quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Brasília dá passo importante para disseminar, em rede, a prevenção do suicídio

Secretaria de Saúde do DF cria comitê de prevenção ao suicídio


Grupo deve acompanhar e elaborar políticas públicas de combate ao problema na capital. Portaria que prevê criação da entidade foi publicada no Diário Oficial do DF desta quarta-feira (6).


A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) criou o Comitê Permanente de Prevenção ao Suicídio. A ideia do projeto é monitorar e criar ações de combate ao autoextermínio na capital.

A medida, publicada no Diário Oficial do DF na quarta-feira (6), afirma que o comitê vai "elaborar, coordenar, acompanhar e avaliar as ações previstas no Plano Distrital de Prevenção do Suicídio 2020-2023". O documento, que também foi produzido pela pasta, prevê a implementação de políticas públicas relacionadas ao tema.

O grupo será composto por oito membros e deve ter representantes de hospitais da capital e de outros órgãos vinculados à Secretaria de Saúde, como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Segundo a portaria, o comitê deve acompanhar dados de notificações de suicídios tentados e consumados no DF e elaborar documentos técnicos, como notas e protocolos que orientem as ações de prevenção.

O grupo também vai se articular com outras secretarias do governo do DF e entidades da sociedade, como a mídia, liderança comunitárias e agentes políticos, para que ações de combate ao suicídio sejam desenvolvidas.

Segundo a publicação do DODF, os membros deverão se reunir mensalmente. O comitê deve funcionar até 2023, quando a permanência dele será reavaliada.

Em setembro do ano passado, o G1 mostrou que a incidência de suicídio no Distrito Federal é maior entre pessoas de 20 a 29 anos. Um levantamento feito pela reportagem, com dados da Secretaria de Saúde, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mostrou que, em média, a cada 100 mil moradores da capital desse grupo etário, 7,9 tiraram a própria vida, entre 2010 e 2020.

Nos últimos dez anos, 401 pessoas entre 20 e 29 anos cometeram suicídio no DF. Os dados da Secretaria de Saúde também mostram crescimento no número de ocorrências do tipo na capital desde 2016. Naquele ano, foram 161 mortes dessa natureza.

Já em 2019, 206 pessoas tiraram a própria vida, ou seja, houve aumento de 27,95%. Em 2020, a pasta contabilizou 74 vítimas entre janeiro e setembro.

O que fazer com uma pessoa em quem se identifica risco para suicídio?


Segundo especialistas, existem formas de ajudar pessoas em situações consideradas de risco, ou mesmo dúvida. O primeiro passo é conversar abertamente e, principalmente, saber ouvir. Sem julgamentos e sem preconceitos. A pessoa precisa de apoio e precisa entender que você pode ser um porto seguro para ela.

Também há mecanismos que podem salvar vidas e canais de ajuda contra o suicídio que funcionam 24 horas por dia, o ano inteiro. Procure sempre ajuda de um profissional habilitado. O Ministério da Saúde divulga os seguintes meios:

    CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde)


    UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais


    Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188 (ligação gratuita). 

As unidades de CVV realizam apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail e chat, 24 horas por dia, todos os dias. A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, é gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular. Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre a ligação gratuita.

Fonte: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2021/01/07/secretaria-de-saude-do-df-cria-comite-de-prevencao-ao-suicidio.ghtml

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