terça-feira, 23 de abril de 2019

Curso de especialização em Suicidologia, Processos Autodestrutivos e Luto, em São Paulo

Sob a coordenação de Karina Okajima Fukumitsu, este curso é destinado aos interessados pelas áreas de:

. Tanatologia

. Suicidologia: prevenção e posvenção

. Processos autodestrutivos e processo de luto
 
Para leigos e profissionais das mais diversas formações que atuem ou pretendam atuar com a vulnerabilidade humana, compreender os processos autodestrutivos e, sobretudo, para aprimorar escuta empática, conduta respeitosa em relação aos processos autodestrutivos e de acolhimento para com as pessoas em sofrimento existencial.

Carga horária: 380h

Matriz curricular

- Suicídios
Compreensão dos suicídios e aspectos multifatoriais
Fatores de risco e de proteção
Prevenção, Posvenção, Saúde pública e Interface com a Atenção Primária
Grupos de vulnerabilidade
Desenvolvimento socioemocional
Modelos de prevenção

- Educação para morte, ética, bioética e mídia
Educação para morte
Bioética, morte com dignidade e especificidades das mortes
Ética, cuidados, mídia e suicídios

- Processos autodestrutivos: automutilação e adoecimentos autoimunes
Aspectos multifatoriais dos processos autodestrutivos
Automutilação: compreensões, cuidados e intervenções
Adoecimentos autoimunes e Transtorno Pós-traumático

- Processo de luto, luto por suicídios e posvenção
O processo de luto em contextos diversos: especificidades e riscos
Luto por suicídio e Posvenção
Modalidades de posvenção: trabalho em grupos e Programa RAISE

- Práticas integrativas do acolhimento
Reflexões sobre a dor e sofrimento
A importância do acolhimento
Trabalhos expressivos

Para mais informações, clique aqui.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Comitê de prevenção de combate ao suicídio é criado no Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul ganha Comitê de prevenção de combate ao suicídio

Em 2017, a taxa de suicídio em Mato Grosso do Sul era de nove mortes em cada 100 mil habitantes. Desde 2015 somos o 3° estado com as maiores taxas dessa mortalidade

Da redação (17 abril 2019)

Despontando entre os seis estados do país com as maiores taxas de mortalidade por suicídio, Mato Grosso do Sul ganha mais uma ferramenta para o trabalho de prevenção ao suicídio. Nesta terça-feira (16/4), o secretario de Estado de Saúde, Geraldo Resende, instituiu o Comitê Estadual de Prevenção ao Suicídio de Mato Grosso do Sul.

Em 2017, a taxa de suicídio em Mato Grosso do Sul era de nove mortes em cada 100 mil habitantes. Desde 2015 somos o 3° estado com as maiores taxas dessa mortalidade.

Diante dos números preocupantes que assolam o país, também em outros locais, o Ministério da Saúde escolheu, em 2017, os seis estados ( Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Piauí, Paraná e Amazonas) com as maiores taxas de suicídio para que implementassem o Comitê e pudessem promover o desenvolvimento e a articulação de medidas destinadas a ampliação das ações de prevenção do suicídio e promoção da saúde mental, conforme detalha o regimento interno do Comitê.

Conforme explicou a gerente da Rede Psicossocial da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Michelle Scarpin,  instituir o Comitê era uma das atribuição dos seis estados escolhidos pelo Governo Federal. Antes da instituição do Comitê, cada uma das unidades federativas precisou desenvolver  o “Projeto de Prevenção do Suicídio para Ações de Prevenção, Vigilância e Gestão do Cuidado”.  Com a aprovação do projeto, o próximo passo foi instituir o Comitê, explicou Michelle.

“O Comitê irá monitorar, acompanhar e avaliar as ações desenvolvidas para prevenção do suicídio até o fim de 2019. Vamos criar novas estratégias de prevenção”. Segundo Michelle,. “Agora, serão instituídos grupos de trabalho regionais que irão intensificar o debate, construir fluxos de atendimento e multiplicar a todos os profissionais as capacitações. Inicialmente serão 15 municípios”.

Fonte: www.acritica.net/editorias/saude/o-3-estado-com-as-maiores-taxas-de-suicidio-do-pa-4502/373119/

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Quando, infelizmente, a notícia não é "fake news"... O caso dos idosos no Chile

Chile: capitalização da Previdência faz idosos morrerem trabalhando e suicídio bater recorde

Felipe Bianchi (Barão de Itararé) e Leonardo Severo (Hora do Povo), de Santiago* (11 abr. 2019)

O regime de capitalização da Previdência no Chile obriga os aposentados a seguirem trabalhando, muitas vezes, até morrer. É o caso de Mario Enrique Cortes, “jubilado” que, aos 80 anos, padeceu de insolação em pleno inverno, como jardineiro, em frente ao Palácio de La Moneda, em 2014. De lá para cá, o país vem acumulando episódios trágicos como este. Somado à onda crescente de suicídios na terceira idade – com tiro, enforcamento ou envenenamento -, o cenário escancara a realidade sombria de uma terra em que a aposentadoria foi transformada em negócio para benefício das Administradoras de Fundos de Pensão (AFP).

“O atual sistema de aposentadoria chileno tem 38 anos e foi imposto pela ditadura de Augusto Pinochet, em 1981. Não houve discussão. O parlamento era uma junta militar, composta por um representante de cada segmento das Forças Armadas. Os generais e o ministro do Trabalho da época, José Piñera, irmão do atual presidente do Chile, Sebastian Piñera, criaram as AFP. Hoje, a capitalização faz nossos idosos morrerem trabalhando e a taxa de suicídio bater recorde”, afirma o representante do movimento No+AFP (Chega de AFP), Mario Villanueva. O dirigente condena “a perversão de um sistema desenhado para que grandes grupos econômicos e seguradoras transnacionais ampliem seus lucros se aproveitando do sacrifício de milhões de aposentados”.

Os idosos totalizam cerca de 16% da população chilena, de acordo com o censo de 2017, pouco mais de 2.800.000 pessoas. Uma em cada cinco segue trabalhando a fim de complementar a aposentadoria. Para Rosita Kornfeld, ex-diretora do Centro de Estudos de Velhice e Envelhecimento da Universidade Católica e especialista da Organização das Nações Unidas (ONU), tal número escancara o abandono desse segmento por parte do Estado. “Eles têm um problema grave de falta de recursos e também de solidão e desamparo, o que os leva a tomarem atitudes extremas”, avalia. “Se não prestarmos mais atenção e cuidados, os casos de suicídio vão continuar crescendo”.

Radicada no país há 11 anos, a psicóloga brasileira Ana Paula Vieira, fundadora e presidenta da Fundação Miranos, se dedica ao trabalho de prevenção do suicídio entre os idosos. “Obviamente o aumento alarmante no número de suicídios não pode ser chamado de ‘fake news’. Há vários estudos, com dados oficiais do Ministério de Saúde, que revelam as taxas muito altas de suicídio na terceira idade em comparação com a média da sociedade chilena”, explica, em resposta à afirmação de Paulo Guedes, superministro da Economia de Jair Bolsonaro, de que as informações sobre o crescimento do fenômeno no Chile não passariam de notícias falsas.

Vieira ressalta que só agora o tema começou a ser discutido de fato. “Até pouco tempo, o suicídio na terceira idade não era visibilizado por aqui. Falava-se muito de questões como moradia, o alto custo da saúde e, claro, a questão da aposentadoria, mas o suicídio continuava um tabu”, sublinha.

Os casos emblemáticos de casais de idosos que tiraram a própria vida foram o estopim para que o tema finalmente entrasse em evidência, ganhando manchetes não só no Chile, mas também na mídia estrangeira. “Em 2018, as taxas continuaram altas e outros casos envolvendo casais de idosos vieram à tona e, por isso, o assunto vem recebendo tanta atenção, inclusive em nível de governo”, afirma. “Tenho ido ao Senado, como integrante da Comissão do Idoso, para apresentar dados e estudos sobre este problema”.

O Estudo Estatísticas Vitais, do Ministério de Saúde e do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) do Chile é claro: entre 2010 e 2015, 936 adultos maiores de 70 anos tiraram a própria vida. O levantamento – que não contempla o agravamento detectado até mesmo pela mídia privada no último período – aponta que os maiores de 80 anos apresentam as maiores taxas de suicídio: 17,7 por cada 100 mil habitantes – 70% superior à média do continente seguido pelos segmentos de 70 a 79 anos, com uma taxa de 15,4, contra uma taxa média nacional de 10,2.

Segundo o Centro de Estudos de Velhice e Envelhecimento, da Universidade Católica, são índices mórbidos, que têm crescido de forma acentuada e que colocam o Chile como um dos países com os mais altos índices de suicídios nesta faixa etária em toda a América Latina. O fato de muitos meios de comunicação no Brasil citarem pretensos estudos tendo por base dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2012, apenas revela a tentativa de fugir do debate, pois foi a partir daí que, passadas as três décadas da “reforma” ditada por Pinochet, “os idosos começaram a receber as suas aposentadorias e puderam dimensionar o quão pouco receberiam e que seu dinheiro não daria para nada”, explica Mario Villanueva. Atualmente, 80% das aposentadorias estão abaixo do salário mínimo (301 mil pesos, ou 1.738 reais ) e 44% abaixo da linha da pobreza.

Uma parcela significativa dos aposentados recebe cerca de 110 mil pesos (635 reais), quantia inexpressiva em um país em que os remédios e a alimentação são particularmente caros. Para se ter uma ideia do que representam esses diminutos ganhos no dia a dia dos chilenos, basta observar que, desde fevereiro, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) calcula que o preço da cesta básica alimentar está em torno de 67.235 pesos (388 reais). A “canasta” está composta pelos seguintes produtos e quantidades: leite, 10 litros – $ 7.876; pão, 10 unidades de 500 gramas – $ 8.167; arroz, 1,5 quilo – $ 1.392; ovos, 20 unidades – $ 2.993; queijo, um quilo – $ 6.137; carnes de frango e de vaca, seis quilos – $ 29.533; frutas, seis quilos – $ 5.022 e verduras, oito quilos – $ 6.115. “Isso sem contar as contas luz, gás e os altos custos de medicamentos e moradia”, acrescenta Villanueva.

Miséria, abandono e solidão 

Apesar de ser lógico traçar um paralelo entre esse índice e a condição de miséria imposta por um sistema de Previdência que, na prática, nega o direito à aposentadoria digna a uma enorme parcela da população, Ana Paula Vieira alerta: “o suicídio é um fenômeno multicausal. Na terceira idade, ele tem a ver com abandono, com solidão e, obviamente, com problemas financeiros. A discussão passa muito pela precariedade da saúde e por dificuldades econômicas dos idosos. Entretanto, é preciso educarmos a sociedade sobre a complexidade desse problema para conseguir enfrentá-lo ao invés de escondê-lo”

“Claro que para impor um sistema de Previdência como o do Chile, foi necessário haver manipulação midiática e campanha de marketing. Mas não foi só isso. É um sistema imposto pela força”. Esta é a avaliação de Oriana Zorrilla, histórica jornalista chilena. “Se não tivesse ocorrido a ditadura e a repressão, somadas às mentiras e ilusões vendidas à população sobre o modelo de aposentadoria, não teria sido possível aprovar um sistema assim”.

Presidenta do Conselho Metropolitano do Colégio de Jornalistas do Chile, entidade que defende a categoria no país, Zorrilla viveu concretamente a experiência da implementação das Administradoras de Fundos de Pensão (AFP), que transformaram a Seguridade Social em ativos do mercado financeiro a partir da capitalização individual da Previdência. Por ter começado a contribuir antes do novo sistema entrar em vigência, a jornalista conseguiu se aposentar pelo modelo antigo. “A única vantagem que tenho de ser velha é ter o privilégio de ter uma aposentadoria digna, já que me aposentei pelo sistema anterior, infinitamente melhor que o das AFP”, sentencia.

“Meu marido, um engenheiro eletrônico especializado em medicina nuclear, sempre teve um salário três a quatro vezes maior que o meu. No entanto, sua aposentadoria, que é paga pelo sistema das AFP, é muito menor que a minha”, diz. Segundo Zorrilla, o marido dela, como milhões de cidadãos chilenos, teve o azar de ter começado a contribuir somente no sistema imposto pela ditadura, o que foi obrigatório a partir da sua instalação.

“Por ter sido gerente e recebido um salário maior que o meu a vida toda, todos me diziam que ele era um bom partido. Agora, eu sou o bom partido, por não depender do sistema das AFP. É um contrassenso total”, ironiza.

Os jornais e as emissoras de rádio e televisão venderam muitas mentiras sobre o que seria este modelo de aposentadoria, relata Zorrilla. “Os meios de comunicação não só fizeram, lá atrás, como seguem fazendo campanha para um sistema que, na realidade, é um assalto à mão armada contra toda classe de trabalhadores: de jornalistas a engenheiros, de funcionários públicos a operários”.

Há poucos dias, o Colégio de Jornalistas promoveu o leilão da biblioteca de um consagrado jornalista de Santiago, Rodrigo Beitia, diagnosticado com Alzheimer. “A família deste profissional brilhante colocou à venda todos os livros adquiridos ao longo de sua vida para ajudar a pagar um tratamento e um lugar adequados para os cuidados de saúde necessários”, conta. “Por um lado, é um gesto bonito, pela solidariedade que ele recebeu de todos nós. Por outro, é um retrato que escancara uma realidade angustiante”.

Contabilidade nefasta 

Mario Villanueva ressalta que “enquanto bancos como o BTG Pactual (do ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes) pagam 4% de remuneração pelo dinheiro aplicado, cobram dos mesmos trabalhadores chilenos uma taxa de juros de 25% a 30%, fazendo com que tais instituições financeiras multipliquem rapidamente o seu patrimônio”. Assim, o total de fundos acumulados pelas AFPs já beira os 220 bilhões de dólares, explca, o equivalente a 75% do Produto Interno Bruto (PIB) do Chile. “Dois terços destes recursos, US$ 151,9 bilhões, estão, conforme a Fundação Sol, sob o controle de três empresas norte-americanas: Habitat, US$ 57,76 bilhões (27,4%); Provida, US$ 53,03 bilhões (25,2%) e Cuprum, US$ 41,14 (19,5%)”, esclarece Villanueva.

É para mudar esta irracionalidade que a No+AFP propôs recentemente ao parlamento um projeto que enfrente este modelo. “Estamos vivendo as consequências de um sistema instalado por uma ditadura, cujos impactos recaem sobre uma população que vai envelhecendo com aposentadorias insuficientes para sobreviver com um mínimo de dignidade. Isso se repete cada vez mais e vamos tendo muitos exemplos de idosos que se suicidam porque não podem mais viver com essas pensões e que estão sós. Porque quando se impõe o neoliberalismo, o ‘salve-se quem puder’, as famílias vão se desagregando, multiplicando-se os casos de abandono e suicídio”, aponta.

Villanueva recorda que a palavra jubilación (aposentadoria, em espanhol) vem de júbilo – alegria, empolgação, entusiasmo –, período em que as pessoas deveriam estar desfrutando. O oposto disso, enfatiza, é o caso do casal de idosos que após mais de cinco décadas juntos decidiu pôr fim às suas vidas, mencionado também por Ana Paula Vieira. “O fato é que com recursos cada vez menores, os filhos – que também não são tão novos – têm que passar a se responsabilizar pelos pais. E quando não há filhos, os pais passam a depender de vizinhos. Tudo para que uns poucos especuladores, bancos e transnacionais, lucrem de forma exorbitante”, protesta.

*Conteúdo produzido para o Coletivo de Comunicação Colaborativa ComunicaSul que está no Chile com os seguintes apoios: Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Diálogos do Sul, Federação Única dos Petroleiros (FUP), Jornal Hora do Povo, Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Sindicato dos Metroviários de São Paulo, CUT Chile e Sindicato Nacional dos Carteiros do Chile (Sinacar). A reprodução é livre, desde que citados os autores e apoios.


Fonte: https://horadopovo.org.br/chile-capitalizacao-da-previdencia-faz-idosos-morrerem-trabalhando-e-suicidio-bater-recorde/

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio a um passo de ser sancionada

Senado aprova projeto que cria política de prevenção do suicídio e da automutilação

Texto prevê que poder público deve ter número de telefone para população informar casos; estabelece também atendimento obrigatório por planos de saúde. Projeto segue para sanção.

O Senado aprovou nesta quarta-feira (3) o projeto que cria a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio.

Com a aprovação, a proposta seguirá para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Entre outros pontos, o texto prevê que o poder público deverá disponibilizar um número de telefone para a população informar casos de suicídio e de automutilação.

De acordo com a Agência Senado, também define que os planos de saúde serão obrigados a atender esse tipo de caso.

O texto prevê também:

  •     garantir acesso à atenção psicossocial por pessoas em sofrimento psíquico agudo ou crônico;
  •     informar e sensibilizar a sociedade sobre a importância e a relevância das lesões autoprovocadas como problemas de saúde pública passíveis de prevenção;
  •     promover a educação permanente de gestores e de profissionais de saúde em todos os níveis de atenção quanto ao sofrimento psíquico e às lesões autoprovocadas.
Cooperação

Apresentado pelo deputado Osmar Terra (MDB-RS), atual ministro da Cidadania, o projeto prevê que a política deverá ser implementada pela União em cooperação com estados, Distrito Federal e municípios, além da participação da sociedade civil e de instituições privadas.

Além disso, prevê o texto, hospitais, postos de saúde e escolas serão obrigados a informar às autoridades sanitárias os casos suspeitos ou confirmados de automutilação.

Se houver envolvimento de crianças e adolescentes, ressalta o projeto, o Conselho Tutelar também deverá ser avisado.

Repercussão

Após a aprovação do projeto pelo Senado, a Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou em uma rede social que, com dados, o governo poderá "entender o fenômeno" e "enfrentar essa terrível realidade que afeta tantas crianças e adolescentes do nosso país".

Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/04/03/senado-aprova-projeto-que-cria-politica-de-prevencao-ao-suicidio-e-a-automutilacao.ghtml