sexta-feira, 23 de julho de 2010

Novela Passione e suicídio: um debate antecipado no Fórum Televisão do UOL

Tigor. Este é o nome do participante do Fórum Televisão do UOL que está promovendo uma interessante discussão sobre o suicídio e a mídia tendo como gancho os presumíveis personagens com comportamentos suicidas. Vale a pena seguir o debate!

Veja, a seguir, o texto-base desta discussão:

ELES SÃO "SUICIDAS"!

Alguns personagens de Passione vão desenvolver comportamentos suicidas nos próximos capítulos. Gérson, Fátima e Danilo, são os suicidas de Passione.

Gerson tenta se matar com overdose de remédios, e depois tenta o suicídio também com um revólver e a frente de Diana. Essas emoções estão reservadas para os próximos capítulos.

Se os boatos se confirmarem e Fátima for realmente a filha de Gerson, isso explicará a genética suicida da menina. Em cenas que vão ao ar nos próximos capítulos, o piloto tentará tirar a própria vida depois de receber o pedido de separação de Diana, que também pede para ele tentar controlar seu vício pela internet.

De acordo com a coluna "Sessão Extra", do jornal "Extra", Gerson vai atrás de uma arma para aliviar o sofrimento. Ao ver o filho chegando em casa com um saco preto, Bete desconfia. De tanto procurar por alguma coisa, ela se depara com um revólver embaixo do travesseiro do rapaz.

Achando que o filho estava a salvo, Bete chega em casa com Diana. Ela bate à porta, mas ninguém responde. Mauro arromba a porta e encontra o piloto desacordado e dois vidros de remédios vazios ao seu lado. "Eu te disse: se você me larga, eu me mato", diz ele para Diana após passar algum tempo no hospital e fazer lavagem estomacal.

Vale lembrar que Gerson já havia tentado tirar a vida logo depois de seu primeiro acidente em uma corrida.

Fátima, filha de Gérson e Felícia, é outra com tendência suicida. Após fazer aborto e ter um relacionamento frustrado com Danilo. Fátima vai procurar seu pai biológico com a ajuda de Sinval. Mas a menina muito depressiva e com a cabecinha virada, terá vontade de não viver mais.

Sinval será de grande importância para que Fátima tenha gosto pela vida.

Já Danilo, abandonando o ciclismo após a doping, irá atrás de Clara, que vai usá-lo de todas as formas, até descartá-lo. Após isso, Danilo se afundará nas drogas e pensará em tirar sua própria vida.

O que vocês acham dos personagens suicidas de Passione? E o que vocês acham deste tema, o suicídio?

Nova campanha da Associação Brasileira de Psiquiatria em favor da vida e da saúde mental

Comportamento suicida: conhecer para prevenir

Buscando "esclarecer a população brasileira sobre a alta incidência dos transtornos mentais e sobre a importância de procurar ajuda médica para o tratamento dessas doenças" a ABP lançou mais uma campanha em que o suicídio é abordado conjuntamente às questões de saúde mental.

Em parceria com a Rede Globo, a ABP tem veiculado um vídeo em rede nacional de esclarecimento e prevenção ao suicídio. A produção é uma importante ferramenta na luta contra o estigma ao paciente de transtorno mental. Baixe o ou veja o vídeo da campanha.

Outras ações são a publicação de dois manuais voltados aos profissionais da imprensa com recomendações sobre a divulgação de notícias sobre doenças mentais e atos suicidas.

Manual para a Imprensa: Boas Práticas de Comunicação e Guia com recomendações para um texto claro e esclarecedor sobre doenças mentais e psiquiatria com capítulo sobre prevenção do suicídio

. Dirigido para profissionais de Imprensa
. Orientações sobre como abordar o suicídio na imprensa. Preservando o direito à informação e colaborando para a prevenção.



Fonte: http://psicoterapiabrasil.blogspot.com/2010/07/campanha-conhecer-para-prevenir-da-abp.html

Em tempo: evento na Fiocruz debateu suicídio e imprensa

Preconceito dificulta discussão sobre suicídio

Igor Cruz (em 26/05/2010)

Como parte das comemorações pelos 110 anos da Fiocruz, o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) promoveu, no dia 25/5, o seminário “Suicídio na Imprensa: entre informação, prevenção e omissão”, que contou com a participação de especilistas no assunto e profissionais de imprensa. Foram convidados para a discussão o editor de Saúde do jornal O Globo, Antônio Marinho; o jornalista e professor da PUC-Rio, Arthur Dapieve; o pesquisador e coordenador do Grupo de pesquisa de prevenção do suicídio do Icict, Carlos Eduardo Estellita-Lins; a editora de Saúde do jornal Extra, Flávia Junqueira e o professor da Unicamp e presidente da Comissão de prevenção do suicídio, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Neury José Botega, reconhecido como um dos mais proeminentes pesquisadores sobre o tema no país.

O diretor do Icict, Umberto Trigueiros, deu início às discussões e ressaltou a importância da abordagem do tema para o instituto. Para ele, a iniciativa abre um leque para se trabalhar a informação e a comunicação no que diz respeito a todo sofrimento humano, ao entrelaçar o olhar da sociedade com o olhar da mídia. “Isso é algo que estamos construindo ao longo do tempo. Temos um 'Observatório de Saúde na Mídia', que investigou, inicialmente, a epidemia de dengue e, hoje, pesquisa outros temas. Daqui a um tempo, o suicídio também poderá ser incorporado ao catálogo de informações e assim poderemos trabalhar do ponto de vista acadêmico, de formação e de programas de saúde”, afirmou.

O jornalista e professor Arthur Dapieve falou sobre sua dissertação de mestrado apresentada em 2006 na PUC-Rio, na qual analisou o que foi publicado no jornal O Globo sobre suicídio, em 2004. A pesquisa revelou que, dentre as 142 matérias publicadas durante o ano de 2004, quase a metade falava sobre a morte (suicídio) de Getúlio Vargas, que completava 50 anos. O jornalista acredita que esse fato pode ter inflado o número de matérias sobre suicídio. Outros resultados apontaram 29 menções sobre atentados terroristas. “O mais curioso nisso tudo é que neste tipo de matéria (ato terrorista), às vezes, o suicida sequer era contabilizado entre as vítimas”, salientou.

Para Dapieve, além da divulgação e abordagem do suicídio na imprensa, outro problema é a subnotificação dos casos na imprensa. Segundo ele, as estatísticas do Ministério da Saúde sobre suicídios em 2004 apontaram 96 casos, enquanto que os jornais haviam registrado apenas um. “A imprensa realmente tem preconceito em divulgar notícias sobre suicídio, mas deve-se lembrar que os preconceitos da sociedade também se refletem nas práticas do jornalismo. Acredito que romantizar os suicídios não ajuda muito, mas também não noticiá-los é um problema sério. O que devemos buscar é um equilíbrio entre esses dois pilares”, explicou.

O pesquisador e coordenador do Grupo de pesquisa de prevenção do suicídio do Icict, Carlos Eduardo Estellita-Lins, ressaltou que o debate sobre suicídio está situado em um entrecruzamento de posturas e atitudes. Para ele, a divulgação dos meios de se cometer o suicídio e a omissão de fatos são problemas graves que envolvem a questão. “Deve-se lembrar que a omissão também é o falar demais, a fala descontextualizada, não somente o silêncio”, ponderou.

O editor de Saúde do jornal O Globo, Antônio Marinho, revelou que há como se fosse uma lenda dentro das redações em relação à divulgação de notícias de suicídio. “Não é porque não queremos falar, é porque não tratamos do assunto, de fato. Aí eu pergunto, mas quem inventou isso? Ninguém. É uma coisa que está meio definida”, explicou. “No jornal, falamos do assunto quando há um ataque suicida, normalmente na editoria Internacional, ou quando há uma caso de eutanásia, mas não se discute o porquê do ato”, completou. Para o jornalista, a mídia precisa aprender a discutir o tema, porque na verdade nunca houve uma tentativa.

Já Flávia Junqueira, do jornal Extra, revelou que quando se aborda o suicídio é muito mais pelo estrago que o ato causou do que pela discussão do motivo. Outro fator apontado pela jornalista é que a linha editorial do jornal pode decidir sobre a divulgação, ou não, de notícias sobre suicídio . “No Extra, como se trata de um jornal popular, procuramos apontar o viés positivo das notícias. Então, falar de suicídio se torna complicado”, revelou.

Por fim, o professor da Unicamp e presidente da Comissão de prevenção do suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Neury José Botega, fez uma apresentação com base nos dados do Sistema de Informações de Mortalidade do DataSUS, do ano de 2008. De acordo com Botega, foram notificados mais de 9 mil casos de suicídios no Brasil naquele ano, o que corresponde a quase 25 mortes por dia. O pesquisador explicou que deve-se tomar cuidado ao se falar sobre o número de casos, pois em saúde pública se trabalha com coeficientes para cada 100 mil habitantes ao longo de um ano.

“No que diz respeito a suicídios, é um número pequeno em escala mundial. Por outro lado, como o Brasil é um país muito populoso, mesmo coeficientes relativamente pequenos produzem um número de mortes considerável”. Botega também ressaltou o problema da subnotificação de casos. Segundo ele, os números registrados oficialmente podem variar e estima-se que este número seja 20% maior do que o oficial.

De acordo com o pesquisador, algumas intervenções podem ser realizadas, como campanhas de conscientização da população em geral e também campanhas voltadas para grupos de risco (pessoas que sofrem de doenças mentais). Como exemplo, Botega citou um manual lançado pelo Ministério da Saúde voltado para profissionais das equipes de saúde mental e também um manual da ABP voltado para profissionais de imprensa. Neste sentido, o pesquisador acredita que nenhum país, por mais evoluído e desenvolvido, consegue, de imediato, sanear a população do suicídio, mas muitas pessoas que estão sob o risco de cometer o suicídio podem e devem receber ajuda.

Fonte: http://www.fiocruz.br/icict/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1763&sid=84

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pós-guerra, suicídio e dramas...

Ao voltar do Iraque, brigada enfrenta novos inimigos nos EUA

Por causa dos índices de suicídio, assassinato e abuso de drogas, soldados têm estatisticamente mais risco em casa que no Iraque

Por Timothy Williams (The New York Times)

Os soldados da Quarta Brigada da Primeira Divisão Blindada chegaram do Iraque há três meses e, com isso, o perigo de atiradores e bombas já não é uma ameaça.

A guerra para eles acabou. Mas as chances de que alguns deles sofram mortes violentas permanecem altas, por isso, assim como fazia quando seu batalhão estava operando no Iraque, o sargento major de comando Sa'eed Mustafa constantemente adverte seus soldados sobre os perigos de baixar a guarda onde deveriam se sentir mais seguros - em suas próprias casas. "Falamos sobre o inimigo daqui, que é diferente do inimigo de lá, mas que também é mortal", disse.

Durante todo o ano passado, apenas um dos soldados da unidade morreu em combate, mas, em 2008, a última vez em que a brigada esteve nos EUA, sete soldados foram mortos e outros seis cometeram crimes em que pelo menos quatro civis e militares de fora da brigada morreram em um pouco mais de um ano.

Drogas, incluindo heroína e um laboratório de metanfetamina, foram descobertos nos quartéis, bem como uma fita caseira de sexo que tem circulado entre os soldados sendo protagonizada por uma tenente da brigada e cinco sargentos.

"Estar de volta ao quartel é o que não sabemos fazer, porque, desde o 11 de Setembro, parece que passamos mais tempo em combate do que aqui", disse o tenente-coronel David Wilson.

Enquanto os militares americanos continuam a reduzir o número de soldados no Iraque - dos cerca de 85 mil atuais para 50 mil até o dia 1º de setembro -, começam a mudar seu foco para o fronte doméstico, em um esforço para garantir uma transição suave para os soldados, uma medida gerada por meio de lições aprendidas com veteranos que têm lutado para se adaptar à vida longe da guerra.

Os líderes da Quarta Brigada afirmam que seu problema não é apenas profundamente embaraçoso, mas também revela desconhecimento institucional a respeito do estresse de combate e dos traumas cerebrais que forçaram a unidade a adotar uma abordagem holística, que não é normalmente associada aos militares, para enfrentar seus problemas.

"Eles estavam saindo de uma zona de guerra, voltando para casa e não recebendo o atendimento e a supervisão necessários, o que lhes permitiu manter a mentalidade que adotam em Mossul", disse Mustafa, referindo-se à violenta cidade do norte do Iraque onde a brigada foi posicionada antes de voltar a Forte Bliss, em 2008. "Esse é um grupo de pessoas que estava lutando e matando e carregando feridos por 14 meses. Você não pode ligar e desligar seu funcionamento."

A brigada tem um dos piores antecedentes criminais do Exército, apesar de não haver estatísticas. Seus líderes dizem que, se conseguirem manter seus soldados em segurança até seu próximo desdobramento, sua abordagem multifacetada pode se tornar um modelo para outras unidades visando a adaptar seus próprios soldados ao período de paz.

Até agora, a estratégia parece funcionar: depois de passar quase três meses em Forte Bliss, o porta-voz major Caggins Myles disse que seus soldados haviam se envolvido em apenas alguns casos, sendo que o mais grave deles resultou em três detenções por direção embriagada sem vítimas.

Os métodos variam dos mais rígidos - expulsar dezenas de soldados do Exército e exigir que os grupos de três ou mais soldados marchem, em vez de caminhar, sempre que estão na base - aos mais suaves, como ligar para os pais para contar que seus filhos realizaram um trabalho exemplar no Iraque e trazer um trabalhador social civil para aconselhar soldados deprimidos.

A brigada também expandiu sua lista de soldados em risco para incluir aqueles que o Exército não teria considerado anteriormente, como soldados com múltiplas infrações de trânsito. Após a chegada em Forte Bliss, soldados considerados de maior risco de desenvolver problemas psicológicos são reunidos na pista de pouso e escoltados para uma entrevista com um conselheiro, por vezes com os membros da família a tiracolo.

Wilson disse que ordenou que seus soldados do batalhão leiam "Quem Mexeu no Meu Queijo?", de Spencer Johnson, para ajudá-los a lidar com mudanças.
A unidade também tem treinado seus líderes em programas de prevenção do suicídio que excedem as exigências do Exército, e seus oficiais, incluindo o comandante da brigada, o coronel Peter A. Newell, tem frequentado bares ao redor de Forte Worth para monitorar o comportamento de seus soldados.
Sargentos são incentivados a espionar a vida pessoal dos soldados perguntando sobre a situação de seus casamentos e o estado de suas finanças. Além disso, antes de ir embora cada soldado que possui carro passa por uma inspeção do veículo e tem que apresentar o comprovante de seguro e carteira de motorista.

"Há um desejo ardente de mudar as Forças Armadas", disse Newell. "Tínhamos de fazer alguma coisa ou iríamos afundar depois de oito anos de guerra."

Um aspecto crucial da sua abordagem é o escalonamento dos momentos de transferência da liderança da brigada de modo que os sargentos e oficiais do mais alto escalão não sejam transferidos ao mesmo tempo, o que normalmente ocorre em unidades do Exército poucos meses após o retorno da guerra.

Durante uma breve instrução para cerca de 360 soldados na Base Operacional de Contingência Adder, no sul do Iraque, Newell caminhava de um lado para o outro diante deles dizendo que se sentia desconfortável com seu regresso iminente a Forte Bliss.

"Sinto um certo estresse de ter de enviar uma brigada para casa", disse. "A triste verdade é que é mais seguro mantê-los no Iraque entrando em combate com pessoas que tentam matá-los do que levá-los de volta para casa."

Um por um, ele relatou casos em que soldados da unidade haviam arruinado suas vidas em Forte Bliss antes do desdobramento para o Iraque no ano passado: quatro suicídios, uma overdose de drogas, um assassinato cometido com um taco de beisebol, um acidente fatal causado por um motorista embriagado, casos de violência doméstica e um tiro após uma discussão em um bar.

Pelo menos seis dos ex-soldados da unidade estão servindo 15 anos ou mais de prisão por esses crimes e outros julgamentos ainda estão pendentes. Como parte de uma faxina da casa, Newell demitiu mais de 150 soldados do Exército e implementou ações disciplinares a mais de 10% da brigada de 3,5 mil soldados. Em uma companhia, 39 dos 150 soldados foram à corte marcial.

O capitão Rolland Johnson, de 26 anos, comandante da companhia, disse que a abordagem da brigada exige que ele preste atenção a seus soldados de maneira que seria impensável há alguns anos.

"Posso te dizer o nome completo e a cidade de todos", disse, acrescentando que recentemente instalou uma caixa de sugestões para seus soldados em uma antiga lata de munições. "Antes, se você visse o capitão se aproximar isso queria dizer que estava em apuros. As coisas mudaram muito, mas também temos um novo tipo de soldado, dado tudo o que viram e o tempo que ficaram fora."

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Uerj realiza palestra do Centro de Valorização da Vida

Dia 15 de julho, às 14h, no Auditório 11, 1º andar do Pavilhão João Lyra Filho, a Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) promoverá a palestra "Prevenção do suicídio na Uerj: a chegada do Centro de Valorização da Vida (CVV)". O palestrante será o jornalista André Trigueiro, da Globo News.

A palestra é uma das iniciativas do Programa de Prevenção do Suicídio da Uerj em parceria com o CVV.

O CVV existe há 48 anos e presta serviço voluntário de apoio emocional gratuito que funciona 24 horas por dia, todos os dias. Atua na valorização da vida e, portanto, na prevenção do suicídio. O atendimento é feito por telefone, pessoalmente, por correspondência, chat ou e-mail. A pessoa que procura o CVV tem o sigilo assegurado.

Outras informações pelos telefones: 2334-2167 / 141 / 2233-9191

Fonte: Ascom da Uerj
http://www.governo.rj.gov.br/noticias.asp?N=59541

sexta-feira, 2 de julho de 2010

SOS Voz Amiga - Portugal

O Centro SOS Voz Amiga é uma instituição promotora da vida e, por consequência, com ações focadas também na prevenção do suicídio. Guarda alguns pontos de contato com o nosso CVV.

Para conhecermos um pouco mais esta experiência de além-mar, leiamos o que vai aí abaixo:

Breve História do SOS VOZ AMIGA

  • O Centro SOS Voz Amiga foi o primeiro telefone de ajuda criado em Portugal, com início a 9 de Outubro de 1978.
  • Funciona diariamente das 12h às 24h, todos os dias da semana, 365 dias por ano.
  • O serviço é prestado exclusivamente por voluntários que recebem formação prévia especializada.
  • É o único telefone de apoio emocional cujos voluntários se mantêm em formação contínua enquanto no activo, sob a supervisão técnica de profissionais de saúde mental.
  • Durante os 32 anos de actividade ininterrupta do Centro, atenderam-se milhares de pessoas, de todos os pontos do país e de todas as idades.

Considerando que:

  • Um em cada cinco portugueses sofre de perturbações psiquiátricas.
  • A grande maioria dos que sofrem de perturbações psiquiátricas não tem acesso a qualquer tratamento médico.
  • A maior parte dos recursos médicos continua centrada em Lisboa, Porto e Coimbra e funciona apenas em horário diurno durante os dias úteis.
  • A nível privado, os custos da saúde mental são elevados, não estando acessíveis a toda a população.
  • Actualmente privilegia-se a intervenção em comunidade em detrimento dos internamentos, mas não há redes de cuidados na comunidade.
  • Nos Centros de Saúde os médicos não têm tempo para falar com o doente mental durante o tempo que lhe parece necessário.
  • Em Portugal verifica-se uma quase total ausência de programas de prevenção e promoção de saúde mental.
  • Faz parte do Plano Nacional de Saúde Mental (PNSM) a criação de estratégias e programas de prevenção da depressão, ansiedade e do suicídio.
  • Faz parte do PNSM o apoio a linhas telefónicas de prevenção de suicídio.
  • O volume de chamadas, os assuntos abordados e a procura regular dos que telefonam para o SOS Voz Amiga reforçam a ideia de que, em Portugal, continua a fazer sentido manter este tipo de linhas telefónicas de ajuda nos tempos que correm.
  • Nalguns casos, este é o único serviço de apoio emocional a quem algumas pessoas recorrem.
  • Existe na União Europeia um número verde de emergência – 116123 – que em Portugal não está atribuído a nenhuma instituição.

São expectativas do SOS Voz Amiga

  • Assegurar a disponibilidade do serviço de atendimento 24 horas por dia.
  • Poder vir a assegurar o funcionamento do número verde europeu (116123), em exclusivo ou em associação com outros números de apoio emocional activos em Portugal.
  • Continuar acessível a quem precisa de falar de ideias de morte, prestando um serviço de apoio concreto na prevenção do suicídio.
  • Constituir, mesmo que pontualmente, uma alternativa à solidão, ao isolamento e à segregação das pessoas com menos recursos no âmbito da saúde mental.
  • Constituir, mesmo que pontualmente, uma alternativa para todos os que precisam de falar em anonimato e confidencialidade a qualquer hora do dia (12h-24h).
  • Encontrar um parceiro na área da saúde que possa dotar o SOS Voz Amiga de meios que assegurem a continuidade do serviço, prestado numa base estável e sem interrupções decorrentes de graves carências financeiras.
  • Assegurar a continuidade da formação e acompanhamento dos voluntários por técnicos de saúde mental, remunerados.

GANHOS PARA A SAÚDE

  • Este serviço ajuda a libertar os serviços oficiais de saúde.
  • Presta um apoio transversal a todo o país sem burocracias ou entraves através do simples custo duma chamada telefónica.
  • Permite falar em anonimato e sem constrangimentos, porque o contacto não é presencial.
  • Está disponível para pessoas com mobilidade reduzida.
  • É um serviço que, pelas suas características, apresenta um baixo custo de funcionamento, mas em contrapartida fornece um serviço de qualidade com valor acrescentado para a sociedade portuguesa.
  • Sem o SOS Voz Amiga maior número de pessoas ficaria privada do apoio de que necessita, apesar de o apoio prestado não ser de natureza técnica.

Fonte: Estela Lourenço, Centro SOS Voz Amiga, 06/05/2010

http://www.acs.min-saude.pt/pns2011-2016/2010/05/14/sos-voz-amiga/