d24am.com/noticias/amazonas/amazonas-registra-maior-crescimento-suicidio-jovens-pais/119887


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Dia Mundial de Prevenção do Suicídio Ecos de Portugal

A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) e a Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) de Odemira comemoram hoje o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.

Na Biblioteca de Odemira é apresentado o resultado do estudo “Suicídio e Autópsia Psicológica” realizado pela Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa e sob coordenação científica do Coordenador Nacional do Projecto Europeu da Prevenção do Suicídio, Professor Ricardo Gusmão. Este estudo é apontado como inovador dada a utilização de um instrumento desenvolvido para investigação forense. A apresentação está a cargo do ex-coordenador executivo do Observatório do Suicídio e Parassuicídio do Baixo Alentejo, José Henrique Santos, psicólogo co-autor do trabalho.

A promoção da saúde mental também é a temática que vai ser abordada junto da comunidade feminina do Estabelecimento Prisional de Odemira, na próxima segunda-feira. Esta acção de sensibilização da ULSLA pretende apoiar as mulheres em exclusão social na identificação dos primeiros sinais e sintomas em saúde mental – neurose, psicose, depressão, entre outros.

Estas são algumas das iniciativas da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano desenvolvidas no âmbito das comemorações dos 35 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

 http://www.radiopax.com/index.php?go=noticias&id=4951

sábado, 6 de setembro de 2014

CAVIDA de Maceió-AL presente no Dia Mundial de Prevenção do Suicídio

Cavida trabalha ações no
dia mundial de prevenção ao suicídio

O dia 10 de setembro, é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. A data foi instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como forma de sensibilizar e convocar os países-membros para a criação de estratégias para a prevenção do suicídio, que tem altas taxas em todo o mundo.

O suicídio é atualmente uma das três principais causas de morte entre os jovens e adultos. A cada 35 segundos uma pessoa chega ao óbito por suicídio.

Como uma estratégia de prevenção, foi criado o CAVIDA – Centro de Amor a Vida, que é um serviço de utilidade pública estadual (Lei 7553/2013) que trabalha na prevenção ao suicídio, auxiliando a salvar vidas através de serviços como: psicoterapia individual e de grupo, palestras, e capacitação profissional. Os serviços são gratuitos à comunidade e fornecidos por uma equipe multiprofissional capacitada para trabalhar nessa temática.

É importante estar em alerta aos sinais que indicam comportamento suicida, tais como: Comportamentos de isolamento; tristeza; desânimo com a vida; dificuldade financeira; dificuldade de relacionamento; bullying; depressão; uso excessivo de drogas; direção perigosa; etc...

Caso conheça alguém que precise de ajuda, indiquem nosso serviço e ajude a salvar vidas, prevenindo o suicídio e promovendo saúde à população.

Informações 3326-2774 / www.projetocavida.blogspot.com.br

Fonte: http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=209094

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

10 de Setembro :: Dia Mundial da Prevenção do Suicídio

Sugestão do Grupo Vida-Suicidologia da UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri / Minas Gerais):

  • Coloque um balão amarelo na janela de sua casa, durante o dia. 
  • Ou acenda uma vela próximo à janela, às 20h. 

Demonstre o seu apoio à "prevenção do suicídio: tarefa para muitas mãos".

Participe dessa ação de solidariedade!

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Pela opção de viver

CVV e a prevenção do suicídio 
(28/8/2014)

Uma história que se repete periodicamente – celebridades tiram a própria vida, vítimas de depressão, álcool, drogas, dificuldade em lidar com pressões sociais ou familiares ou mesmo com as mudanças da vida.

É possível mudar essa história? Sim, certamente, porque pelo menos nove em cada dez suicídios poderiam ser prevenidos e o suicida pede ajuda, ao contrário do que muitos acreditam. Mas para começar a efetivar essa mudança é preciso falar no assunto.

O tema suicídio está ausente nas conversas entre amigos, entre pais e filhos, nas aulas escolares, nos consultórios médicos e nas páginas dos jornais. O assunto só aparece quando uma celebridade comete o suicídio e a polêmica se restringe ao fato em si, sem o devido aprofundamento no que isso pode representar às nossas vidas – somos nós ou as pessoas que nos cercam potenciais suicidas? Como saber identificar, como prevenir e como pedir ajuda?

É preciso quebrar o tabu do silêncio.

É preciso provocar discussões saudáveis, entendendo que o problema não se restringe aos famosos. Esse tipo de morte, ou tentativa, acontece em qualquer família, em qualquer cidade, com pessoas de qualquer idade. O Brasil tem visto um aumento preocupante nos índices de suicídio entre jovens, uma idade na qual, pela lógica, as pessoas sonham mais, são mais felizes e sentem-se menos pressionadas.

O CVV, entidade que atua na prevenção do suicídio há 52 anos, convida a todos os brasileiros quebrarem esse silêncio no dia 10 de setembro, Dia Internacional de Prevenção do Suicídio. Se alguns começarem a falar, a trazer o tema à tona em seus círculos profissionais e pessoais, podemos deixar de perder 25 brasileiros ao dia vítimas dessas mortes. Brasileiros que viram na morte a única saída, mas que poderiam ver a vida ainda como uma opção se soubessem que há como pedir ajuda.

O suicídio no Brasil

No Brasil, 25 pessoas morrem vítimas de suicídio por dia e ao menos outras 50 tentam tirar a própria vida. No mundo, uma pessoa se mata a cada 40 segundos. Segundo pesquisa da Unicamp, 17% dos brasileiros pensaram seriamente em cometer suicídio no decorrer de suas vidas. De todos os casos, mais de 90% poderiam ser evitados. Quem tenta suicídio pede ajuda. Apesar da seriedade do assunto, o suicídio ainda é um tabu na sociedade brasileira o que dificulta a sua prevenção.

Mais informações: André Lorenzetti – (11) 3092-3907

Fonte: http://noticias.r7.com/pr-newswire/saude/pela-opcao-de-viver-cvv-e-a-prevencao-do-suicidio-20140828.html

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Prevenção do suicídio em evento na Escola Superior de Criciúma

Suicídio é tema de palestra na Esucri

Evento faz parte da Semana de Psicologia que acontece até sexta-feira na instituição

Na noite dessa segunda-feira, dia 25 de agosto, a Esucri realizou a abertura oficial da Semana de Psicologia, que vai promover palestra e seminários até a próxima sexta-feira de diversas áreas do setor. Na abertura, o perito do Instituto Médico Legal (IML) de Criciúma, Almir Fernandes de Souza, falou sobre a prevenção do suicídio e a importância de prestar atenção nos sinais que uma pessoa pode dar, quando pretende tirar sua própria vida.

“A palestra foi muito produtiva, todos perguntaram bastante sobre o tema. É muito importante continuarmos a divulgar os métodos de prevenção. Isso só acrescenta no número de salvamentos. Até o dia 4 deste mês, somamos 41 dias sem nenhuma ocorrência. Nosso novo recorde do ano”, conta Souza

Conforme o perito, a Esucri será parceira do projeto Criciúma Mais Vida. “A instituição se colocou a disposição para ajudar com ações de prevenção. Já estamos programando uma caminhada pelas ruas de Criciúma para alertar a população sobre o tema”, ressalta.

Fonte: http://www.engeplus.com.br/noticia/seguranca/2014/suicidio-e-tema-de-palestra-na-esucri

Mitos e realidades sobre suicídio
Mito: Só acontece em classe social baixa.
Realidade: Errado! Acontece em todas as classes sociais, indistintamente.
Mito: Quem quer praticar suicídio, não avisa.
Realidade: Errado! A grande maioria está pedindo ajuda e dá pistas.
Mito: Todo suicida quer morrer.
Realidade: Errado! Ele quer parar de sofrer, não quer morrer, quer solucionar o seu problema.
Mito: Quem tenta suicídio é corajoso ou covarde.
Realidade: Nem um, nem outro, mas é a única solução que ele vê para solucionar o seu problema naquele momento.
Mito: Quem já tentou suicídio, vai tentar outras vezes.
Realidade: Verdade! E poderá até conseguir, mas se alguém lhe escutar, poderá desistir da ideia.
Mito: Deprimidos. Hereditariedade, alcoólatras, drogados, doentes mentais são pessoas de riscos na tentativa.
Realidade: Sim, na maioria dos casos, mas nem sempre! Qualquer pessoa pode ser um suicida em potencial.
Mito: O perigo passou, quando não ocorre a morte.
Realidade: Errado! Devemos ficar em alerta! Pode ser que a aparente tranquilidade após a tentativa seja pelo fato de já estar decidido e já ter escolhido uma forma mais efetiva para fazê-lo. 
Mito: Quem ameaça não faz.
Realidade: Errado! Faz sim, todo tipo de ameaça deve ser valorizada como: bilhetes, pequenas frases, deixar de fazer o que gostava, ficar fechado em si mesmo. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Para lidar com o luto por suicídio: um livro para crianças

E agora? Um livro para crianças lidando com o luto por suicídio

A Karen Scavacini é, entre tantas coisas, mestre em Saúde Pública na área de Promoção de Saúde Mental e Prevenção do Suicídio pelo Instituto Karolinska - Suécia.

Cofundadora e coordenadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio, ela tem ministrado diversos cursos na área de suicidologia.

Um livro absolutamente necessário. Sabemos o impacto, por vezes devastador, do suicídio na vida de uma criança.

O luto em casos de suicídio na família exige atenção redobrada, ajuda profissional e meios auxiliares de compreensão da difícil situação.

Este livro cumpre bem o papel de coadjuvante, de "cuidador literário".

A partir de 23 de agosto estará disponível à venda neste endereço.

Por fim, eis o belo texto que, de alguma forma, resume a proposta do livro.
"A vida é Mistério terrível e fascinante. Às vezes nos rouba o sonho e somos lançados no deserto do Sem-Fim.Um dia qualquer, um beija-flor, um raio de sol, uma gota de chuva nos devolve o horizonte: estamos de novo encantados. Reencontramos a fonte, o caminho, o jardim."
Beatriz Helena Paranhos Cardella - Psicóloga e Psicoterapeuta

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

...um mundo novo pra você se sentir bem na própria pele e ser feliz!

1º Congresso on line de Medicina Integrativa na Saúde da Mente

Inscrição aquiDE GRAÇA!

As vagas são limitadas!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

"Mostrar-se no sangue" não é o mesmo que "estar no sangue"...

Análises de sangue identificam risco de suicídio

Um estudo realizado pela Universidade John Hopkins, em Baltimore, conclui que é possível identificar através de análises do sangue se uma pessoa tem pensamentos suicidas.

A conclusão partiu de um estudo em que estes descobriram que existe uma zona do cérebro central que responde ao stress e que possui um gene que tem um papel central na forma como o ser humano controla pensamentos negativos e comportamentos impulsivos, associados à depressão e ao suicídio.

Esse gene provoca uma alteração química que reduz a atividade do gene e que pode ser identificada através das análises ao sangue.

Os investigadores realizaram uma experiência a 325 participantes, em que foi registrado que os indivíduos com pensamentos suicidas ou ocorrências de tentativas no passado tinham maiores níveis de alteração química (metilação). Recorrendo, posteriormente, a análises do sangue coletado, conseguiriam identificar com uma precisão de 80 a 90% os indivíduos com esse perfil.

Para que o teste se torne disponível, Zachary Kaminsky revela que terá que se obter ensaios clínicos de maior dimensão, o que pode demorar dois anos para que este tipo de análise fique disponível.

* adaptação à língua brasileira, textual e gramatical.

Fonte: http://www.noticiasaominuto.com/mundo/257066/analises-ao-sangue-identificam-risco-de-suicidio

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Bibliografia sobre suicídio: novos lançamentos (ii)

Para a autora, a chave simboliza a maneira como nos abrimos e fechamos às possibilidades de nossas vidas. Cada chave tem seu próprio segredo e revela por si só sua singularidade, cabendo a nós escolher entre o que fechar e abrir.

O psicoterapeuta atua como facilitador em desvelar o interesse de seus clientes pela vida, para que, assim, eles se tornem conscientes não somente de suas necessidades, mas, também, de suas responsabilidades de estar vivos.

O objetivo deste trabalho é o de trazer à luz, possibilidades de instrumentalização ao profissional da área da saúde, fornecendo-lhe reflexões, no processo psicoterápico, sobre o suicídio e sua intencionalidade, fatores de risco e procedimentos utilizados.

Autor: Karina Okajima Fukumitsu
Editora: Digital Publish & Print
Páginas: 134

Para saber mais e comprar clique aqui

Bibliografia sobre suicídio: novos lançamentos (i)

Suicídio e Luto: histórias de filhos sobreviventes oferece reflexões sobre o hiato nos sobreviventes provocado pelo suicídio e sobre a posvenção, toda e qualquer atividade realizada após o suicídio, especificamente neste livro, sobre o enlutamento por suicídio.

Entre o nascimento e a morte por suicídio, restam fragmentos, histórias contadas e vividas. O processo de luto abarca vivências que ficam sem sentido, confusas, picotadas, estilhaçadas. Graças à sua resiliência e transcendência, os sobreviventes buscam, por meio da reconciliação de suas vivências, o sentido de continuarem sua existência, apesar do sofrimento provocado pelo suicídio de seus pais, e se descobrem em processo de transformação.

Autor: Karina Okajima Fukumitsu
Editora: Digital Publish & Print
Páginas: 314

Para saber mais e comprar clique aqui.

Taxas de suicídio em alta em Cuiabá: alerta e reflexões

Taxa de suicídios cresce 14,4% em Cuiabá; profunda discussão sobre tema é necessária

Arthur Santos da Silva

Um dos maiores problemas sociais brasileiros diz respeito ao suicídio. O desapego à vida materializado pelo ato de falsa coragem, que traz a morte, tornou-se crescente. Segundo informações levantadas pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (CEBELA) entre 1980 e 2012, por exemplo, as taxas de suicídio tinham crescido cerca de 62,5% no Brasil. Em Cuiabá, entre  os ano de 2002 e 2012, o aumento foi de 14,4%. Os dados foram divulgados no Mapa da Violência 2014.

Segundo o levantamento, o fenômeno veio aumentando seu ritmo a partir da virada de século, tanto para o conjunto da população quanto para a faixa jovem. Em todas as fases observa-se um panorama incremental nos suicídios: o fenômeno vêm crescendo à sombra dos acidentes de trânsito e a dos homicídios, tornando-se, assim, a terceira causa de morte no país.

O Brasil, nos últimos anos, o país apresentou 5,5 homicídios e 4,5 mortes no trânsito para cada suicídio. No Japão, por exemplo, são 70 suicídios para cada homicídio; 4,2 mortes no trânsito para cada homicídio.

Entre os anos 2002 e 2012, o total de suicídios no Brasil passou de 7.726 para 10.321, o que representa um aumento de 33,6%. Esse aumento foi superior ao crescimento da população brasileira no mesmo período, que foi de 11,1%. No Centro-Oeste a taxa de crescimento decenal dos suicídios alcançou 16,3%.

Entre os jovens, esse aumento total foi bem menor: 15,3%, passando de 2.515 para 2.900 suicídios entre 2002 e 2012. Regionalmente, o crescimento foi semelhante ao da população total, mas com situações estaduais muito diferenciadas. Mato Grosso apresentou uma taxa de 1,1% enquanto a Paraíba apresentou um crescimento de 122%. Se considerarmos o números da taxa de crescimento dos suicídios da população total (jovens e adultos) em ralação as capitais, Cuiabá ocupa a sétima colocação com um aumento de 14,4%.

Em contraponto, a principail organização de combate e prevenção dos suicídios no Brasil é o CVV (Centro de Valorização da Vida), uma das organizações não-governamentais (ONG) mais antigas do país. Baseando-se essencialmente no trabalho voluntário de milhares de pessoas distribuídas por todas as regiões, o CVV assumiu como tarefa a discussão do tema, gerando assim estudos e cartilhas de conscientização.

Em entrevista ao Olhar Direto, a coordenadora regional do CVV, Isaura Titon, comentou sobre as formas para a prevenção do suicídio. "Trabalhamos com a prevenção, mesmo com todas as limitações dos nosso centros. Divulgamos a importância do relacionamento humano, dizendo como é importante saber se relacionar, aceitando as diferenças, dando apoio e compreensão, difundindo respeito e solidariedade".

Para Isaura, o crescimento dos números de suicídios no últimos anos está relacionado à individualidade cada vez maior dos homens. "Vivemos em um sociedade individualista. os jovens hoje estão mais ligados com a tecnologia do que com os seus amigos", disse a coordenadora..

Em Cuiabá, o Centro de Valorização da Vida está localizado na rua Comandante Costa, número 296, no Centro Norte. O contato com os atendentes da ONG pode ser feito pelo telefone (65) 3321-4111.

Fonte: http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?noticia=taxa_de_suicidios_cresce_anualmente_no_brasil_cuiaba_assiste_aumento_dos_numeros&edt=34&id=372705

domingo, 13 de julho de 2014

Novo curso do CVV para voluntários

O que é: evento de seleção e capacitação de novos voluntários


Quando: 19 e 20/07/2014

Quem promove: Posto CVV Abolição

Onde: Rua Abolição, 411 - Bela Vista - São Paulo (localização no Google Map)

O que ocorrerá durante o evento: durante as atividades - de caráter gratuito - haverá seleção dos interessados em colaborar com a entidade. Para ser voluntário vinculado ao Programa CVV de prevenção ao suicídio, apoio emocional e valorização da vida basta ter mais de 18 anos, ter disponibilidade de tempo (média de 4 horas e meia, uma vez por semana), disposição para ajudar o próximo e abertura para o autoconhecimento e aprendizado.

CVV em dois minutos no youtube!

Para saber mais sobre o suicídio leia esta cartilha!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Nova abordagem para vencer as doenças da mente?!

Rumo à cura: enfim uma nova abordagem para vencer doenças da mente

Não é mera provocação. É tão somente o título de uma mensagem recebida do Instituto Pensamentos Filmados na nossa caixa postal virtual.

O Pensamentos Filmados é uma OSCIP (ONG) dirigida pela atriz Ana Maria Saad. Ela está, no momento,  organizando o 1º Congresso on line de Medicina Integrativa na Saúde Mental.

Para acompanhar as movimentações envie uma mensagem para este endereço eletrônico.

Enquanto isso, assista o vídeo abaixo.

sábado, 7 de junho de 2014

Autópsia psicológica em discussão a partir de um caso concreto: Alentejo, Portugal.

Psicólogo defende que “no Alentejo há mais doença mental encapotada do que parece”
CATARINA GOMES 

Especialista enfrentou no terreno a dificuldade de pôr em práticas as chamadas "autópsias psicológicas", que tentam estudar a vida das pessoas que se suicidaram.

José Henrique Santos, psicólogo clínico e um dos autores do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, diz que “no Alentejo o suicídio esteve sempre muito associado ao isolamento e à solidão, mas ligou-se pouco à psicopatologia”, quando “na região há muito mais doença mental encapotada do que parece”. A sua será uma das várias intervenções do 3.º Congresso da Associação Psiquiátrica Alentejana, que decorre em Serpa desde quinta-feira e termina no sábado.

“Sabe-se, pela maioria dos estudos, que a doença mental, nomeadamente a depressão, concorre para a maioria dos casos de suicídio”, refere o psicólogo, que fez parte do Departamento de Psiquiatria da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo. As causas e os perfis dos suicidas estão pouco estudados e, com esse objectivo, tentou usar o instrumento da chamada “autópsia psicológica” numa população de Odemira, concelho apontado pelos especialistas como tendo uma das maiores taxas de suicídio não só a nível nacional como mundial. Segundo dados do Observatório do Suicídio e Para-suicídio do Baixo Alentejo, em 2011, Odemira registou 30,7 suicídios por 100 mil habitantes, contra 9,6 da média nacional. Em 2012, subiu para 46,5.

Uma autópsia psicológica pretende reconstituir os últimos meses de vida de uma pessoa que se suicidou, tentando perceber as causas do suicídio, nomeadamente com entrevistas a familiares. No Plano Nacional de Prevenção do Suicídio diz-se que “a autópsia psicológica constituiria um método muito útil de investigação retrospectiva”, mas também se diz que a sua realização exigiria “recursos humanos diferenciados e meios logísticos onerosos, que, à luz da realidade nacional, inviabilizam a sua utilização por rotina, embora possa – e deva – ser utilizada, com vantagem, em casos seleccionados”.

José Henrique Santos experimentou na prática as dificuldades deste método, que tentou pôr em prática no âmbito de uma tese de mestrado em Políticas de Saúde Mental da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa, aprovada em Março deste ano. Em Odemira entrevistou familiares de 30 suicidas, mas notou que havia grande dificuldade em falar sobre o sucedido. “Emocionam-se, não sei se dizem tudo o querem dizer sobre o suicídio”, diz. Essa reacção pôs em causa “a qualidade da informação recolhida”, observa. Tentou também coligir dados sobre as pessoas que se suicidiram nos registos de saúde, mas também aí pouco descobriu sobre os seus perfis de saúde. Nesse sentido, defende que “deve aumentar a quantidade de informação registada”, sublinhando a importância de promover “hábitos de investigação nos serviços de saúde mental”.

Do relato dos poucos familiares com quem conseguiu falar, 30 pessoas, constatou que estas pessoas que se suicidiram tinham menos actividades de lazer, em comparação com um outro grupo de pessoas da mesma localidade que tinham morrido de causas naturais – recebiam menos amigos e família e tinham menos actividades ligadas ao desporto, à caça e à pesca. Apresentavam também menos idas ao médico. José Henrique Santos diz que, apesar de haver mais acesso à saúde no Alentejo do que há 15-20 anos, continua a haver “problemas de acessibilidade”, associados, por exemplo, a dificuldades de transporte, a que se junta “uma desvalorização da saúde mental por parte das próprias pessoas”.

“Era importante afinar ou precisar as condições de despiste de patologias mentais, nomeadamente da depressão para uma mais precoce identificação destes casos e assim poder actuar sobre eles.” No seu contacto com as populações o que o impressionou foi a confirmação dessa ideia de que “há muito mais doença mental encapotada do que parece". "Se não se apanhar há muita gente que se perde.”

Fonte: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/psicologo-defende-que-no-alentejo-ha-mais-doenca-mental-encapotada-do-que-parece-1638873

terça-feira, 27 de maio de 2014

Fórum de Prevenção ao Suicídio no Piauí

Quando: 21 de maio 2014

Agente promotor: Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi)

Evento: Fórum de Prevenção ao Suicídio. 

A realização do evento teve como objetivo a conscientização dos públicos a respeito da prevenção ao suicídio, buscando reforçar a auto-estima das pessoas, bem como o sentimento de valorização da vida e da importância da família. O fórum é voltado para profissionais da área da saúde, além de ser aberto ao público em geral.

Segundo Leda Trindade, gerente de Atenção à Saúde Mental, esse é o primeiro encontro realizado no interior com foco na prevenção do suicídio, tendo reunido mais de 600 pessoas no Ginásio Poliesportivo da cidade. O próximo fórum deve acontecer no município de Esperantina, com data ainda a definir.

“Em Teresina, como em todo o mundo, o índice de suicídio é bastante alto. Ocupamos o 5º lugar no ranking nacional e, por isso, estamos trabalhando para reduzir esse número. Como metodologia de trabalho tentamos convencer as pessoas sobre a importância da vida, através de ações que visam à valorização da auto-estima de cada indivíduo. Temos que entender que cada pessoa é diferente da outra e que ela pode expressar sentimentos diferentes. Ficamos felizes pela participação das pessoas e pelo acolhimento da Prefeitura. Procuramos usar uma linguagem sem termos técnicos para envolver o público”, explica Leda Trindade.

Temas debatidos no evento: 

- Importância da rede psicossocial na prevenção do suicídio (Psicóloga Leda Trindade); 

- Suicídio e saúde Mental (Dr. Edwyrton de Freitas); 

- Prevenção e pósvenção do suicídio: relatos vivenciais (Dra. Elis Regina Pereira – psicóloga); 

- Processo de luto por suicídio e grupo de suporte ao luto (Dra. Patrícia Moreira – psicóloga).

Fonte: http://www.portalaz.com.br/noticia/geral/295375_governo_realiza_forum_de_prevencao_ao_suicidio_em_inhuma.html



terça-feira, 6 de maio de 2014

Suicídio e rock: pano de fundo ou indução?

Avenged Sevenfold se manifesta sobre fã que cometeu suicídio

 Após a divulgação do suicídio do jovem britânico Oliver King, de 16 anos, o Avenged Sevenfold resolveu se manifestar. O rapaz se matou ao som do grupo e de Pinkly Smooth, um projeto de Jimmy "The Rev" Sullivan e Synyster Gates, respectivamente ex-baterista e guitarrista do Avenged Sevenfold.

O Avenged Sevenfold e o Pinkly Smooth são acusados de influenciar o suicídio do jovem. Como o Smooth não está mais em atividade e dois ex-integrantes fazem ou fizeram parte do Avenged Sevenfold, o grupo ainda existente falou abertamente sobre o caso, em uma carta publicada na página oficial de Facebook.

Uma mensagem importante do Avenged Sevenfold:
Para todos os nossos fãs leais, amigos, seguidores e admiradores.  
Ficamos sabendo recentemente do trágico suicídio de um jovem de 16 anos do Reino Unido que estava ouvindo músicas e assistindo vídeos do Avenged Sevenfold e um projeto antigo de alguns membros da banda, Pinkly Smooth, horas antes da sua morte. Queremos que todos vocês saibam que estamos devastados e com o coração partido pelos familiares, amigos e comunidade. Sua dor deve ser inimaginável e as nossas condolências vão para eles. 
Especialistas na área de suicídio asseguraram-nos que há sempre muitas coisas que contribuem para uma tragédia como esta e, embora, a música possa desempenhar um papel importante na vida de alguém, não pode ser culpada por algo como isso. A pesquisa mostra que 90% das pessoas que tomam a sua vida tem uma doença mental em curso no momento da sua morte. Isso é algo que a maioria das pessoas não fala e que impede a obtenção de ajuda e tratamentos.  
A notícia da morte deste jovem abalou a todos nós na banda. Fã ou não, ninguém deve sentir tal descrença. Ele também nos comprometeu mais do que nunca para fazermos algo sobre isso, para que não volte a acontecer. Se você está entre os nossos fiéis seguidores, você sabe que estaremos em um grande festival no dia 10 de maio - o Rise Above Fest. Não poderíamos estar mais honrados por fazer parte deste evento, com apoio dos esforços do Seether para ajudar a aumentar a conscientização sobre as realidades de suicídio. Eles fizeram uma parceria com uma grande organização sem fins lucrativos que previne o suicídio, o SAVE - Suicide Awareness Voices of Education, que é uma das principais organizações do tipo no mundo. Chegamos para salvar e fazer a nossa parte para nos juntarmos à luta deles contra o estigma de suicídio e doenças mentais. Queremos fazer a diferença e você também pode. 
Se você estiver próximo de Bangor, em 10 de maio, venha para o festival (www.riseabovefest.com). Se você não puder estar lá, confira o leilão on-line, em que você pode encontrar alguns itens autografados que nós fornecemos para ajudar a arrecadar dinheiro para o SAVE - sua doação irá diretamente para ajudar a evitar outra tragédia deixando muitos a questionar "por quê".  
Se você quiser saber mais sobre prevenção do suicídio, visite www.save.org.  
Em nome de nós da banda, empresários, equipe e famílias, saiba que você também pode passar por isso. Não desista nunca. Juntos, teremos certeza de que ninguém mais morrerá desta forma 
Avenged Sevenfold

Fonte: http://revista.cifras.com.br/noticia/avenged-sevenfold-se-manifesta-sobre-fa-que-cometeu-suicidio_9348

Reescrever os rumos da própria vida e preservá-la... ainda há tempo:)

Campanha reescreve cartas de suicídio para buscar um final diferente

Em campanha publicitária, o CVV (Centro de Valorização da Vida), ONG que atua na prevenção do suicídio há 52 anos, decidiu reorganizar cartas reais de suicidas. A ideia é demonstrar que a confusão mental e emocional pode ser modificada para o início de uma nova fase da vida. A agência escolhida foi a Leo Burnett Tailor Made.

A agência se baseou em cartas reais deixadas por pessoas que atentaram contra a própria vida. Os textos foram reescritos, utilizando as mesmas palavras, de forma com que os autores chegassem a conclusões diferentes.

“Esse ato de reescrever sua própria vida ao reorganizar as ideias é um conceito fundamental da atuação do CVV”, diz Adriana Rizzo, voluntária do CVV. “Muitas pessoas nos procuram porque as emoções se acumulam sem serem bem resolvidas, o que dificulta a clareza sobre as situações da própria vida. Ao se sentir acolhido, sem pressões ou cobranças, a própria pessoa reorganiza seus pensamentos durante a conversa com o voluntário do CVV e encontra outras saídas”, explica Adriana.

Diferentemente do que muitas pessoas acreditam, o suicida pede ajuda e tenta outras soluções até o ato final. Porém a falta de conscientização e de comunicação reduz as chances de prevenção do suicídio.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que nove de cada dez suicídios poderiam ser evitados. “Pelo menos 25 brasileiros morrem vítimas de suicídio diariamente”, afirma Adriana. “A ideia suicida é muito mais comum do que se pensa. Um estudo da Unicamp aponta que 17% dos adultos já pensaram seriamente em se matar.”

O CVV é um serviço gratuito e realizado exclusivamente por voluntários desde sua fundação, em 1962. A entidade oferece apoio emocional a pessoas que sentem a necessidade de conversar de forma aberta e acolhedora, sem receber críticas, julgamentos ou cobranças, seja pelo telefone (141), seja por Skype, chat, e-mail, carta ou pessoalmente.

Fonte: http://www.mazarine.com.br/campanha-reescreve-cartas-de-suicidio-para-buscar-um-final-diferente/

sábado, 5 de abril de 2014

Remédio que pode curar e matar... Ansiolíticos e antidepressivos em pauta.

A NOTÍCIA
DGS propõe que médicos receitem menos ansiolíticos
1º Abril 2014

A Direção-Geral de Saúde está a definir um conjunto de medidas para reduzir a prescrição de antidepressivos e ansiolíticos, não só em número mas também em duração de consumo».

A medida faz parte do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio 2013-17, que a considera prioritária porque o consumo em excesso é uma das formas mais frequentes de suicídio entre mulheres e idosos», escreve o DN.

PISTAS PARA ENTENDER A NOTÍCIA 
Ansiolíticos e antidepressivos a mais
4 Fevereiro 2013

José Pinto Gouveia, psiquiatra e investigador, defende um maior equilíbrio entre a medicação e outras formas de tratar a ansiedade e a depressão.

O nosso inquérito a 2069 portugueses revelou que um quarto consumiu ansiolíticos no último ano, muitos, por mais de 12 meses. Um em cada quatro evidenciava sinais de dependência física ou psicológica, o que traduzido para a população adulta nacional representa cerca de 250 mil.

José Pinto Gouveia, professor catedrático e investigador na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e ex-chefe dos serviços de psiquiatria dos Hospitais daquela Universidade, explica-nos porque surgem estes problemas de dependência e a necessidade de outras abordagens à saúde mental.

Haverá consumo excessivo de ansiolíticos e antidepressivos em Portugal?

Se pensarmos no número de casos de depressão na população, talvez não haja: a Organização Mundial de Saúde prevê que, em 2020, esta doença seja a mais prevalente no mundo ocidental. Mas, se tivermos em conta que uma parte da população deprimida não está a receber tratamento, seria levado a concluir que há.

Qual é a percentagem de doentes com depressão não tratados?

Não há estudos muito claros sobre isso em Portugal. Lá fora, há uns anos, calculava-se que só um quinto dos deprimidos receberia tratamento. Penso que atualmente a percentagem de não tratados diminuiu, devido à facilidade de acesso e, sobretudo, porque os médicos de família estão mais atentos e já começam a identificar e a tratar. 
     
O médico de família estará preparado para acompanhar a saúde mental?

Os médicos de família têm um papel muito importante. Nos últimos 20 ou 30 anos, houve progressos enormes na formação: há duas décadas, nem sequer identificavam as depressões e as perturbações ansiosas. Hoje, estão preparados para medicar depressões, nas situações mais simples, mas não para tratar da saúde mental. Mesmo que estivessem, pergunto se teriam tempo. Os problemas de saúde mental, se encarados seriamente, implicam tempo... é preciso dar espaço para que a pessoa diga o que está a acontecer na sua vida e para debater soluções. Com a sobrecarga que têm, os médicos de família dificilmente terão condições para tratar problemas de saúde mental. Se medicam em excesso? Talvez. Mas os psiquiatras também o fazem.

Qual seria a solução?

Era preciso que a formação dos psiquiatras e de outros médicos na área da saúde mental fosse mais abrangente, menos focada na intervenção psicofarmacológica. Esta é importante, mas não a única via. O equilíbrio entre a medicação e as outras intervenções é difícil, porque entram aqui muitos fatores. É preciso ter em conta, por exemplo, que grande parte da formação pós-graduada dos psiquiatras nas últimas décadas foi paga pelas empresas farmacêuticas. Obviamente, isso tem consequências nas suas orientações terapêuticas. A classe conseguiu não se deixar controlar completamente, mas é um fator influente.

Também há que pesar as expectativas dos doentes. Existem dois tipos de doentes: uns têm uma atitude clara contra a medicação, outros, expectativas excessivas e acreditam que, por tomarem um comprimido, a vida muda. Ambas são irrealistas e é preciso saber geri-las da melhor forma na consulta.

Quando é que os medicamentos são indispensáveis?

As depressões que surgem no contexto de uma doença afetiva ou bipolar exigem medicação, não há dúvida. O mesmo sucede com as depressões endógenas, que resultam de alterações no ciclo biológico (e não de acontecimentos pontuais).

Quando há uma grande inibição psicomotora, os medicamentos também são úteis. Se os níveis de ansiedade forem muito elevados, é importante combinar antidepressivos com ansiolíticos, na primeira fase do tratamento.

Nas depressões mais reativas, resposta a uma situação pontual, os medicamentos nem sempre ajudam. Imagine que trabalha com um chefe que o humilha sistematicamente. O que faz? Revolta-se e abandona o posto ou desiste e deprime. Neste caso, se a atitude do responsável se mantiver, o antidepressivo não pode valer-lhe. A única forma de resolver a questão é tentar modificar a seu modo de reagir e de ouvir o chefe: a desvalorização constante pode significar que não dá lhe os sinais de submissão que ele pretende ou que vê, em si, uma ameaça. Por isso, terá de treinar a melhor forma de posicionar-se.

Na maioria dos casos, o melhor tratamento passará por psicoterapia em conjunto com a medicação?

Não me parece que deva existir mais psicoterapia formal, estruturada, de forma rígida, em 12, 20 ou 25 sessões. Mas os psiquiatras devem estar atentos aos casos da vida e intervir de uma forma a que gosto de chamar psicoterapêutica, mas que não passa pela tal estrutura rígida. Imagine, por exemplo, que teve uma rutura afetiva e, por isso, não dorme, está triste, perdeu o apetite, está desinteressada pelas coisas, sente-se cansada… ou seja, tem uma série de sintomas depressivos, que já duram há algum tempo. Posso receitar-lhe um antidepressivo que vai pô-la a dormir e a comer melhor, mas continuará a olhar para a rutura da mesma forma e a pensar, eventualmente, que a relação acabou porque não tem qualidades ou que há algo de errado consigo.

A melhor solução será, provavelmente, conversar sobre a forma como está a ver a situação, como acredita nas histórias que a sua cabeça lhe conta acerca de si e do seu “desvalor”. Desta forma, pode descer à terra e perceber que a sua relação acabou por razões que pouco terão a ver consigo. Esta é uma intervenção psicoterapêutica que não implica uma estrutura rígida, mas exige 45 a 50 minutos com o doente.

Uma atitude antimedicação também não é útil. Os antidepressivos já salvaram muitas vidas. A pouca eficácia que possam ter, muitas vezes, faz a diferença entre viver ou matar-se. A regra é sermos exigentes na identificação dos casos que precisam de uma medicação continuada e daqueles em que é útil mas não chega.

Além disso, é preciso saber o que pedir aos antidepressivos. Podemos pedir que estimulem um pouco o nosso humor, que ajudem a dormir melhor, a estar um pouco mais tranquilos... Podemos pedir-lhe que ajudem a induzir alterações, mas não podemos esperar que modifiquem a nossa vida e a forma como funcionamos com o trabalho e com os amigos. Se tomarmos um antidepressivo e nos metermos na cama, nunca ultrapassaremos a depressão.

Da sua experiência, quanto tempo demora um tratamento destes?

Às vezes, basta uma consulta. A depressão é um sentimento profundo de desvalorização, de achar que se vale menos do que os outros. Já tive doentes que me disseram: “o que mais me custa é ver ao estado a que me deixei chegar”. Nessa altura, temos de mostrar à pessoa que não pode acreditar em tudo o que a cabeça lhe diz.  Por exemplo, se estou deprimido, apenas tenho acesso a memórias negativas, pelo que fico convencido de que a minha vida se fez de derrotas. Isso deve-se ao funcionamento normal do cérebro, não tem a ver com aquela pessoa em particular. A nossa memória funciona muito por afetos. Quando estamos deprimidos, surge o lado negro; se estivermos bem dispostos, só nos lembramos de coisas fantásticas. Ao perceber esta mecânica, podemos desenvolver estratégias para minimizar os efeitos das experiências negativas.

Quando é que um doente deve passar do médico de família para o especialista?

Os antidepressivos começam, normalmente, a fazer efeito após três semanas. Se não houver melhoras ao fim de um mês, é possível mudar de medicamento ou juntar outro. Se ao fim de mais um mês não melhorar, deve procurar um especialista, de preferência, com formação em psicoterapia.

A depressão metaforicamente é uma desistência, um quadro de derrota. Quando a pessoa decide procurar ajuda, está a dar um passo em direção à saída. Se o médico, além do antidepressivo, lhe fizer perceber que há um sentido para o sofrimento e lhe apontar outros caminhos, o problema começa a resolver-se. O efeito placebo dos antidepressivos é muito grande: 20 a 25 por cento dos doentes melhoram com bolinhas de pão, se estiverem convencidos que estão a tomar medicamentos. Penso que isso acontece quando o doente quer encontrar a saída. Se for pressionado pelos familiares a procurar ajuda, e aparecer no consultório sem expectativas, os medicamentos não funcionam. É preciso um trabalho mais profundo.

O nosso estudo revelou que os pacientes sentem mais efeitos secundários, como irritação e nervosismo, quando deixam de tomar os medicamentos. Como se explica?

Alguns antidepressivos têm um “desmame” difícil. Se a pessoa não reduzir lentamente, pode sentir efeitos secundários, como agitação e irritação. Mas estes também podem estar relacionados com as expectativas dos pacientes, que pensam que vão piorar ao deixar a medicação. Já tive doentes que tomavam um oitavo de comprimido e diziam que não dormiam se deixassem de fazê-lo. É uma dose espiritual... (risos)

A solução é fazer um desmame lento e orientado pelo técnico de saúde. Os maiores problemas surgem quando os doentes se sentem melhor e resolvem, por si mesmos, interromper o tratamento, para ver se já estão bem.

A Agência Europeia do Medicamento recomenda um máximo de 12 semanas para o tratamento com benzodiazepinas (ansiolíticos), mas muitos inquiridos afirmam tomá-las há mais de um ano. O que está errado? 

Teórica e tecnicamente, a toma prolongada é um erro. Mas alguns doentes deixam de dormir, se não tomarem a pequena dose a que estão habituados ao deitar. Penso que terão sido estes que apanharam no estudo.

O ideal seria ensinar-lhes outras estratégias de sono. Se estivermos constantemente a pensar em dormir, não o conseguimos: para pensar, temos de estar acordados.

Há pessoas que têm dificuldade em adormecer porque vão ruminar para a cama, isto é, quando se deitam começam a pensar nos problemas do dia seguinte, ou naquilo que os preocupa. Isto vai impedi-los de adormecer. Há métodos para corrigir isso, mas é preciso conhecê-los e treiná-las. Uma boa higiene do sono é muito importante para se ter um sono reparador. Por vezes, é difícil convencer os doentes a passar por esse período de aprendizagem.

Quais são as consequências da toma prolongada?

Segundo alguns estudos, tomar doses médias ou elevadas de benzodiazepinas durante anos pode ter consequências negativas para a memória. Não conheço estudos que avaliem o efeito de uma dose mínima ao deitar. Na minha experiência, conheci muita gente que as tomou durante anos seguidos sem que os efeitos fossem óbvios. Mas estamos num terreno movediço.

Já o uso de doses elevadas, durante o dia, para controlar a ansiedade é errado. Na minha prática clínica, faço tudo para evitá-lo. Agora, estou a seguir um doente que tomava 48 miligramas de bromazepam por dia, há 20 anos [nas situações mais usuais, utilizam-se 3 a 9 miligramas]. É um homem obsessivo, que catastrofiza tudo o que lhe acontece, pelo que a solução foi darem-lhe ansiolíticos. Depois, começou a automedicar-se, chegando àquelas quantidades. Estamos a tentar reduzir devagarinho, 9 miligramas por semana.

A maioria dos doentes que toma doses altas fá-lo em automedicação. Há os que levam a receita e aumentam a dose por iniciativa própria, os que compram na farmácia sem receita, etc.... Além disso, em quase todas as famílias portuguesas há alguém que toma benzodiapezinas e que dispensa uns comprimidos a quem não tem recomendação médica para tomá-los. 
Alguns medicamentos destes são propícios a abusos. É o caso das benzodiazepinas com semivida curta, ou seja, que têm uma ação muito rápida e forte, mas cujo efeito cai abruptamente. Quando isso acontece, a ansiedade aumenta e a pessoa tende a tomar mais para manter os resultados. Estes medicamentos apresentam maior potencial para criar dependência.  

Os serviços de saúde estão preparados para responder ao aumento de problemas em períodos de crise?

Penso que estão, mas não sei que resposta vão dar. Se me aparecer uma mulher deprimida porque está desempregada e não tem comida para dar aos filhos, como resolvo? Dou-lhe antidepressivos? Estas perturbações estão relacionadas com a vida. Os serviços de saúde, por si, muitas vezes não conseguem resolver. Tem de haver uma resposta global, em conjunto com os serviços sociais.

Fonte:
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=469336
http://www.deco.proteste.pt/saude/medicamentos/noticia/ansioliticos-e-antidepressivos-a-mais