quarta-feira, 22 de junho de 2022

Desejamos que toda lei em favor da saúde mental - prevenção do suicídio e valorização da vida - pegue, produza bons efeitos, seja efetivada!

Minas Gerais dando sua contribuição legislativa. Digno de imitação!

LEI Nº 24.134, DE 7 DE JUNHO DE 2022

Dispõe sobre as ações do Estado na prevenção do suicídio e na promoção da saúde mental.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, o Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte lei:

Art. 1º - As ações do Estado na prevenção do suicídio e na promoção da saúde mental atenderão ao disposto nesta lei.

Art. 2º - As ações a que se refere o art. 1º terão os seguintes objetivos:

I - promover a saúde mental;

II - prevenir a violência autoprovocada;

III - monitorar os fatores determinantes e condicionantes da saúde mental, bem como os fatores de proteção contra o risco de suicídio;

IV - garantir às pessoas em sofrimento psíquico agudo ou crônico, especialmente àquelas com histórico de ideação suicida, automutilações e tentativa de suicídio, o acesso à atenção psicossocial;

V - garantir atendimento humanizado e assistência psicossocial aos familiares de pessoas que tenham praticado tentativa de suicídio;

VI - informar e sensibilizar a sociedade sobre o suicídio como problema de saúde pública passível de prevenção;

VII - fomentar a articulação intersetorial entre saúde, educação e segurança, entre outros, para a prevenção do suicídio;

VIII - determinar a notificação compulsória de ocorrências de lesões autoprovocadas, tentativas de suicídio e suicídios consumados e promover o desenvolvimento e o aprimoramento de métodos de coleta e análise de dados sobre tais ocorrências nos âmbitos municipal e estadual;

IX - promover a educação permanente dos profissionais de saúde em todos os níveis de atenção quanto aos transtornos mentais e às lesões autoprovocadas.

Art. 3º - Na implementação das ações a que se refere o art. 1º, serão observadas as seguintes diretrizes:

I - intersetorialidade no desenvolvimento das ações de prevenção ao suicídio, bem como no atendimento à pessoa que tenha praticado tentativa de suicídio e aos membros de sua família;

II - integração entre os órgãos estaduais com vistas ao compartilhamento de informações relacionadas à ocorrência e à prevenção do suicídio;

III - promoção de campanhas de esclarecimento sobre o suicídio, suas possíveis causas e sintomatologias, bem como as formas de prevenção;

IV - integralidade na atenção à saúde dos indivíduos que tenham praticado tentativa de suicídio;

V - acesso ao atendimento psicossocial para famílias de pessoas que tenham praticado tentativa de suicídio;

VI - incentivo à capacitação permanente dos profissionais de saúde para a prevenção do suicídio e o atendimento a pessoas que tenham praticado tentativa de suicídio e às suas famílias;

VII - acesso à informação sobre os serviços disponíveis na rede de atenção psicossocial do Sistema Único de Saúde;

VIII - incentivo ao monitoramento de grupos em situação de vulnerabilidade para o desenvolvimento de ações interdisciplinares de promoção da saúde mental.

Art. 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

Art. 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 7 de junho de 2022; 234º da Inconfidência Mineira e 201º da Independência do Brasil.

Romeu Zema Neto

quarta-feira, 15 de junho de 2022

Prefeitura inaugura Sede da Coordenadoria Municipal de Valorização e Proteção da Vida e da Família Acolhedora

As equipes da CMVPV e do Programa Família Acolhedora realizarão atendimentos no novo prédio

14 junho 2022

A Prefeitura de Eusébio, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) inaugurou nesta segunda-feira (13) a Sede da Coordenadoria Municipal de Valorização e Proteção da Vida – CMVPV e da Família Acolhedora, programas da Secretaria do Desenvolvimento Social (SDS). O novo espaço possui salas de coordenação, almoxarifado, banheiros, copa, salas de atendimentos e sala do Programa Família Acolhedora. No local serão realizados atendimentos em grupos e individuais, rodas de conversas, capacitação, atendimento on-line, palestras, workshops.

A Coordenadoria foi implantada em agosto de 2019, e é a primeira do país a ter sede própria. Antes, a Coordenadoria realizava atendimentos no CREAS, e posteriormente na Casa do Idoso do Parque Havaí e na Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS).

Samara Cordeiro, secretária de Desenvolvimento Social pontua que o novo espaço será um lugar de transformação, de acolhimento das pessoas e das famílias. Aqui teremos espaço para prevenção do suicídio e também os atendimentos do Programa Família Acolhedora, onde aquela família escolhida vai se propor a cuidar de uma criança ou adolescente que a família de origem não quis. Família é amor, carinho e acolhimento. Quero agradecer toda a equipe da Coordenadoria e as meninas do programa Renda Mínima que também estão aqui nos apoiando”, destacou.

Acilon Gonçalves, prefeito de Eusébio ressalta que Desenvolvimento Social é atender pessoas em dificuldade. “E nesse atendimento temos a pequena, média e alta complexidade. O CRAS faz a prevenção e o CREAS acolhe. E, tem os desdobramentos também. O Programa Família Acolhedora é um desdobramento do acolhimento das pessoas em alta vulnerabilidade. Nós estamos cada vez mais buscando melhorar nossos espaços físicos para que as pessoas sejam melhor acolhidas”, pontuou.

Segundo Rosa Leite, Coordenadoria da CMVPV, a sede inaugurada será um espaço para cuidar da saúde mental das pessoas também. “Todos os equipamentos da Prefeitura que sentirem a necessidade seja de um servidor ou de alguma pessoa que possa ser atendida por nós, relacionados a caso de ideação suicida, de tentativa de suicídio, podem nos encaminhar. Quando as pessoas chegam à Coordenadoria, fazemos uma triagem para sabermos se realmente aquela pessoa encaminhada tem o perfil para ser atendida pela CMVPV e quais são outros órgãos que nos darão suporte. A Coordenadoria não trabalha sozinha e sim com uma rede de apoio e para que isso funcione é preciso estarmos interligados”, disse.

Fonte: http://eusebio.ce.gov.br/prefeitura-inaugura-sede-da-coordenadoria-municipal-de-valorizacao-e-protecao-da-vida-e-da-familia-acolhedora/
   



Escolas de Pinhão iniciam debates para conscientização sobre o suicídio

9 junho 2022

Muitas crianças e adolescentes ficaram expostas ao trabalho infantil durante a pandemia. Além disso, por conta dos problemas advindos do período complicado e do isolamento social, aumentou o número de casos de alunos com ansiedade e depressão.

Levando isso em consideração, durante este ano em Pinhão, as atenções se voltam em prol da saúde mental. Com o intuito de promover a disseminação e discussão do tema, o projeto ligado ao “Valorização da Vida: Educar para Conscientizar”, ligado ao “Setembro Amarelo”, já está sendo colocado em prática no município.

O objetivo é a ampliação do debate sobre o tema, despertando o interesse pelo assunto nas escolas, nos alunos, nos gestores, funcionários e professores. Conforme especialistas do projeto, toda a equipe escolar pode e deve auxiliar de alguma forma nessa batalha interna, que eles mesmos podem estar passando, sem que ninguém perceba.

Outro ponto defendido pela iniciativa, é que ações de combate a depressão e prevenção do suicídio, quando implementadas na escola mostram um entendimento mais amplo de como perceber os sentimentos dos alunos. É mais do que necessário adotar métodos para que seja possível realizar abordagens com toda a comunidade escolar, e que essas ações não sejam percebidas como julgamento.
Pensando dessa forma, a rede pública de Pinhão, busca orientar os alunos e profissionais da educação dentro do ambiente escolar. A intenção é que o tema seja tratado não como um tabu, mas que tenha a visibilidade que merece. Para isso, o CRAS Volante, uma iniciativa caracterizada pelo deslocamento de profissionais até lugares distantes, a fim de levar um serviço e conhecimento, busca prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidade e riscos sociais nos territórios, atuando como mediador da execução deste projeto.

Discussão pela conscientização

Inicialmente, o projeto será trabalho nas escolas do interior, com alunos do 6º e 3º ano do ensino médio. Coordenadas pelos profissionais de psicologia, Ricardo Correa de Almeida e Sandra Freitas, a iniciativa vai contar com diversas atividades. A principal são palestras, um dos meios de atuação direta da campanha Setembro Amarelo, que quer enfrentar o problema de frente. E nesse caso, é imprescindível falar sobre o assunto abertamente, por meio de rodas de conversa, que incentivam o diálogo, contribuindo para que os alunos deem sua opinião sobre o tema, compartilhem ideias e tirem dúvidas.

Outro fator construtivo da promoção dessa discussão é o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, como: autoconhecimento, empatia e resiliência, características que permitam que as crianças e adolescentes saibam lidar melhor com suas emoções e com quem os cerca.

Os conteúdos abordados incentivam a reflexão sobre as vulnerabilidades. Isso gera um foco maior quanto a valorização da vida, criando um ambiente escolar melhor, mais unido, acolhedor e que saiba respeitar as diversidades.

Através do CRAS e do CRAS Volante, a secretaria de Assistência Social vem realizando, desde o mês de abril, ações nas escolas e colégios do interior do município. As atividades contam com palestras da Campanha de Valorização a Vida e de Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (AEPETI).

Fonte: www.jcorreiodopovo.com.br/ultimas-noticias/escolas-de-pinhao-
iniciam-debates-para-conscientizacao-sobre-o-suicidio/

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terça-feira, 14 de junho de 2022

Ministério da Saúde lança iniciativas para saúde mental pelo SUS

Projeto-piloto vai começar pelo Distrito Federal

Marcelo Camargo/Agência Brasil - Edição: Maria Claudia (13 junho 2022)

O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (13) iniciativas voltadas para o cuidado da saúde mental dos brasileiros pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre elas, estão a Linha Vida (196), teleconsultas para o enfrentamento dos impactos causados pela pandemia da covid-19 e as Linhas de Cuidado para organizar o atendimento de pacientes com ansiedade e depressão. Ao todo, serão destinados mais de R$ 45 milhões às ações.

A Linha Vida, que atenderá pelo número 196, acolherá pessoas e fará o direcionamento, buscando a prevenção do suicídio e da automutilação. O projeto-piloto começará pelo Distrito Federal, por um sistema de atendimento multicanal. O serviço vai funcionar 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Já o Projeto Teleconsulta (telepsiquiatria e teleterapia) irá apoiar as pessoas que estão lidando com os impactos na saúde mental causados pela pandemia da covid-19. Feito em parceria com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), o objetivo é ampliar a assistência de pessoas com transtorno mental leve, por meio de recursos de telemedicina. Serão disponibilizados, mensalmente, de forma online, 12 mil teleconsultas de psicólogos e 6 mil teleconsultas de psiquiatras. Os serviços serão agendados pelas equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Os atendimentos serão realizados por meio de plataforma virtual que disponibilizará o prontuário eletrônico para o registro dos atendimentos e um programa para a análise dos dados produzidos. O ambiente será integrado a uma central de agendamento para marcação das consultas e haverá um chat para autogestão do cuidado e para acompanhamento digital da saúde mental do usuário. As equipes receberão treinamento e login de acesso ao portal, de acordo com os critérios definidos pelas Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde.

Pós-pandemia

A pasta lançou também a Estratégia Nacional de Fortalecimento dos Cuidados à Ansiedade e Depressão (Transtornos do Humor) pós-pandemia. Ela funcionará a partir do repasse de recurso federal às Equipes Multiprofissionais de Atenção Especializada em Saúde Mental para assistência às crianças e adolescentes com transtorno de ansiedade e depressão. As equipes poderão estar vinculadas aos ambulatórios, policlínicas, ou unidades hospitalares pré-existentes, assim como em unidades ambulatoriais novas.

Em outra iniciativa estão as linhas de cuidado à pessoa com depressão e à pessoa com ansiedade. Segundo o ministério, a ideia é orientar os serviços de saúde para centrar o cuidado no paciente e em suas necessidades, demonstrar fluxos assistenciais com planejamentos terapêuticos seguros e estabelecer o “percurso assistencial” ideal das pessoas nos diferentes níveis de atenção do SUS.

Crianças e adolescentes

Os impactos da pandemia relacionados à saúde mental de crianças e jovens também estão sendo monitorados. De acordo com Ministério da Saúde, uma revisão recente de 29 pesquisas concluiu que os sintomas de ansiedade e depressão entre crianças e adolescentes dobraram após o início da pandemia.

Antes da crise sanitária, os levantamentos sugeriam que sintomas depressivos eram comuns a 12,9% desse grupo. Já durante a crise do coronavírus, essa taxa cresceu para 25,2%. Os sinais ansiosos, por sua vez, aumentaram de 11,6% para 20,5%, e o índice mantém tendências de alta.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-06/ministerio-da-saude-lanca-iniciativas-para-saude-mental-pelo-sus
 

domingo, 12 de junho de 2022

Pandemia, medo, depressão e ansiedade

Marcos Cipriano (10 junho 2022)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem alertado a todos os países para intensificar os serviços de saúde e apoio em saúde mental. A pandemia de Covid-19 desencadeou uma onda global de ansiedade e depressão. Estudos divulgados registram aumento em 25% dos indicadores tanto de ansiedade quanto de depressão.

E enquanto a sensação de que a pandemia continua ativa, a situação tende a piorar. As preocupações com possíveis aumentos casos de instabilidade mental já levaram 90% dos países pesquisados pela OMS a incluir saúde mental e apoio psicossocial em seus planos de resposta à COVID-19, mas ainda hoje, passados dois anos da pandemia, permanecem grandes lacunas e desafios.

O alerta da OMS é para que todos os países prestem mais atenção à saúde mental e façam um trabalho melhor no apoio de suas populações. E olha que a saúde mental é apenas a ponta do iceberg. Há ainda uma multiplicidade de fatores, como o estresse a que as pessoas de todo o mundo estão submetidas. Por exemplo, o isolamento social decorrente da pandemia provocou um estresse coletivo sem precedentes na história.

As restrições à capacidade das pessoas de trabalhar, a perda de entes queridos, solidão, medo de se infectar e o empobrecimento das populações, tudo isso gerou um quadro de depressão e ansiedade coletivas. Entre os profissionais de saúde, a exaustão despertou até mesmo o pensamento suicida.

E os males da alma afetaram principalmente jovens e mulheres. Estudo recente da Global Burden of Disease mostrou que a pandemia afetou a saúde mental de jovens, que correm um risco desproporcional de comportamentos suicidas e automutilação. Também indicou que as mulheres foram mais severamente impactadas do que os homens e que pessoas com condições de saúde física pré-existentes, como asma, câncer e doenças cardíacas, eram mais propensas a desenvolver sintomas de transtornos mentais.

De acordo com o estudo, pessoas com transtornos mentais pré-existentes não parecem ser desproporcionalmente vulneráveis à infecção por COVID-19. No entanto, quando são infectadas, elas são mais propensas a sofrer hospitalização, doença grave e morte em comparação com pessoas sem transtornos mentais. Pessoas com transtornos mentais mais graves, como psicoses, e jovens com transtornos mentais, estão particularmente em risco.

Para piorar, o aumento na prevalência de problemas de saúde mental coincidiu com graves interrupções nos serviços, deixando enormes lacunas no atendimento daqueles que mais precisam. Durante grande parte da pandemia, os serviços para condições mentais, neurológicas e de uso de substâncias foram os mais interrompidos entre todos os serviços essenciais de saúde relatados pelos Estados Membros da OMS. Muitos países também registraram grandes interrupções nos serviços de saúde mental que salvam vidas, inclusive na prevenção do suicídio.

Hoje a situação melhorou um pouco, mas muitas pessoas continuam incapazes de obter os cuidados e o apoio de que precisam para condições de saúde mental pré-existentes e recém-desenvolvidas.

Sem conseguir o atendimento presencial, muitas pessoas buscaram suporte online, sinalizando a necessidade urgente de disponibilizar ferramentas digitais confiáveis e eficazes e de fácil acesso. No entanto, desenvolver e implantar intervenções digitais continua sendo um grande desafio em países e ambientes com recursos limitados.

A boa notícia é que a OMS tem trabalhado com parceiros, incluindo outras agências das Nações Unidas, organizações não-governamentais internacionais e as Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, para liderar uma resposta interagências de saúde mental e psicossocial à COVID-19. Ao longo da pandemia, a também trabalhou para promover a integração da saúde mental e do apoio psicossocial em todos os aspectos da resposta global.

Os Estados Membros da OMS reconheceram o impacto da COVID-19 na saúde mental e estão adotando medidas. A mais recente pesquisa de pulso da OMS sobre a continuidade dos serviços essenciais de saúde indicou que 90% dos países estão trabalhando para fornecer saúde mental e apoio psicossocial aos pacientes e socorristas que trabalham com COVID-19.

Além disso, na Assembleia Mundial da Saúde do ano passado, os países enfatizaram a necessidade de desenvolver e fortalecer serviços de saúde mental e apoio psicossocial como parte do fortalecimento da preparação, resposta e resiliência à COVID-19 e futuras emergências de saúde pública.

Embora a pandemia tenha gerado interesse e preocupação pela saúde mental, também revelou um subinvestimento histórico nos serviços. Os países devem agir com urgência para garantir que o apoio à saúde mental esteja disponível para todos.

Marcos Cipriano é jornalista e advogado 

Fonte: https://diariodegoias.com.br/opiniao/pandemia-medo-depressao-e-ansiedade/


sábado, 11 de junho de 2022

Seminário reúne especialistas para discutir ações pela saúde mental dos jovens

Atividade coordenada pela deputada Liziane Bayer ocorreu nesta segunda-feira (30), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul

O grupo de trabalho sobre problemas psicológicos dos jovens brasileiros da Câmara dos Deputados realizou, nesta segunda-feira (30), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o seminário Promover para Prevenir – Saúde Mental dos Jovens do Brasil. o grupo é coordenado pela deputada federal Liziane Bayer (Republicanos-RS).

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

No Brasil, essa população teve um agravamento nos problemas psicológicos, sobretudo durante a pandemia. Mudar essa realidade e tornar mais efetivas as políticas públicas é o objetivo de um grupo de trabalho da Câmara dos Deputados, que realizou um dia inteiro de atividades nesta segunda-feira (30/05), em Porto Alegre. Especialistas participaram de palestras e oficinas temáticas no seminário “Promover para Prevenir – Saúde mental dos jovens no Brasil”.

 

O objetivo do grupo é fazer uma síntese das legislações vigentes, das proposições em andamento na Câmara, identificar ações de sucesso e propor novas iniciativas do poder público para beneficiar os jovens. “Precisamos criar uma rede de apoio que auxilie, ofereça tratamentos e perspectivas para tirar essas pessoas dessa zona de vulnerabilidade”, afirma a deputada federal Liziane Bayer, que coordena o grupo.

Temos de ver, discutir, falar, agir, diagnosticar o problema e ter ações para aplicar nos municípios”, enfatizou a parlamentar, que liderou os trabalhos do dia com a deputada estadual Franciane Bayer, presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Suicídio.

Dando início às atividades, o coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, Rafael Bernardon Ribeiro, trouxe um panorama dos problemas psicológicos enfrentados pelos jovens. “Temos enfrentado índices crescentes de suicídios no Brasil nos últimos anos. E se observarmos as curvas, o grupo que mais teve aumento foi o dos adolescentes”, alertou.

Na sequência, os participantes se dividiram em oficinas temáticas ao longo da manhã e, à tarde, os resultados das discussões foram apresentados em conjunto. Foram abordadas as “políticas públicas de promoção à saúde mental dos jovens nos municípios”, com a facilitadora Claudia Weyne Cruz, do Comitê de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio da Secretaria Estadual da Saúde; “rede de proteção na atuação da saúde mental de jovens”, com Regina Paz, conselheira tutelar em Esteio; e “experiências exitosas nos municípios em relação à saúde mental de jovens”, com a educadora sanitarista Juçara Vendruscolo.

Fechando os trabalhos, Rosangela Machado Moreira, da área técnica da saúde de adolescentes da Secretaria Estadual da Saúde, palestrou sobre o tema “promover para prevenir: não ignore os sinais”. A profissional ressaltou os três tipos de violência: autoprovocada, interpessoal e coletiva, além dos fatores de risco e os sinais de alerta.

Precisamos sempre levar a sério o que escutamos, não ficar julgando e acolher com seriedade. São necessárias ações governamentais, da sociedade civil e dentro da escola, que sejam amplas e que deem conta desse cuidado. Também é muito importante que nossos jovens participem da construção de políticas públicas”, afirmou Rosangela. As sugestões e experiências colhidas no Rio Grande do Sul serão incorporadas ao relatório final do grupo, que está sendo elaborado pela deputada federal Jacqueline Cassol. “Uma pessoa que é resgatada e acolhida já faz esse trabalho valer a pena. Será por uma vida hoje e outra amanhã, mas é para que sigamos firmes nesse propósito”, disse Liziane Bayer. 

Fonte:ahttps://republicanos10.org.br/republicanos-na-camara/seminario-reune-especialistas-para-discutir-acoes-pela-saude-mental-dos-jovens/

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Alepa discute, em plenário, ações de prevenção ao suicídio

O debate é resultado dos casos recentes acontecidos no Pará

A Alepa debateu sobre o suicídio. (Foto: Ozéas Santos / AID Alepa)

O registro de três casos de suicídio em Belém e outros três casos na cidade de Redenção, na região Sudeste do Pará, durante o mês de maio, comoveu a sociedade e os deputados estaduais. O assunto foi alvo de pronunciamentos entre os parlamentares no Plenário Newton Miranda, nessa terça-feira (24).

O presidente da Comissão de Saúde, deputado e médico Jaques Neves (PSC) chamou a atenção dos veículos de comunicação do Estado para seguir as orientações do Manual de Divulgação de Suicídio, produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU). O manual orienta que os meios de comunicação de massa evitem divulgar esses fatos.

"Faço um apelo à imprensa paraense, que não fale do suicida e nem do local onde aconteceu o fato, em nome das famílias que sofrem ou que tiveram tentativas de suicídio".

Em 2000, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou o documento intitulado de "Prevenção ao suicídio: um manual para profissionais da mídia", destinado aos jornalistas e profissionais da mídia. A partir dessa data, a imprensa mudou sua maneira de relatar o assunto.

Para alguns deputados, os Centros de Atendimento Psicossocial - CAPS, que atendem pacientes com transtornos mentais, ainda não são insuficientes para atender toda a demanda existente no Estado. Os CAPS ainda não têm uma infraestrutura adequada para oferecer esse atendimento.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e do Consumidor do Poder Legislativo, deputado Carlos Bordalo (PT), relatou os trabalhos da comissão para aperfeiçoar os serviços desses Centros.

"No meio da pandemia, criamos um grupo de trabalho técnico para atender as demandas dos Caps. Temos uma proposta de lei estadual específica de saúde mental e duas emendas parlamentares, uma de minha autoria, no valor de R$ 170 mil e outra compartilhada entre os deputados, para a requalificação dos centros de apoio em Belém", disse, esclarecendo que a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) precisa de aplicar as emendas, porque são os Centros as portas de entrada para o cidadão fazer seu tratamento".

Cenário atual 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 1 milhão de pessoas morrem todos os anos no mundo vitimadas pelo suicídio, o que resulta em taxa global de 16 casos por 100 mil habitantes.

No Brasil, de acordo com números do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade por suicídios é de 4,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, ou seja, cerca de 8 mil suicídios são praticados todos os anos em nosso país, sem contar os casos de tentativa, sendo o suicídio uma das três causas mais frequentes de morte entre homens e mulheres entre 15 e 44 anos.

Prevenção

 

Ainda segundo o Ministério da Saúde, a prevenção do suicídio requer o esforço de todos: família, amigos, colegas de trabalho, membros da comunidade, educadores, líderes religiosos, profissionais de saúde, funcionários políticos e governos, bem como requer estratégias integrativas que englobem o trabalho no nível individual, de sistemas e da comunidade.

 

Ajuda

 

O Hospital Gaspar Vianna é referência no atendimento em urgências e emergências psiquiátricas no Pará. Informações pelo Telefone: (91) 4005-2500.

Existem outros órgãos que atendem casos de pessoas com sintomas de depressão e doenças psicológicas como o CAPS e Unidades Básicas de Saúde, UPA, SAMU 192, além do Centro de Valorização da Vida (CVV) - Disque 188.

Fonte: https://belem.com.br/noticia/6495/alepa-discute-em-plenario-acoes-de-prevencao-ao-suicidio