quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Sinais de alerta

Dez sinais de alerta que ajudam na prevenção ao suicídio

Malu Silveira - 12/9/2017


Falar sobre suicídio pode parecer não tão importante quanto outras questões de saúde pública. Aí é que mora o engano. O desespero que leva alguém a tal ação destrói cerca de um milhão de vidas anualmente em todo o mundo. Num cenário local, foram registrados em Pernambuco, no ano de 2015, 314 mortes por suicídio. E o pior, cada um desses óbitos impacta a vida de pelo menos seis pessoas.


Um fato que pode diminuir a aversão em se tratar do assunto é que, assim como outras doenças, adotar certas atitudes pode ajudar, e muito, na prevenção ao suicídio. Entre as ações para marcar o Setembro Amarelo, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) elaborou dez dicas sobre os principais fatores de risco e sinais de alerta para quem convive com pessoas que apresentam ideação
suicida. Confira as recomendações:

1. Relação com transtornos mentais 

Você sabia que praticamente todas as pessoas que cometeram suicídio apresentavam pelo menos um transtorno psiquiátrico?

Pacientes com depressão, transtorno bipolar, transtorno relacionados ao uso de drogas lícitas ou ilícitas, esquizofrenia e transtorno de personalidade fazem parte do grupo de risco. Dessa forma, a identificação e o tratamento de distúrbios mentais pelo médico psiquiatra estão entre os principais fatores de proteção na prevenção do suicídio.

2. Histórico pessoal

Tentativa prévia é o principal fator de risco para o suicídio. Pessoas que já tentaram o suicídio têm de cinco a seis vezes mais chances de tentar novamente.

Tentativa prévia é o principal fator de risco para o suicídio. Pessoas que já tentaram o suicídio têm de cinco a seis vezes mais chances de tentar novamente.

3. Ideação suicida

Fique atento a comentários que demonstrem desespero, desesperança e desamparo podem ter manifestação de uma ideação suicida. 

Atenção a expressões quem podem ser sinais de alerta, como “eu desejaria não ter nascido”, “caso não nos encontremos de novo”, “eu preferia estar morto”.

4. Fatores estressores crônicos e recentes

Eventos estressores significativos, como separação conjugal, migração ou perda de uma pessoa próxima, além daqueles que levem a prejuízo econômico e social, como falência e perda do emprego, estão associados ao surgimento de pessamentos suicidas.

5. Organizar detalhes e fazer despedidas

É de extrema importância observar se existe algum comportamento que sugira uma preparação para o suicídio: mensagens de despedida (bilhetes ou recados nas mídias sociais), cartaz, testamentos, doação de posses importantes e acúmulo de comprimidos são alguns exemplos. Além disso, deve se verificar se há “comportamento de despedida”, como ligações incomuns a parentes ou amigos dizendxo adeus, como se não fosse vê-los outra vez.

6. Meios acessíveis para suicidar-se

Acesso a armas de fogo, locais elevados e medicação em grande quantidade aumenta a chance de que uma eventual tentativa de suicídio seja efetivada. Por isso é importante ficar atento a esses possíveis meios de consumação do ato.

7. Impulsividade

O suicídio, por mais planejado que tenha sido, muitas vezes parte de um ato motivado por eventos negativos. O impulso para cometer o suicídio é geralmente transitório, com duração de alguns minutos ou horas e pode estar presente particularmente em jovens e adolescentes. A impulsividade também pode ser acentuada se houver abuso de substâncias, como álcool e outras drogas.

8. Eventos adversos na infância e na adolescência

Ter sofrido maus tratos e abuso físico, sexual ou psicológico na infância, apresentar abuso ou dependência de substâncias lícitas ou ilícitas e falta de apoio social estão associados a maior risco de suicídio. É importante lembrar que queda no desempenho escolar pode ser reflexo de um transtorno psiquiátrico não diagnosticado.

9. Motivos aparentes ou ocultos

Algumas pessoas com pensamentos suicidas podem considerar a morte como um “meio de sair do sentimento momentâneo de infelicidade”, “acabar com a dor”, “encontrar descanso” ou “final mais rápido para os sofrimentos”. Comentários com esse tipo de conteúdo servem como sinal de alerta.

10. Presença de outras doenças

Doenças crônicas, incluindo neoplasias em fase terminal, também são fatores de risco para suicídio. O acompanhamento de pacientes que apresentem condições médicas com essas características deve incluir atenção especial à sua saúde mental.

Fonte: http://blogs.ne10.uol.com.br/casasaudavel/2017/09/12/dez-sinais-de-alerta-que-ajudam-na-prevencao-ao-suicidio/

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