quarta-feira, 14 de abril de 2021

Notícias do Piauí - onde se enfrenta o problema do suicídio com firme determinação!

Grupo Meio Norte realiza bate-papo sobre prevenção ao suicídio

Waldelúcio Barbosa (13 abril 2021)

A psicanalista Paula Fontenele, que atua na prevenção ao suicídio no Brasil e nos Estados Unidos, tratou sobre prevenção e como a imprensa pode abordar a temática

Falar sobre a prevenção do suicídio é o melhor caminho. Foi com esse foco que o Grupo Meio Norte de Comunicação (GMNC), promoveu na tarde de segunda-feira, 12, um bate-papo virtual entre seus colaboradores e a jornalista e psicanalista, Paula Fontenele, que atua na prevenção ao suicídio no Brasil e nos Estados Unidos, que tratou sobre prevenção e como a imprensa pode abordar a temática.

O encontro contou com convidados especiais como o ex-secretário municipal de Planejamento, Washington Bonfim e profissionais de saúde como a psicóloga e suicidóloga, Thátila Brito, que é Membro Titular do Grupo Interinstitucional de Prevenção do Piauí, da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi).

Dados apontam que o Piauí apresenta uma taxa bruta de mortalidade de suicídios superior a do Brasil e do Nordeste, tendo uma tendência de crescimento. No entanto, essa estatística poderia ser evitada, já que estudos apontam que mais de 90% dos casos de suicídios estão relacionados a algum tipo de adoecimento emocional e de dor profunda.

Como explica Paula Fontenele:

O suicídio é sempre multifatorial, é uma busca da pessoa de acabar com uma dor que ficou incontrolável, o suicídio não quer dizer que a pessoa quer morrer, mas que ela quer acabar com uma dor imensurável. É uma pessoa que está se sentindo muito solitária e imagina que ninguém vai conseguir entender. Tem duas perguntas que podemos fazer: Onde doí? Como posso ajudar? Então, quando entendemos essas duas questões, temos como nos aproximar e ajudar essa pessoa”.

Falar de suicídio pode salvar vidas

 
Além de abordar a questão da empatia e se colocar no lugar do outro como forma de prevenir o suicídio, a psicanalista abordou questões relacionadas sobre valorização da vida e provocou junto aos participantes o papel da imprensa na difusão de informações, contribuindo para que pessoas que tenham algum diagnóstico emocional busquem assistência, envolvendo também a família e na busca por políticas públicas de prevenção.

Na oportunidade, a especialista parabenizou o GMNC pela iniciativa de esclarecer as dúvidas dos colaboradores e debater pontos como a prevenção do suicídio, que é um tema ainda é um tabu na sociedade. “O Grupo Meio Norte está sendo pioneiro ao trazer à tona essa discussão, a fim de conscientizar seus profissionais para que possam atuar na prevenção desse fenômeno. Falar de suicídio pode salvar vidas”, avaliou.


Vale destacar que o Grupo Meio Norte de Comunicação já realiza há vários anos, o projeto “Mais Vida”, idealizado pelo jornalista José Osmando de Araújo, diretor de jornalismo do GMNC, que tem promovido bate-papos e produzido uma série de reportagens especiais no Jornal e Portal Meio Norte, bem como na Rede Meio Norte, com objetivo de levar maior conscientização e prevenção ao suicídio no Piauí.

“Nós criamos há 5 anos um núcleo de atenção ao suicídio e conseguimos agregar pessoas que lidam com essa causa e tivemos alguns resultados muito importantes. O nosso objetivo é que nossa equipe tenha todo cuidado, zelo e tratado na forma de reportar essa questão levando informação jornalística de forma responsável. Somos um grupo forte, solidário, que tem um elo muito forte com a sociedade. Estamos trabalhando para desenvolver novas ações para através de uma parceria com os órgãos públicos, instituições e universidades o que podemos fazer para ajudar a sociedade, sobretudo, nesse momento de pandemia e isolamento social”, afirmou o diretor José Osmando.

A promoção à saúde e o estímulo ao autocuidado estão entre as ações do Núcleo Mais Vida voltadas ao bem-estar da população piauiense. Diante do alcance midiático significativo dos veículos de comunicação do GMNC, o projeto surgiu com o propósito de levar informação de qualidade, a partir de uma linguagem simples e acessível, sobre temas relevantes na área da saúde emocional.

Diretor de Jornalismo do GMNC, José Osmando de Araújo, destacou ações desenvolvidas pela empresa na prevenção do suicídio  e valorização da vida Diretor de Jornalismo do GMNC, José Osmando de Araújo, destacou ações desenvolvidas pela empresa na prevenção do suicídio  e valorização da vida. (...)

Fonte: www.meionorte.com/noticias/grupo-meio-norte-realiza-bate-papo-sobre-prevencao-ao-suicidio-410422

Prevenção ao suicídio em Teresina: saiba onde buscar ajuda

O Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) aponta que a média brasileira é de 5,6 mortes por suicídio a cada grupo de 100 mil habitantes. O Piauí apresenta quase o dobro desta taxa, atingindo uma média de 10 mortes, de acordo com o levantamento feito entre os anos de 2010 e 2017.

Diante deste cenário, é importante saber onde e como conseguir ajuda para si ou para alguém que possa precisar. Um atendimento especializado pode fazer toda a diferença em um momento difícil.

Em Teresina, há lugares que contribuem gratuitamente com a prevenção e pósvenção do suicídio, saiba quais:

CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA (CVV)


Associação civil sem fins lucrativos, formada por voluntários treinados para conversar com pessoas que procuram ajuda e apoio emocional, atuando na prevenção do suicídio.

A conversa acontece sob sigilo total tanto pelo telefone, no número 188, e-mail e chat todos os dias durante 24 horas pelo site https://www.cvv.org.br.

Interessados também podem procurar a sede do CVV funciona das 0h às 14h e está localizada na Rua Desembargador Freitas, número 1599, no Centro de Teresina.

PROVIDA

Ambulatório especializado no atendimento à demanda espontânea de pessoas com ideação suicida. Fica localizado no Centro de Saúde Lineu Araújo, na Rua Magalhães Filho, número 152, no Centro da capital. O local funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, o telefone é (86) 3215-4344.

CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS)

Em Teresina, existem 7 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), gerenciados pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) e direcionados ao atendimento exclusivo de pessoas com transtornos mentais. O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde apontou que nos locais onde existem Centros de Apoio Psicossocial (Caps) o risco de suicídio reduz em até 14%.

Os locais funcionam em dias úteis, das 8h às 11h e das 14h às 17h, realizando a triagem e o acolhimento de pessoas que buscam o serviço. Para ter acesso, o paciente pode ir sozinho ou acompanhado e deve, preferencialmente, procurar o CAPS que atende na região onde mora.

Confira os endereços dos 7 CAPS:

CAPS II

Zona Sudeste – localizado na Rua Poncion Caldas, número 5602, bairro Renascença (ao lado da UBS Redonda). Telefones: 3236-8747 / 3234-2506Zona Sul – localizado na Avenida Barão de Gurguéia, número 2913, bairro Pio XII. Telefone: (86) 3218-4865
 Zona Norte – localizado na Rua Presidente Lincoln, número 2978, bairro São Joaquim. Telefone: (86) 3213-2080
 Zona Leste – localizado na Rua Visconde da Parnaíba, número 2435, bairro Horto Florestal. Telefone: (86) 3216-3967

CAPS INFANTO-JUVENIL (Atendimento a crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes) – localizado na Rua Crisipo Aguiar, número 3889, bairro Buenos Aires. Telefone: (86) 3225-8078

CAPS AD (Atendimento a pessoas que fazem uso de álcool e outras drogas) – localizado na Rua Quintino Bocaiúva, número 2978, bairro Macaúba. Telefone: (86) 3215-7762

CAPS III (Atendimento 24h) – localizado na Rua Costa Rica, número 466, bairro Cidade Nova. Telefones: (86) 3221-0092 / 3221-6422

CENTRO DÉBORA MESQUITA (CDM)


Uma organização filantrópica que contribui com a prevenção e pósvenção do suicídio em Teresina, alertando sobre sintomas, causas e tratamentos disponíveis dos transtornos psíquicos.

O CDM está localizado na rua Pedro de Vasconcelos, número 2065, bairro Recanto das Palmeiras e funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h. Telefone: (86) 9 9827-3343 / 9 8894-5742

SERVIÇO ESCOLA DE PSICOLOGIA (SEP)


Muitas universidades e faculdades brasileiras oferecem atendimentos psicológicos gratuitos à população, como uma atividade de extensão para os cursos de Psicologia. Confira uma lista com as Instituições que contam com essas atividades em Teresina:

Universidade Estadual do Piauí (UESPI) - o serviço de atendimento clínico da Psicologia da UESPI exige agendamento. No site do SEP da universidade é possível preencher um formulário e receber orientações.

Centro Universitário Santo Agostinho - funciona de segunda a sexta-feira, de 8h às 18h e está localizado na Avenida Presidente Kennedy, número 4500, no Bairro São Cristóvão (próximo ao Parque Zoobotânico). Telefones: (86) 3234-5540 e 3234-5570

Clínica Escola de Saúde Integrada UNINASSAU - Rua Dr. Otto Tito, 1771, bairro Redenção. Telefone: (86) 3194-1819

CUIDARE - Clínica Escola de Psicologia UNINASSAU. Av. Jóquei Clube, bairro Jóquei, 710. Telefone: (86) 99987-5239

SERVIÇO DE ATENDIMENTO DE URGÊNCIA PSIQUIÁTRICA


Em casos de surto psicótico ou tentativa de suicídio, o Hospital Areolino de Abreu, localizado na Rua Joe Soares Ferry, número 2420, no bairro Primavera é o hospital referência em atendimento de urgência psiquiátrica. Telefone: (86) 3222-2910.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também pode ser acionado por meio do número 192.

Fonte: https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2021/04/07/prevencao-ao-suicidio-em-teresina-saiba-onde-buscar-ajuda.ghtml

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Número de suicídios nos EUA caiu quase 6% no ano passado

Continuam a chegar certidões de óbito e os números podem aumentar. Mas as autoridades esperam uma queda substancial, apesar das preocupações sobre a possibilidade de a covid-19 levar a mais suicídios.

É difícil dizer exatamente a razão pela qual as mortes por suicídio baixaram tanto, mas um dos motivos pode ser um fenómeno observado nas fases iniciais das guerras e desastres nacionais, consideraram alguns especialistas citados pela Associated Press.

"Há uma fase de heroísmo em cada época de desastre, quando estamos unidos e a expressar muitas mensagens de apoio, de que estamos nisto juntos", disse Christine Moutier, médica chefe na Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio.

"Vimos isso pelo menos nos primeiros meses da pandemia", afirmou a médica.

Um aumento da capacidade de atendimento telefónico dos serviços de saúde e outros esforços para controlar o problema do suicídio no país podem também ter contribuído, admitiu.

Os suicídios nos EUA aumentaram continuamente desde o início de 2000 até 2018, quando a taxa nacional de suicídio atingiu o nível mais elevado desde 1941.

Em 2019, a taxa finalmente desceu ligeiramente, o que os especialistas atribuem ao aumento dos rastreios de saúde mental e outras medidas de prevenção do suicídio.

O número caiu ainda mais no ano passado, para cerca de 45.000, revelaram os Centros para o Controlo e Prevenção de Doenças num relatório recente.

Foi o número mais baixo de suicídios nos EUA desde 2015.

Muitos temeram que o progresso pudesse terminar quando surgiu a covid-19.

A pandemia provocou uma onda de encerramentos de negócios. Milhões de pessoas foram obrigadas e ficar em casa, muitas delas sozinhas. Nos inquéritos, mais americanos reportaram depressão, ansiedade e uso de drogas e álcool.

A acrescentar a esta perigosa mistura, a compra de armas de fogo subiu 85%.

Mas a primavera passada registou mesmo o maior declínio nos números do suicídio do ano, disse Farida Ahmad, do CDC, autora principal de um recente relatório publicado no Journal of the American Medical Association que detalha a diminuição de casos.

O suicídio era a décima causa de morte no país, mas passou a 11ª em 2020.

Isto deve-se sobretudo à chegada da covid-19, que matou pelo menos 345.000 norte-americanos e tornou-se a terceira causa de morte no país.

Fonte: www.noticiasaominuto.com/mundo/1728020/numero-de-suicidios-nos-eua-caiu-quase-6-no-ano-passado

sábado, 10 de abril de 2021

Senado aprova ações de prevenção do suicídio entre policiais e agentes de segurança

Projeto amplia políticas do programa Pró-Vida, destinado a policiais e categorias como bombeiros e agentes de trânsito. Texto ainda será analisado na Câmara.

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (6), por 75 votos a 0, um projeto que amplia as políticas do Programa Nacional de Qualidade de Vida para Profissionais de Segurança Pública (Pró-Vida). Segundo a proposta, que seguirá para a Câmara, o programa terá de oferecer acompanhamento psicológico para evitar o suicídio desses profissionais.

Pelo texto, o Pró-Vida também precisará desenvolver, para aprimoramento dos agentes de segurança pública, "ações de combate a todas as formas de discriminação e preconceito".

O Pró-Vida é destinado a policiais federais, rodoviários, civis, militares; a bombeiros; guardas municipais; agentes de trânsito e outros.

Hoje, a lei diz somente que o programa tem a função de elaborar projetos de atenção à saúde mental dos profissionais. A proposta, que recebeu aval dos senadores, dá mais atribuições ao Pró-Vida.

De acordo com o projeto, o programa Pró-Vida terá que:

– desenvolver ações de promoção da saúde mental e prevenção do suicídio;

– realizar atuação preventiva com acompanhamento psicológico até dos familiares dos profissionais;

– publicar, uma vez ao ano, dados referentes aos transtornos psicológicos e casos de suicídio entre os profissionais de segurança;

– combater o preconceito e criar uma cultura de respeito aos Direitos Humanos.

O projeto, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), foi relatado por Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

Em seu parecer, Kajuru informou que, em 2019, morreram mais policiais por suicídio do que em confrontos. Ele citou levantamento do ano passado publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (veja vídeo).

"Houve 93 suicídios de policiais civis e militares em 2018 e 91 em 2019. A taxa foi de 17,4 por 100 mil policiais, quase o triplo da verificada entre a população em geral, que ficou em seis por 100 mil habitantes em 2019", disse o relator.

Kajuru apontou que os elevados índices de suicídio entre profissionais de segurança podem ocorrer devido a "situações de estresse no trabalho, convívio permanente com a morte e a violência, extenuantes jornadas de trabalho, estresse pós-traumático e fácil acesso a armas de fogo".

Durante a votação, Kajuru acolheu uma sugestão do senador Izalci Lucas (PSDB-DF). A emenda diminui de cinco para dois anos o período em que devem ser realizadas conferências para debater as regras dos planos nacional, estaduais e municipais de segurança pública.

Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/04/06/senado-aprova-acoes-de-prevencao-do-suicidio-entre-policiais.ghtml

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Mais estudos atestam potencial psicodélico contra pandemia de suicídios - Virada Psicodélica

Marcelo Leite | viradapsicodelica.blogfolha.uol.com.br

Um ano atrás, em 29 de março de 2020, o corpo de Thomas Schäfer foi encontrado junto de trilhos de trem perto de Wiesbaden, na Alemanha. Ele era secretário da Fazenda do estado de Hesse, e sua morte foi atribuída a suicídio após desespero com a impotência diante do desastre na economia e no emprego causado pela Covid-19. Dias depois, outro funcionário da secretaria tirou a própria vida.

A pandemia generalizou o temor de um crescimento no número de suicídios (são mais de 800 mil por ano no mundo), na tempestade perfeita a combinar angústia, isolamento social, desemprego e perda de renda. Não há dados ainda para confirmar uma tendência, mas é certo que ao menos nos EUA há mais gente pensando em tirar a própria vida, segundo os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), num país que sem a Covid já contava 48 mil desses óbitos por ano, e aumentando.

Em paralelo, avolumam-se indicações da pesquisa biomédica de que psicodélicos clássicos como a psilocibina de cogumelos “mágicos” e o DMT da ayahuasca podem ser úteis na prevenção dessas mortes. No entanto, essa classe de substâncias permanece banida na maior parte dos países, sob a justificativa de que os chamados “alucinógenos” causam dependência e têm alta toxicidade – coisas que a ciência comprova ser uma falsidade.

O potencial de psicodélicos na prevenção do suicídio já foi tratado aqui. Pesquisadores brasileiros, favorecidos pelo fato de a ayahuasca ser legal no país, mostravam então que o chá ritual de religiões como Santo Daime, Barquinha e UDV pode ser útil nessa empreitada.

Agora, mais estudos surgem para corroborar essa promessa terapêutica e a irracionalidade manifesta de manter tais compostos no rol de substâncias proibidas e controladas, o que só dificulta a pesquisa. Um deles, sobre ansiedade de pacientes com câncer grave e risco de suicídio multiplicado por quatro, tem como co-autor Richard Zeifman, do Imperial College, que já aparecera entre os responsáveis pelo artigo de brasileiros sobre ayahuasca e suicídio, liderado por Dráulio de Araújo, do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

No novo trabalho, publicado em 18 de março, Zeifman, Stephen Ross e outros mostram que a diminuição de ideações suicidas entre diagnosticados com câncer submetidos a psicoterapia com psilocibina permanece até 4,5 anos depois. Para os autores, o psicoativo dos cogumelos Psilocybe aparece como boa alternativa aos antidepressivos disponíveis na prevenção do problema.

Cogumelos da espécie Psilocybe cubensis, que contém a substância psicodélica psilocibina
Cogumelos da espécie Psilocybe cubensis, que contém a substância psicodélica psilocibina  

Zeifman também participa do outro estudo, lançado em 11 de março, neste caso sobre risco de suicídio e psicodélicos clássico em geral, não só psilocibina. Trata-se de uma revisão sistemática, tipo de artigo que busca reunir conclusões de vários outros estudos para robustecer relações causais pressupostas.

Foram considerados 64 trabalhos, 41 deles sobre a associação entre uso não clínico de psicodélicos e comportamentos suicidas e 23 sobre terapias psicodélicas e seu impacto no risco de morte autoprovocada. Nada conseguiram concluir sobre uso continuado dessas substâncias e aumento ou diminuição de risco, mas nos estudos clínicos recentes sobre psicodélicos encontraram evidências preliminares de redução acentuada e sustentada em ideações suicidas.

Fonte: https://viradapsicodelica.blogfolha.uol.com.br/2021/04/05/mais-estudos-atestam-potencial-psicodelico-contra-pandemia-de-suicidios/

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Lockdown causa depressão e suicídio? O que um ano de covid-19 nos revela sobre saúde mental

André Biernath da BBC News Brasil em São Paulo
(27 março 2021)

Pelo que foi observado até o momento, a maioria das pessoas se mostrou muito resiliente e conseguiu se adaptar à nova rotina imposta pela pandemia

Quando a covid-19 começou a se espalhar pelo Brasil em março de 2020 e exigiu a adoção de medidas mais restritivas, especialistas em saúde mental passaram a usar o termo "quarta onda" para se referir à avalanche de novos casos de depressão, ansiedade e outros transtornos psiquiátricos que viriam pela frente.

Mas, contrariando todas as expectativas, os primeiros 12 meses pandêmicos não resultaram em mais diagnósticos dessas doenças: estudos publicados nas últimas semanas indicam que os números de indivíduos acometidos tiveram até uma ligeira subida no início da crise, mas depois eles se mantiveram estáveis dali em diante.

Outros achados recentes também apontam que políticas mais extremas como o lockdown, adotadas em vários países e tão necessárias para achatar as curvas de contágio e evitar o colapso dos sistemas de saúde, não resultaram numa piora do bem-estar ou no aumento dos casos de suicídio.

A tese que liga lockdown a aumento de doenças mentais é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que usa essa e outras justificativas econômicas para resistir à necessidade de firmar decretos que fechem o comércio e reduzam a circulação de pessoas pelas ruas.

Num discurso feito aos seus apoiadores na frente do Palácio do Planalto na manhã da última sexta-feira (19/03), o presidente voltou a abordar o assunto:

"O caos vem aí, a fome vai tirar o pessoal de casa, vamos ter problemas que nunca esperamos ter, problemas sociais gravíssimos. Tenho mantido todos os ministros informados sobre o que está acontecendo. E ainda me culpam, como se eu fosse um insensível no tocante a morte. A fome também mata, a depressão tem causado muito suicídio no Brasil. Onde nós vamos parar?", questionou.

O ponto é que, até agora, os cientistas não encontraram essa subida vertiginosa nos números de depressão ou suicídio. Os estudos indicam que os casos continuam estáveis, apesar de todas as privações que o mundo está vivendo.

Mas como é possível explicar a capacidade de adaptação, a resiliência e o equilíbrio mental inesperado das pessoas num momento de tantas notícias ruins, dúvidas e incertezas sobre o futuro?

A diferença entre sentir e sofrer

Em maio e junho de 2020, começaram a ser publicados os primeiros trabalhos que mediam a saúde psicológica e a qualidade de vida das pessoas na pandemia.

Os dados não eram nada animadores: alguns estudos indicavam que quase metade dos entrevistados apresentavam sintomas de depressão e ansiedade, enquanto outros detectaram um aumento preocupante no consumo de bebidas alcoólicas e nas dificuldades para dormir.

Mas todas essas pesquisas traziam uma grande limitação: elas se baseavam em entrevistas e enquetes feitas pela internet ou por telefone.

"Por mais que muitas dessas iniciativas tenham recrutado dezenas de milhares de voluntários, não havia comparação com a situação deles num período anterior, antes da covid-19", observa o psiquiatra Andre Brunoni, professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Especialistas apontam que, até certo ponto, é esperado sentir-se mal, triste, nervoso ou estressado diante de tantas mudanças provocadas pela pandemia. O problema é quando esses sentimentos perduram por dias (ou semanas) e atrapalham as atividades diárias.

É possível especular, então, que esse tipo de questionário online ou por telefone chame mais a atenção de indivíduos que se sentem aflitos e preocupados com toda a situação. Com isso, as porcentagens podem ficar infladas e não refletem necessariamente a média da sociedade.

Outro defeito importante desses estudos: eles avaliaram sintomas, e não as doenças.

A diferença pode até parecer sutil numa análise superficial, mas ter sintomas depressivos ou ansiosos é absolutamente diferente de possuir um diagnóstico de depressão ou ansiedade.

"É esperado sentir-se mal, triste, confuso e revoltado diante de uma situação nova e ruim, como foi o aparecimento da covid-19. Mas há todo um processo entre esses sentimentos e o desenvolvimento de um transtorno mental", diferencia Brunoni.

Os especialistas têm uma série de critérios bem definidos e validados que são levados em conta antes de fechar um diagnóstico desses.

O que a ciência descobriu?

Passado um ano desde que a pandemia foi oficialmente declarada, grupos de pesquisadores ao redor do mundo finalmente conseguiram avaliar as questões de saúde mental com calma para obter resultados mais sólidos.

Um artigo ainda em pré-print que foi escrito por cientistas da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, e da Universidade Maynooth, na Irlanda, faz uma revisão sistemática e uma meta-análise de tudo que foi produzido sobre o tema até o momento.

Os especialistas selecionaram 65 estudos que acompanharam pacientes com doenças psiquiátricas diagnosticadas previamente e fizeram a comparação sobre a saúde mental deles antes e depois da pandemia.

Até foi observada uma piora dos sintomas em março e abril de 2020, mas logo a situação se estabilizou e voltou aos níveis pré-coronavírus.

O mesmo fenômeno foi observado em pelo menos duas outras pesquisas que utilizaram uma metodologia parecida, que é a que garante os resultados mais confiáveis de acordo com o rito científico.

Os participantes que já tinham um diagnóstico prévio, como depressão, ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo, apresentaram um impacto negativo, quando os resultados das avaliações foram comparados com análises feitas entre 2006 e 2016. Mas esse mesmo prejuízo não foi perceptível no grupo de indivíduos saudáveis.

Aqui no Brasil, cientistas devem publicar nas próximas semanas um artigo que analisa a situação dos participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, conhecido pela sigla Elsa.

O mecanismo foi o mesmo: eles compararam mais de 14 parâmetros de saúde mental e dez tipos de diagnósticos psiquiátricos colhidos em 2018 e, depois, durante a pandemia.

"Nós também não observamos elevações nesses indicadores", adianta Brunoni.

Os dados brasileiros completos já foram submetidos aos editores de revistas científicas e deverão ser publicados em breve.

E o lockdown?

A tese defendida por Bolsonaro de que fechar tudo aumentaria os casos de suicídio também não encontra respaldo na ciência.

Uma revisão de estudos assinada por especialistas da Universidade de Bolonha, na Itália, e da Universidade Pace, nos Estados Unidos, analisou os achados de 25 estudos, que envolveram mais de 72 mil pessoas.

"O impacto psicológico dos lockdowns durante a pandemia são pequenos em magnitude e altamente heterogêneos, sugerindo que essas medidas não têm consequências prejudiciais uniformes à saúde mental e a maioria das pessoas mostrou-se resiliente a esses efeitos", concluem os autores.

Mais especificamente sobre o risco maior de atentar contra a própria vida, o trabalho ítalo-americano não encontrou qualquer relação significativa e chega até especular que "a pandemia pode ter mudado a forma como as pessoas enxergam a saúde e a morte e isso torne o suicídio menos provável".

Mas é claro que essas observações são generalistas e esse impacto pode ser absolutamente diferente em outros contextos ou para indivíduos específicos.

'Terraplanismo psiquiátrico'

O médico e pesquisador Jose Gallucci-Neto, diretor do Serviço de ECT e Vídeo-EEG do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, classifica a não adoção do lockdown sob a justificativa de que isso vai aumentar os casos de suicídio como uma "falácia".

"O fenômeno do suicídio é complexo e multifatorial. Na maioria das vezes, não dá pra relacionar o ato a um episódio específico, como o lockdown", explica.

No dia 12 de março, Gallucci-Neto e Brunoni escreveram uma coluna de opinião para o site do Instituto Questão de Ciência em que descrevem os argumentos e preocupações de Bolsonaro com a questão como "terraplanismo psiquiátrico".

"Terraplanistas não são apenas pessoas que não acreditam na esfericidade do planeta. O terraplanismo é um empirismo às avessas, uma negação sistemática das evidências científicas em prol de visões particulares, superficiais e opinativas, seja por ingenuidade, seja por perversidade. Após o terraplanismo clínico, imunológico e epidemiológico, a autoridade máxima de nosso país e sua coorte nos oferecem, agora, o terraplanismo psiquiátrico", apontam.

Numa transmissão ao vivo realizada no dia 11 de março, o presidente chegou a citar um suposto caso de suicídio que teria relação com o lockdown e leu uma carta de despedida da vítima.

Em discursos e transmissões ao vivo, presidente Bolsonaro diz que lockdown poderia aumentar casos de suicídio, mas isso até agora não foi observado pela ciência

Seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi além e postou em suas redes sociais a foto do corpo e da carta escrita à mão.

Entre as diretrizes, a entidade orienta a não divulgar histórias detalhadas ou sensacionalistas sobre o suicídio, não descrever o método usado, não dar detalhes sobre o local e não divulgar fotos ou vídeos.

Um dia depois da live presidencial, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) divulgou uma carta reforçando o cuidado necessário ao abordar o tema, mas não chegou a citar diretamente a ação de Jair e Eduardo Bolsonaro:

"A ABP, em concordância com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), reforça sua postura contrária ao compartilhamento de notícias sobre suicídio, especialmente àquelas que contenham informações explícitas sobre meio letal, fotografias, entre outros. Veículos de comunicação e pessoas, de um modo geral, precisam ter cautela ao noticiar óbitos por suicídio ou compartilhar notícias."

A reportagem da BBC News Brasil procurou a ABP para realizar entrevistas com representantes da entidade, mas até o fechamento desta reportagem não obteve nenhuma resposta.

Então está tudo bem com o mundo?

O que as pesquisas mais recentes nos apontam é que, ao menos em 2020, aquela "quarta onda" de transtorno mentais que era prevista pelos especialistas não aconteceu na prática — graças à resiliência do ser humano e a despeito de uma piora na qualidade de vida e de um esperado aumento de sentimentos como tristeza, frustração, raiva e nervosismo.

Mas é preciso destacar que alguns grupos foram mais atingidos que outros, como é o caso dos profissionais da saúde e as mulheres, que precisaram lidar com a sobrecarga de trabalho.

E nada garante que esse tsunami não vá aparecer agora em 2021.

"A grande dúvida é o futuro. Será que conseguiremos manter a resistência e a resiliência que tivemos no ano passado?", questiona Gallucci-Neto.

O especialista aponta que o atual recrudescimento da pandemia no país pode ser um fator importante para uma eventual piora nos indicadores de saúde mental. "O Brasil vive um cenário em que o número de casos e mortes dispararam, não há perspectiva de melhora no curto e médio prazo, não tem vacina, não tem coordenação nacional e não tem implementação de medidas de uma forma coesa. Isso gera uma insegurança muito grande na população", descreve.

E, por mais que medidas drásticas como o lockdown possam até ter um estrago psicológico, o risco à saúde pública de não tomá-las neste momento é muito maior.

"Por ano, o Brasil registra entre 12 e 15 mil suicídios. Isso é o que está morrendo de pessoas toda a semana por covid-19", compara Gallucci-Neto.

"Para diminuir o impacto do fechamento, é necessário auxiliar e apoiar aquelas pessoas que não têm como trabalhar, como abrir seu comércio. Precisamos pensar em diminuição de impostos e fazer uma cobertura econômica que compense a perda financeira para que todos fiquem mais tranquilos e se sintam mais seguros", completa.

É impossível ser feliz sozinho?

Além de reforçar os cuidados preventivos contra o coronavírus, com o uso de máscaras e o distanciamento social, a nova onda de restrições exige atenção redobrada com a saúde mental.

"Esses cuidados envolvem medidas simples, como criar uma rotina adaptada à nova realidade, fazer atividade física, manter contato com amigos e familiares pela internet, ter bons hábitos de sono e reservar momentos do dia para atividades que tragam prazer e relaxamento", recomenda o médico Antonio Egidio Nardi, professor titular de psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Enquanto medidas mais restritivas são necessárias, uma saída para manter laços com amigos e familiares é utilizar ferramentas e aplicativos de videochamadas. Outra recomendação é compartilhar informações cientificamente validadas, como o uso correto de máscaras

"A atenção com todos esses comportamentos diminui o risco de desenvolver quadros como depressão e ansiedade", completa o especialista, que também é membro da Academia Nacional de Medicina.

É claro que adotar todas essas medidas de uma hora para outra é algo bastante desafiador — e é natural ter dias mais atribulados e estressantes, em que todo o planejamento vai por água abaixo.

A questão é quando esses incômodos passam do limite e começam a afetar a saúde e o bem-estar.

"Quando sintomas como tristeza, apatia, falta de prazer, alteração do sono, mudanças no apetite, dificuldade de concentração, pensamentos pessimistas, diminuição de libido e ideias de culpa e morte perduram por vários dias, é importante buscar a avaliação de um especialista", orienta Nardi.

O psicólogo ou o médico podem dar orientações personalizadas e, se for o caso, fazer o diagnóstico de doenças psiquiátricas e prescrever o melhor tratamento.

"É importante saber e ter em mente que uma hora a pandemia vai acabar, não é algo que vai ficar para sempre. Mas também não devemos nos preocupar demais com quando esse fim vai chegar, pois isso não está sob o nosso controle", raciocina Gallucci-Neto.

Mas há coisas que estão, sim, sob nosso controle, garante o especialista.

"Podemos ser pró-ativos e, por exemplo, ajudar nossos vizinhos e familiares com informações sobre o uso correto de máscaras e os cuidados de prevenção. Isso nos dá um senso de propósito e pertencimento que faz bem para a sociedade e para a nossa própria saúde mental", finaliza.

* O Centro de Valorização da Vida (CVV) dá apoio emocional e preventivo ao suicídio. Se você está em busca de ajuda, ligue para 188 (número gratuito) ou acesse www.cvv.org.br.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-56491463

 5 séries que falam sobre saúde mental de maneira responsável

Psicóloga Jessica Kadri explica a importância de abordar o assunto de maneira correta nas produções

Mariana Rodrigues | @marigues_  Sob supervisão de Yolanda Reis. (25 março 2021) 

 



13 Reasons Why (2017) é uma das séries mais populares da Netflix, e também protagoniza uma das maiores polêmicas envolvendo o streaming. A trama - sobre uma adolescente que comete suicídio e deixa fitas cassete culpando os amigos - levantou vários questionamentos na época do lançamento. Principalmente sobre como abordar a saúde mental de maneira responsável.

Quando a série estreou, o número de ligações para o CVV (Centro de Valorização da Vida) aumentou cerca de seis vezes, segundo o voluntário Carlos Correia - e o nome da produção foi abordado com frequência durante as chamadas. A informação é d'O Globo.

Apesar da boa recepção inicial, pouco tempo depois, a produção tornou-se um assunto recorrente nas redes sociais por ser voltada para o público jovem e mostrar cenas explicitas de suicídio. Tanto críticos, quanto profissionais da área da saúde, debateram sobre o poder de influência da produção.

Os 13 Porquês não foi a primeira nem a única série a abordar temas envolvendo saúde mental. No entanto, por serem delicados, precisam ser retratados de maneira correta para não causar gatilhos nos telespectadores e nem banalizar o assunto.

Segundo a psicóloga Jessica Kadri, o ideal seria retratar a vida dos personagens de maneira mais fiel possível à realidade. Para ela, a melhor forma de fazer isso é compreender as experiências de quem vivencia essas questões diariamente. Dessa forma, é possível se aprofundar nas histórias dos personagens e não tratar a saúde mental como algo superficial e estereotipado.

Quando retratados da maneira errada, essas temáticas podem criar uma falsa impressão para o público sobre os distúrbios e a idealização da vida. De acordo com Kadri, isso gera um julgamento e uma polarização maior, tanto por quem assiste, quanto por quem vivência.

Para entender mais sobre o assunto e a importância de debater questões como essa, confira cinco séries que tiveram exito ao falar sobre saúde mental:

This Is Us (2016)

This Is Us acompanha diferentes problemas emocionais do casal Jack (Milo Ventimiglia) e Rebeca (Mandy Moore) e dos três filhos, Kate (Chrissy Metz), Kevin (Justin Hartley) e Randall (Sterling K. Brown). Kate lida com obesidade e baixa autoestima, por isso, frequenta reuniões de grupos de apoio à pessoas com distúrbios alimentares.

Kevin tem o mesmo problema do pai e luta constantemente contra o alcoolismo enquanto Randall sofre de ansiedade e enfrenta questões raciais. Além disso, Rebeca enfrenta problemas com o envelhecimento e precisa lidar com a pressão de ser mãe de três filhos.

Glee (2009)

Will Schuester (Matthew Morrison) é um professor de ensino médio apaixonado por música. Decide criar um clube de coral com os alunos. No entanto, convencer os adolescentes a participarem e administrar o clube não é tarefa fácil.

O Glee Club não é bem-visto pelo resto da escola e, no início, muitos alunos sofriam bullying por participarem. Além disso, tanto os jovens quanto os professores precisarem lidar com diversas outras questões desde problemas com autoestima e orientação sexual até doenças como distúrbios alimentares, TOC e síndrome de Down.

BoJack Hoserman (2014)

Em um mundo onde animais e seres humanos vivem lado a lado, BoJack é um ator famoso pelo papel em um seriado dos anos 1990. Planeja voltar aos holofotes com uma biografia sobre a vida e carreira. No entanto, tanto ele quanto as pessoas ao redor precisam aprender a lidar com problemas como depressão, síndrome do impostor, vício em drogas e trabalho.

Atypical (2017)

Sam (Keir Gilchrist) é um adolescente autista encorajado pela psicóloga a buscar uma namorada. No entanto, enquanto descobre o amor, enfrenta problemas na escola e em casa, pois os pais enfrentam uma crise no casamento, resultando em uma traição. Além disso, a irmã Casey (Brigette Lundy-Paine) é superprotetora com Sam, mas também precisa lidar com questões internas como a descoberta da orientação sexual.

Euphoria (2019)

Rue (Zendaya) é uma adolescente de 17 anos tentando retomar a vida após sair de uma clínica de reabilitação por conta de uma overdose. De volta à escola, descobre outros jovens lidando com os problemas da idade, além de questões como sexo, aceitação, identidade de gênero, violência e relacionamentos amorosos e familiares.

ATENÇÃO: Aqui no Brasil, o CVV – Centro de Valorização da Vida realiza gratuitamente apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo todas as pessoas que querem e precisam conversar. Contato disponível pelo telefone 188 ou por meios online (e-mail, chat, Skype) com dados disponíveis no site https://www.cvv.org.br/

Fonte: https://rollingstone.uol.com.br/noticia/5-series-que-falam-sobre-saude-mental-de-maneira-responsavel-lista/