segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Atenção, todo cuidado é pouco – Comportamento suicida: 6 sinais

A taxa de suicídio de adolescentes com idades entre 10 e 14 anos aumentou 40% nos últimos 10 anos e 33% entre aqueles com idades entre 15 e 19 anos, segundo o Mapa da Violência 2014. Todo dia, 28 brasileiros se suicidam e, para cada morte, há entre 10 e 20 tentativas. Médicos alertam que é um problema de saúde que não recebe tanta atenção por causa do tabu social. Para ajudar a combater essa epidemia silenciosa,
GALILEU conversou com uma série de psiquiatras e psicólogos sobre o problema e elaborou uma lista de seis alertas sobre o comportamento suicida.

1 - Frases de alarme
Existe um mito de que pessoas que falam em suicídio só o fazem para chamar a atenção e não pretendem, de fato, terminar com suas vidas. “Isso não é verdade, falar sobre isso pode ser um pedido de ajuda”, afirma Mônica Kother Macedo, psicanalista especializada em suicídio e professora da PUCRS. Adriana Rizzo, engenheira agrônoma voluntária da ONG Centro de Valorização da Vida (CVV) há 16 anos, já atendeu milhares de ligações de pessoas que pensavam em suicídio. Algumas das frases mais comuns ouvidas por ela foram “não aguento mais”, “eu queria sumir” e “eu quero morrer”. Então, se você ouvir um parente ou amigo falando algo do tipo, preste atenção.

2 - Mudanças inesperadas
Todo mundo passa por mudanças na vida, faz parte do pacote. Mas algumas mudanças podem ser traumáticas quando não estamos preparados para elas. Uma pessoa fragilizada por uma depressão ou outro problema psíquico dificilmente terá condições de encarar uma mudança inesperada, como perder um emprego que considerava muito importante. “Alguém tinha um hobby e abandona tudo, era super vaidoso e fica desinteressado. A mudança de comportamento é o momento em que a gente se aproxima da pessoa para saber o que está acontecendo, porque quem sabe dividindo ela vai entender que é só uma fase”, diz Macedo.

3 - Depressão e drogas
As estatísticas alertam: para cada suicídio, há entre 10 e 20 tentativas, ou seja, quem tentou suicídio está muito mais vulnerável. “Uma tentativa de suicídio é o maior preditor de nova tentativa e de suicídio”, diz o psiquiatra Humberto Correa da Silva Filho, vice-presidente da Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio.

Segundo alerta: quase 100% das pessoas que se suicidaram enfrentavam algum problema mental – a maioria depressão. Quem está sofrendo depressão ou outro transtorno devem receber maior atenção . E, se a pessoa consome álcool ou outras drogas, atenção redobrada.  “O maior coeficiente de suicídio se dá por transtorno de humor associado ao uso de substâncias psicoativas, mais da metade dos casos de suicídio. Depressão e consumo de álcool e drogas é responsável pelo maior numero de mortes no mundo inteiro”, afirma o psiquiatra Jair Segal.

4 - Pode não ser só aborrescência
As taxas de suicídio dos jovens brasileiros aumentou mais de 30% nos últimos 10 anos, como explica nosso dossiê da edição de outubro. Mas, muitas vezes o comportamento errático atribuído como típico do adolescente pode ser um sinal de intenção de suicídio. “Existe uma falsa ideia de que a depressão atinge mais pessoas adultas. O adolescente apresenta outros sintomas, ele vai se trancar no quarto, não vai falar com ninguém, e isso vai ser entendido como fenômeno da adolescência normal, já que ele não consegue expressar seu sofrimento de uma forma clara”, explica Segal.

5 - Preto no branco
Somente 15% dos gravemente deprimidos vão se suicidar, mas a depressão severa continua sendo a maior causa do suicídio. Por isso, é preciso ficar atento quando a pessoa demonstra zero interesse na vida ou nos outros. “Para o deprimido, o mundo deixa de ser colorido, é preto e branco. Ele tem baixa autoestima, desinteresse por todos e fica muito voltado para ele mesmo”, explica o psiquiatra Aloysio Augusto d’Abreu. Quando em depressão severa, a pessoa se isola dos outros e não vê motivos para continuar viva. É um alerta de urgência.

6 - Bom demais para ser verdade
Um caso que marcou o psiquiatra d’Abreu foi o de um paciente muito deprimido que simulou uma melhora para passar o final de semana em casa e, lá, usar uma espingarda para se matar. A simulação de melhora é comum em diversos casos de suicídio, então, se uma pessoa que normalmente é deprimida parecer subitamente alegre, é importante acompanhá-la para garantir que ela não tentará o suicídio.

O que você pode fazer?
Segundo o psiquiatra da Rede Brasileira de Prevenção do Suicídio Carlos Felipe Almeida D’Oliveira, o ideal é conversar com a pessoa e não deixá-la sozinha. Ao conversar, procure não falar muito e ouvir mais, já que muitas vezes a pessoa só precisa ser ouvida. “Se possível, acompanhe-a a um profissional de saúde e peça orientação”, diz. Outra medida é retirar acesso de ferramentas potencialmente destrutivas dentro de casa – como arma, remédios e substâncias tóxicas – para evitar o uso delas em um impulso.

EM CASO DE PENSAMENTOS SUICIDAS OU SITUAÇÕES QUE POSSAM TENTAR TE LEVAR A ISSO, LIGUE: 141 gratuitamente!  Centro de Valorização da Vida ou acesse www.cvv.org.br

Fonte: http://www.avozdepetropolis.com.br/atencao-todo-cuidado-e-pouco-comportamento-suicida-6-sinais/

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Portal Uai publica duas excelentes matérias sobre prevenção do suicídio. Nota 10!!


NOTA 10!! Matérias jornalísticas excelentes sobre prevenção do suicídio

Suicídio é mencionado 16 milhões de vezes ao dia por brasileiros e brasileiras nas redes sociais

O suicídio responde por cerca da metade das mortes violentas no mundo. Se o tema não for debatido com franqueza, continuará ceifando, sobretudo, jovens e adolescentes

por Gláucia Chaves 13/12/2016

Fonte: http://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2016/12/13/noticias-saude,198026/suicidio-e-mencionado-16-milhoes-de-vezes-ao-dia-por-brasileiros-e-bra.shtml

Adolescentes e crianças estão se suicidando mais e é preciso ajudá-los
De 2002 a 2012, o número de suicídios entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos aumentou 40%. Na faixa etária de 15 a 19 anos, a incidência também cresceu em 33%. No Dia Mundial de Combate ao Suicídio, comemorado neste sábado, é preciso romper o tabu, o preconceito e falar de prevenção

por Valéria Mendes 10/09/2016

Fonte: http://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2016/09/10/noticias-saude,189698/adolescentes-e-criancas-estao-se-suicidando-mais-e-e-preciso-ajuda-los.shtml

Parabéns aos jornalista e ao Portal Uai!!

Bendito choro!

No blog da revista Veja foi postada a interessante matéria, que merece ser lida por muitos motivos!

Homens não choram? Se “não”, isso poderia levar ao suicídio

Essa é a mensagem de uma campanha australiana (sucesso na internet) que incentiva eles a expressar os próprios sentimentos

Talissa Monteiro (13 dez 2016)


A organização australiana Man Up decidiu debater o suicídio masculino, principal causa de morte entre homens de 15 a 44 anos no país, por meio de vídeos que tentaram encontrar as razões por trás de tal atitude drástica. O terceiro episódio da série, que incentivou os homens a expressarem os seus sentimentos (chorando, por exemplo), viralizou e levantou, na internet, a discussão sobre a saúde mental masculina.

No mundo, o número de homens que tiram a própria vida é o triplo das mulheres: 16.8 mortes a cada 100 mil pessoas no primeiro grupo, diante 5,2 no segundo. No Brasil, segundo o Centro de Valorização da Vida (CVV),  a porcentagem é de 78,6% para 21,9%. Para a psicóloga especialista em prevenção do suicídio Karen Scavacini, uma das razões para a diferença é a cobrança social pela masculinidade. 

Os métodos usados por homens também são mais letais: “No Brasil, o enforcamento é a principal forma de suicídio, para ambos os sexos. Mas, enquanto as mulheres costumam ter a ingestão de medicamentos como segundo método mais utilizado, os homens recorrem às armas de fogo. Eles costumam optar por caminhos mais definitivos”, afirmou a psicóloga, em entrevista a este blog.

Problemas como dificuldade financeira e estresse no trabalho são causas que levam os homens ao ato. Segundo Karen, no entanto, a origem está na pressão que eles sentem para estarem sempre no papel de provedor, somado à dificuldade de expressar os próprios sentimentos (tema do vídeo da organização australiana). “É preciso rever o papel social do homem e incentivar que ele fale o que sente”, refletiu Karen.

Veja o vídeo aqui.

Amigos e familiares podem ajudar na prevenção quando reconhecerem os sinais de depressão. Alguns deles são a fadiga exagerada, dores no estômago e na coluna, falta de concentração, abuso de álcool e drogas, disfunção sexual, além de irritação e agressividade. “Se o homem não procura ajuda, as pessoas próximas podem tomar a iniciativa. Muitas vezes, o indivíduo tem dificuldade em dar o primeiro passo”, concluiu a psicóloga.

Os países mais felizes têm as taxas mais altas

Um paradoxo acompanha os países com as melhores taxas econômicas e sociais: eles são mais felizes, mas também têm as mais altas taxas de suicídio. Na região nórdica, que aparece na frente em termos de desenvolvimento humano, o problema desponta como a segunda causa de morte entre os jovens. Assim como na Austrália, os homens são a maioria. A cada vinte que comentem suicídio, onze são do sexo masculino.

Um estudo de universidades inglesas e americanas mostrou que os estados considerados “mais felizes” nos EUA também estão na frente em termos de suicídio. Utah, por exemplo, tem o maior nível de satisfação, mas está na nona posição no ranking de suicídio. Nova York, que aparece na 45º posição em felicidade, aparece em último lugar no segundo quesito. A pesquisa não chegou a nenhuma conclusão definitiva, mas arrisca: a comparação com outros conterrâneos, que dizem estar muito felizes, poderia levar alguns a tirar suas vidas.

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/virou-viral/homens-nao-choram-se-nao-isso-poderia-levar-ao-suicidio/

sábado, 3 de dezembro de 2016

Ação eficiente da PM e Bombeiros salva vida de um jovem!

PM resgata jovem que tentou se jogar de prédio em Várzea Grande [MT]; casos aumentam

Um jovem identificado como C. E. F., 18, tentou se suicidar na madrugada desta sexta-feira (2.12), no bairro Nova Esperança, em Várzea Grande, mas foi salvo por policiais militares e o Corpo de Bombeiro. Segundo policiais do 4° Batalhão da Polícia Militar, por volta das 3h da manhã, ele ameaçava se jogar do terceiro andar de um prédio abandonado.

O local , segundo informa o VGNews, foi isolado e os policiais do Batalhão de Operações Especiais do Bope e do 4º BPM iniciaram um diálogo com o rapaz.

Em determinado momento, o major Evane, do Bope, convenceu o jovem a aceitar água e uma jaqueta. Na entrega, a equipe do Corpo de Bombeiro conteve a vítima, que foi encaminhada ao Pronto Socorro de Várzea Grande.

Outros casos em 2016

Nesta última segunda-feira (28/11), uma jovem de 25 anos foi salva da morte por equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar (PM). Ela tentava se atirar do alto da ponte Sérgio Motta.

Segundo os militares, a jovem apresentava sinais claros de transtorno e ameaçava de lá se jogar. A mãe da mulher chegou ao local e a encontrou alterada.

Setembro Amarelo

"Às vezes tem um suicida na sua frente e você não vê". Foi o que escreveu num pedaço de papel o motoboy que se atirou dias atrás do 17º andar do Fórum Trabalhista de São Paulo.

Ele levou junto o filho de 4 anos, para perplexidade da família e dos amigos. O trágico bilhete resume uma questão incômoda. Quem experimenta um sofrimento profundo, daqueles difíceis de suportar, não sabe por vezes como lidar com tanta dor. Em boa parte dos casos se recolhe, omite a opressão que vai no peito e inicia uma jornada solitária que parece sem volta. Essa situação é mais frequente do que se imagina. E por falta de informação, muitos não conseguem imaginar que haja uma saída.

A Organização Mundial da Saúde afirma que em pelo menos 90% dos casos o suicídio é prevenível, porque está associado a psicopatologias diagnosticáveis e tratáveis, principalmente a depressão. A tristeza faz parte da vida, e nos ajuda crescer emocional e espiritualmente. A tristeza persistente inspira cuidado e atenção.

Pessoas deprimidas tendem a se isolar, não interagem socialmente, parecem desmotivadas, anestesiadas, sem iniciativa. Por vezes chegam a verbalizar o quanto a vida lhes parece um fardo. Quem passa por essa experiência difícil - e principalmente parentes, amigos e pessoas próximas - devem prestar atenção aos sinais e, se for o caso, procurar ajuda. Setembro Amarelo discutiu essa prática que está causando ângustia na sociedade mundial.

A prevenção do suicídio não é apenas assunto de profissionais de saúde ou ONGs humanitárias. Todos estamos sendo chamados a fazer algo pelos que estão em situação de risco e, por vezes, nem sabem disso.

Se a vida é o bem mais precioso que existe, protegê-la é o que empresta sentido à palavra "Humanidade". Aproximadamente 32 pessoas se matam todos os dias no Brasil.

Em todo mundo esse número chega a 2.200. Onde a mobilização em favor da vida cria redes de cuidado e atenção, esses números caem drasticamente.

Valorize-se
Há opções de assistência gratuita nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) e nos serviços oferecidos por universidades ou entidades classistas ligadas a psiquiatras e psicólogos.

Mesmo quando se trata de um outro problema qualquer (angústia, ansiedade, solidão, etc) os próprios profissionais de saúde costumam recomendar (com o aval do Ministério da Saúde) que se recorra ao CVV, o Centro de Valorização da Vida, organização voluntária sem ligações políticas ou religiosas, que desde 1962 realiza de forma gratuita, um serviço de apoio emocional e prevenção do suicídio por telefone (141) ou por um chat (CVV.com.br).

Os voluntários do CVV não são terapeutas, mas oferecem algo precioso num mundo onde é anda vez mais difícil encontrar alguém que se disponha a ouvir um desabafo sem julgamentos, sem receitas prontas sobre como se sentir melhor, e guardando-se absoluto sigilo em relação ao que é conversado.

São aproximadamente 800 mil ligações por ano sem grandes apoios ou divulgação nas mídias, o que confirma a importância desse serviço.

Fonte: www.24horasnews.com.br/noticias/ver/pm-resgata-jovem-que-tentou-se-jogar-de-predio-em-vg-casos-aumentam.html

sábado, 26 de novembro de 2016

Grupo de apoio aos sobreviventes do suicídio

Sofrimento escutado sem julgamento: CVV coordena grupos de apoio para sobreviventes do suicídio

Amanda Mont'Alvão Veloso
27/10/2016

Um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, o suicídio - ou uma tentativa de suicídio - demanda bastante delicadeza e seriedade, especialmente ao nos referirmos às pessoas que tentaram e aos familiares e amigos.

A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, 32 pessoas se matam a cada dia.

O comportamento suicida é cheio de ambivalência, lembra a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), pois é um ato cheio de ambivalência, situado entre o querer morrer e o querer viver de maneira diferente.

A decisão costuma ser tomada em um contexto de grande sofrimento e desespero, a ponto de não se enxergar a saída. Ao contrário do que é dito pelo senso comum, pensamentos suicidas podem ocorrer a qualquer pessoa e falar sobre o assunto, em vez de julgar ou silenciar a pessoa, é uma maneira de prevenir o suicídio. Se houvesse prevenção, 9 entre 10 pessoas ainda estariam vivas, de acordo com a OMS.

Porém, a ideia de tirar a própria vida é mais comum em pessoas que já tentaram suicídio ou em familiares de vítimas de suicídio.

"A assistência prestada a pessoas que tentaram o suicídio é uma estratégia fundamental na prevenção do suicídio, pois essas constituem um grupo de maior risco para o suicídio. O risco de suicídio em pacientes que já tentaram o suicídio é, pelo menos, uma centena de vezes maior que o risco presente na população geral", afirma a ABP.

Além disso, persiste um mito de que o indivíduo está fora de perigo ao mostrar sinais de melhora ou sobreviver à tentativa de suicídio. "A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada", lembra a ABP.

Voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), Ana Rosa Ramos Nunes diz que essas pessoas precisam de atenção especial. Desde 1962 atuando na prevenção do suicídio, a entidade sem fins lucrativos acredita que o sentimento de culpa e o processo de luto cercado por tabus, revolta e discriminação possam influenciar a decisão.

O suicídio de uma pessoa amada dá um novo tom às vidas que ficaram: Diante dos efeitos da tragédia, é preciso sobreviver. Não à toa, as pessoas deixadas para trás são chamadas de sobreviventes, e cada dia seguinte ao suicídio é uma verdadeira superação.

Pessoas que se encontram nas situações acima podem participar das reuniões presenciais organizadas pelos Grupos de Apoio aos Sobreviventes de Suicídio do CVV, conhecidos como CVV GASS.

O funcionamento do CVV GASS é similar aos de grupos para alcoolismo, dependência química e luto.

"A essência do trabalho é que todos os participantes têm histórias afetadas pelo suicídio e, na troca de experiências e apoio mútuo entre esses ‘iguais’, buscam superar as dificuldades de ter um recomeço ou superar o drama vivido", diz a entidade.

A participação é completamente gratuita e única exigência é que a pessoa se enquadre no perfil e esteja disposta a ser ajudada. Segundo a voluntária Nunes, “ninguém vai ser cobrado por isso ou por aquilo, mas acolhido de maneira compreensiva e sem críticas ou julgamentos”.

Atualmente há 13 grupos em funcionamento, tanto em postos de atendimento do CVV quanto em outros locais, pois a ideia é que possa ser implementado por outras organizações, como casas religiosas, universidades, secretarias de saúde, hospitais e ONGs. A ideia é expandir os grupos para outras cidades.

O CVV GASS está presente no Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Novo Hamburgo), Paraná (Curitiba), São Paulo (capital e Sorocaba), Rio de Janeiro (capital), Mato Grosso (Cuiabá) e Brasília. Ainda neste ano Belém, Recife e Roraima deverão ganhar grupos.

Há 54 anos, o CVV oferece apoio emocional gratuito e voluntário, com atendimento por telefone (141), email, Skype e chat. A pessoa que liga não precisa se identificar e as conversas são sigilosas.

Confira os endereços, horários e contatos dos grupos disponíveis:

São Paulo (SP)
1º Grupo – CVV GASS ABOLIÇÂO
Reunião nas primeiras quartas-feiras de cada mês
Horário: 19h30 às 21h30
Local: Rua Abolição, 411, Bairro Bela Vista

2º Grupo – CVV GASS PINHEIROS:
Reunião nos segundos sábados de cada mês
Horário: 14h30 às 16h30
Local: Rua Cristiano Viana, 972, Bairro Pinheiros

3º Grupo – CVV GASS VILA CARRÃO:
Reunião nos quartos sábados de cada mês
Horário: 14h às 16h
Local: Rua Pinhalzinho, 389, Bairro Vila Carrão

Sorocaba (SP)
Reunião nas quartas quintas-feiras de cada mês
Horário: 19h às 21h
Local: Rua Dr. Nogueira Martins, 334, Centro

Rio de Janeiro (RJ)
Reunião nas segundas segundas-feiras de cada mês
Horário: 18h30 às 20h30
Local: CAP2.2 Tijuca, Rua Conde de Bonfim, 764, Térreo, Tijuca

Porto Alegre (RS)
Reunião nas primeiras quintas-feiras de cada mês
Horário: 15h às 17h
Local: Avenida José de Alencar, 414, Sala 205

Novo Hamburgo/RS
1º Grupo
Reunião nas primeiras terças-feiras de cada mês
Horário: 19h30 às 21h30
Local: Avenida Nicolau Becker, 762, Sala 32

2º Grupo
Reunião nas segundas terças-feiras de cada mês
Horário: 19h30 às 21h30
Local: Clinica Recomeçar (Grupo fechado para Pacientes)

Curitiba (PR)
1º Grupo
Reunião nas primeiras terças-feiras de cada mês
Horário: 19h30 às 21h30
Local: Rua Carneiro Lobo, 35, Bairro Água Verde

2º Grupo
Reunião nas terceiras quintas-feiras de cada mês
Horário: 15h às 16h30
Local: Rua Carneiro Lobo, 35, Bairro Água Verde

Cuiabá (MT)
1º Grupo
Reunião quinzenal às terças-feiras
Horário: 19h30 às 21h30
Local: Rua Comandante Costa, 296, Centro

2º Grupo
Reunião quinzenal às sextas-feiras
Horário: 19h30 às 21h30
Local: Rua Comandante Costa, 296, Centro

Brasília (DF)
Reunião nas quartas quintas-feiras de cada mês
Horário: 19h30 às 21h30
Local: Escola Parque 303/304 Norte

Fonte: www.brasilpost.com.br/2016/10/27/cvv-apoio-sobreviventes_n_12670804.html

Piauí na prevenção do suicídio: voluntários a serviço da vida

Voluntários no Piauí dedicam tempo para salvar vidas

23/11/2016 - Graciane Sousa
gracianesousa@cidadeverde.com

Voluntariado, doação, amor, estar à disposição para servir e até mesmo para salvar vidas. Esta é a missão diária de voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV), grupo que atua há mais de três décadas no Piauí na prevenção do suicídio. Ao todo, 30 pessoas trabalham no Centro. Uma vez na semana, cada voluntário tem o compromisso de dedicar quatro horas a atender ligações de quem está do outro lado da linha em busca de alguém que possa ouvir um desabafo.

"As pessoas não encontram nos amigos e na família, alguém com quem elas possam abrir seu coração sem medo de um julgamento. Por nosso anonimato, pois não precisamos saber quem está do outro lado do telefone se a pessoa não quiser se identificar, as pessoas se sentem mais à vontade. A necessidade de desabafar faz com que elas procurem uma pessoa que não conhecem para conversar ", relatou Eyder Mendes, coordenador de comunicação do CVV no Estado, na terceira reportagem da campanha Natal Cidade Verde.

O CVV foi criado no Brasil há 53 anos e está há 31 no Piauí. Por dia, os voluntários atendem a 10 ligações e não há um perfil fixo de quem busca ajuda como idade, sexo ou classe social, mas muitos sofrem com um problema em comum, a depressão. Em alguns casos, as pessoas pensam em tomar atitudes drásticas para tentar acabar com a tristeza que parece não ter fim.

Os voluntários do CVV estão sempre dispostos a ouvir problemas sem fazer julgamentos.

"Nos dez anos que participo do CVV, observo os mesmos problemas como a questão da solidão, fim de relacionamentos, a homoafetividade. A gente estimula as pessoas dentro da sua própria história de vida a buscar uma saída e quando elas achas esse caminho, nós ajudamos elas a buscarem a saída", reitera Mendes.

Uma das voluntárias relata que resolveu se dedicar ao Centro de Valorização da Vida após um problema dentro da própria família.

"Após um suicídio na minha família, com o tempo fui percebendo que as pessoas precisam tomar conhecimento e buscar ajuda. Depois disso tudo, eu imaginei de que forma poderia contribuir com as pessoas que têm o desejo de conversar", disse.

O CVV funciona em Teresina diariamente de  6h às 22h. Apenas de segunda à quarta-feira, o teleatendimento funciona 24 horas por meio do telefone (86) 3222 0000.

"Fazer o bem, faz bem pra gente e é isso que me mantém aqui. Eu sei que isso é importante para outras pessoas", finaliza outra voluntário.

Assista a reportagem.

Fonte: http://cidadeverde.com/nataldacidade/80429/voluntarios-no-piaui-dedicam-tempo-para-salvar-vidas

domingo, 23 de outubro de 2016

Instagram também se alia à prevenção do suicídio!!

Agora, se encontrar uma publicação de um amigo que considere preocupante, será possível relatar anonimamente essa imagem para o Instagram.

O Instagram seguiu os passos do Facebook e vai lançar uma ferramenta de prevenção do suicídio para os seus 500 milhões de usuários.

As fotografias publicadas no Instagram nem sempre são o retrato real do que a pessoa que as publicou está sentindo. Agora, se encontrar uma publicação de um amigo que considere preocupante, será possível relatar anonimamente essa imagem para o Instagram.

A pessoa que publicou a imagem irá receber a seguinte mensagem: “Alguém viu uma das suas publicações e pensa que você pode estar passando por um momento difícil. Se precisar de apoio, nós gostaríamos de ajudar.”

A pessoa em risco pode acessar uma lista de recursos dentro da aplicação que inclui a conexão a uma linha de ajuda, dicas e apoio. Além destas opções, a pessoa também pode enviar mensagem ou ligar para os amigos.

Em complemento às denúncias por partes dos amigos, a mensagem de apoio também será enviada caso o usuário poste uma hashtag que indique que possa querer se ferir. Instagram já bloqueou também uma lista de termos que dizem respeito à automutilação e à anorexia.

O Instagram afirma que trabalhou com especialista de saúde mental, grupos de apoios e pessoas reais para conseguir criar a sua ferramenta de prevenção de suicídio. As taxas de suicídio nos EUA atingiram o seu maior pico em 30 anos, segundo o Centro Nacional para Estatísticas de Saúde.

Fonte: www.bitmag.com.br/2016/10/instagram-anuncia-ferramenta-de-prevencao-de-suicidio/

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

O Setembro Amarelo precisa espraiar-se outubro, novembro, dezembro adentro...

Para não nos esquecermos que a prevenção do suicídio, mesmo com notícias requentadas, rende audiência!

Chamar os cães para tirar as pessoas do abismo

11 de OUTUBRO de 2016 - 10:58
Um projeto de duas alunas da UTAD, coloca os cães como ferramenta na deteção de casos de depressão profunda. A desconfiança inicial dos professores está a desaparecer.

Um projeto inovador para a prevenção do suicídio foi elaborado por Helena Pereira e Susana Carvalho, duas alunas do curso de mestrado de psicologia clínica da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro.

Sob orientação de um professor e de um investigador, estas duas alunas começaram a criar o "dog stress device", que é mais que uma coleira.

Uma ideia que nasce de várias conceitos já testados, sobre a mimetização de comportamentos humanos, por parte dos cães.

Neste caso, a coleira ajuda o cão a detetar um odor específico, emitido pelo suicida. O trabalho decorre no Laboratório de Psicologia Experimental Clínica da UTAD.

Fonte: http://www.tsf.pt/sociedade/ciencia-e-tecnologia/interior/chamar-os-caes-para-tirar-as-pessoas-do-abismo-5435414.html

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Penitenciária de Sinop adere à campanha Setembro Amarelo

Materiais informativos sobre a campanha foram distribuídos em pontos estratégicos da unidade penal

A equipe da Penitenciaria Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, em Sinop, realizou na manhã da última sexta feira (23.09), ações ligadas à campanha “Setembro Amarelo” de conscientização sobre a prevenção ao suicídio. A ação, direcionada aos servidores e à população carcerária, contou com o apoio do Conselho da Comunidade de Sinop. As atividades seguem na semana de 26 a 30 de setembro.

Materiais informativos sobre a campanha foram distribuídos em pontos estratégicos da unidade penal. Durante a semana, a equipe de saúde da unidade realizará encontros de orientação coletiva, palestras e orientações individuais, caso seja necessário. De acordo com os números oficiais, 32 pessoas se suicidam diariamente no Brasil, número de mortes superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nove em cada dez casos de suicídio poderiam ser prevenidos.

“Decidimos trazer à tona reflexões acerca do tema devido aos índices alarmantes de suicídios cometidos em todo país e, por se estes se correlacionarem com situações que são frequentemente vivenciadas no âmbito prisional, como isolamento social, depressão e sentimento de impotência. O nosso movimento serve de alerta e propõe apoio para toda a população privada de liberdade, bem como seus familiares e servidores”, informou a equipe da penitenciária.

Setembro Amarelo

A campanha Setembro Amarelo é uma ação de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. No Brasil, a campanha teve início em 2014, por iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Além da identificação de locais públicos e particulares com a cor amarela e o uso do laço amarelo como símbolo de adesão, a campanha prevê a ampla divulgação de informações sobre o tema com a intenção de quebrar o tabu entorno da depressão e suicídio.



Fonte: http://midianews.com.br/cotidiano/penitenciaria-de-sinop-adere-a-campanha-setembro-amarelo/276310


sábado, 24 de setembro de 2016

Reflexões maduras de uma operadora do Direito sobre o suicídio

Glaucia Amaral é formada em Direito e, via concurso, tornou-se procuradora  (advogada a serviço de um ente público, no caso específico, do Mato Grosso).

O que me chamou a atenção no seu texto, ora reproduzido, é o relato dela do suicídio de três de pessoas próximas. Ela é uma sobrevivente, uma enlutada ou impactada pelo suicídio. Alguém que ainda sofre em razão das perdas e que, por muito tempo, trabalhará o luto por conta destas ocorrências.

O depoimento, bem escrito, servirá de reflexão para muitos de nós, estudiosos, enlutados e interessados no tema. Que prossigamos firmes em nossas lutas em favor da vida (incluso a nossa!):)


The Leftovers

Glaucia Amaral

O suicídio é uma epidemia, relativamente silenciosa. A OMS informa que mata mais do que o HIV, e em estudo inédito nos revela que há um suicídio no mundo a cada 40 segundos. Não sou especialista na área apesar de me aventurar a escrever este artigo. Médicos psiquiatras, psicólogos, neurologistas e até nutrólogos são os profissionais mais habilitados a informar com precisão técnica o que a ciência já sabe deste flagelo dos dias atuais.

O que tenho é a experiência de ter testemunhado isso ocorrer.  Creio que, com esses índices, parando para pensar, todos conhecem casos de pessoas próximas que cometeram suicídio. E do que vivi e aprendi, é que peço licença para compartilhar. Quem sabe compartilhar a experiência de quem restou, possa ajudar. E, mesmo, compartilho, pois é preciso falar deste assunto e não escondê-lo para debaixo do tapete. Está acontecendo, muito perto de todos nós.

Da primeira vez que um suicídio aconteceu com alguém próximo, foi com um familiar. Um primo, num ato que pareceu a uma criança (que eu era) um desatino. Ciúme e até estar submetido a pressão da sociedade machista o levaram ao extremo, imediatamente após um divórcio. Tantos anos atrás, meus tios fizeram  de tudo para que os detalhes não ganhassem os jornais.

Na segunda vez, e bastante recentemente, vi minha melhor amiga de uma vida inteira ser consumida pela depressão. Família, amigos, igreja – ela era uma pessoa de muita fé – mas nada a atingia o suficiente, para fazer voltar a crer na vida. Uma irmã, das brincadeiras e aprendizados da infância, adolescência e faculdade, começa a definhar diante dos olhos e nada do que a medicina tem para oferecer sequer chega a dar esperança de mudança de rota. Fiz promessas de estar perto. Vi os olhos brilharem durante conversas reacendendo a alegria que já estivera presente. E, fundamentalmente, nunca acreditei – por ser impossível acreditar que alguém tão essencial um dia se vá – que o pior fosse acontecer. Aconteceu.

Um ano depois, vi novamente. Tudo que li e pesquisei para ajudar minha melhor amiga, foi o substrato que me ajudou a enxergar que mais alguém tão querido trilhava este caminho. O sinal de alerta acendeu ao ouvir frases desejando estar livre do que existia na própria vida. A confissão entrecortada e negada imediatamente, dizendo que morrer lhe passava pela cabeça. A mudança dos gestos, a construção de uma versão da realidade na qual a única conclusão possível seria que sua ausência era o melhor para os que amava. E o fim.

A tristeza de perder amigos amados, como naquela poesia que tanto circula, muda a gente. O título do artigo, “The Leftovers”, é de uma série de TV americana, de realismo fantástico que propõe uma realidade paralela: em um determinado dia, na mesma hora, milhões de pessoas desaparecem da face da terra. Sem explicação. Não é sequestro, não é morte, não há corpos, nada. Somem diante dos olhos. A série mostra a vida daqueles que ficaram, e suas tentativas de descobrir o que de fato ocorreu e sobreviver à tristeza. “Leftovers” é também, a forma como se referem à comida que sobrou. As sobras.

O enredo da série é um pouco do sentimento que fica, quando um ente querido se vai após perder a batalha contra um flagelo mental. Não sou capaz de compreender a perda da vontade de viver. Nos três casos que sofri, o coração partido só se recorda que eram três pessoas incapazes de fazer o mal e  alegres. Meu primo gostava de praticar esportes e dançar tango, minha melhor amiga tinha a gargalhada mais alegre de todas, e sempre presente. E minha querida amiga que faleceu ano passado, passava a vida a agregar grupos, fazer amigos tornarem-se amigos uns dos outros. Pessoas amadas pelas famílias.

Outra coisa que o mundo moderno trouxe, é o senso comum invadindo o momento de luto, com tantas opiniões nos jornais e redes sociais. Desconhecidos apontando o dedo, após a morte e falando em falta de amor, ou falta de Deus. Comentários que só posso concluir que nasçam da ignorância, de não ter o conhecimento técnico (dos médicos e psicólogos) e nem o conhecimento trazido pela vida àqueles que já tentaram auxiliar uma pessoa nessas condições. Nos três casos que presenciei, a busca - e paz - que sentiam cada um com sua fé religiosa, por si só não resolveu. Mas também não era apagado, como muitos acreditam, no conforto de seus sofás.

Uma doença física é melhor percebida pelo doente, pela família, por quem está em volta. O luto após um suicídio é uma dor com características diferentes. Resta uma grande pergunta não respondida, naqueles que ficam. E a preocupação não cessa. Anos depois, ainda me pego na lembrança dos momentos felizes, e dos momentos de dor. E pensando no que poderia ter sido feito.

O que posso dizer, para todos, pois não sabemos quem pode passar por isso, é que teria multiplicado a atenção por dez, cem, mil vezes
. É preciso estar atento e esquecer o senso comum. Ao perceber amigos doentes, meu primeiro passo foi buscar a orientação em artigos e grupos. E falei com profissionais da área pedindo orientação sobre o que fazer para auxiliar - e descobri que é sim, possível ajudar. O suicida fala em morrer, há sites de apoio e campanhas de esclarecimento sobre os elementos comuns na forma como se comportam.  A pessoa com esse perfil dá sinais.

Diante dos sinais, se você está por perto, não pense que é exagero agir. Aja. Fale. Pode ser que os familiares da pessoa doente sejam abertos a ouvir. Fale, avise o responsável (pai, mãe, marido, esposa, irmãos). Há situações em que os familiares não são abertos para ouvir. Procure mesmo assim, comunique. Comunique ao médico responsável. Ele não convive com a pessoa 24 horas, e só conta com o que ouve na consulta.
Mesmo estando presente, mesmo estando atento, saiba que a batalha é interna e só pode ser vencida pela própria pessoa. E que todos os seus esforços serão considerados insuficientes por você mesmo, caso perca alguém querido. Tente ajudar mesmo assim. Testemunhei o amor que cada uma dessas pessoas tinha por seus familiares, mesmo no auge da doença. Colocando-me a disposição, ouvi frases de preocupação com os pais, com os filhos. E testemunhei o que esta doença faz com o cérebro e a capacidade de raciocínio de pessoas amorosas: a ilusão de que sua morte é melhor para os que ficam. Um pensamento fixo que substituiu a realidade.

Depressão é uma doença grave, séria, que não dá tréguas aos que dela padecem. A quem teve um ente querido perdido, minha solidariedade, a gente descobre e redescobre o que tem valor na vida. E o valor da própria vida.  Aos que pensam que dar fim à própria vida pode ser um caminho, um apelo amoroso para que lute contra esse pensamento equivocado, procure e acredite no poder da ajuda especializada. A morte não é solução. É um vazio que nunca pode ser preenchido, pela perda da pessoa única e especial que cada um é.

Glaucia Amaral é Procuradora do Estado em Mato Grosso e presidente da Associação dos Procuradores do Estado de Mato Grosso (Apromat).

Fonte: http://www.olhardireto.com.br/artigos/exibir.asp?artigo=the-leftovers&id=8044

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Setembro Amarelo: Prevenção Contra o Suicídio – Vamos Falar Sobre Isso?

Eis aqui uma matéria simples e com conteúdo significativo, de fácil entendimento, escrita por um especialista!


Prof. Dr. Mario Louzã, médico psiquiatra, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha.

Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, que tem como intuito alertar a população sobre a realidade do suicídio e as formas de prevenção.

De acordo com a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), este trabalho surgiu para disseminar informações que podem auxiliar a sociedade a desmitificar o tabu em torno do assunto e ajudar médicos a identificar seus fatores de risco, tratar e instruir seus pacientes.

Iniciado no Brasil pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP, o Setembro Amarelo realizou as primeiras atividades em 2014, em Brasília. Em 2015, a campanha conseguiu uma maior exposição com ações em todas as regiões do País. No exterior, o IASP – Associação Internacional para Prevenção do Suicídio – também incentiva a divulgação do evento.

Segundo a ABP, todos os anos são registrados cerca de dez mil suicídios no Brasil, e mais de um milhão em todo o mundo. A ABP afirma ainda que 17% das pessoas no Brasil pensaram, em algum momento, em tirar a própria vida. Estima-se que até 2020 poderá ocorrer um aumento de 50% na ocorrência anual de suicídios em todo o mundo, ultrapassando o número de mortes decorrentes de homicídio e guerra combinados.

Mas, afinal, o que leva uma pessoa a pensar em suicídio ou a chegar a cometê-lo? Segundo a ABP, “o suicídio pode ser definido como um ato deliberado, de forma consciente e intencional, usando um meio que ele acredita ser letal”. O comportamento suicida vai num crescente que envolve desde pensamentos até planos e a tentativa de suicídio. Trata-se de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais. Sendo assim, o pensamento suicida deve ser considerado como o desfecho de uma série de variáveis que se acumulam na história do indivíduo, não podendo ser levado em conta apenas determinados acontecimentos pontuais de sua vida.

Conforme a ABP, há diversas maneiras de prever e impedir o ato suicida. Os dois principais sinais de alerta são:

Tentativa prévia de suicídio: é o fator preditivo isolado mais importante. Pacientes que tentaram suicídio previamente têm de cinco a seis vezes mais chances de tentar suicídio novamente. Estima-se que 50% daqueles que se suicidaram já haviam tentado previamente.

Doença mental: sabemos que quase todos os suicidas tinham uma doença mental, muitas vezes, não diagnosticada ou não tratada de forma adequada. Os transtornos psiquiátricos mais comuns incluem depressão; transtorno bipolar; alcoolismo e abuso/dependência de outras drogas; alguns transtornos de personalidade e esquizofrenia. Pacientes com múltiplas comorbidades psiquiátricas têm um risco aumentado, ou seja, quanto mais diagnósticos, maior o risco.

Outros fatores de risco também devem ser considerados, como o sentimento de desesperança, desamparo e desespero; doenças clínicas graves, como câncer, HIV ou doenças degenerativas; maus tratos na infância, como abuso físico e sexual; dentre outros.

Muitas pessoas com intenção suicida expressam, de modo sutil, o desejo de morrer; falam de sua falta de esperança, do sentimento de culpa e de a vida não valer mais a pena. Amigos, familiares, pessoas que tenham contato com alguém demonstrando tristeza profunda e com um discurso pessimista precisam levar em consideração o risco de suicídio. Poderão, assim, conversar e levar o indivíduo para receber ajuda especializada.

Vale lembrar que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Hospitais de Urgência e Emergência (geral e/ou psiquiátrico), os Serviços Especializados e outros são de fundamental importância para os indivíduos que estão em situação de crise. Portanto, ao menor sinal de alterações no comportamento compatíveis às características citadas acima, é imprescindível buscar ajuda médica, de preferência, o mais rápido possível.

domingo, 18 de setembro de 2016

De todos os cantos do Brasil sinais de luta pela prevenção do suicídio!!


Amazonenses lançam curta metragem sobre depressão e suicídio

Filme "Só Eu Sei" retrata sentimentos de adolescente depressiva e é baseado em história real

O filme, lançado no Youtube, foi realizado por um grupo de jovens cineastas amazonenses, trata de temas como depressão e suicídio e faz referência ao Setembro Amarelo.

Para ouvir a entrevista do cineasta manaura Andrew Lukas. Para assistir o curta.

Fonte: http://radios.ebc.com.br/mosaico/edicao/2016-09/setembro-amarelo-amazonenses-lancam-curta-metragem-sobre-depressao-e-suicidio

Para debater, pelo menos, é preciso que nos DESARMEMOS...

Uma corajosa matéria sobre um tema polêmico é publicada nos Estados Unidos. A revista Exame a publicou por aqui. A gravidade da situação por lá é que há mais suicídios provocados por arma de fogo do que homicídios... 

E no Brasil? Faltam dados consistentes, mas as armas em nosso país é também um dos principais meios de se tirar a vida. 

Está aberto o debate.

Fabricantes de armas encaram problema do suicídio nos EUA
 
Paul Barrett, da Bloomberg
 
Pode parecer improvável para alguns, mas a indústria de armas de fogo está se preparando para apoiar uma campanha de prevenção do suicídio.

Só para deixar claro, o aspecto improvável é que este setor fabrica os produtos que possibilitam quase a metade dos casos de suicídio nos EUA.

Steve Sanetti, presidente da Fundação Nacional de Tiro Esportivo (NSSF, na sigla em inglês), a associação do setor, não vê nada de surpreendente que fabricantes de armas e munição tentem reduzir essa estatística preocupante.

“Passamos anos analisando esse assunto”, disse ele em uma entrevista recente na sede da NSSF em Newtown, Connecticut (cidade onde estudantes do ensino fundamental foram massacrados em 2012).
“Suicídios com armas de fogo correspondem a dois terços do total das mortes provocadas com armas”, acrescentou Sanetti, portanto este é um foco natural para fabricantes e portadores responsáveis de armas.

Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças informam que ocorrem cerca de 11.000 homicídios e de 21.000 suicídios com arma de fogo por ano. Avaliando apenas a mortalidade, o suicídio com armas é um problema maior que o homicídio com armas.

A NSSF, disse Sanetti, teve dificuldades para encontrar um grupo especializado com que pudesse trabalhar em relação a esse assunto delicado: “O problema foi que, como grande parte da comunidade médica, as organizações de prevenção do suicídio se opõem às armas por natureza e seu mantra é: ‘Somente uma casa sem armas é uma casa segura’. Obviamente não podíamos apoiar isso”.

É inegável que a probabilidade de que um suicídio com arma ocorra em uma casa onde não há armas é menor. Mas os proprietários de armas, e as empresas que fabricam e vendem armas, acreditam que os benefícios da posse de armas sob sua perspectiva (segurança contra intrusos, esportes e a recreação, exercício dos direitos garantidos pela Segunda Emenda da Constituição dos EUA) compensam alguns riscos negativos. Para essas pessoas, a questão é como minimizar esses riscos.
No ano passado, a NSSF começou a conversar com a Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio (AFSP, na sigla em inglês), com sede em Nova York.

“Eles não deixam que a política interfira. Nós não deixamos que a política interfira” disse Sanetti. O CEO da AFSP, Robert Gebbia, disse que seu grupo abriu as portas para conversar com o setor de armas porque este é um modo de chegar às pessoas que possuem armas e que poderiam estar suscetíveis ao suicídio.

“A política tem muito peso nesse assunto -- a Segunda Emenda -- mas isso não é problema nosso”, explicou Gebbia. “Para cumprir nossa missão, precisamos trabalhar com pessoas que fazem parte desse universo”.

“Embora qualquer iniciativa de esclarecimento em relação ao suicídio tenha seu mérito, a NSSF erra o alvo no momento de admitir os fatores de risco provenientes da posse de uma arma em casa”, disse Dan Gross, presidente da Campanha Brady para Evitar a Violência com Armas, por email.

“O lobby desse setor passou anos gerando uma atmosfera de histeria e medo, criando um mundo assustador onde seu produto é a única esperança para garantir a segurança - e o resultado foi fatal. O mito em que eles baseiam seus negócios, de que de algum modo uma arma deixa você mais seguro, está custando vidas, literalmente”.

Fonte: http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/fabricantes-de-armas-encaram-problema-do-suicidio-nos-eua

sábado, 17 de setembro de 2016

Pesquisa sobre o suicídio no Japão


Um em cada quatro japoneses já considerou o suicídio, diz pesquisa

O estudo, que é considerado o mais abrangente já feito no Japão sobre suicídios, revelou dados surpreendentes.

Uma pesquisa feita pela Nippon Foundation (NF) revelou que um em cada quatro japoneses já considerou cometer suicídio, enquanto um em cada cinco teve alguém próximo, amigo ou parente, que tirou a própria vida.

Denominado “Pesquisa de Conscientização sobre Suicídio”, o estudo, que é o primeiro do seu tipo já realizado no Japão, entrevistou 40.000 pessoas nas 47 províncias existentes no país.

Em seu texto de divulgação dos dados, publicado na última quinta-feira, a Nippon Foundation explica que realizou o estudo como parte de um plano para cooperar com os órgãos no âmbito nacional e internacional, cujos estudos têm como finalidade prevenir o suicídio.

Embora o governo do país e entidades internacionais compile periodicamente índices sobre suicídios, “o estudo da Nippon Foundation torna-se mais abrangente por avaliar os efeitos e causas, bem como classificar os índices por idade, sexo e regiões”, explica o órgão no texto, acrescentando que é a primeira vez que uma pesquisa aborda o problema em sua totalidade.

A pesquisa mostra que, do total dos 40 mil inquiridos, 25,4% afirmaram já ter considerado, de fato, tirar a própria vida. As mulheres formam o maior grupo, 28,4% do total, enquanto os homens representam 22,6%.

Por idade, a maior porcentagem ficou entre as pessoas com 20 a 30 anos, enquanto aqueles com idade a partir de 65 anos representam o menor índice, o que comprova que a ideia de suicídio é mais latente entre os mais jovens.

Em termos de causa, a pesquisa mostra que problemas de saúde e no lar (familiar) são apontados como principais motivos para considerar o suicídio, representando primeiro e segundo lugares, respectivamente, enquanto preocupação financeira é a terceira causa e mais latente entre os homens.

Por gênero em termos de causa, problemas relacionados ao trabalho é o principal motivo para os homens, enquanto questões relativas a relacionamentos (conjugal ou namoro) são as principais causas entre as mulheres.

No entanto, o que mais surpreende na pesquisa é a estatística de suicídios cometidos por pessoas próximas, na qual revela que uma em cada cinco pessoas no Japão conheceu alguém que tirou a própria vida, o que inclui familiares, cônjuges, amigos, colegas de trabalho, entre outros tipos de pessoas próximas.

De acordo com o texto introdutório da pesquisa, o número de suicídios no Japão totalizou 24.025 no ano passado. A partir de 1998, o país viu o índice superar os 30.000 anualmente, apresentando descenso somente a partir de 2010, “após alertas de órgãos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), para que o Executivo japonês tomasse providências”, diz a NP.

O órgão explica que, apesar do gradativo descenso, “o Japão ainda se destaca como tendo a maior taxa de suicídio entre as sete nações industrializadas que formam o grupo G7”. A NP cita ainda o recente relatório “Banco de Dados de Mortalidade”, da OMS, no qual aponta o Japão como o único país do G7 em que o índice de suicídio é o maior entre os jovens, de 15 a 39 anos.

A NP também cita um levantamento em nível nacional realizado pelo governo japonês em 2015. De acordo com os dados, 535.000 pessoas (projetado em toda a população do Japão) tentaram ou consideram o suicídio no último ano. Desse total, as mulheres representam a maioria, somando 271.000, enquanto os homens totalizam 264.000.

A pesquisa do governo citou abusos, violência no lar, dificuldades financeiras e vícios (álcool, drogas e jogos de azar) como principais motivos.

Embora medidas de âmbito nacional para a prevenção do suicídio estejam colaborando para a redução do índice, os dados da Nippon Foundation e da OMS mostram que ainda é preciso fazer muito mais.

O presidente da Nippon Foundation, Yohei Sasakawa, espera que o levantamento ajude a detectar “causas e efeitos do problema”, para assim “contribuir com mais eficácia na tomada de medidas para a prevenção do suicídio em todas as áreas do Japão”.

“Existem muitas pessoas carregando o sentimento de morte no coração. Como um bem social, precisamos criar um sistema para lidar com o problema”, acrescentou Sasakawa.

Realizada entre os dias 2 e 9 de agosto de 2016, a pesquisa da Nippon Foundation abrangeu todo o território japonês e examinou todas as faixas etárias, inclusive crianças.

http://mundo-nipo.com/noticias-2/12/09/2016/um-em-cada-quatro-japoneses-ja-considerou-o-suicidio-diz-pesquisa/

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Enquanto setembro avança espalhando vida...

São muitas as boas novas em torno das ações do Setembro Amarelo em todo o mundo e, particularmente, no Brasil.

Uma delas é a reportagem sobre o craque espanhol Iniesta, aqui. Em resumo eis o que disse o campeão mundial:
“Quando você precisa de ajuda, precisa procurar por ela (...) São especialistas, é por isso que eles estão ali. Você precisa usá-los”.
Hoje retomei contato com um texto emblemático, do budista brasileiro Padma Dorje, cujo trecho compartilho: 
Matar a si próprio é, antes de mero assassinato, frustrar a liberdade de um alguém futuro que poderia vir a ser substancialmente diferente. É, portanto, um crime ainda maior do que simplesmente tirar a vida de outra pessoa: além de tirar uma vida é uma deliberação contra a própria capacidade de deliberação.
 Por fim, é importante divulgar, entre os jovens, o Project Semicolon. A matéria é mais que interessante!

Bom feriado a todos, com saúde e paz!!

domingo, 21 de agosto de 2016

QUANDO ENTRAR SETEMBRO... CVV EM BAURU

 Antes de entrar setembro, o CVV já está em ação! 
 
CVV abre cursos de capacitação para novos voluntários em Bauru

Às vésperas do mês de prevenção do suicídio, entidade abre oportunidades pelo País

Neste mês, o Centro de Valorização da Vida (CVV) abre cursos para seleção e capacitação de voluntários em todo o País. Em Bauru, o programa de seleção terá início no próximo dia 29, das 19h30 às 22h, no Colégio Dom Bosco Bauru (rua Carlos Gomes, 4-27, Bela Vista).

Trata-se de um treinamento gratuito e, para participar, basta ter pelo menos 18 anos, quatro horas semanais para conseguir realizar plantões e disposição em ouvir as pessoas. Os interessados de outras regiões devem verificar os endereços e datas no site http://www.cvv.org.br, ligar no 141 ou procurar o posto do CVV mais próximo.

A busca por voluntários ganha ainda mais força, uma vez que setembro é o mês mundial de prevenção do suicídio, um problema que mata 1 pessoa a cada 40 segundos em todo o mundo e, segundo a Organização Mundial da Saúde, 9 em cada 10 casos podem ser prevenidos. A iniciativa mais conhecida de prevenção do suicídio no Brasil é exatamente o CVV, entidade sem fins lucrativos com 54 anos de atuação gratuita e sigilosa, que oferece apoio emocional exclusivamente por meio de voluntários devidamente preparados.

Palavra amiga


Segundo Carlos Correia, voluntário do CVV há 23 anos, atualmente a entidade conta com cerca de 2 mil voluntários, que prestam atendimento por telefone, chat, Skype, e-mail ou pessoalmente. “A prevenção do suicídio é a ponta final de nosso trabalho, pois oferecemos apoio emocional para pessoas em diferentes situações”, explica o voluntário.

Carlos comenta que procuram a entidade pessoas que se sentem solitárias, angustiadas ou que precisam desabafar. Os voluntários precisam estar preparados e continuamente atualizados para se colocarem como um verdadeiro amigo que ouve sem julgar ou dar palpites. “Acreditamos que todos temos condições de superar nossas dificuldades e encontrar a melhor saída. O que precisamos em alguns momentos é do apoio sincero de alguém, de um ouvido que nos ouça atentamente e de forma acolhedora”, complementa o voluntário.

Serviço

O telefone do posto do CVV em Bauru é o (14) 3222-4111. E-mail: secretaria.bauru@cvv.org.br. Já o Facebook é o http://www.facebook.com/cvvbauru.

Fonte: http://www.jcnet.com.br/Bairros/2016/08/cvv-abre-cursos-de-capacitacao-para-novos-voluntarios-em-bauru.html

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Cachorros a serviço da prevenção do suicídio!!

Duas alunas da UTAD propõem método inovador para prevenção do suicídio

Duas alunas de psicologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) elaboraram um projeto inovador para ajudar a combater o suicídio, com o recurso a um cão treinado e a uma aplicação tecnológica de monitorização comportamental. As alunas, Helena Patrícia Pereira e Susana Carvalho (mestrandas de Psicologia Clínica), com o apoio do Laboratório de Psicologia Experimental Clínica da Universidade, desenvolveram o projeto designado “Dog Stress Device” (DSD), que visa prevenir tentativas de suicídio em populações com história clínica de elevada ideação suicida.

Orientado pelo investigador e docente da UTAD, Francisco Cardoso, que é também responsável pelo Laboratório de Psicologia Experimental Clínica, este projeto tem como público-alvo a população clínica que já cometeu pelo menos uma tentativa de suicídio ou que apresenta elevada ideação suicida. Segundo o investigador, “o papel do cão é de auxílio terapêutico, comportando duas valências: por um lado, colmatar níveis de solidão e de desmotivação, característica desta população clínica, e, por outro, assumir-se como mediador na monitorização do comportamento do dono”.

Assim, o cão terá consigo um dispositivo, que recebeu a designação de “Dog Stress Device”, concebido com a colaboração de Hugo Paredes, especialista em Engenharia de Sistemas e Informática da UTAD, o qual registará os comportamentos de stress do animal. Isto porque, como bem se sabe, o cão é um animal que cria elevada empatia e é capaz de mimetizar os comportamentos do dono.

Na aplicação do projeto, assinala Francisco Cardoso, “o cão é submetido a treino específico, para, nas situações críticas, identificadas através da história clínica, responder com padrões comportamentais e fisiológicos característicos, que serão monitorizados por uma equipa de psicólogos”.

Neste quadro, “o animal terá, na coleira, o dispositivo DSD, que somente poderá ser retirado pela equipa técnica, e os psicólogos terão um descodificador, permitindo que, em situações críticas a equipa possa agir de acordo com um protocolo preestabelecido”.

Acresce ainda – sustenta o investigador – que se pretende “o aproveitamento da excecionalidade das capacidades olfativas do cão, pois crê-se que as alterações bioquímicas, que podem ocorrer em situações críticas no potencial suicida, possam ser detetadas pelo cão, que deverá agir de acordo com o protocolo preestabelecido”.
 
O uso deste dispositivo no animal e não no sujeito humano é justificado, pelo psicólogo mentor do projeto, pelo facto de “o potencial suicida poder dissimular padrões comportamentais ao passo que o cão reagirá segundo os padrões de condicionamento, ou seja, o cão não mente, nem dissimula.”

Fonte: www.noticiasdevilareal.com/duas-alunas-da-utad-propoem-metodo-inovador-para-prevencao-do-suicidio/

Evento da Associação Médico-Espírita no Piauí discute a prevenção do suicídio

Seminário da AME-PI com o tema Combate e Prevenção do Suicídio

Os médicos filiados ao espiritismo tem se organizado nas AMEs (associações médico-espíritas), existentes em praticamente todos os estados brasileiros.

É louvável a atenção, que no Piauí, a associação estadual tem dado à prevenção do suicídio.

Que outras religiões e associações filosófico-científicas tomem o mesmo rumo: difundir para os seus e para o vasto público a mensagem em favor da vida.

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domingo, 31 de julho de 2016

Suicídio entre médicos em Pernambuco

Os alertas foram dados, em tempo, porém...

O fato noticiado recentemente (30 de julho de 2016, sábado, ontem):

Um médico se suicida a cada mês em Pernambuco

Bem escrita, com abordagem adequada, a matéria assinada por Juliana Almeida, Paulo Trigueiro e Renata Coutinho, da Folha de Pernambuco, traz um verdadeiro alerta à classe médica.

Trechos da matéria:

No mundo
Uma estimativa da Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio indica que, em média, 300 a 400 médicos cometem suicídio por ano em todo o Mundo. Média de uma morte por dia. Estudos internacionais apresentam ainda que os médicos têm uma frequência 2,45 vezes maior que o restante da população. Levantamentos elencam os fatores: exposição diária a situações de estresse, vivência direta com a morte e condições de trabalho precárias como alguns gatilhos para o ato. A competição e a ambição no campo profissional finalizam as características que transformam a profissão em arriscada para o suicídio.
Em Pernambuco
Pernambuco não tem estatísticas oficiais sobre mortalidade provocada por médicos contra eles próprios ao longo dos anos, mas a fotografia mundial se repete aqui, de acordo com os próprios profissionais. “Temos uma vida de elevado nível de estresse. As condições de trabalho são bem complicadas. Por vezes poderíamos até dizer que são indignas. O médico lida não só com o estresse técnico, mas também com algumas escolhas que precisa tomar numa emergência. São, sem dúvida, fatores desencadeantes para chegar à depressão e ao suicídio”, assinala a vice-presidente do Simepe, Cláudia Beatriz Câmara. 

Os alertas dados em 2013 e 2015 por médicos pernambucanos!!

Em 2013, o Dr. Tárcio Carvalho, médico-psiquiatra, publicava em seu blog a seguinte postagem (trecho): 

Burnout, depressão e suicídio nos médicos de Recife  

Pesquisa mostra que 30% dos médicos estão deprimidos. Jornada excessiva, falta de valorização e a falta de estrutura de trabalho elevam o problema

 A medicina está entre as profissões mais estressantes. As taxas de depressão, alcoolismo, uso de drogas e suicídio são mais elevadas entre os médicos do que na população em geral e entre outras profissões. [...]

Em 2015, uma matéria do Dr, Meraldo Zisman era publicada no Diário de Pernambucano (versão impressa), hoje disponível virtualmente. Eis o que disse, entre outros pontos importantes:
A formação médica envolve inúmeros fatores de risco para a doença/distúrbios mentais, tais como transição de papéis, diminuição do sono, traumas, mortes, doenças, tragédias e muitos outros acontecimentos inerentes à sua vida profissional.
Que esta nossa postagem seja também um alerta para todos os profissionais da saúde, pois todos, em maior ou menor grau, integram este grau de risco.

Que o trabalho de prevenção proposto pelas entidades de classe médica atinja plenamente seus objetivos!!

domingo, 24 de julho de 2016

Notas domingueiras dos jornais poderiam ser mais "a favor da vida"!

O título desta postagem é um tanto diferente e a razão é esta: muitos jornais, impressos ou digitais, resolvem no final de semana amenizar os temas a serem abordados. Tratam de questões existenciais, de assuntos psicológicos e de amenidades.

A matéria abaixo, digna de leitura e reprodução, é um exemplo disso e a favor da vida!


Prevenção exige ajuda
24/7/2016

O suicídio ainda é um tema tabu. A afirmação é da voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), Adriana Rizzo. Por isso, quando a ideia suicida surge na mente, é comum a pessoa se julgar e não encontrar espaço para pedir ajuda. Ela cita que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nove em cada dez suicídios podem ser prevenidos, porém, é necessário pedir ajuda.

No site do CVV há dicas e o folheto “Falando abertamente sobre suicídio” que pode ajudar a quebrar a barreira imposta ao assunto. A associação civil sem fins lucrativos faz 1 milhão de atendimento, por meio do telefone 141, por Skype, e-mail ou chat, sendo que estes três últimos são acessíveis pelo portal www.cvv.org.br.

A prevenção do suicídio pode ocorrer na percepção de seus sinais. “Como o afastamento de encontros e festividades ou automutilação. Nessas situações, se colocar à disposição para conversar, sem condenar ou dar palpites na vida da pessoa, é uma grande ajuda. Se a pessoa não quiser se abrir com você, pode-se sugerir que busque ajuda profissional, religiosa ou do CVV, pois, às vezes, ela se sente mais à vontade em conversar com um desconhecido”, comenta.

Fim do ano

Estatisticamente, o número de ocorrências de suicídio tende a aumentar no segundo semestre, pois o ambiente ao redor pode exigir uma falsa felicidade e traz à tona lembranças tristes e novas cobranças, de acordo Adriana. (ACM)

Fonte: www.comerciodojahu.com.br/noticia/1351202/prevencao-exige-ajuda 

Esta matéria foi publicada no jornal Comércio do Jahu, da cidade de mesmo nome, do interior de São Paulo. Felizmente, hoje, domingo, 24 de julho de 2016.

É uma nota breve, mas que pode orientar e salvar vidas!!

sábado, 23 de julho de 2016

Palestra sobre prevenção do suicídio na Academia Nacional de Medicina

Academia Nacional de Medicina debate mitos e tabus do suicídio
Jornal do Brasil

Em conferência apresentada na Academia Nacional de Medicina, o acadêmico e psiquiatra Antônio Nardi falou sobre suicídio, propondo à plateia formada por Acadêmicos, estudantes e profissionais da área, novas questões e abordagens para o tema. Ressaltou que o suicídio é, além de um problema mental, um problema social, pouco abordado tanto em nossa sociedade quanto no curso médico de uma forma geral.

Apresentando um histórico dos registros sobre o tema, o acadêmico retratou a tragédia de Sófocles sobre o suicídio de Ajax. Na história, Ajax, enlouquecido por não ter recebido as armas divinas após a morte de Aquiles, massacra os rebanhos em vez de atacar os inimigos. Ao perceber o que fizera, se sente desonrado e comete suicídio. Esta visão de suicídio ligado à culpa foi apresentada como uma abordagem característica da Antiguidade. A condenação do suicídio também foi abordada nos escritos de Santo Agostinho e na Bíblia, na figura de Judas Iscariotes.


De acordo com a Psiquiatria,o suicídio está invariavelmente ligado a doenças mentais, dentre as quais é possível destacar a depressão. Nesse aspecto, é possível falar sobre casos que chamam a atenção, tanto na história mundial como nos noticiários atuais, como os kamikazes e os chamados homens-bomba. O Professor Nardi chamou a atenção para o fato de que, apesar da narrativa apresentada para estes casos - de que há uma motivação política para o suicídio - estudos apontam que os indivíduos ligados a essas atividades apresentam indicadores de doenças mentais.

Em seguida, o acadêmico salientou que o suicídio é também um problema de saúde pública, tendo em vista que no Brasil a taxa de suicídios é de 31 mortes por dia, com 1 tentativa de suicídio a cada 2 minutos. No mundo, o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Com relação ao tabu existente com relação às taxas de suicídio na Escandinávia, o professor Nardi alertou que as taxas da região não são as maiores do mundo, mas é a região onde as estatísticas são melhores estudadas e, portanto, as mais confiáveis; também aproveitou para rebater o mito de que as taxas de suicídio nessa região estão relacionadas ao fato de “não possuírem problemas sociais”.

Relatou também que o subdesenvolvimento e as taxas de suicídio estão muitas vezes associados, principalmente em razão da falta de acesso a tratamentos psiquiátricos. Com relação a estatísticas, foi apresentado que, apesar das tentativas serem mais numerosas entre as mulheres (3 vezes mais), as mortes por suicídio são maiores na população masculina (4 vezes maiores). Esse fato se deve, em grande parte, ao maior acesso a armas de fogo. A respeito desse fato, foram apresentados dados do Exército Americano, que hoje já possui mais mortes por suicídio do que mortes por combate, e que por isso instituiu importante programa de prevenção ao suicídio.

Tratando dos fatores de risco, é possível ressaltar a existência de doenças mentais previamente diagnosticadas, tentativas de suicídio anteriores, situações de desemprego/aposentadoria, isolamento social, perdas recentes, doenças crônicas/incapacitantes, dentre outras. Foram apresentados, também, fatores considerados de proteção, como filhos, família, religiosidade, habilidades positivas de resolução de problemas e um apoio social positivo. Também foi constatado que adolescentes e idosos (sobretudo aqueles acometidos por graves problemas de saúde) constituem grupos vulneráveis.

O prof. Nardi alertou que, apesar do senso comum muitas vezes tratar as tentativas de suicídio como formas de “chamar atenção”, estas são de 8 a 20 vezes mais comuns do que o suicídio propriamente dito - e o risco para o indivíduo aumenta a cada tentativa.

Sobre os tratamentos disponíveis, foi apresentada linha do tempo sobre a evolução dos antidepressivos. O professor chamou atenção para o fato de que, apesar de uma melhora significativa com relação aos efeitos colaterais advindos do uso destes medicamentos, não houve ganho terapêutico considerável desde a década de 1950. Também foi abordada a eletroconvulsoterapia que, apesar do tabu existente em torno desse tipo de terapia, mostrou-se eficaz em mais de 50% dos pacientes refratários à farmacoterapia. Segundo o professor, esse tratamento é primeira escolha em depressão grave com sintomas psicóticos, casos de recusa alimentar com grave desnutrição e casos em que há risco iminente de suicídio, entre outros.

O professor destacou as campanhas de prevenção, em especial o Setembro Amarelo - movimento mundial realizado há alguns anos e estimulado por entidades médicas e pelo IASP (Associação Internacional para Prevenção do Suicídio). Com uma ideia simples como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, que visam, respectivamente, sensibilizar a população sobre os riscos do câncer de mama e das doenças masculinas, o Setembro Amarelo pretende iluminar grandes símbolos das principais cidades e incentivar ações que levem o amarelo e chamem a atenção da sociedade para a questão do suicídio como um problema de saúde pública, que deve ter a atenção de todos e pode ser evitado.

Na conclusão de sua palestra, o professor Nardi salientou que as principais ferramentas para o combate deste problema são a informação e a prevenção. Ademais, foi apresentado quadro com recomendações frente a um indivíduo que possui risco de suicídio, como considerar a ameaça seriamente, falar sobre o suicídio por meio de perguntas diretas, envolver familiares, não deixar o indivíduo sozinho, dentre outros. A respeito da responsabilidade do profissional de saúde perante esse tipo de situação, o acadêmico finalizou ressaltando a importância de identificar comportamentos de risco e fazer o encaminhamento correto deste indivíduo.

Fonte: http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2016/07/22/academia-nacional-de-medicina-debate-mitos-e-tabus-do-suicidio/?from_rss=rio

sábado, 16 de julho de 2016

Suicídio e adolescência: novas orientações

Associação de pediatras dos EUA atualiza orientações sobre prevenção do suicídio entre adolescentes

Ricki Lewis, PhD - 15 de julho de 2016

O suicídio ocupou o lugar do assassinato como segunda principal causa de morte de adolescentes entre os 15 e os 19 anos de idade nos Estados Unidos. Em resposta, a American Academy of Pediatrics (AAP) atualizou suas diretrizes para o rastreamento da ideação suicida entre os pacientes, a identificação dos fatores de risco e o atendimento de jovens em situação de risco.

O novo relatório foi redigido pelo Dr. Benjamin Shain, psiquiatra infantil da NorthShore University HealthSystem, em Illinois, e substitui o relatório da APP de 2007 sobre suicídio e tentativa de suicídio entre adolescentes. O documento atualizado, que destaca o estresse causado pelo bullying e pelo uso "patológico" da internet, foi publicado online em 27 de junho, no periódico Pediatrics.

A American Academy of Pediatrics recomenda que os pediatras incorporem em suas rotinas perguntas sobre se os pacientes pensam em automutilação e rastreiem os outros fatores de risco, e encaminhem os pacientes com tendências autodestrutivas para avaliação psiquiátrica e possível tratamento, que poderá incluir uso de antidepressivos.

Dados anteriores indicam que o número de tentativas de suicídio entre adolescentes ultrapassa o de suicídios efetivados, de 50 a 100:1. Os quatro principais métodos escolhidos são: asfixia, armas de fogo, envenenamentos e pular de lugares altos.

Os fatores de risco de tentativa de suicídio entre os adolescentes são muitos e bastante variados, tais como história de tentativa de suicídio, história de suicídio na família, uso de álcool e drogas, ser do sexo masculino, questões relacionadas com a identidade de gênero, transtornos do humor, relacionamento conturbado com os pais, problemas na escola, não estudar nem trabalhar e história de abuso sexual ou físico.

O bullying (intimidação e/ou exposição com ou sem violência), junto com o cyberbullying (intimidação e/ou exposição pela internet), são fatores de risco cada vez mais reconhecidos de suicídio na adolescência. Outro fator de risco que vem crescendo é a mimetização do comportamento ou da ideação suicida após a veiculação de notícias sobre suicídios ou tentativas de suicídio, especialmente quando relacionadas a outro adolescente.

Outros fatores que aumentam o risco de comportamento suicida são: depressão, transtorno bipolar, transtornos  relacionados com o uso de substâncias psicoativas,  alterações do sono, psicose, transtorno de estresse pós-traumático, crises de pânico, impulsividade, histórico de agressão e uso da internet superior a cinco horas por dia.

De acordo com o relatório, os adolescentes que praticam uma religião e têm bom relacionamento com seus pais, colegas e outros no ambiente escolar apresentam menor risco de ideação suicida.

Embora o número de tentativas de suicídio seja duas vezes maior entre as mulheres, a taxa de êxito letal entre os homens é três vezes maior, pois estes tendem a escolher métodos mais eficientes, como as armas de fogo. A American Academy of Pediatrics identificou que o risco de suicídio na adolescência é alto nas casas onde existem armas de fogo.

O relatório atualizado adverte que, apesar de os fatores de risco serem comuns, o suicídio não é. Por outro lado, a ausência de fatores de risco não significa que o suicídio não seja possível. No entanto,  a intenção é um sinal de alerta de alto risco, assim como a existência de um plano de suicídio, história de tentativa(s) de suicídio – usando algum método letal –, comportamento ou ideação suicida claros com desamparo e/ou agitação, e sintomas graves de transtornos do humor.

Ademais, os médicos devem compreender que os fatores de risco oferecem apenas uma orientação e que o risco de tentativas de suicídio pode ser reduzido, mas não eliminado.

O relatório termina com conselhos específicos para os pediatras:

  • Incluir questões sobre os fatores de risco de suicídio na anamnese de rotina, talvez por meio de uma escala de depressão. O relatório sugere perguntas específicas para iniciar as conversas, abordar a ideação suicida de maneira sensível e instrui sobre como acompanhar as respostas. A American Academy of Pediatrics aconselha que as entrevistas sejam realizadas sem a presença dos pais, mas que os pacientes sejam informados que seus pais serão avisados caso seja identificado algum risco de suicídio.

  • Estar familiarizado e orientar adequadamente os pacientes sobre os possíveis riscos e benefícios do uso de antidepressivos. Reconhecer que os transtornos do humor assumem diversas apresentações entre os adolescentes.

  • Trabalhar em estreita colaboração com os familiares, outros profissionais de saúde e prontos-socorros, a fim de amparar os adolescentes em risco de suicídio.

  • Fornecer informações sobre os recursos locais de prevenção do suicídio.

  • Obter formação complementar em diagnóstico e tratamento do transtorno do humor entre os adolescentes, caso necessário.

  • Identificar as residências onde existam armas de fogo, indagar sobre a forma como essas armas são guardadas e informar os pais sobre o maior risco de suicídio entre adolescentes em casas onde existem armas de fogo.

SHAIN, Benjamin. Suicide and Suicide Attempts in Adolescents. Disponível em
http://pediatrics.aappublications.org/content/early/2016/06/24/peds.2016-1420. Pediatrics. Jun. 27, 2016.

Fonte: http://portugues.medscape.com/verartigo/6500357

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Matérias excelentes sobre suicídio, depressão e, naturalmente, prevenção!

Tristeza não é depressão, depressão é não sentir nada
Jornal Observador, de Portugal

A matéria elaborada por Vera Novais e publicada em 1/5/2016 tem por subtítulo:
Não ter reação, não sentir a dor da perda, não sentir nada de nada, apenas uma culpa profunda. Estes podem ser sinais de uma depressão, especialmente se duram muito tempo.
Muita bem escrita e ilustrada. Traduzi uma das figuras disponíveis:
Vale a leitura, que naturalmente tem uma abordagem, digamos, européia!


Por que precisamos falar sobre o suicídio de jovens no Brasil
Jornal Nexo - Brasil

Enquanto em países desenvolvidos a taxa de suicídios dessa parcela da população cai, no país ela aumenta

O subtítulo acima mostra o quanto é importante esta matéria. A frase que encerra é praticamente um manifesto em favor da prevenção:

Convite à leitura feito!!