segunda-feira, 6 de maio de 2013

Mudança de foco na faixa etária de risco do suicídio nos EUA: fenômeno global?


Cresce taxa de suicídio de pessoas de 35 a 64 anos nos Estados Unidos
Governo mostra que índice supera mortes por acidente de trânsito. Alta ocorreu entre não-hispânicos e nativos americanos do Alasca.
Da France Presse

Os suicídios entre as pessoas de 35 e 64 anos nos Estados Unidos aumentaram 28% durante a última década, superando nos últimos anos os acidentes de trânsito como uma das principais causas de morte, segundo as últimas estatísticas oficiais publicadas nesta quinta-feira (1º).

A taxa anual de suicídio neste grupo etário aumentou de 13,7 pessoas a cada grupo de 100 mil, em 1999, para 17,6 pessoas a cada grupo de 100 mil, em 2010.

A alta ocorreu entre os brancos não-hispânicos (40%) e os nativos americanos e autóctones do Alasca (65%), segundo a agência federal dos Centros para Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC, siglas em inglês).

Os suicídios, que registraram um aumento em todo o país, totalizaram 38.364 mortes durante esse período, frente a 33.687 mortes por acidentes de carro e motocicleta. Por idade, o maior aumento nos suicídios foi registrado entre os 50 e 54 anos (48%) e entre 55 e 59 anos (49%).

Mais atenção

Durante a última década, o número de suicídios cresceu mais entre as mulheres 35 a 64 anos (32%) do que entre os homens (27%). As estatísticas também mostram um forte aumento dos suicídios por enforcamento (81%), envenenamento (24%) e armas de fogo (14%), indica o CDC.

No entanto, a taxa de suicídios entre os jovens (10 a 34 anos) e mais velhos (mais de 65) se manteve praticamente sem alteração durante o mesmo período. Historicamente, a maioria dos esforços de pesquisa e prevenção do suicídio teve como foco os jovens e maiores de 65 anos.

Este relatório sugere que as pessoas de média idade precisam de mais atenção. "O suicídio é uma tragédia muito frequente e estes números evidenciam a necessidade de investigá-lo para entender melhor os fatores de risco para o desenvolvimento de programas de prevenção', indicou em um comunicado o diretor do CDC, Tom Frieden.

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