sexta-feira, 1 de maio de 2015

Jornalista e operador de câmera trocam furo de reportagem por UMA VIDA!

Jornalistas perdem matéria para evitar suicídio
Veja que exemplo de seres humanos, acima de profissionais!
Em vez de pensar na notícia, uma repórter e seu cinegrafista priorizaram a vida.
Nesta quarta-feira, 29, a jornalista Kharina Guimarães e o operador de câmera Marcos Antonio Cortina, da Catve, estavam a caminho de uma reportagem, passando pela BR 467 - em Cascavel, no Paraná - quando perceberam que uma jovem de 18 anos estava prestes a cometer suicídio.
Ela estava sentada a 7 metros de altura, em cima de uma passarela, com os pés voltados para a rodovia.
A atitude da repórter e do câmera não foi de noticiar, e sim, deixar o que iam cobrir para convencer a mulher a não se jogar.
"Passando pela marginal observei uma menina sentada pelo lado de fora, a Kharina viu e pediu que eu parasse o carro", disse o cinegrafista Marcos Cortina.
A mulher estava com uma flor nas mãos e retirava pétala por pétala.
Quando a jornalista se aproximou, a planta foi esmagada, o que assustou Kharina, porque qualquer má compreensão da jovem, poderia terminar de forma trágica. 
Convencimento
"No início foi muito difícil, eu pensava o que e como vou falar, comecei perguntando se estava tudo bem, se ela precisava de ajuda, se ela queria conversar, mas eu precisava saber o que estava acontecendo com ela naquele momento".
Aos poucos Kharina convenceu a jovem a conversar com ela e desabafar.
Enquanto isso, Marcos Cortina ligava para o Corpo de Bombeiros, já que a uma quadra do local onde eles estavam, há uma central de atendimento. 
Várias pessoas acompanhavam de longe a jovem, mas infelizmente ninguém tomou atitude, a não ser a jornalista e o operador de câmera. 
A conversa
As duas permaneceram ali por cerca de 30 minutos, até que a jornalista convenceu a moça de que o filho dela precisava da jovem.
"A partir do momento que ela me contou o que acontecia, eu me apeguei ao fato de ela ter um filho. Uma criança precisa de uma mãe", disse Kharina.
Socorro
O socorro e a família da jovem chegaram, e ela voltou para casa. 
Em mais de 10 anos atuando no jornalismo, repórter e cinegrafista nunca viveram uma situação semelhante.
Por sorte, ou por profissionalismo o caso teve final feliz, para todos.
"Ver aquela situação e conseguir evitar é uma alegria", conclui Cortina.
Assista o relato dos jornalistas aqui.

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