terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Lady Gaga e o Projeto Trevor



Lady Gaga foi a convidada de honra da festa de gala do Projeto Trevor, ocorrida em 4 de dezembro (2011) por defender os direitos dos homossexuais.


A pop star, uma militante pela igualdade de direitos, recebeu o prêmio Hero Award da organização de prevenção do suicídio, por encorajar os jovens que sofrem bullying por sua orientação sexual através de sua fundação, Born  This Way.


Gaga foi aplaudida em pé quando subiu ao palco para aceitar seu prêmio e declarou:


"Isto significa mais para mim do que qualquer Grammy."


Zachary Quinto, que revelou no início deste ano que é gay, e a atriz homossexual Amber Heard, também foram homenageados na cerimônia por tentar conscientizar as pessoas quanto à igualdade de direitos.


Mary J. Blige, LeAnn Rimes, Miley Cyrus e Amber Riley estavam entre os artistas que prestigiaram o evento, enquanto Amy Adams, Zac Efron e Michelle Pfeiffer foram os mestres de cerimônia da festa.


Fonte: http://ofuxico.terra.com.br/noticias-sobre-famosos/lady-gaga-e-homenageada-por-sua-militancia-pelos-direitos-dos-gays/2011/12/05-124803.html


Sobre o Projeto Trevor


O Projecto Trevor (em inglês The Trevor Project) é uma organização sem fins lucrativos que oferece em todo território norte-americano uma linha telefônica de auxílio 24 horas para prevenção de crises e suicídios de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros (LGBT) e todos que questionem sua sexualidade (homoafetividade). A Trevor Lifeline é número telefônico gratuito, um serviço confidencial, que tem enfrentado a luta de evitar o suicídio entre os jovens LGBT, que tem quatro vezes mais propensão a suicidar-se do que os jovens heterossexuais. Dentre os integrantes deste grupo de risco de morte, 85% destes jovens tem sido vítimas de assédio moral por conta de sua orientação sexual. Para amenizar este quadro crítico o Projeto tem disponibilizado uma série de procedimentos aos educadores e aos pais para que estes jovens encontrem um meio mais amistoso e seguro (Wikipédia, com tradução e adaptação nossas)

Facebook em ação permanente de prevenção do suicídio nos EUA


O Facebook criou um novo serviço nos EUA para ajudar quem esteja com pensamentos suicidas. De acordo com a CNet, esta rede social está trabalhando em conjunto com o Centro de Prevenção ao Suicídio - Lifeline para criar um programa destinado a ajudar quem esteja às voltas com pensamentos suicidas. Com o novo serviço, os utilizadores poderão clicar num link que os levará até uma página onde podem conversar em tempo real com um especialista em prevenção de suicídios.
Há também um link em que os internautas poderão alertar o Facebook se virem algo no perfil de um contacto que os leve a pensar que a pessoa está deprimida. Nesse caso, o Facebook irá enviar uma mensagem para encorajá-la a contactar o serviço de prevenção do suicídio.
Eis, enfim, uma boa notícia, que nasce, no entanto, das evidências do aumento das taxas de suicídio em grande parte do mundo. Que outras instituições públicas e privadas se mobilizem no mesmo sentido!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Campanha Aberta de Combate ao Suicídio e Promoção da Vida em Porto Alegre

Promoção da vida e combate ao suicídio




Sistema de Saúde Mãe de Deus e Prefeitura de Porto Alegre lançam campanha para o enfrentamento do fenômeno 

  

A aliança entre o Sistema de Saúde Mãe de Deus, através do Centro de Promoção da Vida, com a Coordenadoria Municipal de Urgências da Prefeitura de Porto Alegre para a prevenção do suicídio consolidou-se em evento realizado na manhã desta terça-feira (6/12/2011). Na ocasião, as entidades realizaram o lançamento oficial da primeira Campanha Aberta de Combate ao Suicídio e Promoção da Vida. Para o prefeito da cidade de Porto Alegre, José Fortunati, a iniciativa mostra como é possível combater um fenômeno tão complexo, através de uma parceria que consolida a saúde pública enquanto um direito de todos, com a qualidade e a dignidade que todos merecem.

Essa campanha busca orientar as equipes de saúde em como agir diante de situações extremas, bem como em capacitar sobre atitudes a serem tomadas para evitar o suicídio. Assim, os profissionais em capacitação receberão continuamente informações sobre os fatores de risco e demais aspectos relacionados à problemática do suicídio. Visa ainda proporcionar uma reflexão sobre a assistência prestada nos serviços especializados na rede municipal de saúde de Porto Alegre, representando, assim, uma ação de qualificação constante.

O evento ocorreu no auditório do Centro de Saúde Cruzeiro do Sul, contando com as presenças do Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, do Secretário Municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli, bem como dos médicos psiquiatras Dr. Ricardo Nogueira, do Sistema de Saúde Mãe de Deus, do Dr. Sérgio Louzada, Coordenador do Plantão de Emergências em Saúde Mental, e do Dr. Jorge Luiz Silveira Osorio, coordenador do Setor de Urgências da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre.

Conforme explicou o Dr. Sérgio Louzada, a partir do ingresso e colaboração do Sistema de Saúde Mãe de Deus junto ao Plantão de Emergência em Saúde Mental do IAPI, houve uma maior integração entre os serviços de atendimento psiquiátrico em Porto Alegre. Ao explicar os objetivos do projeto de prevenção ao suicídio, Louzada destacou que, além da assistência à população, a atuação prevê a condução de estudos para levantamento de dados estatísticos, assim como a execução de treinamentos constantes para as equipes de saúde na cidade. Melhorando, assim, a saúde da população em um aspecto amplo "por meio da capacitação, sensibilização e treinamento para os atendimentos em situações de urgência e emergência".

Dr. Ricardo Nogueira
O médico psiquiatra Dr. Ricardo Nogueira, do Sistema de Saúde Mãe de Deus, ressaltou que o Estado do Rio Grande do Sul é líder no número proporcional de pessoas que efetivamente levaram a cabo a ação de por fim na própria vida. “Dentre os vinte municípios brasileiros com maior incidência de suicídio, treze encontram-se no Estado do Rio Grande do Sul”, afirmou. "Isso faz com que sejam prioritárias as ações de combate do fenômeno, atuando em distintas frentes e com parceiros diversos", explicou.

Ademais, o médico psiquiatra comentou que os profissionais de saúde, ao se depararem com uma situação de ideação suicida por parte de algum paciente-usuário, devem investigar a questão com cautela e perícia, atentando para múltiplos aspectos envolvidos. Para que esse objetivo seja alcançado com êxito, o especialista explicou que os servidores públicos receberão instruções específicas para o manejo de um instrumento utilizado internacionalmente para rastreio de sinais, sintomas e outros fatores que possivelmente elevam o risco de uma pessoa tentar ou efetivamente cometer suicídio.

Confira trechos de entrevista concedida pelo Dr. Ricardo Nogueira ao portal SIS.Saúde.




Estatísticas – Entre os anos de 1980 e 2008, houve um aumento global nas taxas de suicídio no país, sendo o fenômeno mais comum nas pessoas do sexo masculino. Para cada 100 mil óbitos, no ano de 1980, 1.9 eram relacionados ao suicídio entre o gênero feminino, e 4.5 no gênero masculino. Em 2008, todavia, as taxas aumentaram em ambos os gêneros: 2.0 e 7.7, respectivamente. A faixa etária com maior proporção de suicídios é a economicamente ativa, ou seja, dos 20 aos 39 anos. O Dr. Ricardo Nogueira explicou que os suicídios consumados são três vezes mais freqüentes nos homens, enquanto as tentativas são mais comuns nas mulheres.

Entre 2010 e 2011, houve uma queda na ordem de 11% nos suicídios consumados no Estado do Rio Grande do Sul. “Acreditamos que esses resultados sejam decorrentes da intensa campanha de mobilização e capacitação de profissionais de saúde, bem como através das ações no âmbito da saúde pública, conscientizando a população”, pontuou o Dr. Nogueira.
Perfis – O suicídio é um fenômeno complexo, influenciado por aspectos genéticos, sociais e culturais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o problema figura na décima posição entre as causas de mortalidade mundial, sendo considerado um problema de saúde pública. Contudo, alguns indivíduos apresentam maiores riscos de tentar ou efetivamente por fim à própria vida. Dentre os fatores de risco, destacam-se o uso ou abuso de álcool e drogas, presença de transtornos mentais e histórico familiar de suicídio.

Sobre a Campanha de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio – O objetivo da campanha é de capacitar e sensibilizar os profissionais de saúde para a detecção e prevenção do fenômeno. Assim, o Sistema de Saúde Mãe de Deus, juntamente à Secretaria Municipal de Saúde irão atuar, constantemente, no aprimoramento da qualidade assistencial prestada no Plantão de Emergência em Saúde Mental da Vila Cruzeiro (Rua Prof. Manoel Lobato, 151) e no Plantão de Emergência em Saúde Mental do IAPI (Rua Valentim Vincentini, s /n).
Sobre o Sistema de Saúde Mãe de Deus - O Sistema de Saúde Mãe de Deus apresenta como missão: “garantir soluções completas e integradas em saúde, com desenvolvimento científico, tecnológico e humano”. Aliando tecnologia de ponta a um corpo clínico altamente qualificado, abarca uma ampla rede de hospitais e serviços de saúde. O Centro de Fisioterapia SSMD é um dos mais modernos e completos do Sul do País nas áreas de reabilitação traumato-ortopédica, reumatológica, esportiva, postural e de fisioterapia preventiva.

O investimento contínuo em equipamentos e na estrutura física, atendimento de qualidade e gestão com responsabilidade social demonstram o compromisso com a comunidade. Para mais informações, acesse o site do Sistema de Saúde Mãe de Deus: http://www.maededeus.com.br




 Prefeito José Fortunati Fábio Leite Gastal, Superintendente Médico Assistencial do Hospital Mãe de Deus
 Prefeito José Fortunati e Secretário Carlos Casartelli  Autoridades presentes
 Confira os materiais gráficos para a divulgação da campanha:
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sábado, 3 de dezembro de 2011

Suicídio como "problema de saúde pública" em Portugal


Suicídio: é nossa obrigação evitar todas as mortes

"O problema do suicídio, acima de tudo porque é nossa obrigação evitar todas as mortes evitáveis, irá manter-se com relevância no Plano Nacional de Saúde 2012-2016", disse Paulo Macedo.

O ministro falava em Beja na sessão de abertura do colóquio "O suicídio no Baixo Alentejo, preocupações e soluções", após ter inaugurado o novo Centro de Saúde da vila de Barrancos.

Segundo o ministro, "o suicídio é um problema de saúde pública e uma clara preocupação do Ministério da Saúde" e, por isso, "o Coordenador Nacional para a Saúde Mental tem inscrito, no seu programa de ação, a implementação do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio".

"O suicídio representa uma causa importante de morte prematura em toda a União Europeia", mas as taxas globais de suicídio em Portugal são "inferiores" às dos países do Norte e do Leste do Continente Europeu, frisou.

Segundo o ministro, em 2009 a taxa de mortes por lesões auto provocadas intencionalmente em Portugal foi de 9.5 por 100 mil habitantes, o correspondente a 957 suicídios.

Naquele ano, enquanto a taxa média nacional de suicídios foi de 9.5 por 100 mil habitantes, no Alentejo esteve próxima dos 27 e no Algarve foi de quase 16, disse o ministro.

Em Portugal existe "uma marcada assimetria entre o Norte e o Sul, sendo que nesta região as taxas "são mais elevadas", devido a vários fatores sociais e de saúde mental, como desertificação, personalidade melancólica, envelhecimento e baixa religiosidade.

"Portugal continua a estar entre os países da Europa com maior número de falecimentos sem causa identificada", disse, defendendo que é "fundamental que os médicos ultrapassem a tendência cultural, comum a toda a sociedade, de não evidenciar os casos de suicídio".

"A este dado, é preciso juntar o que muitas vezes parece comezinho, mas tem um impacto real, que é o facto de os seguros de vida não cobrirem suicídios", disse o ministro.

Segundo Paulo Macedo, os grupos de risco de suicídio estão, sobretudo, ligados aos doentes com problemas no âmbito da saúde mental, incluindo os que têm "consumos aditivos" e as "principais causas" são a depressão e o consumo elevado de bebidas alcoólicas.

"O risco encontra-se ainda presente em pessoas desfavorecidas socialmente, nas que tiveram perdas recentes e alguns grupos de emigrantes", disse, referindo que "também existem grupos profissionais com risco aumentado, como o dos próprios médicos".

Na sua intervenção, Paulo Macedo disse que "não serão os constrangimentos orçamentais" que farão o Governo "retroceder" na "determinação de eleger a Saúde Pública como um dos vetores de desenvolvimento e sustentabilidade" do Sistema de Saúde.

"Pelo contrário, é a situação que nos obriga a uma gestão criteriosa dos recursos materiais e humanos e nos faz eleger as questões da Saúde Pública na promoção da saúde e na prevenção da doença como prioridades", frisou.