
Blog destinado à coleta e disseminação de informações sobre prevenção do suicídio e valorização da vida
sábado, 30 de outubro de 2010
Ecos do 28º Congresso Brasileiro de Psiquiatria em Fortaleza

quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Treinamento em Prevenção de Suicídio em Porto Alegre

Palestras sobre prevenção na UFMS

sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Com saída
O tema é pesado, delicadíssimo, muito difícil de abordar sem ser pessimista ou alarmista. A realidade é dura: quase 1 milhão de pessoas se mata todos os anos no planeta e as taxas de suicídio subiram 60% nos últimos 45 anos, sendo que esse crescimento é mais acelerado entre os jovens. O suicídio é a primeira causa de morte não natural no mundo, e no Brasil ela só é a terceira causa porque aqui as taxas de homicídios e acidentes estão entre as mais altas do mundo. Mas por que cada vez mais pessoas estão se matando?
Claro que a resposta é complexa: fatores sociais, psíquicos e genéticos interagem para produzir a mente suicida, algo que os pesquisadores entrevistados por Luciana Christante explicam muito bem. E por mais cabeludo que possa parecer o problema, a boa notícia é que a prevenção do suicídio é relativamente simples, duas iniciativas já estão em andamento no Estado de São Paulo (Campinas e Botucatu), torcemos para que elas se multipliquem. Leia a matéria completa aqui.
Fonte: Blog da Unespciência (http://www2.unesp.br/revista/?p=2055)
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Suicídio e prevenção

Prevenção de doenças se faz com informação. E que o que vale para dengue, AIDS, câncer de mama, tuberculose e hanseníase vale também para suicídio. Em 90% dos casos, os casos oficialmente registrados de suicídio estão relacionados a transtornos mentais como depressão, reações ao uso de drogas lícitas ou ilícitas, esquizofrenia, transtornos de personalidade e outros males que podem ser tratados se houver diagnóstico e acompanhamento médico. O apoio de familiares e amigos é considerado fundamental. O assunto merece atenção porque tanto no Brasil quanto no mundo, suicídio é caso de saúde pública.
Quando a Organização Mundial de Saúde revelou que aproximadamente três mil pessoas se matam por dia; que esse número cresceu 60% nos últimos cinquenta anos, especialmente nos países em desenvolvimento; e que o suicídio já é uma das três principais causas de morte entre os jovens e adultos de 15 a 34 anos, poucos veículos de comunicação se interessaram em abrir espaço para essas informações.
Talvez tenha prevalecido a tese de que qualquer menção ao suicídio na mídia possa fomentar a ocorrência de novos casos. O risco de fato existe quando se explora o assunto de forma sensacionalista, dando visibilidade a detalhes mórbidos que possam inspirar a repetição do gesto fatal. Mas a própria OMS recomenda enfaticamente a veiculação através da mídia de informações que ajudem na prevenção do suicídio. "A disseminação de informação educativa é elemento essencial para os programas de prevenção; nesse sentido, a imprensa tem um papel relevante", é o que se lê na apresentação do manual de prevenção do suicídio dirigido aos profissionais de imprensa pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde.
E quais são as informações relevantes que precisam ter mais espaço na mídia? Além do fato de que o suicídio é prevenível na maioria absoluta dos casos, é igualmente importante reconhecer as circunstâncias em que há "risco de suicídio", principalmente quando a pessoa verbaliza o desejo de se matar − nesses casos os profissionais de saúde informam que a maioria das pessoas que tiraram a própria vida comunicou a intenção previamente − ou quando apresenta os sintomas de depressão, que, nas manifestações mais graves, requer cuidados redobrados. No enfrentamento da depressão, estima-se que dois terços das pessoas tratadas respondem satisfatoriamente ao primeiro antidepressivo prescrito.
Embora este seja um assunto ausente na mídia, estima-se que ocorram 24 casos por dia no Brasil. Aqui ainda se registram taxas pequenas em relação a outros países (3,9 a 4,5 para cada cem mil habitantes), mas em números absolutos já estamos entre os dez países do mundo onde ocorrem mais suicídios (aproximadamente oito mil casos por ano), uma quantidade certamente bem superior, considerando que muitos atestados de óbito omitem a intenção do suicídio em mortes oficialmente causadas por acidentes de trânsito, overdose, quedas etc. Há outros números que deveriam justificar uma preocupação maior da sociedade em relação ao problema: as tentativas de suicídio ocorrem numa proporção pelo menos dez vezes superior ao dos casos consumados e para cada suicídio, há em média cinco ou seis pessoas próximas ao falecido que sofrem consequências emocionais, sociais e econômicas.
Omitir essas informações da sociedade significa esconder a sujeira debaixo do tapete e fingir que o problema não existe. Se prevenção se faz com informação, é preciso enfrentar com coragem o tabu que envolve o suicídio. Tão importante quanto rastrear as causas desse problema de saúde pública − incentivando a realização de pesquisas, seminários e congressos científicos − é apoiar e divulgar o trabalho realizado nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Ministério da Saúde espalhados por todo o país (informações através DISQUE SAÚDE: 0800 61 1997) e também pelas redes de proteção que trabalham em favor da vida, como é o caso dos grupos de apoio que reúnem os "sobreviventes de si mesmo", aqueles que tentaram, mas não conseguiram se matar; familiares e amigos de suicidas que compartilham suas experiências em dinâmicas de grupo conduzidas por terapeutas; e organizações voluntárias que realizam gratuitamente um serviço de apoio emocional e prevenção do suicídio por telefone como é o caso do Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número 141.
Bibliografia
Suicídio: uma morte evitável (Ed. Atheneu; Henrique Côrrea e Sérgio Perez Barrero)
O Suicídio (Ed. Martin Claret; Emile Durkheim)
Tentativa de Suicídio - Um prisma para Compreensão da Adolescência (Ed. Revinter; Enio Resmini)
Comportamento Suicida (Ed. Artmed; Blanca Guevara Werlang; Neury Botega)
O Demônio do Meio-Dia - Uma anatomia da depressão (Ed. Objetiva; Andrew Solomon)
Jornalista, de rádio e tv, André Trigueiro é criador e professor do curs o de Jornalismo Ambiental da PUC, RJ. Autor dos livros Mundo sustentável – abrindo espaço na mídia para um planeta em transformação (Globo) e Espiritismo e ecologia (FEB). Site: www.mundosustentavel.com.br.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Dez anos a evitar suicídios: a Voz de Apoio, em Portugal

Engenheiro electrotécnico de 49 anos coordena a "Voz de Apoio", uma linha telefónica destinada a prevenir o suicídio, sobretudo, nas cadeias portuguesas. Há dez anos que duas dezenas de voluntários ouvem confidências e, em troca, oferecem uma palavra amiga.
Casado, sem filhos, Fernando Couto era mais novo 15 anos, quando um programa de rádio lhe despertou a atenção para o voluntariado. Um ouvinte, emocionalmente fragilizado, desabafava todas as mágoas no éter. "Ouvi o programa e decidi que poderia ajudar pessoas", recorda. Daí a inscrever-se como voluntário foi um passo, até que, há uma década, este engenheiro, profissionalmente ligado ao sector das telecomunicações, decidiu reunir um grupo de voluntários. Instalou-se numa cave, na cidade do Porto, onde recebe chamadas telefónicas, cartas e e-mails de pessoas ávidas de uma palavra amiga.
"O nosso objectivo é, sobretudo, prevenir o suicídio que ocorre nas cadeias portuguesas. Sabemos que o número de suicídios é dez a quinze vezes superior nas cadeias, face à população em geral. É o grupo de maior risco", afirma Fernando Couto.
A missão da "Voz de Apoio" divide-se, portanto, em duas vertentes: uma destinada exclusivamente à comunidade prisional e a outra ao público em geral.
Apoiada pela Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, a "Voz de Apoio" tem ao dispor um número verde de apoio à prevenção do suicídio, apenas divulgado dentro das cadeias, enquanto que a linha de atendimento emocional, destinada ao público em geral, pode e dever ser divulgada: 225506070.
"Além da linha verde, recebemos muitas cartas dos reclusos. A maioria deles gosta de escrever porque não têm acesso à Internet", explica.
A equipa de voluntários responde a todas as cartas e, explica Fernando Couto, a maioria das lamentações dos reclusos diz respeito a situações de solidão. "Não há queixas em relação ao sistema prisional; o que há são situações ligadas ao sentimento de estar preso, à solidão e aos problemas com a família", frisa. "Uma das situações mais típicas envolve presos com penas longas, porque as famílias têm tendência para os abandonar, e isso constitui para eles muito sofrimento", explica.
Fernando Couto não se queixa da falta de voluntários, mas não é possível funcionar 24 horas seguidas. "Adaptamos o horário de atendimento aos horários dos reclusos", sustenta.
por José Vinha
Fonte: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1682700
domingo, 10 de outubro de 2010
Curso de voluntários CVV - Abolição/SP

Mais informações: http://www.cvv.org.br.
Entrevista com Eliane Soares, do CVV
A voluntária Eliane Soares comenta sobre o trabalho do Posto Samaritano Piracicaba em entrevista ao jornalista João Umberto Nassif

No Brasil, o CVV Centro de Valorização da Vida iniciou suas atividades em 1962, em São Paulo, nos moldes de “Os Samaritanos” de Londres.
Em nossa cidade o Posto Samaritano Piracicaba localiza-se na Rua Ipiranga, 806, telefone (19) 3422 4111, fundada em 16 de junho de 1982. (...)
O caráter sigiloso do atendimento torna difícil mensurar os resultados. Não há como afirmar a quantidade de suicídios evitados em determinado período. (...)
Percebe-se claramente que para os voluntários, o fato de ter salvado, nem que seja apenas uma vida, já se sentem gratificados pelo esforço.
Eliane Soares é a pessoa designada a representar a instituição junto à mídia, preservando o anonimato dos demais integrantes do Posto Samaritano Piracicaba.
Qual é a sua função no CVV de Piracicaba?
Sou voluntária, plantonista e ainda coordenadora da divulgação. Participo da entidade já há dez anos.
Qual é o nome correto da entidade?
É Posto Samaritano de Piracicaba. Somos vinculados ao CVV Centro de Valorização da Vida. O CVV funciona por 24 horas enquanto o Posto Samaritano atende em determinados horários do dia. Trata-se de um horário feito em função da disponibilidade dos voluntários. Em Piracicaba atendemos das 15h até as 23h.
Qual é a origem do nome Samaritano?
Ele foi inspirado em um trabalho que já existia na Inglaterra. Os jovens que fundaram o Samaritano em São Paulo tomaram contato com “Os Samaritanos” de Londres e adotaram também o nome da entidade. Com o passar do tempo, eles fundaram uma instituição que é o Centro de Valorização da Vida. Haviam percebido que algumas pessoas conhecidas tinham tentado o suicídio, uns tinham conseguido o seu intento, outros sobreviveram, mas com sequelas.
O foco de trabalho desse grupo passou a ser o suicídio?
Foi a prevenção do suicídio, trabalho que continuamos a realizar. O que mudou um pouco foi a forma de divulgação para a sociedade. Quando falamos que é a prevenção do suicídio muitas pessoas pensam: “Eu não vou me matar, então não irei telefonar para lá!” Só que o suicídio é um processo. A pessoa não acorda em um determinado dia e decide: “Hoje irei tirar a minha própria vida!” É um processo que ocorre ao longo da vida de uma pessoa, pode levar meses, anos, e se ela não for ajudada, compreendida, respeitada, auxiliada, poderá vir a tentar o suicídio.
Atualmente o foco da nossa divulgação não é mais a prevenção do suicídio, hoje nós denominamos nossas atividades como um trabalho voluntário de doação de amizade. Somos um amigo do outro lado da linha, você pode ligar a qualquer hora que terá uma pessoa para lhe escutar. Isso para a pessoa que está em processo de tornar-se um suicida, embora ainda para ela isso não esteja claro, em geral são indivíduos em depressão, tristes, essa pessoa irá ligar para nós e desabafar. Não irá concluir um ciclo, onde a própria vida é insuportável.
A palavra suicídio é mais comum nos dicionários do que no nosso cotidiano?
A mídia, assim como a sociedade médica, diz que se alardeamos muito a respeito do suicídio, ao mencionarmos que algum artista, um cantor, se suicida por determinado motivo, as pessoas que estão vivenciando motivo semelhante podem vir a suicidarem também. Há muita influência desses ídolos sobre o comportamento da sociedade. Hoje se valoriza muito o ter, o controlar, o fazer o sucesso, e não mais a valorização de quem é a pessoa.
Quem trabalha no Samaritano, CVV, de Piracicaba?
Todos nós somos voluntários e trabalhamos em nossas atividades profissionais. Eu trabalho no departamento de logística de uma metalúrgica. O que nos traz aqui é o fato de gostar de outro ser humano. É o amor ao próximo. Atualmente, somos 12 voluntários, sendo 9 mulheres e 3 homens.
Há um número de horas ideal para que o CVV funcione?
O ideal são as 24 horas do dia, como funcionou em Piracicaba até 2006. Por falta de voluntários fomos obrigados a diminuir o período de atendimento.
O que uma pessoa deve fazer para tornar-se voluntário?
Nós ministramos um curso, aos sábados das 14h até as 17h, com duração de um mês e meio, que irá capacitá-lo como voluntário. Esse curso determina quais são as características necessárias para ser voluntário, como é o estado emocional da pessoa que nos liga, qual é nossa forma de atendê-la. O nosso trabalho é baseado no trabalho de Carl Rogers (Carl Ransom Rogers, 1902-1987, foi o mais influente psicólogo na história americana) na linha da psicologia não-diretiva. No CVV estudamos muito, muito mesmo! Temos os cursos de aperfeiçoamento, isso qualifica cada vez mais o voluntário, que também aumenta o seu autoconhecimento. Não existe limite de idade máxima para ser voluntário.
O nome Samaritano pode induzir que se trata de uma instituição ligada à alguma seita religiosa. Há algum vinculo com alguma igreja?
Não temos nenhuma vinculação religiosa ou política, não somos ligados a nenhuma instituição de ensino. Somos todos voluntários, não temos nenhum funcionário.
Em Piracicaba há alguma ajuda governamental?
Nenhuma. Há alguns postos no Brasil que são reconhecidos como de utilidade pública pelo município e recebem uma verba da prefeitura. Nós aqui não somos.
Como é a estrutura do CVV?
O Centro de Valorização da Vida que fica na Rua Genebra, em São Paulo, detém três tipos de trabalho, o CVV que é a prevenção do suicídio, a Clínica Francisca Julia, situada em São José dos Campos, para doentes mentais, e o CRC Caminho de Renovação Contínua. O CVV e o CRC são trabalhos voluntários. A Clínica Francisca Júlia é um hospital com mais de 200 leitos e apoio do governo. A estrutura destinada aos voluntários do CVV e Samaritano é preparada pela unidade central. Cada posto é totalmente autônomo entre si e financeiramente, tem um CNPJ, é uma instituição registrada. Em Piracicaba o CVV Samaritanos tem como razão social a Sociedade de Apoio a Vida Dr. Nelson Meirelles. A mesma forma de atendimento que fazemos em Piracicaba é feita em outras localidades onde existe o CVV. Há uniformidade no trabalho.
Porque o CVV de Piracicaba chama-se Sociedade de Apoio a Vida Dr. Nelson Meirelles?
Porque a casa onde estamos foi fruto de doação do Dr. Nelson Meirelles. A princípio esta casa era de propriedade do Dr. Nelson Meirelles, ele fez a doação á uma instituição de caridade tendo Luiz Antonio Copoli, o Titio Luiz, como responsável pelo imóvel. Titio Luiz manteve por muitos anos uma farmácia, com distribuição gratuita de medicamentos aos necessitados. Ao encerrar as atividades da farmácia, Titio Luiz anunciou que a casa estava disponível para a instituição filantrópica que necessitasse. Essa era uma das cláusulas constantes no contrato de doação do Dr. Nelson Meirelles. Uma das nossas voluntárias ouviu a noticia pelo rádio e entrou em contato com o Titio Luiz, que prontamente concordou com o uso da casa pela nossa instituição. (Na sala de recepção há as fotos do Dr. Nelson Meirelles e do Titio Luiz, uma homenagem aos beneméritos).
Como foi o seu ingresso no CVV?
Sempre tive a vontade de realizar um trabalho voluntário, mas onde não fosse necessário dar alguma coisa às pessoas, porque isso já tinha muita gente fazendo. Através da mídia tomei conhecimento do trabalho feito pelo CVV, achei muito bonito. Não é apenas uma ajuda material, trata-se de um resgate de uma pessoa. Gostei da proposta e vim fazer o curso para voluntários. Para ser voluntário em nosso trabalho é necessário ter amor em excesso, paciência e gostar do ser humano. Se não tivermos um amigo que nos ouça, que nos respeite e acolha em um momento de dificuldade fica difícil de levar a vida.
Ao atender um suicida em potencial como age o voluntário?
Nós não damos conselhos, não somos diretivos, não direcionamos a decisão que a pessoa deve tomar, podemos ajudar a refletir sobre as suas próprias decisões. É um contato absolutamente sigiloso, não perguntamos as características das pessoas, nome, endereço, onde ela trabalha; a pessoa não tem a necessidade de se identificar quando liga, não temos identificador de chamadas para saber quem ligou e de onde ligou. Aceitamos a pessoa como ela é.
O voluntário identifica-se durante a ligação?
Normalmente usa-se apenas o primeiro nome, que poderá ser um nome adotado pelo voluntário, principalmente se o seu nome original for incomum, como Arquibaldo por exemplo.
Qual é o sentimento de estar atendendo uma pessoa que está no limiar de tirar a própria vida?
Quando uma pessoa quer suicidar-se e, porventura liga para nós, ela desabafa, conta os seus problemas, fala porque está tendo esses tipos de pensamentos, em função da conversa que ela tem conosco, poderá desistir do seu intento naquele momento. Isso não impede que ela possa tentar o suicídio daqui a alguns meses. Quando a pessoa liga, nós somos focados totalmente nela, no seu problema, no sentimento que ela nos traz.
Por que o ser humano comete o suicídio?
Isso ocorre porque a pessoa perde a razão de viver, pelos mais diversos motivos. Quando viver não importa mais, o fato de estar viva ou de morrer para ela tem o mesmo significado, ela quer sumir deste mundo, quer morrer. Se ela encontrar uma nova maneira de viver, se a vida passar a ser colorida novamente, ela ganhará força e irá à luta. Há uma comprovação científica que mostra que quando as pessoas não estão bem, estão depressivas, elas não vêem as coisas com o mesmo colorido de uma pessoa que é feliz. A pessoa depressiva perde cada vez mais a paixão pela vida, fica cada vez mais triste, mais isolada. Normalmente ela precisa de uma ajuda médica, e se não tiver ela acabará cometendo o suicídio. Nós somos apenas um amigo que ela tem para os momentos em que ela desejar estar conversando, nos momentos de crise.
Há como distinguir que faixa etária entra em contato com o CVV?
Normalmente quem nos liga é um adulto, porém há adolescentes que nos ligam também. O suicídio entre os adolescentes está aumentando, há uma maior competitividade entre eles, se não tiver aquele tênis de marca famosa já é motivo para entrar em crise, para fazer parte do grupo ele precisa ter o tênis, a roupa de grife famosa, a menina tem que ser magra, como dita os manequins das lojas, para um adolescente que está passando por uma fase bastante conturbada, às vezes ele acaba nos ligando para contar o que aconteceu.
Fonte: http://www.tribunatp.com.br/modules/news/article.php?storyid=7246
sábado, 9 de outubro de 2010
Você está bem?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Trevor Project e sua ação em tempos de crise

segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Um roteiro fundamental...
Fernanda Carvalho Lopes
Prof. Dra. Márcia Gonçalves
Definição
Emergência psiquiátrica é qualquer situação de natureza psiquiátrica em que existe um risco significativo de morte ou injúria grave para o paciente ou para outros, necessitando de uma intervenção terapêutica imediata.
Como todas as urgências, a psiquiátrica exige um atendimento em ambiente de Pronto Socorro Geral.
A abordagem deve ser multidisicplinar e com suporte para complicações clinicas, intervenções cirúrgicas, ortopédicas, etc.
O suicídio é um risco sempre presente junto aos pacientes com transtornos psiquiátricos.
Incidência anual de suicídio, entre 10 e 20 a cada 100.000 indivíduos, na população geral mundial. Geralmente associado a transtornos psiquiátricos ou ao abuso de drogas . 10% a 25% das mortes de pessoas com depressão maior de forma semelhante em uni e em bipolares.
- O diagnóstico dos transtornos do humor ocorre em um quarto dos casos de suicídio e somente uma fração destes recebem tratamento médico adequado.
Neste século, as taxas de atos suicidas pouco mudaram na população geral. A única prova substancial da eficácia do tratamento psiquiátrico é a redução do risco de suicídio durante o tratamento em longo prazo com lítio.The Journal of Clinical Psychiatry, vol 60, suppl.2, 1999.
A Tentativa de Suicídio
É importante saber que: De 10 pessoas que se matam, 8 dão avisos sobre suas intenções.
Cuidado com a idéia: “Quem quer se matar, não avisa!” NÃO É VERDADE!!!
Para ler mais: http://www.polbr.med.br/ano10/prat0910.php