sábado, 26 de junho de 2021

Como diferenciar os sinais normais da adolescência de depressão e risco de suicídio

Daniela Dariano (Resenhando - Diário de uma mãe de adolescente)

Se a adolescência é tempo de mudanças físicas, de humor, de gostos, de se afastar da família, de procurar sua tribo, como saber se o jovem, isolado lá no seu quarto, está passando pelas alterações naturais dessa fase ou se está em sofrimento profundo? Faz parte de crescer o sofrer, mas como identificar o limite entre o que é normal e a doença? São perguntas que podem ser difíceis para mães e pais responderem. Às vezes, enchemos o saco do filho perguntando se está tudo bem, quando ele só quer "ficar sozinho, que saco, mãe!"; outras vezes, uma insônia persistente e patológica pode passar despercebida, porque achamos que "adolescente é assim mesmo, só quer dormir até mais tarde".

Desde o início da pandemia, em 2020, o aumento das queixas de transtornos psiquiátricos vem sendo percebido nos consultórios, inclusive de hebiatras, médicos especializados em adolescentes.

A partir do segundo semestre de 2020, houve um aumento de procura para consultas de urgência e telemedicina devido a queixas de transtornos de humor, como depressão e ansiedade, além de episódios de ideações e pensamentos suicidas ou mesmo de tentativas de suicídio – conta a hebiatra Bianca Lundberg, membro do Departamento de Adolescência da Sociedade Paulista de Pediatria.

Por isso, trago hoje para o blog informações que considero importantes para as famílias: os principais sinais de que algo não vai bem com o seu adolescente.

Algumas questões, como mudança de humor, irritabilidade, isolamento são comuns durante a adolescência. Mas mesmo as questões que podem pertencer a essa fase não podem durar muito tempo seguidamente, deve haver momentos de melhora – explica Bianca.

São sinais de alerta, principalmente se se arrastarem por mais de duas semanas:

1. Desinteresse em atividades antes prazerosas

2. Diminuição de contato social pré-existente

3. Alterações de sono

4. Alterações do apetite

5. Falta de asseio

6. Irritabilidade e agressividade

7. Dores de cabeça e de barriga

— Atenção aos sintomas físicos sem justificativa, ou que aparecem sempre ao planejar algo novo, como voltar à escola ou reencontrar os colegas. Não minimize esse sofrimento! – recomenda a médica.

O que fazer

A orientação é levar para avaliação de profissional de saúde habilitado, seja ele psicólogo, pediatra, hebiatra ou psiquiatra. Procurar atendimento especializado para o jovem assim que são percebidas mudanças de comportamento além de duas semanas é essencial para um bom prognóstico nos transtornos de saúde mental, adianta a médica.

Muitos dos pacientes que chegam ao consultório com pensamentos e ideações suicidas e de ações suicidas não são levados a sério pela família; é sempre necessária a quebra de sigilo (entre o hebiatra e o adolescente) nesses casos, pois se trata de uma ameaça à própria vida do adolescente.

Como prevenir

Psicólogos, psiquiatras, orientadores parentais e hebiatras são unânimes: a prevenção do suicídio, mesmo quando há um transtorno psiquiátrico, está na conexão com o adolescente.

Os responsáveis devem ser presentes na vida das crianças e dos jovens sempre, de uma forma genuína. Conhecer seus gostos, preferências, habilidades, ser capaz de argumentar com o jovem sem perder o respeito - isso tudo faz com que ele se sinta valorizado e escutado dentro do núcleo familiar. Dessa forma, terá maior facilidade de recorrer aos responsáveis quando algo está errado. Outra questão importante é não deslegitimar os sentimentos e a fala do adolescente. Adolescer é uma fase de muita transição, estranhamento, e por que não dizer sofrimento?

A especialista explica que a depressão nem sempre aparece no adolescente como no adulto. Por isso, é importante não minimizar nenhum comportamento estranho ou queixa verbalizada.

— Se existe algum antecedente pessoal do jovem ou antecedente de sua família de transtornos de saúde mental, o cuidado deve ser redobrado — alerta a médica. — Se o adolescente se mantiver isolado, insista em conversar sem preconceitos: lembre-se de que ouvir, às vezes, é mais importante do que falar. Esteja presente!

Para seguir a autora desta matéria no Instagram: @danieladariano

Fonte: https://extra.globo.com/mulher/resenhando-mae-de-adolescente/como-diferenciar-os-sinais-normais-da-adolescencia-de-depressao-risco-de-suicidio-rv1-1-25044591.html

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Ministério da Justiça e Segurança Pública promove curso voltado para a prevenção ao suicídio dos profissionais da área

A partir desta segunda-feira (21/6/2021), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) disponibiliza o “Curso de Prevenção ao Suicídio dos Agentes de Segurança Pública” para todos os profissionais integrantes do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).


A capacitação foi desenvolvida pelo MJSP, por meio de acordo de cooperação celebrado entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Secretaria de Gestão e Ensino em Segurança Pública (Segen) e a Safernet Brasil, uma associação civil de direito privado, com foco no enfrentamento aos crimes e violações na internet. O curso ficará disponível na plataforma da associação por seis meses. Além disso, os alunos têm acesso à apostila e a demais materiais que também estarão anexos na ferramenta. A capacitação conta, ainda, com apoio técnico do Instituto Vita Alere e do Facebook Brasil.

A inscrição será aberta após apresentação em vídeo que será divulgado na página do Facebook e YouTube do MJSP, às 20h, no dia 21 de junho.

Os interessados em participar da capacitação devem, primeiramente, se cadastrar na plataforma de ensino da rede Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) para, em seguida, realizar a inscrição. Para quem já é cadastrado no sistema, basta entrar no portal com login e senha. Realizada a inscrição, o agente tem até dezembro para concluir o curso.

A realização faz parte dos investimentos feitos pelo Ministério pela valorização e bem-estar dos agentes de todo o país, seja no trabalho e ou na vida pessoal, bem como aprimorar a capacidade técnica dos profissionais de saúde da Segurança Pública frente a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental. A ação faz parte do Programa Nacional de Qualidade de Vida para Profissionais de Segurança (Pró-VIDA) do MJSP.

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, o suicídio entre os profissionais é um problema grave e que merece atenção do governo federal. “Precisamos de ações efetivas para prevenir as ocorrências de novos casos, promover a saúde mental desses profissionais. O nosso governo tem compromisso com a melhoria da qualidade de vida e com a valorização das pessoas que trabalham incansavelmente na proteção da sociedade brasileira. Essa iniciativa é um marco importante para o aperfeiçoamento e a qualificação da política de enfrentamento ao suicídio”, afirmou o ministro.

A capacitação será dividida em dois níveis: básico e avançado, com 27 horas/aula e 10 horas/aula, respectivamente. O curso básico será oferecido para todos os profissionais de Segurança Pública que compõem o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). Já a etapa avançada será dedicada ao profissional que atua na área da saúde e assistência social da Segurança Pública, para o atendimento dos agentes do SUSP.

Fonte: https://defesa.com.br/ministerio-da-justica-e-seguranca-publica-promove-curso-voltado-para-a-prevencao-ao-suicidio-dos-profissionais-da-area/

 


 

Jundiaí fazendo bonito! Duas notícias que se complementam

Jundiaí cria grupo de trabalho para elaboração de políticas de prevenção à automutilação e suicídio

Assessoria de Imprensa (23 junho 2021)


Normatizada pela portaria n° 29, de 11 de junho de 2021, com o desígnio de integrantes do Grupo de Trabalho – instituído pelo Decreto nº 30.065, de 11 de junho de 2021 -, a Prefeitura de Jundiaí amplia o debate para o desenvolvimento de Política Municipal de Prevenção da Automutilação e do Suicídio.

A iniciativa partiu da Unidade de Gestão da Casa Civil (UGCC), por meio do Núcleo de Articulação de Políticas Públicas – Direitos Humanos, em articulação com a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), com foco na valorização da vida e da dignidade da pessoa humana através do fomento de políticas públicas transversais. “Tratar o tema suicídio é uma ação que vem sendo realizada pela gestão do Prefeito Luiz Fernando Machado, desde a primeira gestão. A vida é o maior bem e que deve ser preservado”, comenta o gestor da UGCC, Gustavo Leopoldo Caserta Maryssael de Campos.

Inicialmente, o GT construirá um diagnóstico municipal que identifique as ações necessárias para a qualificação da rede envolvida, com o objetivo principal de prevenir a violência autoprovocada. Seguindo a formulação da Política Nacional de Prevenção ao Suicídio, a política municipal terá como principais objetivos:

I – promover a saúde mental da população;
II – prevenir a violência autoprovocada;
III – controlar os fatores determinantes e condicionantes da saúde mental;
IV – garantir o acesso à atenção psicossocial das pessoas em sofrimento psíquico
agudo ou crônico, especialmente daquelas com histórico de ideação suicida, automutilações e tentativa de suicídio;
V – abordar adequadamente os familiares e as pessoas próximas das vítimas de
suicídio e garantir-lhes assistência psicossocial;
VI – informar e sensibilizar a sociedade sobre a importância e a relevância das
lesões autoprovocadas como problemas de saúde pública passíveis de prevenção;
VII – promover a articulação intersetorial para a prevenção do suicídio, envolvendo
entidades de saúde, educação, comunicação, imprensa, polícia, entre outras;
VIII – promover a notificação de eventos, o desenvolvimento e o aprimoramento de
métodos de coleta e análise de dados sobre automutilações, tentativas de suicídio e suicídios consumados, envolvendo a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os estabelecimentos de saúde e de medicina legal, para subsidiar a formulação de políticas e tomadas de decisão;
IX – promover a educação permanente de gestores e de profissionais de saúde em
todos os níveis de atenção quanto ao sofrimento psíquico e às lesões autoprovocadas.
Jundiaí conta com Rede completa de atendimento e assistência psicossocial

Segundo o assessor de Políticas de Direitos Humanos, Paulo Fernando de Almeida, “as ações também poderão incluir o aprimoramento dos mecanismos de notificação das ocorrências de violência autoprovocada, a melhor articulação entre os diferentes setores envolvidos, a capacitação dos diferentes atores envolvidos no tema, além da realização de campanhas de sensibilização à população em geral.”

De acordo com dados da UGPS, em 2019, foram registradas 249 tentativas de suicídio na cidade. Em 2020, foram 233 e, até o mês de maio deste ano, foram 96 registros. Sobre os suicídios consumados, foram 29 em 2019, 25 em 2020 e, neste ano (até o mês de maio), foram registrados 9 suicídios no município.

Jundiaí conta com a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estruturada para o atendimento em saúde mental nas diferentes complexidades, nos diferentes níveis de atenção. Nos últimos anos, destacam-se a atuação dos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), com porta abertas, a ampliação das equipes de NASF (Núcleo Ampliado de Saúde da Família), a articulação com o SAMU e hospital geral; e a busca ativa de todos os casos de tentativa de suicídio.

O coordenador de Saúde Mental da UGPS, Alexandre Moreno Sandri, esclarece que o fenômeno da violência autoprovocada possui múltiplas causalidades, contribuindo mais de um fator para a sua ocorrência. Entre as causas mais frequentes, estão: a intensificação de uma condição de sofrimento psíquico, os conflitos familiares, as questões econômicas e sociais, as rupturas existenciais (por ex., a separação conjugal), a vivência de situações de violência, entre outras.

Fonte: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2021/06/23/jundiai-cria-grupo-de-trabalho-para-elaboracao-de-politicas-de-prevencao-a-automutilacao-e-suicidio/

Suicídio e automutilação: Grupo de Trabalho fará diagnóstico

A Imprensa Oficial do Município do último dia 16 publicou decreto do prefeito Luiz Fernando Machado criando grupo de trabalho de desenvolvimento da Política Nacional de Prevenção do suicídio e automutilação. O objetivo é de, inicialmente, fazer diagnóstico municipal que identifique as ações necessárias para a qualificação da rede de atendimento para prevenir a violência autoprovocada. As ações também poderão incluir o aprimoramento dos mecanismos de notificação das ocorrências, a melhor articulação entre os diferentes setores envolvidos, a capacitação dos diferentes agentes envolvidos no tema, além da realização de campanhas de sensibilização à população em geral. Os números de tentativas de suicídio e mortes não tiveram muita variação significativa entre os anos de 2019 e 2020. Em termos nacionais, Jundiaí também está na média.

A Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), por meio da Coordenação de Saúde Mental, acompanha e qualifica as ocorrências de tentativas e suicídios consumados através do monitoramento das notificações encaminhadas à Vigilância Epidemiológica. Em 2019, foram registradas 249 tentativas de suicídio na cidade. Em 2020, foram 233 e, até o mês de maio deste ano, foram 96 registros. Sobre os suicídios consumados, foram 29 em 2019, 25 em 2020 e, neste ano (até o mês de maio), foram registrados 9 suicídios no município. A Coordenação de Saúde Mental observa que Jundiaí apresenta taxa de suicídios que se equipara aos índices nacionais. Em Jundiaí, 5,9 por cada 100 mil habitantes e no Brasil, 6 por cada 100 mil habitantes, índices parecidos com os de outras cidades do mesmo tamanho.

Em relação às faixas etárias, os dados apontam para uma maior prevalência de tentativas de suicídio entre mulheres de 15 a 39 anos, e uma maior prevalência de suicídios consumados entre homens de 20 a 59 anos. O coordenador de Saúde Mental da UGPS, Alexandre Moreno Sandri, esclarece que “a violência autoprovocada possui múltiplas causas e vários fatores contribuem para a ocorrência. Entre as causas mais frequentes, estão: a intensificação de uma condição de sofrimento psíquico, os conflitos familiares, as questões econômicas e sociais, as rupturas existenciais, como separações conjugais e violência.

Atendimento – Para casos de suicídio e automutilação, Jundiaí conta hoje com a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estruturada para o atendimento em saúde mental nas diferentes complexidades. Nos últimos anos, destacam-se a atuação dos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), a ampliação das equipes de NASF (Núcleo Ampliado de Saúde da Família), a articulação com o SAMU e Hospital Geral, além da busca ativa de todos os casos de tentativa de suicídio.

O Grupo de Trabalho, instituído pelo decreto do prefeito, tem como incumbência o desenvolvimento da Política Municipal de Prevenção da Automutilação e do Suicídio. Segundo o Gestor da Casa Civil, Gustavo Maryssael, “trata-se de uma iniciativa da Unidade de Gestão da Casa Civil, por meio do Núcleo de Articulação de Políticas Públicas e Direitos Humanos, em articulação com a Unidade de Gestão em Promoção da Saúde para valorização da vida e da dignidade da pessoa humana por meio do fomento de políticas públicas”.

Seguindo a formulação da Política Nacional de Prevenção ao Suicídio, a política municipal terá como principais objetivos: promover a saúde mental da população; prevenir a violência autoprovocada; controlar os fatores determinantes e condicionantes da saúde mental; garantir o acesso à atenção psicossocial das pessoas em sofrimento psíquico agudo ou crônico, especialmente daquelas com histórico de ideação suicida, automutilações e tentativa de suicídio; abordar adequadamente os familiares e as pessoas próximas das vítimas de suicídio e garantir-lhes assistência psicossocial; informar e sensibilizar a sociedade sobre a importância e a relevância das lesões autoprovocadas como problemas de saúde pública passíveis de prevenção; promover a articulação intersetorial para a prevenção do suicídio, envolvendo entidades de saúde, educação, comunicação, imprensa, polícia, entre outras; promover a notificação de eventos, o desenvolvimento e o aprimoramento de métodos de coleta e análise de dados sobre automutilações, tentativas de suicídio e suicídios consumados, envolvendo a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os estabelecimentos de saúde e de medicina legal, para subsidiar a formulação de políticas e tomadas de decisão e promover a educação permanente de gestores e de profissionais de saúde em todos os níveis de atenção quanto ao sofrimento psíquico e às lesões autoprovocadas.

https://jundiagora.com.br/suicidio-e-automutilacao/

terça-feira, 22 de junho de 2021

Se você está pensando em suicídio agora

Por favor, espere somente alguns minutos e leia isto! Embora eu não te conheça profundamente, sei que é alguém que sente uma dor profunda e, por isso, não se sente capaz de seguir adiante, por mais tempo. 

Sei também que neste instante você está lendo isto, o que é muito bom! Sei que você chegou até aqui por estar muito angustiado, pensando em pôr um fim em sua vida. 

Se fosse possível gostaria de estar com você, neste momento, ao seu lado, para conversarmos cara a cara! Mas por não ser possível deveremos nos conformar com a comunicação escrita.

Não vou discutir se você deve suicidar-se ou não, mas como você está comigo, aqui ao meu lado, espero que você coloque em dúvida o que está pensando em fazer. 
 
Sentir-se confuso diante de pensamentos em torno da morte é normal. Ao mesmo tempo em que você quer morrer, é possível que, por outro lado, você deseje viver.
 
Não tome uma decisão tão importante, de forma precipitada.  

Muitas pessoas pensam no suicídio, pois parece não haver outra saída. Elas acreditam que não podem suportar mais tanta dor, assim como ocorre com você agora. Mas não pense que você é uma pessoa perversa por assim pensar ou que esteja louco.  
 
Ninguém escolhe suicidar-se. Ele ocorre quando a dor que sentimos é maior que os recursos para enfrentá-la.
 
Então, não podemos tratar o suicídio como algo correto ou incorreto, nem como um defeito de caráter ou fraqueza moral, é sim um desequilíbrio entre a dor e os recursos para vencê-la
 
É possível vencer os pensamentos suicidas se:
 
1. Encontramos um modo de diminuir nossa dor.
2. Aumentamos nossos recursos para superá-la.
3. Ou as duas coisas ao mesmo tempo.
 
Não existe remédio mágico, mas também é verdade que:
. O suicídio cria uma situação irreversível para um problema passageiro.
 
Quando estamos deprimidos tendemos a ter uma visão estreita e pouco objetivo das coisas. Com o passar dos dias tudo pode mudar.
 
A maioria das pessoas que se viram às voltas com a ideia do suicídio, depois se sentiu muito felizes por estarem vivas. Na realidade, não desejavam colocar um fim em suas vidas, mas queriam evitar a compaixão alheia e a dor.
 
Temos mais algumas considerações a fazer: 
 
1. É muito importante que você procure alguém para conversar. Pessoas como você, que está pensando no suicídio, não deve ficar a sós. Você tem que buscar ajuda agora.
 
2. Conversar com alguém da família, com algum amigo ou colega pode trazer um grande alívio à dor que sentimos. O apoio, o aconchego que recebemos aumenta nossa capacidade de enfrentar todas as situações. 
 
3. O tempo é um fator muito importante e isso não lhe falta. O tempo é o seu maior aliado. Espere antes de tomar qualquer decisão precipitada.
 
4. Procure com urgência um médico ou um psicólogo. Uma pessoa que passa por um período de tristeza, de desânimo, de abatimento pode estar sofrendo de depressão. E essa doença pode tratada com medicamentos ou sessões de terapia. 
 
Texto original: Si usted está pensando en el suicidio ahora. 
Fonte: http://www.suicidioprevencion.com/antes.php?lang=es

sábado, 12 de junho de 2021

Free Fire - Corinthians e Team One fazem amistoso beneficente hoje (11/6/2021) - Arkade

Flávio Ricardo

Nesta sexta-feira (11) às 18h, os times de Free Fire do Corinthians e da Team One se uniram por uma causa nobre e realizam um amistoso beneficente.

O amistoso será em prol da Life Gamers, um projeto do Centro de Valorização da Vida (CVV), que atua no combate e prevenção do suicídio.

A transmissão do amistoso entre Corinthians e da Team One aconteceu com transmissão no canal do CVV no YouTube e pelo canal da Team One na Twitch.

 Além do amistoso, haverá também a participação de alguns influencers como Robertinha, ChefeXL, Bianquinha, Joker, Richard Abelha, Lela Buffo e Maicosoft.

O projeto entre os times e o CVV acontece desde setembro do ano passado, através da promoção de treinamentos que permitem que os jogadores identifiquem casos de risco em seu ciclo social.

Além do amistoso, Corinthians e Team One também participaram da LBFF5, a Liga Brasileira de Free Fire que tem início neste sábado.

Fonte: www.arkade.com.br/free-fire-corinthians-e-team-one-fazem-amistoso-beneficente-hoje-11/


quarta-feira, 2 de junho de 2021

Entidades cobram ações de prevenção ao suicídio e doenças mentais em policiais

José Carlos Oliveira (reportagem) e Geórgia Moraes (edição) - 1º junho 2021

Entidades ligadas a profissionais da segurança pública cobraram ações coordenadas que ampliem os mecanismos de prevenção ao suicídio e doenças mentais entre os policiais. O impacto do estresse diário na saúde desses profissionais foi debatido nesta terça-feira (1) em audiência virtual da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, que analisa projetos de lei sobre o tema.

Um deles (PL 4815/19) já foi aprovado no Senado e inclui a promoção da saúde mental e a prevenção ao suicídio no Pró-Vida, o Programa Nacional de Qualidade de Vida para Profissionais de Segurança pública criado em 2018 (Lei 13.675 /18).

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luiz Antônio Boudens, defendeu a proposta e informou que a instituição já executa programas de atendimento psicológico para a detecção prévia de problemas entre os agentes. “Você entra para a polícia com aquela vontade de atuar mais, de ser o paladino da justiça e de ser super-homem ou supermulher, mas internamente você encontra várias dificuldades de gestão, de aceitação do público, do próprio comportamento da sociedade em relação ao policial. Então, é ideal que haja um grupo preparado dentro da polícia para tratar desse policial”, defendeu.

A mais recente edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, relativa a 2019, mostrou que os casos de suicídio entre policiais militares e civis (91) superam o número de policiais mortos em serviço (62). O Instituto de Pesquisa, Prevenção e Estudos em Suicídio (Ippes) relembrou uma sondagem de 2014 com 18 mil policiais, na qual 3,6% disseram já ter tentado suicídio e outros 18% admitiram ter pensado em tirar a própria vida. Levantamento mais recente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais identificou estresse ocupacional de médio a elevado em 94% do efetivo, além de 36% com algum tipo de doença mental em variados graus.

Socióloga do Ippes e coautora do livro “Por que policiais se matam?”, Fernanda Cruz apontou múltiplos fatores para esse quadro, principalmente adoecimento psíquico, uso abusivo de álcool e drogas, relacionamento interpessoal e insatisfação profissional. O Ippes recomendou a implantação de uma “cultura de saúde” nas instituições policiais que inclua uma rede de atendimento psicológico e acolhimento, além de correções nas atuais lacunas que provocam a subnotificação de suicídio.

Tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, José Edir de Souza admitiu que a atenção à saúde mental deve estar presente em todas as fases da vida profissional dos policiais. “A gente observou que estar na reserva ou aposentado era um fator de risco para suicídio”, relatou.

Paraíba

A audiência também mostrou resultados positivos do Espaço Viver Bem do Policial Militar, criado em 2016 na Paraíba, com assistência social e psicológica fora dos quartéis. Desde 2019, o estado não registra suicídio de PM nem de bombeiro militar.

Representante do Ministério da Justiça, o coordenador geral de políticas para os profissionais de segurança pública, Paulo Silva Pena, informou que, entre 2019 e 2020, o governo federal repassou R$ 311 milhões para os estados aplicarem em ações como essa da Paraíba. Segundo Pena, há ações em curso para a criação de um protocolo de tratamento de estresse pós-traumático e da disciplina de qualidade de vida no currículo de formação profissional.

Relatora da proposta de inclusão da prevenção ao suicídio no Pró-Vida, a deputada Policial Kátia Sastre (PL-SP) prometeu ampliar o debate antes da apresentação do seu parecer na Comissão de Segurança Pública. “Quanto mais equilibrado o policial está, melhor a sociedade vai receber os serviços. Precisamos olhar com carinho para a saúde mental dos nossos policiais”, ressaltou.

Esse projeto de lei tramita em conjunto com uma proposta semelhante (PL 6355/16) do deputado David Miranda (Psol-RJ). O deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG) também defendeu a aprovação das propostas que tratam da proteção especial para policiais ameaçados de morte em função do trabalho (PLs 6326/19 e 718/21).

Fonte: www.camara.leg.br/noticias/767401-entidades-cobram-acoes-de-prevencao-ao-suicidio-e-doencas-mentais-em-policiais/

terça-feira, 1 de junho de 2021

Há 20 anos 'Grupo Amor Vida', de Campo Grande-MS, ampara pessoas em crise por meio do telefone

Fundada no ano de 2001, desde então, a Associação vem prestando apoio emocional para pessoas em crise

Completando 20 anos em 2021, a Associação Grupo Amor Vida Arthur Hokama, ou Grupo Amor Vida (GAV) como é conhecido, tem a missão de prevenir o suicídio mediante o apoio emocional às pessoas em crise. Prestando serviços por meio do telefone, através de colaboradores voluntários, ao longo dos anos o GAV já realizou mais de 100 mil atendimentos.

Fundada no ano de 2001, desde então, a Associação vem prestando apoio emocional para pessoas em crise, oferecendo escuta empática e sem julgamentos, garantindo sempre a preservação da intimidade através do anonimato das chamadas.

Contando com o comprometimento de voluntários, o GAV é composto por colaboradores não remunerados, que passam por diversas capacitações e cursos, de como oferecer atendimento de forma acolhedora.

Nós voluntários passamos por um rigoroso curso de formação e treinamento para aprender a ouvir empaticamente, interagindo emocionalmente com o atendido sem direcionar as suas escolhas, e claro, respeitando sempre os valores e princípios éticos da Entidade”, explica Ton de Almeida, um dos voluntários que compõem o grupo de apoio.

Segundo Ton, o aumento da procura foi significativo, devido à pandemia da Covid-19. De acordo com ele, os colaboradores, como canal de apoio, precisaram de mais atenção voltada a este atual cenário.

O avanço da pandemia desencadeou diversas crises e problemas relacionados ao equilíbrio emocional, despertando em muitos a necessidade de buscar ajuda através do diálogo”, destacou.

Além de estar presente nas redes sociais, como no Facebook e Instagram, o GAV também ministra palestras e cursos relacionados à prevenção do suicídio e valorização da vida em órgãos públicos, escolas, universidades, entidades religiosas e empresas, além de participar ativamente das ações de prevenção do suicídio em conjunto com órgãos públicos e entidades privadas. Embora o cenário atual, devido à pandemia da covid-19, não permita palestras e eventos com um grande público, o grupo tem adaptado as discussões sobre o tema.

“Durante este período difícil que estamos passando, nossas palestras passaram para modalidade virtual, as demandas diminuíram um pouco, mas não deixamos de atender nenhuma empresa, órgão ou entidade que nos acionam para levarmos um pouco de entendimento relacionado à prevenção do suicídio”, contou.

Amparando aqueles que estão em momento de vulnerabilidade, o Grupo Amor Vida atende todos os dias, das 7h às 23h, pelos telefones +55 (67) 3383-4112, (67) 99973-8682 (Vivo) e (67) 99266-6560 (Claro), garantindo o anonimato, o sigilo e a não discriminação. Vale ressaltar que a identificação de chamadas é desativada nas operadoras de telefonia. Para saber mais sobre o trabalho grupo, acesse o Instagram do Grupo Amor Vida.

Fonte: www.acritica.net/light/ha-20-anos-grupo-amor-vida-ampara-pessoas-em-crise-por-meio-do/527872/