quinta-feira, 26 de abril de 2018

Mobilização para a prevenção do suicídio após mortes de estudantes paulistas

Veja como detectar e prevenir o suicídio, além de mitos sobre o tema

Problema voltou ao debate após mortes de estudantes em São Paulo

Casos de suicídio recentes envolvendo estudantes de São Paulo levaram à mobilização de colégios particulares para tratar do problema, que tem aumentado entre crianças e adolescentes nas últimas décadas.

Abaixo, veja como detectar sinais de que uma pessoa precisa de ajuda e dicas
de como auxiliá-la.

SINAIS DE ALERTA GERAIS

  • Falar sobre querer morrer, não ter propósito, ser um peso para os outros ou estar se sentindo preso ou sob dor insuportável


  • Procurar formas de se matar


  • Usar mais álcool ou drogas


  • Agir de modo ansioso, agitado ou irresponsável


  • Dormir muito ou pouco


  • Se sentir isolado


  • Demonstrar raiva ou falar sobre vingança


  • Ter alterações de humor extremas

PARA DEPRESSÃO EM ADOLESCENTES

  • Mudanças marcantes na personalidade ou nos hábitos
  • Piora do desempenho na escola ou em outras atividades
  • Afastamento da família e de amigos


  • Perda de interesse em atividades de que gostava


  • Descuido com a aparência


  • Perda ou ganho inusitado de peso


  • Comentários autodepreciativos persistentes


  • Pessimismo em relação ao futuro, desesperança


  • Comentários sobre morte, sobre pessoas falecidas e interesse por essa temática


  • Doação de pertences que valorizava

ALGUNS MITOS SOBRE O SUICÍDIO

“Se eu perguntar sobre suicídio, poderei induzir uma pessoa a isso”
Questionar de modo sensato e franco fortalece o vínculo com a pessoa, que se sente acolhida e respeitada.

"Ele está ameaçando o suicídio apenas para manipular os outros"
Muitas pessoas que se matam dão sinais verbais ou não verbais de sua intenção para amigos, familiares ou médicos. Não se pode deixar de considerar a existência desse risco.

"Quem quer se matar se mata mesmo"
Essa ideia pode conduzir ao imobilismo. As pessoas que pensam em suicídio frequentemente estão ambivalentes entre viver ou morrer. Prevenção é impedir os casos que são evitáveis.

"Uma vez suicida, sempre suicida"
A elevação do risco de suicídio costuma ser passageira e relacionada a algumas condições de vida. A ideação suicida não é permanente. Pessoas que já tentaram suicídio podem viver, e bem, uma longa vida.

O QUE FAZER

  • Não deixe a pessoa sozinha
  • Tire de perto armas de fogo, álcool, drogas ou objetos cortantes
  • Leve a pessoa para uma assistência especializada
  • Ligue para canais de ajuda
188 ou 141

São os telefones do Centro de Valorização da Vida (CVV). Também é possível receber apoio emocional via internet (www.cvv.org.br), email, chat e Skype 24 horas por dia 90%
das pessoas que se suicidam possuíam transtornos mentais; elas poderiam ter sido tratadas

www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/04/veja-como-detectar-e-prevenir-o-suicidio-alem-de-mitos-sobre-o-tema.shtml

terça-feira, 24 de abril de 2018

Suicídio: como agir quando sei que alguém próximo a mim quer se matar?


O primeiro passo é não fazer pouco caso da dor que o outro está sentindo
Nessa segunda-feira (23/4/2018), o Colégio Bandeirantes, de São Paulo, comunicou uma notícia trágica: dois de seus alunos cometeram suicídio num intervalo de 15 dias. Segundo a instituição, os casos não tem ligação entre si e, independentemente de estarem conectadas ou não, a morte desses jovens reascende uma pauta desoladora: a de que os casos de suicídio são muito mais comuns do que a gente supõe.
E a maior parte da sociedade ainda não está preparada para lidar com o assunto. Como posso ajudar alguém que está passando pelo sofrimento de pensar em se matar? Essa é a grande questão.
Para o psiquiatra Carlos Felipe de Oliveira, que é diretor da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio e atua junto ao CVV (Centro de Valorização da Vida), o primeiro passo é não desqualificar a dor do outro. Ao perceber que alguém próximo a você está apresentando sinais de profunda tristeza e descrença em relação à vida não trate isso como algo sem importância, algo que pode ser revertido simplesmente com força de vontade. “Tem que estar claro para você que aquela pessoa está sofrendo e que ela pode estar passando por um processo de depressão”, aponta o médico.
Isso obviamente também se aplica a outro tipo de situação: quando alguém próximo tentou cometer suicídio. Em casos assim, é muito comum que as pessoas comentem que aquela pessoa não queria realmente se matar, mas apenas chamar a atenção. “De fato, aquela pessoa quer chamar a atenção, mas não no sentido de ‘se mostrar’. Ela quer chamar a atenção para a profunda dor que está sentindo“, diz o psiquiatra. Ou seja: é um pedido de socorro.
Tendo isso em mente, depois de compreender a gravidade da situação, o segundo passo é mostrar-se realmente disposto a ajudar. Mas como fazer isso sem ser invasiva? Para o psiquiatra, uma conversa franca e amorosa ainda é o melhor caminho. “Eu sou solidário com o que você está passando. Não estou sentindo a sua dor, mas quero te ajudar com isso”, sugere Carlos como boa forma de mostrar apoio. E repare nessa parte importante: não tente dizer que você sabe pelo que aquela pessoa está passando, afinal, você realmente não sabe.
Ah, e falar coisas como “tenha força de vontade” e “daqui a pouco isso passa” definitivamente não é a solução. “Isso desqualifica a dor do outro”, frisa Carlos.
O médico também aconselha que você conte a mais alguém sobre o que está acontecendo. Alguém que tenha muita intimidade com a pessoa deprimida e que seja de total confiança, lógico. Mas isso não seria uma maneira de expor um assunto íntimo sem consentimento? Carlos é enfático em dizer que não. Quando um ente querido está lidando com depressão e angústia profunda, pedir o apoio de mais alguém é o mais sensato a se fazer.
Essa medida é ainda mais importante nos casos em que a pessoa deprimida tem dificuldade de se abrir com você. Em conjunto é mais fácil ver a melhor forma de se aproximar e ajudar quem precisa. Obviamente isso não significa que você tem o direito de sair por aí espalhando a intimidade dos outros. Bom senso, né?
O próximo passo é aconselhar a pessoa deprimida a buscar acompanhamento profissional. Uma rede de apoio e afeto é algo que ajuda muito quem está deprimido e pensando em tirar a própria vida, mas isso não significa que amor e palavras bonitas vão resolver o problema. Tratamento é essencial! Carlos diz que a pessoa pode buscar um psicólogo ou ir direto ao psiquiatra, o que importa é entrar em contato com o profissional que deixe o paciente plenamente confortável.
O médico também chama a atenção para outro ponto importante: não deixe a pessoa deprimida sozinha. Mesmo depois que ela iniciar o tratamento, se faça presente e continue mostrando que você se importa.

domingo, 22 de abril de 2018

O bom exemplo de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul: ações firmes baseadas em política pública de saúde mental!!!

Uma imagem vale por mil palavras.

Simples assim: a carta de serviços oferecida à população em um cartaz feito com competência. Na retaguarda, no entanto, muito trabalho para tornar isso possível!!

Cada município pode e deve copiar essa ideia!!




sexta-feira, 20 de abril de 2018

Mobilização em favor do Plano Municipal de Prevenção ao Suicídio, na Paraíba

João Pessoa pode ganhar um Plano Municipal de Prevenção ao Suicídio

Tramita na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) o Plano Municipal de Prevenção ao Suicídio, de autoria do vereador Damásio Franca (PP). O objetivo é identificar possíveis sintomas, tratar o transtorno e prover o acompanhamento de indivíduos que apresentem o perfil, minimizando a evolução dos quadros que podem chegar ao suicídio.

Nesta quinta-feira (19), o vereador defendeu a aprovação do projeto falando que cerca de 32 pessoas morrem por dia no Brasil vítima de suicídio.  O parlamentar explicou que o Poder Público Municipal tem papel relevante para o tratamento desse transtorno, identificando possíveis sintomas, acompanhando e oferecendo possibilidades de recuperação aos que necessitam.

“Para se ter uma ideia, o suicídio é o responsável por uma morte a cada 40 segundos no mundo e atinge cerca de 1 milhão de pessoas por ano. Aqui em João Pessoa há vários relatos de suicídios principalmente envolvendo jovens, que é uma das grandes preocupações. Inclusive, a Promotoria da Saúde de João Pessoa vai criar um Grupo de Trabalho (GT) com o objetivo de desenvolver estudos, pesquisas e campanhas acerca da prevenção do suicídio”, comentou.

O vereador justificou que o suicídio é um ato complexo cuja causa mais comum é um transtorno mental e/ou psicológico que pode incluir depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso de drogas.

 “Além de outros fatores, como dificuldades financeiras e/ou emocionais que também desempenham um fator significativo para evolução do quadro que pode vir a culminar com o indivíduo retirar a própria vida. É necessário fazer as famílias tratarem do assunto com neutralidade e com naturalidade: escolas devem levantar o debate; amigos e colegas de trabalho devem oferecer apoio, ao identificar alguém com sinais de quem pensa em cometer algum ato contra a própria vida”, explicou o vereador.

De acordo com dados do Mapa da Violência do Ministério da Saúde, o índice de jovens entre 15 e 29 anos que tiraram a própria vida aumentou 40% em 10 anos, sendo a quarta maior causa de morte entre esse grupo. Entre 1980 e 2010, segundo dados oficiais, mais de 195 mil pessoas se suicidaram no Brasil, o equivalente a 3 bombas atômicas, como a de Hiroshima.

“Diversos jovens sofrem em silêncio, e as famílias só ficam sabendo dos problemas depois que o fato está consumado. O assunto é sério e merece muita reflexão. Não há obviamente uma única razão que explique a angústia e o sofrimento intensos de quem decidira pôr fim à própria vida. Se o ato do suicídio parece violento para quem está observando de fora, imaginem os senhores a intensidade do desespero de quem decidiu fazê-lo.

O vereador finalizou o discurso dizendo que “precisamos quebrar o paradigma de que falar sobre esta epidemia pode aumentá-la. Precisamos enfrentar este assunto.  Falar é a melhor solução. O tema suicídio não pode ser silenciado”, disse.

Fonte: www.portaltvcariri.com.br/joao-pessoa-pode-ganhar-um-plano-municipal-de-prevencao-ao-suicidio/

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Ato em favor da vida, em Aquidauana, Mato Grosso do Sul

A sociedade precisa se manifestar, se organizar em face do crescente número de pessoas em crise suicida. A notícia abaixo é um alento, neste sentido.

 Em Aquidauana, atos em favor da vida alertam que há saída para a depressão

Desde o início do ano, 17 tentativas, 3 suicídios consumados e uma suspeita marcaram com tristeza o município

Atos de prevenção ao suicídio acontecem neste final de semana, em Aquidauana. Ontem (13/4/18) manifestação de clamor pela vida levou várias pessoas a se reunir na ponte velha, por volta das 21h30. Líderes religiosos confortaram, através de orações, familiares e amigos de jovens que, lamentavelmente, cometeram suicídio nas últimas semanas, na cidade.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros Militar de Aquidauana, de janeiro para cá ocorreram 17 tentativas de suicídio, 3 delas consumadas, e uma morte que indica também suicídio – índice muito alto em relação à quantidade total de habitantes da cidade. A estatística reacende o alerta para que o assunto seja mais debatido na sociedade e nas políticas públicas do município.

Neste sábado (14/4/18) de manhã, aconteceu outro encontro para discutir o tema na Praça dos Estudantes. A “Passeata do Amor” teve concentração às 9 horas, percorreu as ruas do Centro e retornou à praça. A mensagem propagada foi a que as pessoas com depressão podem conversar sobre suas angústias a fim de buscar ajuda especializada.

Situação em Aquidauana

O subtenente Adeílson Rodrigues de Araújo, do Corpo de Bombeiros de Aquidauana, revelou durante a passeata que é muito triste e difícil ter de atender a esse tipo de ocorrência. “O suicídio é a segunda maior causa de mortes entre os jovens. É extremamente gratificante poder ajudar e fazer algo a mais nesse sentido. Quando a pessoa consegue consumar o ato, a dor é muito grande. Ela atinge a todos: os Bombeiros, a família e a sociedade. Vir aqui é um dever como cidadão, como profissional e como pessoa”, explicou.

De acordo com Luciane Ravalha, psicóloga do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), a instituição recebe em média de 3 a 4 pedidos de socorro por semana em Aquidauana. “Recebemos muitos chamados. A dor emocional é a mais dolorida que existe e a pessoa que a sente precisa procurar ajuda profissional. Cabe ressaltar que o Sistema Único de Saúde – SUS - tem o suporte para dar a essas pessoas, então ela não precisa manter a sua dor em silêncio. Independente de qual seja o problema, ele sempre tem solução, há saída para a dor emocional”, explicou.

O alerta continua

Logo mais, às 22 horas, haverá um novo encontro na ponte nova, com orações, louvores e palavras de fé. Com o slogan “Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida”, de caráter ecumênico, também deverá reunir diversas pessoas para abordar como é possível prevenir o suicídio e, dessa forma, ajudar parentes e amigos a encontrar uma alternativa em favor da vida.

Considerado tabu na sociedade, o intuito das manifestações é de falar abertamente sobre o tema para salvar aqueles que tem pensamentos suicidas. Especialistas afirmam que o preconceito é uma das razões pelos quais as pessoas perdem a vida dessa maneira. Assim, é imprescindível a participação da população para auxiliar aqueles que precisam de amor e atenção.

Ajuda
Para aqueles que buscam auxílio no tratamento da depressão, basta procurar o Centro de Atenção Psicossocial (Caps 2) vinculado à Secretaria Municipal de Saúde de Aquidauana. O cidadão também pode ir à Unidade Básica de Saúde (UBS)  que encaminhará o caso ao Caps do município.

O Caps 2 fica na Rua Touro Nakayama, 1065, Bairro Alto. O telefone é o 3241-9994.

*Com informações de Luiz Guido Jr.

Fonte: www.opantaneiro.com.br/aquidauana/em-aquidauana-atos-em-favor-da-vida-alertam-que-ha-saida-para-a/138654/

sábado, 14 de abril de 2018

XI Curso de Prevenção do Suicídio (Fortaleza-CE) em abril e maio

Programa de Apoio à Vida inscreve para XI Curso de Prevenção do Suicídio

    Organizado pelo Pravida, o curso será realizado pelo Núcleo de Psiquiatria do Estado do Ceará (Nupec) e conta com apoio da Universidade de Fortaleza (Unifor). As aulas ocorrerão nos dias 27 e 28 de abril e 11, 18, 19, 25 e 26 de maio, no horário das 18h às 22h (às sextas-feiras) e das 8h às 17h (aos sábados), no auditório da biblioteca da Unifor, na Av. Washington Soares, 1321, Edson Queiroz, Fortaleza.

    O curso busca oferecer capacitação abrangente sobre o fenômeno do suicídio e seus múltiplos contornos em conjunto com estratégias de manejo com a pessoa em risco de suicídio e sua prevenção. Terá duração de 40 horas-aula.

    INSCRIÇÕES – As inscrições presenciais podem ser feitas na UFC, Unifor, Universidade Estadual do Ceará (Uece), Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau), Faculdade de Tecnologia, Ciência e Educação (Fatece). A relação com os responsáveis pelas inscrições nesses locais e outras informações sobre taxas estão disponíveis nas páginas do Pravida no Facebook e no Instagram. Quem não reside em Fortaleza deve entrar em contato com a organização pelo e-mail contato.pravida@gmail.com.

    Para saber mais: Pravida – fones: 85 3366 8149 e 98400 5672

    Fonte:  http://www.ufc.br/noticias/noticias-de-2018/11061-programa-de-apoio-a-vida-inscreve-para-xi-curso-de-prevencao-do-suicidio