Suicídio: conhecer para prevenir
Blog destinado à coleta e disseminação de informações sobre prevenção do suicídio e valorização da vida
sábado, 1 de abril de 2023
Quando um ciclo se encerra...
Em paz e com a sensação de dever cumprido seguirei minha jornada!
quarta-feira, 18 de janeiro de 2023
Cidades do ABC paulista oferece atendimento psicológico gratuito
Amanda Lemos
Diversas questões podem colocar a saúde mental em risco, a exemplo do estresse, exclusão social, exaustão, discriminação e os vários tipos de violência. Esses transtornos, no entanto, exigem tratamento especializado, que podem envolver consultas com psicólogos ou psiquiatras. Mas, o que poucos sabem, é que na região há quem forneça atendimento gratuito, como é o caso das prefeituras e o CVV (Centro de Valorização da Vida), que realiza um trabalho especial de apoio emocional.
Em Ribeirão Pires é possível encontrar ajuda gratuita via CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), que oferece atendimento para pacientes com transtornos graves e persistentes. Segundo a administração municipal, a média de atendimentos, ao mês, é de 550 consultas. São realizados atendimentos individuais e também atividades em grupos. Quem se interessar pode procurar o CAPS, das 8h as 17h, munido de RG, CPF, comprovante de residência e cartão SUS.
Rio Grande da Serra também oferece atendimento via CAPS (psiquiatria e psicologia), com a média de 120 e 150 atendimentos/mês, respectivamente. Na cidade, a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) também possui serviço gratuito de psiquiatria. O paciente que deseja atendimento deve comparecer ao Centro de Atenção Psicossocial para realizar acolhimento com o profissional.
A Rede de Atenção Psicossocial é quem realiza os atendimentos em Mauá, nos CAPS, mas há ainda uma enfermaria de Psiquiatria no Hospital Nardini, para casos com outras demandas clínicas associadas à área de saúde mental. O município possui psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais em todos os territórios, para casos leves ou estáveis. Os CAPS contam com equipes multidisciplinares e trabalham em esquema de “porta aberta/demanda espontânea”. Os atendimentos são individuais e em grupo de acordo com o projeto terapêutico singular de cada usuário dos serviços.
A psicóloga Camila Teodoro oferece atendimento infantil e adulto, em Santo André, além do serviço de neuropsicologia. O serviço não é gratuito, mas acontece através de convênio social e de acordo com análise das questões sociais e econômicas do interessado em receber atendimento. No momento da triagem, a psicóloga analisa o caso de forma particular e avalia se é necessário algum outro tipo de ajuda. “Lembrando que especificamente no Instituto, no Centro de Santo André, trabalhamos apenas com psicólogas”, diz. Agendamentos podem ser feitos pelo telefone: (11) 91016-9191.
Quem mora em São Caetano pode procurar acompanhamento nas áreas de psiquiatria e psicologia na rede pública, que conta também com suporte de uma equipe multidisciplinar. Os serviços contam com oferta de atendimento tanto individual, quanto em grupos. A estratégia é definida a partir de um Plano Terapêutico Singular estabelecido para cada caso. Em geral, os atendimentos ocorrem preferencialmente de forma presencial, tanto nos serviços, como por meio de visitas domiciliares e, se houver necessidade, também dispõem de recursos de atendimento remoto.
Já o atendimento na rede de saúde mental em São Bernardo é realizado nas 33 Unidades Básicas de Saúde (UBS), tanto para casos leves e moderados. A média mensal de atendimento nesta área é de 17 mil, e a conduta de tratamento pode envolver atendimento individual ou em grupo, a depender de cada caso. Os CAPS também realizam acolhimento gratuito dos pacientes que buscam a unidade para demanda espontânea, com triagem das 7h às 19h.
Em Diadema, o atendimento também acontece no CAPS, que acompanha os pacientes de acordo com a demanda e encaminha com apoio da equipe multidisciplinar. A recomendação para quem busca o serviço é procurar o atendimento relatando a necessidade ou diretamente nas cinco unidades de Atenção Psicossocial (CAPSs), que possuem atendimento 24h.
Acompanhamento
Em São Bernardo, a professora aposentada Elizabeth Ferreira Cavalcante, 56, começou a passar por atendimento na cidade no ano retrasado, ainda na pandemia. Ela conta que procurou o serviço público em razão da falta de dinheiro e da necessidade de acompanhamento. “Quando começou a pandemia percebi que estava me sentindo mais triste que o comum, com umas palpitações que pensava ser crises de ansiedade. Foi quando procurei na Prefeitura um serviço que pudesse tratar disso e descobri que tinha no CAPS”, conta.
Demorou em média um mês até que Elizabeth começasse a receber atendimento gratuito na cidade. “Primeiro fui até a UBS do Alvarenga, fiz uns exames, passei pelo médico e ele me encaminhou para atendimento no CAPS para que eu tratasse essas crises. Depois que procurei passei por mais uma etapa de procedimentos até que fosse atendida, mas sigo com as ‘terapias’ até hoje, e tem me ajudado muito até mesmo em questões pessoais que vivi desses tempos pra cá”, relata.
Valorização da Vida
Para além do atendimento gratuito oferecido pelas prefeituras da região, o CVV (Centro de Valorização da Vida) também realiza um trabalho interessante na área da saúde mental, que também abrange a região. O Centro realiza apoio emocional e prevenção do suicídio com atendimento, de forma voluntária, todas as pessoas que querem conversar por telefone, chat, e-mail e voip. Para isso, basta ligar no telefone 188, buscar os postos de atendimento (clique aqui), acionar o chat (clique aqui) ou até mesmo enviar um e-mail (clique aqui).
Fonte: www.reporterdiario.com.br/noticia/3208298/abc-oferece-atendimento-psicologico-gratuito-veja-onde-buscar-ajuda/
Jundiaí finaliza cartilha do Plano Municipal de Prevenção da Automutilação e do Suicídio
24 dezembro 2022
Nesta semana, a Prefeitura lançou oficialmente a cartilha atualizada que guiará as ações do Plano Municipal de Prevenção da Automutilação e do Suicídio (PMPAS), desenvolvida para oferecer as ferramentas necessárias para o profissional de saúde lidar com o tema no cuidado em rede. O material foi desenvolvido pela Unidade de Gestão de Promoção de Saúde (UGPS), por meio da Coordenação de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas.
O documento, lançado em junho, após estudos intersetoriais sobre o tema, é focado na prevenção de casos e a realização de ações voltadas à valorização da vida e preservação da saúde mental.
“A publicação da cartilha é de extrema importância nos cuidados desta temática. O material visa subsidiar os profissionais de todas as áreas a se capacitarem e reconhecerem o fenômeno suicida e o manejo no cotidiano. Isso possibilitará ao paciente o atendimento correto na rede”, comenta a apoiadora institucional da Coordenação de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, Adriana Carvalho Pinto.
Para auxiliar no acompanhamento do Plano e monitoramento das ações desenvolvidas, foi criado um Comitê Permanente, por iniciativa da Unidade de Gestão da Casa Civil (UGCC), que contará com técnicos de Unidades de Gestão da Prefeitura, além de representantes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar Rodoviária, Polícia Militar Ambiental, Secretaria de Estado da Educação – Diretoria Regional de Jundiaí e Centro de Valorização da Vida (CVV).
“Ainda não sabemos quais são os reflexos que o período pós-pandemia irá causar nas pessoas. Jundiaí sai na frente e cria diretrizes que atuam na prevenção do suicídio e na promoção da saúde mental”, explica o Gestor da Casa Civil, Dr. Gustavo Maryssael.
“O lançamento da Cartilha soma-se a outras ações do município em consonância com o tema. O Comitê irá acompanhar o desenvolvimento das iniciativas presentes no Plano ao longo dos próximos anos”, afirma o Presidente do Comitê e Assessor de Políticas Públicas de Direitos Humanos, Paulo Fernando de Almeida.
A cartilha completa está disponível aqui.
Fonte: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2022/12/24/jundiai-finaliza-cartilha-do-plano-municipal-de-prevencao-da-automutilacao-e-do-suicidio/
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
Ações de prevenção do suicídio em países lusófonos - Macau e Cabo Verde
Serviços de Saúde anunciam a monitorização dos suicídios no terceiro trimestre de 2022 | Residentes com problemas emocionais devem recorrer à assistência e aconselhamento profissional
De acordo com a monitorização efectuada pelos Serviços de Saúde às causas de morte relacionadas com suicídio e registadas em Macau revelam que no terceiro trimestre deste ano foram cometidos 18 suicídios, 9 do sexo masculino e 9 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 24 e 91 anos, de entre os quais, 17 são residentes de Macau (94,4%) e dois (2) são não residentes (5,6%). Estes dados revelam uma diminuição de um (1) caso em comparação com o último trimestre, e um aumento de dois (2) casos em relação ao período homólogo do ano passado.
De acordo com a análise dos dados, neste trimestre, as principais e possíveis causas do suicídio são as doenças mentais, as doenças crónicas ou fisiológicas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2019 são registados a nível mundial mais de 700.000 pessoas suicídio, nomeadamente, um em cada 100 mortes é caso de suicídio. Mesmo que as causas do suicídio sejam complexas e frequentemente envolvam doenças mentais, factores psicológicos, factores socioeconómicos, factores familiares, factores de relações humanas e factores genéticos biológicos, mas vale a pena ressaltar que o suicídio pode ser evitado e é muito importante que todos os sectores da sociedade se unam na prevenção do suicídio.
Os Serviços de Saúde apelam que uma prevenção eficaz do suicídio requer a atenção de todos, ainda que todos precisem ser participar activamente em papel de defensores para prevenir o suicídio. Para ajudar a reduzir a incidência de suicídio, os residentes devem contactar, comunicar e preocupar-se mais com as pessoas que estão ao seu redor, com as suas vidas diárias e incentivar aqueles que estão com problemas emocionais a procurar activamente ajuda profissional.
Actualmente, os serviços de saúde mental são altamente acessíveis, os residentes, sem carta de transferência, podem efectuar a marcação prévia para terem acesso a esses serviços nos centros de saúde do Tap Seac, do Fai Chi Kei, da Areia Preta, da Ilha Verde, dos Jardins do Oceano, de Nossa Senhora do Carmo – Lago, da Praia do Manduco e de Seac Pai Van.
Os Serviços de Saúde continuam a apoiar associações locais sem fins lucrativos (A União Geral das Associações dos Moradores de Macau e Associação Geral das Mulheres de Macau, entre outras) a criar entidades de aconselhamento psicológico comunitário, proporcionando cuidados de aconselhamento psicológicos gratuitos aos residentes.
Os Serviços de Saúde apelam a todos aqueles que estejam emocionalmente angustiados e desesperados para ligar para a Linha Aberta “Esperança de vida da Caritas” através do n.º 28525222 de forma a obter serviços de aconselhamento emocional.
Fonte: www.gov.mo/pt/noticias/637514/
DNS realiza workshop nacional para elaboração de uma estratégia nacional de prevenção do suicídio
A Direção Nacional da Saúde, através do Programa Nacional de Saúde Mental, em parceria com a OMS organiza, de 2 a 4, na Cidade da Praia, um workshop para a elaboração de uma estratégia nacional de prevenção do suicídio.
De acordo com um comunicado de imprensa enviado à Inforpress, o evento acontece nos dias 2, 3 e 4 de Novembro e a sessão de abertura será presidida pelo secretário de Estado adjunto da Ministra da Saúde, Evandro Monteiro. Conforme a mesma fonte, o workshop surge para dar resposta a esta problemática em Cabo Verde, sendo que é a primeira causa de morte por causas externas, com um registo de cerca de 50 óbitos por ano.
O suicídio é um evento complexo que ocorre na humanidade desde a sua fundação, cujos custos humanos, sociais e económicos para indivíduos, famílias, comunidades e sociedade tornam-no num grave problema de saúde mental e de saúde pública em todo o mundo.
Tratando-se de um evento complexo é influenciado por diversos factores que interagem, desde os pessoais, sociais, psicológicos, culturais, biológicos e ambientais. No entanto, uma grande parte dos suicídios podem e são evitáveis, lê-se no documento.
O suicídio continua a ser um sério problema de saúde pública nos países de alta renda. Entretanto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 80% de todos os suicídios ocorrem nos países com rendimento médio e baixo, que respondem por uma grande parte dos suicídios globais.
“Em Cabo Verde, o suicídio é a primeira causa de morte por causas externas, com um registo de cerca de 50 óbitos por ano. Em média, são oito casos de suicídio de homens para cada mulher, de acordo com os dados estatísticos nacionais entre os anos 2015 e 2018”, apontou a fonte.
Daí o interesse do Ministério da Saúde em implementar uma estratégia de prevenção do suicídio que foi manifestada no Plano de Saúde Mental 2021-2025.
quarta-feira, 26 de outubro de 2022
Ele já derrubou as contas de dezenas de influenciadores do Instagram. O objetivo? Chamar atenção para a prevenção ao suicídio
Eduardo Cabral, publicitário e voluntário do CVV.
Inclusive, essa receita de misturar vida profissional com amigos e família, como se tudo fosse a mesma coisa – e a ideia de que, literalmente, eu era o meu trabalho –, foi o que me levou a criar certas verdades que me guiaram para um período turbulento em minha vida.
Entre reconhecimentos e grandes campanhas, me vi tentando alçar uma escalada profissional e me tornando míope aos evidentes sinais de que minha vida social, meu corpo e meu emocional me davam… Por conta disso, tive uma depressão severa e precisei lidar com minha saúde mental
Fui obrigado a tirar o pé do acelerador para entender tudo que estava prestes a desabar… Tive de parar, não por opção, mas por realmente meu corpo e minha mente terem falhado.
Enfrentei por alguns anos uma forte depressão. E a aceitação — a quebra do tabu para falar abertamente sobre tema –, assim como o tratamento, foram coisas que tive de engolir.
Aprendi muito com esse processo, comecei a valorizar outros aspectos da vida, e como poderia usar todo esse aprendizado para ajudar os outros.
Decidi que precisava devolver ao terceiro setor tudo o que havia conquistado profissionalmente
Comecei a refletir muito sobre o que eu entregava para marcas e CNPJs e o quanto eu negligenciava a saúde mental, a minha e a dos outros.
E foi a partir desta amadurecida ótica que comecei a olhar – de novo – para o terceiro setor como algo que realmente precisava integrar a minha realidade profissional e apoiar causas que fossem legítimas para mim.
Decidi usar a expertise adquirida e trabalhada no dia a dia de agência, seja com construção de marca, ativações, campanhas, ações digitais e estudo de comportamento, em prol de ONGs que carecem desta estrutura, para amplificar sua atuação, mensagem e alcance
De fato, apoiar o terceiro setor se tornou uma missão e, junto com ela, surgiram dezenas de profissionais aliados, com valores muito similares.
E, em 2019, dei o pontapé nesse projeto. Por já ter experimentado uma situação com minha saúde mental e ter pessoas da minha família que atuam como voluntários no CVV (Centro de Valorização da Vida), resolvi atendê-los no CPF e fazer coisas bacanas que dessem visibilidade, alcance e captassem doações para a organização.
Para isso, juntei-me a amigos de mercado e pessoas que se formaram comigo na faculdade e que pertencem a diferentes agências e em diferentes disciplinas — de planejadores a produtores de conteúdo, diretores de arte, jornalistas, diretora financeira, gerente de pessoas e social media. O time foi sempre diverso e potente.
O coletivo não tem um nome. Já até pensamos nisso, mas existe sempre um receio de se aproximar da imagem de um CNPJ. Quando o que somos, na verdade, é um bando de CPFs que quer fazer algo legal.
Nossa primeira ação para falar de suicídio foi derrubar a conta de mais de 80 influenciadoresUma vez acordado com a ONG, colocamos anualmente para rodar projetos dignos de grandes verbas, que viralizaram e foram parar na televisão, na mídia impressa, no rádio e em outros meios de comunicação. Escolhemos uma pauta que nunca tinha luz. O suicídio
Com ideias de alto impacto e baixo custo (jargão que toda agência sempre tenta emplacar mostrando o quão otimizada é), fizemos nosso primeiro trabalho, de forma super enxuta.
Em 2019, derrubamos os principais arrobas do Instagram para chamar atenção para a prevenção do suicídio. Mais de 80 influenciadores toparam excluir suas contas em prol de nossa proposta.
A iniciativa se tornou notícia em dezenas de portais. Com isso, impactamos mais de 100 milhões de pessoas com uma ação que teve “zero reais” de investimento.
No ano seguinte, durante a pandemia, a saúde mental se tornou uma pauta ainda mais evidente. Apesar disso, o CVV diminuiu seu alcance, porque a maioria dos voluntários pertencia ao grupo de risco da Covid-19 — e a adaptação ao atendimento remoto foi muito difícil.
Pensando nisso, criamos — de forma 100% remota, mas com um grupo maior de voluntários –, uma ação que foi muito maior que a do ano anterior.
Nossa ação de 2020 mostrou o que pode acontecer em 40 segundosLançamos, junto com o CVV, o #DESAFIODOS40SEGUNDOS, em que celebridades postavam um vídeo em suas redes sociais respondendo com “sim” ou “não” a perguntas sobre seus hábitos na quarentena.
A dinâmica, aparentemente leve, tinha duração de 40 segundos; assim que terminava, aparecia a seguinte mensagem: “Antes que você pudesse completar um desafio de internet, mais uma pessoa perdeu a vida”. Isso porque a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo.
Mais de 200 influenciadores, como Ivete Sangalo, Sabrina Sato, Evaristo Costa, Fábio Porchat e Juliana Paes, toparam postar um vídeo com o desafio, gerando mais de 100 milhões de reais em mídia espontânea sem que precisássemos investir 1 real para ajudar a divulgar essa causa
Saímos em TV, rádio, dezenas de veículos, e tivemos até uma versão americana da ação, com influenciadores que impactaram outros milhões lá fora. Toda essa ação aconteceu no dia 10 de setembro, dia internacional da prevenção do suicídio.
Vazamos um “conteúdo sensível” para gerar cliques e abrir espaço para falar sobre saúde mentalEm 2021, repetimos o barulho. Com o mindset de hackear o sistema e cada vez mais atrair voluntários e, principalmente, influenciadores e parceiros, vazamos um “conteúdo sensível”.
A ideia era, através do viés cognitivo, fazer com que as pessoas clicassem nos conteúdos que o Instagram tinha “bloqueado” e que os “famosos vazaram”.
Foram mais de 100 influenciadores de peso, além de outras centenas, que variam de camgirls a pequenos criadores de conteúdo. Eles toparam postar este “conteúdo sensível” - que, na verdade, se tratava de uma mensagem de prevenção ao suicídio do CVV.
Da Xuxa ao Lázaro Ramos, cobrimos todos com informações sobre saúde mental, puxando uma conversa delicada de forma legítima e democrática.
A ideia figurou entre as mais criativas do mundo em 2021 no ranking da Contagious, um dos maiores portais de criatividade do meio. Esse foi apenas um dos reconhecimentos que mostra a potência de todos estes voluntários que dedicam seu tempo em prol de algo maior
Para este ano, pensamos uma campanha em que Sabrina Sato, Bruna Gomes e outras influenciadoras farão um publi do lançamento de uma linha de sabonetes fictícia que prometem curar agonia, solidão e até a tristeza.
Criamos um produto comum, com uma promessa absurda para poder falar sobre a solução real: acompanhamento profissional e muita escuta ativa.
A ideia é mostrar que não existe solução milagrosa ou fácil para a saúde mental. A campanha começa a ser veiculada amanhã.
Me sinto realizado de usar meu talento em projetos que, literalmente, ajudam a salvar vidasDurante este período, também tentei ampliar a força de atuação deste coletivo para outros setores. Fizemos uma ação para a ONG Mães da Sé.
Os resultados ultrapassaram o aumento de 5000% em doações, crescimento dos canais sociais da iniciativa em mais de 70%, com participação de dezenas de influenciadores, portais e até minutos de TV aberta falando sobre a iniciativa e pedindo apoio.
Hoje, me sinto realizado de conseguir balancear trabalho duro para marcas e para o terceiro setor. Esta é a forma que encontrei de retornar para a sociedade aquilo que tenho de melhor: meu talento
Entendo que tudo isso nasceu do meu processo e valores. E eles seguem pulsando e me mantendo afiado e alinhado a pessoas tão incríveis, que toparam embarcar nessa comigo e se dedicar a projetos que podem, literalmente, salvar vidas!
Eduardo Cabral é diretor de planejamento da WMcCann, pela CommonWealth, unidade que atende globalmente a General Motors. Tem passagem por agências como Africa, Ogilvy Brasil, DM9 e SunsetDDB, dentre outras.Fonte: www.projetodraft.com/ele-ja-derrubou-as-contas-de-dezenas-de-influenciadores-do-instagram-o-objetivo-chamar-atencao-para-a-prevencao-ao-suicidio/