segunda-feira, 29 de agosto de 2011

I Ciclo de Palestras - Dia Mundial de Prevenção do Suicídio























Prestes a comemorar 50 anos, o CVV fará no dia 10 de setembro – Dia Mundial de Prevenção do Suicídio – o primeiro ciclo de palestras gratuitas que proporcionará ao público informações significativas sobre Valorização da Vida e Prevenção do Suicídio.

Na busca pela saúde integral, pelo equilíbrio orgânico e emocional ocorre muitas vezes a fuga da realidade, busca-se evitar o sofrimento e libertar-se dele, mesmo assim nosso instinto lança mão de todos os recursos imagináveis para preservação da vida.

O Ministério da Saúde (MS) trata o suicídio como caso de saúde pública e recentemente reconheceu o CVV como a única entidade do terceiro setor, no Brasil, que faz o trabalho de prevenção de suicídio e valorização da vida.

O desespero extremo resulta no suicídio. Preveni-lo é valorizar a vida!

Local: SESC Vila Mariana 
Rua: Pelotas, 141 - Vila Mariana - SP.
6° Andar
Horário: 14h às 18h

Auditório para 100 pessoas, inscrições no dia ou antecipadas pelo e-mail cvvsp@cvv.org.br.

Será emitido certificado de participação.

PALESTRAS:

1º Tema: POSSO TER UMA VIDA PLENA E MAIS SAUDÁVEL NA 3ª IDADE.
Palestrante: Dra. Ana Catarina R. Quadrante.
Representando o Instituto Prosseguindo - Graduada em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo – Especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia 

2º Tema: SUICÍDIO
Palestrante: Dra. Alexandrina Maria Augusta da Silva Meleiro
Médica Graduada pela Fundação do ABC – Doutorada em Psiquiatria pela Faculdade de Medicina da USP – Atualmente é médica da própria USP – Membro efetivo do Conselho Científico da Abrata – Membro da ABP – Possui extensa produção científica e literária e Congressos Nacionais e Internacionais. 

3º Tema: A REALIDADE DA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO NO BRASIL
Palestrante: Dra. Sabrina Stefanello
Formada em Ciências Médicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com Doutorado e Mestrado área de Psiquiatria – Tutora em Residência Psiquiátrica do serviço de Saúde Dr. Candido Ferreira, e no complexo Hospitalar Ouro Verde – Pesquisadora e Colaboradora na Unicamp – Participou Via Organização Pan Americana de Saúde do desenvolvimento da estratégia de Prevenção ao Suicídio no Brasil.

Veja a página do evento no Facebook 

Será fornecido Certificado de Participação aos que solicitarem.

Na rota da pesquisa, a serviço da vida


O Colegiado da Unidade Acadêmica de Ciências da Saúde da UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense nomeou um grupo de trabalho para elaborar Política de Pesquisa e Estratégias de Prevenção do Suicídio no município de Criciúma e região.

domingo, 28 de agosto de 2011

Canções que salvam vidas


Samaritans lançam campanha “Canções que salvam vidas”

A ONG britânica Samaritans lançou recentemente pelo seu site uma campanha de arrecadação de fundos para manutenção e divulgação dos seu serviço de prevenção do suicídio. A campanha denominada “Songs to Save a Life” (literalmente “Canções que salvam vidas”) tem como destaque composições interpretadas por KT Tunstall, James Morrinson, Sophie Ellis-Bextor, Kate Kin, Lucie Silvas e muitos outros artistas de destaque da música pop inglesa. As canções podem ser adquiridas em formato de CD, download ou acesso às redes sociais vinculadas ao projeto.



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Uma exceção necessária


UNIVERSIDADE E SUICÍDIO.
Discutindo Arquitetura e Prevenção. 
 
 

Com o titulo “Arquitetura segura – uma reflexão para o futuro”, no dia 12 de agosto, aconteceu um simpósio na nossa Universidade do Estado, coordenado pela Vice-Reitoria.

UERJ é Pela VIDA, constatamos no hall dos elevadores: “Torre Eiffel. 370 pessoas se suicidaram de 1898 até 1971. Foram colocadas grades protetoras.”

O suicídio nos chamou a atenção por causa de nossa linha de pesquisa. No segundo quartel da década de 1960 começamos a trabalhar com um agente etiológico de uma doença infecciosa respiratória letal para  crianças não vacinadas. A morte de uma criança pela paralisia do diafragma e miocardite deixa qualquer um perplexo. Foi assim que fiquei posteriormente ao ler “Aspectos médico-sociais das tentativas de suicídio de crianças por ingestão de produtos químicos, J. Ped., 43: 152-156, 1977.” O alcoolismo estava presente na vida dos pais.

A última atividade do simpósio foi sobre “plantas tóxicas”. Embora, perfumadas e belas são perigosas como as mentes que não possuem sensibilidade.

Comentando suicídio, arquitetura e comportamento, o professor Marcelo Tavares, UNB, chamou a atenção de que ‘Notre Dame é uma gaiola. Você não percebe porque a beleza permaneceu, mesmo depois de executada medida preventiva."

"Empire States (Nova Iorque). De 1931 a 1947 ocorreram diversos suicídios até a colocação de cerca ao redor do observatório." 

Por que as crianças se suicidam? Até entendia as razões do adulto, mas compreender tentativas de suicídio de crianças por ingestão de produtos químicos era “over-dose”. Fui à luta e escrevi sobre isso, em dezembro de 1981, no Reformador, 99(1833): 387-392 e estou nela até hoje.

Existem homens capazes de resistir a desgraças horríveis enquanto outros se suicidam depois de aborrecimentos ligeiros. Seria importante investigar a causa desta fragilidade/resistência e o que contribui para essa estrutura maior ou menor, em termos de inteligência emocional e espiritual. Interessante anotar que é nas épocas em que a vida é menos dura que as pessoas a abandonam com mais facilidade, o que fez o psiquiatra Miguel Chalub (O Globo, 12-5-1979), lembrar que em situações altamente dramáticas, como nos campos de concentração, o número de suicídios é bem pequeno.

O professor Tavares da UNB comentou que para ganhar a liberdade o indivíduo atravessa a barreira de arame farpado, mas, para morrer, ele exige alguma gratificação, não quer sentir dor.

Reichstag (Berlim). Novas barreiras de segurança e aumento do efetivo policial para evitar os freqüentes suicídios que ocorrem da sua cúpula.

Na UERJ, Neury José Botega, professor da faculdade de medicina na UNICAMP lecionou Epidemiologia e Prevenção e nos fez pensar com números. Disse que “pela primeira vez no Brasil se discute 'Arquitetura Segura'”.  Dizendo ainda que houve aumento de suicídios (17%) no Brasil, nos últimos 10 anos, informou que registramos 25 suicídios por dia, mas esse número deve ser 20% maior. Num acidente que ocorre com ônibus a morte de 25 passageiros sairia na primeira página de jornal, mas 25 suicídios não são noticiados. Indicou o Mapa da Violência 2011 e nos pediu para não deixar de pensar no suicídio da população indígena, que está ligado aoalcoolismo.

Botega ensinou como se faz prevenção universal (população geral); seletiva (de risco mais elevado) e indicada (alto risco). Na população geral a conscientização e a redução de acesso aos meios letais são importantes. Há risco mais elevado na presença de doenças mentais (alcoolismo, transtorno bipolar) que devem ser tratadas. Não esquecer adolescentes grávidas e epilepsia. Uma tentativa é o principal fator de risco.  Há alto risco e devemos seguir os que já tentaram, incentivando a continuar o tratamento. O telefonema ajuda muito.

Alguns manuais são fundamentais.

Discutir o suicídio e oferecer informações adequadas são procedimentos importantes para a prevenção.

A OMS deve ser visitada. Vejam, entre outros, o manual em português para professores e educadores

Como oferecer orientações sobre como abordar o suicídio na imprensa, preservando o direito à informação e colaborando para a prevenção? A resposta existe e merece ser examinada, portanto vamos nos utilizar da ABP Editora, que fez um manual dirigido ao profissional de imprensa.

Veja um manual para profissionais de Saúde em ATENÇÃO PRIMÁRIA para prevenção do suicídio.
http://www.cvvnovohamburgo.org.br/apoio-emocional.html?gclid=CL7KrdKj0qoCFUh_5godbxJ5MA

Divida com a gente. Então, se você tem sentido vontade de conversar com alguém, ligue para o CVV. Nós temos todo o tempo do mundo para saber como vai você.

CVV é um serviço de apoio emocional gratuito e sigiloso, disponível 24h por dia, 365 dias por ano, a todas as pessoas que estejam querendo conversar.

Lista de contatos e endereços dos Postos CVV em todo o Brasil.

Em outubro de 2011, pretendemos estar no III Seminário de Prevenção do Suicídio da UERJ. Estudaremos os“Aspectos sociais e culturais na compreensão e prevenção do suicídio. Nestes dias teremos peça teatral como atividade complementar: “A história do homem que ouve Mozart e da moça do lado que escuta o homem.”

Na UERJ funciona um Núcleo Espírita Universitário (NEU) http://neu-uerj.zip.net/ norteado pelas pesquisas e obras de Allan Kardec

Com metodologia científica o pesquisador francês conseguiu demonstrar que a morte do corpo não mata a vida, fazendo do suicídio um ato estúpido

Aquele médium com “talento extraordinário” chamou-me a atenção e fui observar de perto

Em Uberaba, impressionou-me o sofrimento e a expectativa daquelas mães esperando a comunicação, como Nair Belo. Chico Xavier tinha um limite e psicografava “poucos”, durante cada reunião.

Qual o critério utilizado pela espiritualidade para a escolha das mães privilegiadas?

Um amigo disse-me já ter feito a pergunta. Fora informado de que o critério era a profundidade da dor na alma, aquela que poderia levar ao suicídio.

Com Chico Xavier aquelas mães acabavam concordando que a morte é apenas uma mudança de estilo de vida.

Investigações sistemáticas passaram a demonstrar que pessoas religiosas não eram sempre neuróticas ou instáveis e que indivíduos com fé religiosa profunda, na realidade pareciam lidar melhor com estresses da vida, recuperar-se mais rapidamente de depressão e apresentar menos ansiedade e outras emoções negativas que as pessoas menos religiosas

O suicídio, ato isolado, não pode ser politicamente blindado e de algum modo repercute no trabalhador. Uma funcionária que escutou o barulho, ao olhar pela janela foi parar no hospital com crise hipertensiva, nos informou o médico João Luiz Clara André do DESSAUDE, que tem, como vocação, a prevenção/promoção da saúde dos trabalhadores da UERJ.

O professor Marcelo Tavares comentou que nossa cultura não foi preparada para lidar com o sofrimento psíquico grave e "relatou o caso específico de um grande shopping de uma capital, onde o suicídio era freqüente. Descreveu o problema, a intervenção arquitetônica realizada e seus efeitos."

O NEU tem procurado, mesmo que de forma imperfeita, colaborar nessa discussão.


"UERJ (Rio de Janeiro). De 1989 até 2011 (agosto) foram 11 suicídios. Estamos trabalhando para mudar esse quadro."

(*) Texto enviado, como retroalimentação, à Vice Reitoria da UERJ, pelo Prof. Dr. Luiz Carlos D. Formiga, Aposentado, Faculdade de Ciências Médicas, participante.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Arquitetura segura e prevenção do suicídio

Pesquisadores participam de simpósio sobre arquitetura segura
Jamile Chequer

Pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Prevenção do Suicídio (PesqueSui), do Laboratório de Informação Científica e Tecnológica em Saúde(Labcities/Icict/Fiocruz), que desenvolve pesquisas em informação, comunicação e saúde mental, participam, na próxima sexta-feira (12/8), do primeiro simpósio universitário brasileiro sobre arquitetura, saúde pública e espaço. Com o tema "Arquitetura Segura – uma reflexão para o futuro", o Simpósio, realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), pretende estimular uma ampla discussão sobre a necessidade efetiva de integração dos conceitos de prevenção ao suicídio no desenvolvimento e elaboração de projetos arquitetônicos, especialmente em prédios públicos. O objetivo é consolidar novas diretrizes para a arquitetura urbana, considerando as dimensões físicas, emocionais e psicológicas de seus usuários.

O evento foi concebido a partir da criação, em 2008, do Projeto 'UERJ pela Vida', cujo foco principal é analisar fatores estimuladores do ato suicida no espaço urbano. O Campus da Uerj, no Maracanã, por exemplo, idealizado no final da década de 1960, quando o concreto aparente e os projetos de formas arrojadas, com grandes áreas abertas, foram  utilizados, acabou também por possibilitar a ocorrência de vários atos suicidas. Os pesquisadores do Icict Carlos Eduardo Estellita-Lins e Rosany Bochner participam do encontro.

Veja a programação  

"Simpósio Universitário Arquitetura Segura – uma reflexão para o futuro"

Data: 12 de agosto
Hora: 9h às 18h
Local: Uerj – Auditório 11 do Pavilhão João Lyra Filho. Rua São Francisco Xavier, 524. Bloco F, 1º andar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Boa notícia

Cai número de suicídios no Estado

Investimento em saúde mental é apontado como um dos fatores que resultaram em 6,5% de redução, a segunda consecutiva

No último relatório sobre suicídios no Rio Grande do Sul, divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, um dado serve de alento para profissionais da área de saúde. Pela primeira vez em uma década, as mortes reduziram em dois anos seguidos no Estado – 4,6% em 2009 e 6,5% em 2010. É cedo para compreender a inversão da curva estatística, que seguia estacionada ou em leve crescimento desde 2000, mas especialistas acreditam estar colhendo frutos de políticas públicas criadas a partir de 2008.

Todos os anos, cerca de mil pessoas se matam no Estado (foram 1.035, em 2010), o que coloca o Rio Grande do Sul historicamente no topo das mortes auto infligidas no Brasil. É como se cinco Airbus A320 lotados caíssem a cada 12 meses. São óbitos a conta-gotas, quase sempre resultante de desatinos. Abalam famílias, desestruturam lares e multiplicam sofrimento dos que ficam – talvez por isso, pais, mães, irmãos e filhos de suicidas sejam definidos como sobreviventes.

Embora constituam-se na terceira causa de morte violenta no Estado mais meridional do país (superado apenas por homicídios e acidentes de trânsito), as primeiras políticas públicas só foram lançadas há três anos, com a criação do Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio. Neste período, incrementou-se o atendimento em Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e ampliaram-se os leitos psiquiátricos em hospitais gerais. Os primeiros resultados aparecem.

– Em média, temos o dobro da oferta de serviços para desintoxicação de álcool e drogas em comparação com outros Estados. São aspectos fundamentais para compreender a redução – diz Ricardo Nogueira, coordenador de Saúde mental do Sistema de Saúde Mãe de Deus.

Professora titular da Faculdade de Psicologia da PUCRS, Blanca Guevara Werlang, reforça a tese de Nogueira, mas acrescenta:

– Com a ajuda da imprensa, temos conseguido debater mais o assunto com a sociedade, além de conversar com profissionais da saúde e estudantes universitários.

Chefe do Núcleo de Vigilância de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis da Secretaria Estadual da Saúde, Tânia Santos reforça a importância do treinamento de médicos, enfermeiros, agentes comunitários, professores, policiais capazes de identificar sintomas de um suicida em potencial colabora e multiplicar esses conhecimentos entre colegas.

– Cerca de mil profissionais foram capacitados – destaca.

Hoje, em meio a XI Semana de Valorização da Vida, no Hospital Mãe de Deus, na Capital, será discutido o primeiro manual de prevenção ao suicídio voltado ao Rio Grande do Sul.

Fonte: http://www.abpcomunidade.org.br/clipping/exibClipping/?clipping=14426