quarta-feira, 14 de março de 2012

50 anos do CVV comemorado com lançamento de livro


Neste livro, o CVV conta sua trajetória de 50 anos no serviço voluntário de prevenção do suicídio. Trata-se da história de um grupo de jovens paulistanos que decidiu arregaçar as mangas e enfrentar um dos problemas mais graves da experiência humana. Perceberam que as pessoas que cometem suicídio quase sempre praticam esse gesto extremo quando não conseguem comunicar suas razões e sentimentos. Basta um pouco de atenção e respeito para que elas consigam reorganizar seus pensamentos e avaliar suas decisões.

Assim, organizaram plantões para oferecer amizade e atenção, pessoalmente ou por telefone, hoje também através da internet.

Nesses anos todos, o CVV confirmou que ouvir e compreender as pessoas num momento de desabafo é uma poderosa ferramenta de prevenção do suicídio. Esse modelo de atendimento voluntário nascido na Inglaterra e trazido para o Brasil em 1962 provou que pessoas comuns e de boa vontade podem ser muito úteis para aliviar dores que os remédios e tratamentos especializados nem sempre conseguem resolver.

O CVV não ficou apenas com o serviço de plantões ouvindo desabafos, trilhando também outros caminhos intimamente ligados ao suicídio e à valorização da vida: fundou um hospital psiquiátrico em São José dos Campos, com estrutura profissional para atender doentes sem recursos e abrigar pessoas que tentaram suicídio ou que correm risco de vida causado por transtornos mentais. O Hospital Francisca Júlia atua em ambientes externos como suporte de reintegração social de seus pacientes e também contribui através de ambulatórios no tratamento de dependentes químicos.

Hoje CVV também conta com dois mil voluntários, atuando em mais de 70 postos no Brasil e atendemos mais um milhão de chamadas por ano. Já está atento para as próximas décadas ciente de que o suicídio continuará crescendo e que as pessoas com crise suicida precisarão cada vez mais de atenção e carinho para atravessar essa experiência de querer desistir da vida. Desejamos ter mais postos de atendimento, mais voluntários presenciais e mais atendentes pela web.

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