Médico legista entrevistado pelo jornal El Tiempo, de Cuenca, no Equador, chama a atenção para a necessidade de necrópsia psicológica em casos de suicídio consumado. O objetivo é se buscar elementos que determinem o comportamento dos suicidas em potencial. Alguns elementos podem indicar pistas, neste sentido: o tipo de música que se ouve, os livros lidos, como as casas (os quartos, principalmente, acrescentamos) são decorados e outros aspectos que possam revelar o estado de ânimo e o comportamento daqueles que consumaram o suicídio.
Jaime Pacheco afirmou ainda que em muitos países as necrópsias psicológicas são comumente realizadas, com visitas aos locais das ocorrências por especialistas, que ainda investigam o local de trabalho, dialogam com familiares e amigos, para que se possa determinar as causas que levaram a pessoa a tomar esta decisão. Com base nestas informações é possível se realizar campanhas de prevenção com mais êxito.
O médico finaliza a entrevista afirmando que em seu país não existe departamento especializado em medicina legal, exigindo-se, em contrapartida, um trabalho em equipe, no qual estejam integrados médicos, psicólogos, psiquiatras e policiais.
A reportagem ainda noticia o suicídio de um jovem, causado provavelmente por problemas na escola, o que pode configurar mais um dos tantos casos de bullying com vítimas fatais!!
Fonte:
Suicidios y autoagresiones, cosa de todos los días (15 abril 2009)
http://www.eltiempo.com.ec/noticias-cuenca/14081-suicidios-y-autoagresiones-cosa-de-todos-los-da-as/
Li vosso texto e acho interessante esse cuidado. Estou desenvolvendo uma tese de Doutorado em procuro fazer uma relação de casos de suicídio e relações de trabalho. Não é fácil devido a subnotificação do suicídio quando se trata de relações de trabalho, ou seja, os suicídios são colocados em sua maioria como um fenômeno psicológico porém sem citar as relçaoes de trabalho que podem - devido às novas configurações do mundo do trbalho - estarm sendo uma variável predominante, principalmente em vítimas de bullying e assédio ou acoso moral no trabalho. Alguém tem alguma contribuição nesse sentido: marcio.ferraciolli@yahoo.com.br (Professor da UFPR - Curitiba-PR - Brasil)
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