- Replicar fotos ou imagens de alguém em situação de extremo
desespero ou desalento com a vida (não apenas o suicídio em si) é algo
simplesmente abominável. Um desrespeito a pessoa que sofre, e também a
quem vier a receber essa informação.
- Segundo a Organização Mundial de Saúde, é melhor não reportar
casos de suicídio na mídia. Se isso for inevitável (como no caso do ator
americano Robins Williams, em 2014) convém evitar generosos espaços com
manchetes e imagens, não revelar o método empregado nem enaltecer s
qualidades morais do suicida.
- Pessoas fragilizadas psíquica ou emocionalmente podem registrar notícias sobre suicídios como uma sugestão.
- A informação sobre suicídio que merece destaque na mídia (segundo
a OMS) é a seguinte: em 90% dos casos, os suicídios são evitáveis por
estarem associados a patologias de ordem mental diagnosticáveis e
tratáveis. Um dos principais fatores de risco suicida é a depressão. O
PM que virou notícia por essa tragédia tinha um histórico de depressão, e
havia sido internado 4 vezes na psiquiatria do Hospital Central da
Polícia Militar. Não sabemos como foram esses atendimentos.
- Outro fator de risco é o acesso a armas. Soldados das Forças
Armadas, Policiais (civis, militares, federais) ou qualquer pessoa que
tenha porte de arma precisa ter assistência psicológica e apoio
emocional constantes.
- Ninguém se mata por uma única razão. Pode haver uma causa
preponderante, que jamais responderá sozinha pelo ato extremo de se
matar. Suicídio é um fenômeno complexo que não se explica com conclusões
precipitadas ou generalizações.
- Quem precisa de ajuda (e não tem dinheiro sobrando) pode procurar
os CAPs (Centros de Apoio Psicossociais), os serviços gratuitos
oferecidos por Faculdades de Psicologia espalhados pelo Brasil e o CVV -
Centro de Valorização da Vida - pelo número 141.
- Amigos e parentes devem acompanhar eventuais comportamentos
estranhos de reclusão social, não compartilhamento de informações,
sucessivas queixas ou declarações que remetem a uma situação limite,
falta de esperança ou de qualquer saída possível. Em se confirmando
isso, não despreze a possibilidade de haver aí algum sinal indicando
risco de suicídio.
A vida é para ser vivida.
Quando não estamos de bem com a vida, precisamos procurar ajuda.
As crises passam. Nós devemos seguir adiante.
não concordo com o texto
ResponderExcluirTens o direito de dar a sua opinião! Se quiser se contrapor às ideias do André Trigueiro, fique à vontade.
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