Muitas pessoas confundem depressão com tristeza: a tristeza é algo normal e natural do ser humano, surge em situações de frustração, mágoas, perdas, falta de perspectivas, mudanças não desejadas, desilusão ou qualquer outro sofrimento causado por problemas do dia a dia e pela maneira como as pessoas encaram e lidam com os seus problemas.
A tristeza é algo passageiro, dói muito, mas passa! Ela sempre é consequência de algum fator adverso da vida. Na medida em que os dias passam, a dor diminui até sumir: a pessoa volta à sua vida normal e sua tristeza desaparece!
A depressão, ao contrário, pode se manifestar em qualquer pessoa, a qualquer hora e em qualquer idade, sem nenhum motivo aparente: para identificar a depressão é importante destacar que os sintomas dela permanecem na maior parte do tempo por, no mínimo, 6 meses.
Uma pessoa depressiva tem uma sensação de vazio, de impotência, de não querer fazer nada e de que nada vale a pena. É como se ela se sentisse sem saída, não conseguindo vislumbrar uma solução para os seus problemas e sofrimento. Ela prefere ficar quieta, isolada em seu canto, sem vontade de interagir com ninguém.
Por mais que as pessoas a sua volta queiram ajudá-la ou estimulá-la a sair desse estado, ela não consegue, sente-se incapaz, gerando nela uma sensação de impotência, o que colabora para a diminuição da autoestima.
A depressão é uma doença causada por um desequilíbrio na produção de algumas substâncias no cérebro, provocado pela forma como a pessoa encara a sua vida, pela maneira como ela administra os seus problemas e, principalmente, como ela lida com eles e os resolve (ou não). A depressão envolve o físico, o humor, os pensamentos e o comportamento, afetando a maneira como a pessoa se alimenta e como dorme, a forma como ela se sente, o modo como pensa a respeito de si mesma, a respeito da vida e altera radicalmente o seu comportamento no dia a dia.
Pessoas que têm baixa autoestima, que sempre veem a si mesmas e o mundo com pessimismo ou que são facilmente sobrecarregadas pelo estresse, são propensas a desenvolver a depressão. Uma perda grave, doenças crônicas, deficiências nutricionais, distúrbios hormonais, dificuldades de relacionamento, problemas financeiros ou qualquer mudança indesejada nos padrões de vida também podem conduzir a um episódio depressivo.
Os sintomas da depressão podem incluir falta de apetite e perda de peso ou, ao contrário, aumento de apetite com ganho de peso; insônia ou sono em excesso; mudanças nas atividades e comportamentos habituais; perda do interesse ou do prazer em atividades que eram prazerosas, inclusive sexual; cansaço excessivo, fadiga; perda de concentração, de atenção; irritabilidade ou raiva excessiva; queda acentuada no rendimento do trabalho e estudos; isolamento social; crises constantes de choro; visão pessimista do futuro, ruminação de eventos do passado; sensações injustificadas de inutilidade, desvalorização, autoacusação e culpas em relação a si mesmo.
Ideias de suicídio ou morte são frequentes, justamente porque a pessoa depressiva não consegue visualizar uma solução para sair desse estado: ela se vê sem saída e, para fugir do sofrimento que a depressão causa, em muitos casos, ela prefere morrer a continuar sofrendo! Ela não deseja a morte, mas vê nela a única saída para fugir da dor e do grande sofrimento que a depressão causa.
Sofrer com a depressão não é um sinal de fraqueza ou algo que possa ser resolvido com a força de vontade: a pessoa com depressão não é capaz de reagir e de se sentir melhor sozinha, sem algum tipo de tratamento! Se ela não se trata, os sintomas pioram cada vez mais, podem durar semanas, meses, anos ou até o final da vida!
Por mais que as pessoas a sua volta queiram ajudá-la a sair desse estado, ela não consegue e isso colabora para que ela se deprima cada vez mais, para que sua autoestima diminua, justamente porque ela é incapaz de sair desse estado! Muitas vezes a pessoa com depressão é tratada de forma preconceituosa pelos próprios familiares e no local de trabalho é tida como preguiçosa ou irresponsável em função de suas dificuldades.
A melhor forma de tratar a depressão é associar o tratamento médico com o tratamento psicológico: a medicação inibe os sintomas físicos ruins da depressão e o tratamento psicológico trabalha as causas, resolvendo-as e impedindo o retorno da depressão, o que ocorre se a pessoa apenas faz uso apenas da medicação.
IMPORTANTE: o tratamento adequado colabora para que a pessoa saia da depressão, resgatando a alegria de viver bem e com qualidade de vida!
Faça o teste abaixo: veja se você pode estar sofrendo com a depressão!
* Direitos Autorais dessa avaliação: Olga Inês Tessari
* esta avaliação está registrada de acordo com a Lei dos Direitos Autorais
Esta é apenas uma avaliação que serve para você verificar a possibilidade de estar sofrendo ou não de depressão.
Responda SIM ou NÃO às perguntas abaixo e anote as respostas.
1- Você se sente sem energia, cansado(a) para realizar tarefas que eram cumpridas sem esforço?
2- Você tem, com frequência, um sentimento de vazio ou quadros de ansiedade?
3- Você tem se sentido mais irritado(a) que o habitual?
4- Você tem tido dificuldades para tomar decisões, concentrar-se no trabalho ou lembrar-se de fatos ocorridos recentemente?
5- Você perdeu o interesse nas atividades físicas em geral?
6- Você tem dificuldades para dormir, acorda no meio da noite ou dorme demais?
7- Você, ultimamente, engordou ou emagreceu muito sem nenhum motivo aparente?
8- Você sente com frequência dores de cabeça, de estômago ou na coluna?
9- Você sente que abandonou o seu projeto de vida?
10- Você gosta de ficar sozinho a maior parte do tempo?
Resultado
Se você respondeu "sim" a mais de cinco itens, sem nenhuma condição médica que os justifique, você pode estar sofrendo de depressão. Procure um médico ou um psicólogo de sua confiança para fazer um tratamento que vai resolver esse problema de forma que você possa retomar a sua vida com qualidade e alegria!
Fonte: http://cerejafina.com/sintonia-livre-depressao-x-tristeza
Nenhum comentário:
Postar um comentário