No último 6 de novembro, o jornalista André Trigueiro reuniu uma plateia com cerca de 300 pessoas na Instituição Beneficente Nosso Lar, em São Paulo, para falar sobre a prevenção do suicídio.
Trazendo números bastante representativos, que colocam o Brasil, segundo ele, numa condição “vexatória”, disse que no país há estimativa de 24 suicídios por dia, uma taxa pequena em relação a outros países (3,9 a 4,5 para cada cem mil habitantes), mas preocupantes em números absolutos. “Estamos entre os dez países do mundo onde ocorrem mais suicídios, com aproximadamente 8 mil casos por ano. É caso de Saúde Pública”.
Ressaltou que apesar de milhões de pessoas desistirem, todo ano, de viver no mundo, o que se revela um problema urgente, que demanda ações e respostas, o assunto ainda é tido como tabu nos meios científicos, sociais e religiosos. “É importante se falar sobre suicídio, mas não de qualquer maneira. Há formas adequadas para se abordar o assunto”. Acrescenta ainda que há estudos que demonstram que essa ação pode ser prevenida e a omissão sobre o tema não ajuda em nada. Já se sabe, por exemplo, que o suicídio dificilmente é causado por um único motivo, lembrou.
Referiu-se ao livro Suicídio – uma morte evitável , de Humberto Corrêa e Sérgio Barrero, Editora Atheneu-Rio – como obra de referência atual sobre o assunto, que traz o último capítulo inclusive dirigido aos meios de comunicação. “Aquilo que já foi febre na tv brasileirira e que focava, por exemplo, uma pessoa se jogando de uma ponte, hoje tem sido evitado”.
Entre os itens abordados, Trigueiro comentou sobre a subnotificação, em que se omite a causa real na maior da parte dos atestados, tornando, portanto, os números relativos. Falou também sobre as religiões, que consideram o suicídio um crime, estigmatizando o suicida, quando na verdade deveriam dirigir preces e boas vibrações a eles...
Fonte: http://www.correiofraterno.com.br/images/stories/site/treigo2.jpg
Concordo com o Andre, a omissão não ajuda em nada, deemos comunicar o suicidio de forma educativa e não de forma sensacionalista.
ResponderExcluirNa grande São Paulo são quase 20 milhões de pessoas e dificilmente aparece noticias sobre o tema e quando aparece é de forma errada