segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Capacitação em prevenção do suicídio no Piauí


Centro de Atenção Psicossocial de Castelo (PI) realiza capacitação sobre prevenção do suicídio
  
Ocorreu na manhã de ontem (12), no espaço Zilda’s Buffet, uma capacitação com orientações de prevenção e controle do suicídio em Castelo do Piauí. O evento foi organizado pela equipe do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que tem como coordenadora a psicóloga Enilda Alves.

A capacitação teve como público alvo os agentes comunitários de saúde, os profissionais que atuam no Centro de Referência na Assistência Social - CRAS, Núcleo de Apoio da Saúde na Família – NASF, Programa Saúde na Família – PSF, além do próprio Centro de Atenção Psicossocial – CAPS. Além dos profissionais de saúde, estavam presentes a promotora de justiça, Drª Ana Isabel; a Secretária Municipal de Educação, professora Ivanildes Cardoso e a Coordenadora do Serviço de Controle Interno, Francivone Rocha; que é presidente do Centro de Estudos Espíritas Mensageiros de Luz.

Drª Enilda Alves abriu a capacitação mencionando os altos índices de suicídios em Castelo e cidades vizinhas, o que pode ter uma causa cultural ou até mesmo outros fatores, como o genético. Os casos de suicídio aumentaram 60% (sessenta por cento) nos últimos 45 anos em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo esta a terceira maior causa de morte na faixa etária de 15 a 35 anos, em ambos os sexos.

Para cada suicídio, cinco a dez pessoas próximas sofrem graves conseqüências psicológicas, sociais, dentre outras, estes são considerados “sobreviventes”. Uma pessoa comete suicídio a cada 40 segundos em algum lugar do mundo. No Brasil ocorre um suicídio por hora, sendo este portanto, um grave problema de saúde pública.

A coordenadora do CAPS destacou a importância do trabalho desenvolvido pelos profissionais que atuam no NASF, por ser este um complemento do PSF, bem como os agentes comunitários de saúde, tendo, portanto, grande possibilidade de perceber nas famílias as vulnerabilidades que indiquem tendência ao suicídio, como doenças graves, isolamento social, ansiedade, desesperança, transtornos mentais, crise conjugal e familiar, luto, perda ou problemas no emprego, uso abusivo de álcool e outras drogas, depressão, esquizofrenia, dentre outros associados à facilidade de acesso aos meios de suicídio. Estas situações não são determinantes para o suicídio, mas podem interagir e contribuir para sua ocorrência quando existe sofrimento intenso. Muitos não conseguem “resignificar” o problema, ou seja, dar uma outra dimensão e perceber que qualquer problema tem saída.

Sinais de Alerta
De 15% a 25% dos que tentam suicídio cometem nova tentativa no ano seguinte, sendo que 10% conseguem consumar o ato em até 10 anos compreendidos entre a primeira tentativa e o suicídio consumado. Pessoas que ameaçam ou tentam cometer o suicídio, sobretudo os jovens e adolescentes, devem ser levados a sério. O que ocorre comumente é que as pessoas próximas tendem a acreditar que o jovem quis apenas chamar a atenção, mas na verdade ele está pedindo ajuda urgente. Em casos parecidos, os familiares devem procurar ajuda profissional.

Atualmente existe um serviço gratuito que fornece ajuda a pessoas com depressão e pensamentos suicidas. O Centro de Valorização da Vida (CVV), existe há 49 anos é composto por profissionais voluntários com atendimento telefônico pelo número 141, ou ainda através de chat (bate papo) que pode ser acessado no www.cvv.org.br.

Edição: Robson Miguel (Publicada em 13/01/2012)

Fonte: http://www.portalcdp.com.br/noticias/centro-de-atencao-psicossocial-de-castelo-realiza-capacitacao-sobre-prevencao-do-suicidio-3656.html

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