
O cartum criado pelo Danilo Marques é um elemento extra importante neste cartaz do CVV.
Blog destinado à coleta e disseminação de informações sobre prevenção do suicídio e valorização da vida
Hoje, Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, não quero deixar de salientar o facto de ser entre a população LGBT jovem que se encontra o maior risco para a ocorrência de suicídio, não se encontrando em funcionamento no nosso país qualquer departamento de saúde, de acção ou aconselhamento social que possa ser de ajuda para estes jovens e para as suas famílias.
É entre a camada da população jovem de orientação LGBT que se verifica um potencial para o suicídio deveras assustador, em que as probabilidades de recurso ao suicídio são até quatro vezes mais elevadas se comparadas com jovens heterossexuais dentro dos mesmos escalões de idade (entre os 13 e os 25).
Um estudo realizado em 2009, “Family Rejection as a Predictor of Negative Health Outcomes” liderado pelo Dr. Caitlin Ryan e conduzido como parte do “Projecto de Aceitação Familiar da Universidade do estado de S. Francisco” mostra que a probabilidade de uma tentativa de suicídio é 8,4 vezes superior entre os adolescentes rejeitados pelas suas famílias pelo facto de serem LGBT.
De salientar ainda o facto de que para cada suicídio efectivamente consumado por um jovem, se estimar que são feitas entre 100 a 200 tentativas de suicídio não registadas (2003 Youth Risk Behavior Surveillance Survey).
O suicídio entre esta camada da população tem origem essencialmente na rejeição familiar e social a que estes indivíduos estão sujeitos, mas não é o único problema. A rejeição está também na base de outros problemas de saúde sérios do foro psicológico e físico sendo que entre estes jovens se verifica também uma enorme apetência para consumo de substâncias químicas, álcool e tabaco.
É urgente que a sociedade em geral e as famílias em particular sejam educadas e ajudadas a lidar com os seus filhos LGBT para que o estigma e a rejeição possam ser verdadeiramente ultrapassados.
Palestra em Goiânia, na Universidade Federal de Goiás
ENTIDADE ORGANIZADORA: PATS - Programa de Estudos e Prevenção do Suicídio e Atendimento a Pacientes com Tentativas de Suicídio
DATA: 17/09/2010 Sexta-feira
HORÁRIO: 8:00 Hs
LOCAL: Anfiteatro do Raio-X do HC/UFG
ENDEREÇO: 1ª Avenida Nº 545 Setor Universitário
INFORMAÇÕES: Depto. de Saúde Mental e Medicina Legal - 3209-6150
Seção de Psicologia - 3269-8284
PÚBLICO ALVO: Profissionais e Estudantes da Área da Sáude
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O Programa de Estudos e Prevenção do Suicídio e Atendimento a Pacientes com Tentativas de Suicídio (PATS) promove, no dia17/9, no Anfiteatro do setor de Raios-X do Hospital das Clínicas,às 8h, uma mesa-redonda com o tema “Por que as pessoas morrem de suicídio”. Sob coordenação da professora Célia Maria F. da Silva Teixeira, as palestras serão proferidas pela professora de Psiquiatria do Departamento de Saúde Mental e Legal, Maria Amélia Dias Pereira; pela psicóloga do Hospital das Clínicas, Cláudia de Paula Juliano Souza, e pelo médico residente de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Thiago Cezar de Fonseca. O evento é destinado a profissionais e estudantes da área da saúde.
Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha divulgado materiais informativos na forma de manuais que tratam sobre a prevenção do suicídio, voltado a diferentes públicos, como médicos generalistas e educadores, a população em geral ainda desconhece a gravidade do assunto. Para compreender o comportamento suicida, o que requer conhecimento interdisciplinar e profissionais qualificados, as áreas de saúde e educação e a família precisam abrir espaço para discutir o problema. Para tentar chamar atenção para esta questão foi também escolhida uma data de alerta: o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, que é no dia 10 de setembro.
Uma das formas de combater o problema é conhecê-lo. Entre as intervenções eficazes estão: o controle do uso de substâncias tóxicas (medicamentos e pesticidas) e de armas de fogo; a identificação e o tratamento dos transtornos mentais (particularmente depressão, alcoolismo e esquizofrenia); o acompanhamento psiquiátrico e psicoterápico de pessoas com comportamento suicida (ideação, planejamento, ameaça e tentativa de suicídio); e a proteção de lugares perigosos, como áreas abertas e coletivas de edifícios.