sexta-feira, 29 de junho de 2012

Álcool e Suicídio


Alcoolismo e suicídios
Gláucio Soares (Pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ)

Uma pesquisa de Pridemore sobre as relações entre alcoolismo e suicídio na Rússia mostra a existência de dimensões importantes que ajudam na compreensão dessas relações e na prevenção do suicídio. Foram analisadas as regiões russas, 78 no total. Como o sexo e a idade influem tanto sobre o alcoolismo, as variáveis tinham que ser controladas. E o foram.

A escolha da Rússia não é acidental. A Rússia é importante em muitos estudos. Em primeiro lugar, a Rússia é um país onde se bebe muito. Nemsov e Treml, separadamente, estimaram o consumo anual de álcool em 15 litros por pessoa, mais do dobro dos Estados Unidos. Em segundo lugar, a Rússia tem alta taxa de suicídios, cerca de 38 por 100 mil habitantes, abaixo apenas da Lituânia. Em terceiro lugar, a política da Rússia em relação ao alcoolismo oscilou muito no tempo, desde uma regulamentação estrita em toda a União Soviética, implementada por Gorbatchov, até um abandono dessas práticas, logo em seguida, por Yeltsin.

Estudiosos como Norström e Ramstedt distinguem culturas “molhadas” de culturas “secas”. Nas molhadas, o hábito de beber é frequente. Essas categorias diferenciam países com taxas mais altas de suicídio dos com taxas mais baixas.

Um conceito muito importante é o de binge drinking. Para o estudo do suicídio (e de outros comportamentos violentos), são importantes tanto o que se bebe quanto o como se bebe. Uma cultura com tradição vinícola, em que o vinho acompanha as refeições, tende a ter níveis de embriaguez mais baixos, com aumento muito menor do risco de comportamentos violentos, do que culturas em que a bebida é destilada.

As pesquisas de Belarus e Razvodovsky deixaram claro que a associação com o suicídio é menos intensa no caso de vinho e cerveja e mais intensa no caso de bebidas destiladas, como gin, vodca, rum ou cachaça. Na Rússia, a vodca responde por 75% do álcool consumido. Binge drinking, convencionalmente, se define por beber cinco ou mais doses em seguida, no caso de homens, e quatro, no caso de mulheres.

O alcoolismo atinge níveis que o caracterizam como problema de saúde pública. Notzon e equipe demonstraram que 12% da baixa na esperança de vida observada entre 1990 e 1994 se deveram ao álcool. Em alguns casos, os anos de vida perdidos são de tal magnitude que alguns definem o alcoolismo como problema de segurança pública.

Há outro fator importante nessa análise, ainda que mais difícil de medir: como a cultura (seja do país, da região, do estado, da cidade, do bairro, da etnia etc.) trata a embriaguez e os alcoólatras. Há muita variância: algumas culturas punem social e psicologicamente os que se embebedam, ao passo que outras são lenientes.

A Rússia, lembra Pridemore, não é apenas grande, é variada. Os hábitos também variam muito: as mortes por envenenamento alcoólico variam, assim como as taxas de suicídio. As taxas seguem, de maneira algo infiel, dois padrões: aumentam do sul para o norte e do oeste para o leste. Há, na Rússia, grandes diferenças nas taxas de suicídio, que variam de 7 a 93 por 100 mil habitantes entre as regiões. É usual medir as taxas de alcoolismo indiretamente, por meio das taxas de envenenamento alcoólico.

A análise mostra que o alcoolismo se relaciona tanto com o suicídio masculino quanto com o feminino. Vários autores chegaram aos mesmos resultados: consumir bebidas mais fortes, embebedando-se (querendo ou não), se associa com vários comportamentos violentos, como a violência doméstica, as brigas e agressões, os homicídios e os suicídios.

Correio Braziliense (Opinião)
Fonte: http://www.uniad.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14626:alcoolismo-e-suicidios&catid=29:dependencia-quimica-noticias&Itemid=94

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Lançamento do livro “Trocando seis por meia dúzia: suicídio como emergência do Rio de Janeiro


Pesquisa sobre suicídio vira livro e mostra tema de forma delicada

O suicídio é pecado? É covardia? É fraqueza? É loucura? Pode ser tudo isso e mais outras tantas coisas. Mas, no Brasil vem se tornando cada vez mais um problema de saúde pública e é esse viés que é abordado no livro “Trocando seis por meia dúzia – Suicídio como emergência do Rio de Janeiro”, que será lançado na terça-feira, 3 de julho.

Organizado por Carlos Eduardo Estellita-Lins, coordenador do Grupo de Pesquisa de Prevenção do Suicídio - PesqueSui, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fiocruz, o livro é resultado de três anos de pesquisa realizada nos pólos de emergência psiquiátrica do Rio de Janeiro. Ele relata o atendimento aos pacientes que atentam contra a sua própria vida nas emergências dos hospitais da cidade, enfocando também as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde, desde a recepção ao atendimento pelo psiquiatra, e a constatação da inexistência de serviços preparados para atender a esta demanda.

“Trocando seis por meia dúzia: suicídio como emergência do Rio de Janeiro” traz também dados da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde, que aponta que no Brasil, entre 1998 e 2008, o número oficial de suicídios no país pulou de 6.985 para 9.328 casos, um aumento de 33,5%, superior ao crescimento da população (17,8%), ao número de homicídios (19,5%) e o de óbitos por acidentes de transporte (26,5%), todos no mesmo período.

Um dos pontos interessantes do livro, que tem apoio da Faperj, é que ele apresenta não só depoimentos de profissionais que trabalham na saúde e dos sobreviventes do suicídio, mas também de camelôs que comercializam o “chumbinho”, agrotóxico que não possui registro na Anvisa e é vendido livremente, que é um dos venenos mais procurados por quem quer se matar.

A pesquisa transforma em leitura agradável um tema delicado sem banalizá-lo, mas mostrando que é possível repensar a estratégia de divulgação de informação em saúde mental, como um caminho para reduzir o estigma, levando a reflexão e o debate sobre as políticas de saúde mental adotadas no país.

O lançamento será no dia 3 de julho, terça-feira, a partir das 18 horas, no Espaço Multifoco, na rua Mem de Sá, 126, Lapa. Na ocasião, será feita uma homenagem a psicanalista Neuza Santos Souza. A entrada é gratuita.

Obs.: Quem quiser assistir o documentário feito pelos pesquisadores, pode acessar o vídeo “Suicídio no Brasil” -


Publicada em: 26/06/2012 :: Por: Graça Portela


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Modelo matemático aplicado ao estudo estatístico do suicídio


O Prof. Dr. Walter Sydney Dutra Folly, da  Universidade Federal de Sergipe vem desenvolvendo  pesquisas sobre modelagens matemáticas aplicadas ao estudo estatístico do suicídio.

Em 2011, ele publicou pela PLoS ONE, revista científica de acesso livre, o artigo intitulado "The Threshold Bias Model: A mathematical model for the nomothetic approach of suicide", cujo resumo em português segue abaixo. O link para artigo é este.


O Modelo da Tendência Limiar: Um modelo matemático para a abordagem nomotética do suicídio

Resumo
Análises comparativas de dados de suicídio oriundos de diferentes países são difíceis de realizar devido à diversidade de abordagens e à falta de parâmetros adequados para comparação. Neste trabalho foi testado um modelo matemático simples (o Modelo da Tendência Limiar), que pode ser utilizado em comparações e previsões de taxas de suicídio por idade. Este modelo consiste em uma distribuição com seis parâmetros que foi ajustada às taxas americanas de suicídio por idade referentes aos anos 2001 e 2002. Posteriormente, foram realizadas extrapolações lineares dos valores de parâmetro previamente obtidos destes anos de forma a estimá-los para o ano de 2003. As distribuições calculadas apresentaram razoável concordância com os dados estatísticos e o modelo também foi utilizado para estimar a idade acima da qual as taxas de suicídio tornam-se estatisticamente observáveis nos EUA, Brasil e Sri Lanka. O Modelo da Tendência Limiar apresenta considerável aplicabilidade em estudos demográficos de suicídio. Além disso, como pode ser utilizado para prever a evolução temporal das taxas de suicídio por idade, este modelo pode ser de grande interesse para suicidólogos e outros pesquisadores na área de saúde mental.

Palavras-chave:  suicídio, taxas de suicídio, abordagem nomotética, modelo matemático, distribuição

sábado, 23 de junho de 2012

Suicídio como "problema de saúde pública" e suas formas de prevenção


Causas do suicídio variam consoante as culturas
Paula Torres de Carvalho

As depressões decorrentes dos problemas causados pela crise podem ser uma explicação para o suicídio (Reuters)


Transformado num problema de saúde pública em muitos países, as causas do suicídio variam consoante as culturas e a sua prevenção passa por uma estratégia que limite o acesso às formas de o cometer: as armas nos EUA e os pesticidas na Ásia.

As notificações de mortes por suicídio aumentam em Portugal, segundo os dados oficiais mais recentes. O maior número de depressões em consequência da crise económica e social pode ser uma das explicações, segundo o secretário de Estado Adjunto e da Saúde Fernando Leal da Costa que, no passado mês de Abril, apontou o suicídio já como “um problema de saúde pública”.

Portugal junta-se assim aos países do mundo de baixos e médios rendimentos onde ocorrem 84% do total de 900 mil suicídios registados todos os anos, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os mais recentes dados da Pordata, a base de dados sobre Portugal Contemporâneo, indicam que, em 2010, se suicidaram 1098 pessoas, mais 84 do que no ano anterior. Leal da Costa defendeu, então, medidas prioritárias para combater o problema cujo aumento justificou com o abandono social e as condições mais difíceis de sobrevivência que estão a afectar a população devido à crise.

Diferenças entre países

Estudos sobre o suicídio publicados na revista médica britânica The Lancet concluem que há cada vez mais provas de que existem grandes diferenças entre países e regiões e importa compreender essas diferenças para promover políticas de prevenção. “Melhorar a prevenção do suicídio exigirá uma melhor compreensão dos motivos e das formas como as pessoas decidem acabar com a vida” em diferentes partes do mundo, consideram os autores dos artigos publicados na Lancet.

Esta conclusão resulta dos “inesperados dados” de investigações realizadas na Índia e na China que indicam que “alguns dos factores de risco de suicídio que até agora eram assumidos como universais, variam profundamente de uma cultura para outra”. Na China e na Índia os suicídios são a segunda causa de mortalidade (49%) entre os jovens adultos dos 15 e os 29 anos, quase ultrapassando as mortes relacionadas com a gravidez e o parto que vitimam as mulheres.

O primeiro estudo representativo sobre o suicídio realizado nesses países “confirma o que se suspeitou durante décadas, que o suicídio é um grande problema de saúde” nesses países e que “não recebeu a atenção que merece”, consideram Michael Phillips e Hui G. Cheng, da Faculdade de Medicina da Universidade Jiao Tong de Shanghai, na China, num dos artigos.

Essas investigações revelam outro dado até agora desconhecido: um rosto mais feminino do problema. Apesar de os homens cometerem mais este acto, o número de mulheres está a aumentar. A análise realizada pela London School of Hygiene & Tropical Medicine, no Reino Unido, indica que, por cada suicídio feminino ocorrem 1,67 masculinos. O novo cálculo é o resultado do observado nestes países asiáticos – o ratio é de 1 para 1 na China e de 1 para 1,5 na Índia – onde as mulheres jovens das zonas rurais formam um grupo de risco especial.

A primeira surpresa e diferença relativamente aos países ricos foi o local da “residência”, já que no “primeiro mundo” os suicídios são mais habituais nas cidades e nos países em vias de desenvolvimento o suicídio acontece nos meios rurais. A segunda, foi descobrir que estar separada, divorciada ou viúva não sao factores determinantes para que as mulheres desses países se suicidem.

Os estudos realizados na China coincidem com estes resultados e referem outra diferença fundamental relativamente ao ocidente: a doença mental é muito menos frequente entre os que cometem suicídio e os que tentam.

No que respeita à prevenção do suicídio, uma das estratégias mais facilmente aplicáveis em qualquer lugar do mundo é a limitação do acesso aos meios mais utilizados para o cometer, como por exemplo, restringir as armas de fogo nos EUA ou dificultar a aquisição de pesticidas na Ásia que são a causa de metade dos suicídios, uma tese defendida pelos investigadores Keith Hawton, Alexandra Pitman e colaboradores.

Estudos publicados na Lancet
Fonte: www.publico.pt/Sociedade/prevenir-o-suicidio-dificultando-o-acesso-aos-meios-para-o-cometer-1551612

terça-feira, 12 de junho de 2012

Atenção psicológica a pacientes com risco de suicídio


Artigo científico publicado no âmbito do IV Congresso Latinoamericano de Psicologia ULAPSI 2012, nos dias 26, 27 e 28 de abril, em Montevidéu

La atención psicológica a pacientes con riesgo de suicidio en casos de depresión en el marco de la red de salud mental en Brasil

Cibele Cunha Lima da Motta
Carmen Leontina Ojeda Ocampo Moré

Trecho do artigo:


Esa investigación expuso las prácticas de los psicólogos en el manejo clínico del riesgo de suicidio en el contexto de la red pública de salud mental en Brasil. En lo que se refiere al proceso de diagnóstico, los datos señalaron que el abordaje de los psicólogos se caracteriza por una escucha individual y cuidadosa que considera los indicios presentados por el paciente deprimido.  

En lo que se refiere a la atención al paciente en riesgo fue posible observar que la activación de la red social significativa del paciente es el punto de partida del desarrollo del proceso terapéutico, una vez que se reconoce el papel de la familia o de otras fuentes de red significativa como aliados en el tratamiento del comportamiento suicida.

Cabe destacar que la inclusión de la familia en la atención resultó la forma de intervención de mayor regularidad entre los profesionales entrevistados, siendo utilizada por todos los psicólogos.

El relato de los psicólogos puso de manifiesto el papel del proceso psicoterapéutico como una herramienta fundamental en la atención al comportamiento suicida, corroborando así la literatura revisada. Los procedimientos de psicoeducación y orientación fueron mencionados por los profesionales como parte del proceso terapéutico.

Acesso ao texto completo aqui.

Mais um artigo sobre prevenção do suicídio publicado no ULAPSI 2012


Mais um artigo científico publicado no âmbito do IV Congresso Latinoamericano de Psicologia ULAPSI 2012, nos dias 26, 27 e 28 de abril, em Montevidéu 

Avaliação de risco e o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio: uma experiência na região sul-fluminense do estado do Rio de Janeiro

Profª. Drª. Andréa Soutto Mayor, João Pedro de Oliveira Goulart Carvalho (Universidade Severino Sombra - Vassouras-RJ)

Resumo. O suicídio caracteriza-se como situação emergente, freqüente e ainda pouco discutida nos programas de atenção básica em saúde no Brasil. Em 2006 foram lançadas as Diretrizes Brasileiras para um Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, destacando a importância de estratégias de promoção de qualidade de vida, informação, comunicação e sensibilização da sociedade frente a temática, organização de linha de cuidados integrais e de  redes de atenção e intervenções nos casos de tentativa de suicídio. Apesar deste movimento político-institucional, percebe-se, ainda, uma falta de preparo da comunidade clínica e psicológica presente nos centros de saúde em geral, situação identificada a partir de experiência no Programa VER-SUS (Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde), especialmente ao constatarmos o desconhecimento sobre a proposta de Avaliação de Risco, instrumento fundamental para a promoção da saúde psíquica do individuo, sobretudo como forma de identificar a ideação suicida no discurso do paciente.

Palavras-Chave: Avaliação de Risco, Suicídio, Saúde

Acesso ao artigo completo aqui.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Pesquisadora baiana apresenta trabalho sobre prevenção do suicídio no Uruguai



Suicídio no Brasil - uma aposta na prevenção 


Trabalho apresentado no IV Congresso Latinoamericano de Psicologia ULAPSI 2012, nos dias 26, 27 e 28 de abril, em Montevideo por Soraya Carneiro Carvalho, que integra o Grupo de Trabalho "Psicologia e Suicídio na América Latina" (GT 13) da União Latino-americana de Entidades de Psicologia.

Psicóloga, Psicanalista, Especialista em Psicologia Hospitalar, Soraya é uma das criadora do NEPS – Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio, que nas palavras dela é
um ambulatório de saúde mental do estado da Bahia, que oferece acompanhamento à pacientes com depressão grave, que já tenham ou não tentado  o suicídio, através de ações com o paciente,  a família  e profissionais de saúde.
Este Núcleo tem desenvolvido um trabalho inovador a partir de práticas simples, ao oferecer
acompanhamento psicológico e psiquiátrico individual, e terapia ocupacional  individual e de grupo à pacientes com depressão grave  e risco de suicídio, além de visitas domiciliares e atividades sociais externas com grupos.
Para ler o artigo completo clique aqui.



sexta-feira, 8 de junho de 2012

"A vida fala mais alto": ação de prevenção do suicídio no interior do Rio Grande do Norte


Em São José do Seridó, na região do semi-árido potiguar, uma solução caseira e eficaz. 


Leiamos abaixo a matéria publicada no sítio do jornalista Carlos Felipe (o Fera da Notícia), com alterações pontuais.

Os coordenadores do Projeto “A vida fala mais alto”, Ilca Dantas, Dr. Luiz Dutra (médico) e Dra. Edna Fidelis (psicóloga) participaram do Jornal 87 da Bonita FM e falaram das diretrizes e da importância deste projeto para São José do Seridó.

A Dra. Edna Fidelis falou de como foi recebida e o que perguntavam as pessoas com a sua visita.
Juntamente com Ilca Dantas (Primeira Dama do município), a Dra. Edna visitou empresas, facções [de boné e outros itens de vestuário], Zona Rural e famílias do município.

Dra. Edna explicou os motivos nos quais leva uma pessoa a praticar atos extremos e disse que não só os gestores mais a população como um todo poderá contribuir para o sucesso deste projeto.

A profissional ainda falou das soluções que podem ser tomadas para evitar que essas coisas aconteçam.

A psicóloga também ressaltou que se pode prevenir e mencionou que ao se notar atitudes diferentes na pessoa se deve procurar ajudar e buscar atendimento como forma de ajudá-la a não praticar tal ato.

Dra. Edna fez uma avaliação do que tem sido o projeto e qual a sua importância para o município e afirmou que esta é uma preocupação antiga do Prefeito, que tem buscado condições de amenizar esse problema  e para tanto foi criado esse projeto.

A primeira Dama Ilca ressaltou a importância deste programa para solucionar os números crescentes de ato extremo no município e lembrou que o gestor tem sido sensível a este problema e tem buscado soluções.

O Doutor Luiz Dutra iniciou sua fala agradecendo à São José do Seridó pela receptividade para com ele e disse que sente feliz em estar desempenhando a sua função de médico na cidade.

Dr. Luiz mostrou que é uma questão de honra de todos os atores envolvidos neste projeto zerar as ocorrências de suicídio na cidade e que a luta é longa, mas que vale a pena lutar. Pede, também, que haja um empenho de toda a comunidade no apoio ao projeto.

O médico, que também é poeta, lembrou quando que se comete algo deste tipo não se perde apenas uma vida, mas várias tendo em vista que todos que amam aquela pessoa ficam sofrendo com  a situação.

O projeto “ A vida fala mais alto” envolve todas as entidades do município e todas as denominações religiosas.

Os coordenadores do Projeto “A vida fala mais alto”, Ilca Dantas, Dr. Luiz Dutra (médico) e Dra. Edna Fidelis (psicóloga) participaram do Jornal 87 da Bonita FM e falaram das diretrizes e da importância deste projeto para São José do Seridó.

A Dra. Edna Fidelis falou de como foi recebida e o que perguntavam as pessoas com a sua visita.
Juntamente com Ilca Dantas (Primeira Dama do município), a Dra. Edna visitou empresas, facções [de boné e outros itens de vestuário], Zona Rural e famílias do município.

Dra. Edna explicou os motivos nos quais leva uma pessoa a praticar atos extremos e disse que não só os gestores mais a população como um todo poderá contribuir para o sucesso deste projeto.

A profissional ainda falou das soluções que podem ser tomadas para evitar que essas coisas aconteçam.

A psicóloga também ressaltou que se pode prevenir e mencionou que ao se notar atitudes diferentes na pessoa se deve procurar ajudar e buscar atendimento como forma de ajudá-la a não praticar tal ato.

Dra. Edna fez uma avaliação do que tem sido o projeto e qual a sua importância para o município e afirmou que esta é uma preocupação antiga do Prefeito, que tem buscado condições de amenizar esse problema  e para tanto foi criado esse projeto.

A primeira Dama Ilca ressaltou a importância deste programa para solucionar os números crescentes de ato extremo no município e lembrou que o gestor tem sido sensível a este problema e tem buscado soluções.

O Doutor Luiz Dutra iniciou sua fala agradecendo à São José do Seridó pela receptividade para com ele e disse que sente feliz em estar desempenhando a sua função de médico na cidade.

Dr. Luiz mostrou que é uma questão de honra de todos os atores envolvidos neste projeto zerar as ocorrências de suicídio na cidade e que a luta é longa, mas que vale a pena lutar. Pede, também, que haja um empenho de toda a comunidade no apoio ao projeto.

O médico, que também é poeta, lembrou quando que se comete algo deste tipo não se perde apenas uma vida, mas várias tendo em vista que todos que amam aquela pessoa ficam sofrendo com  a situação.

O projeto “ A vida fala mais alto” envolve todas as entidades do município e todas as denominações religiosas.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Rio Grande do Sul avança na prevenção ao suicídio


4º Seminário de Prevenção do Suicídio teve a participação de 29 municípios

A 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde e o Sistema de Saúde Mãe de Deus promoveram na manhã de quarta-feira, dia 30 de março, o 4º Seminário de Prevenção do Suicídio do Rio Grande do Sul. O evento foi realizado em Venâncio Aires, e teve a presença de secretários municipais, médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos de 29 municípios do Estado.

O Delegado da 13ª CRS, Paulo Augusto Gomes, esteve no evento representando o Secretário Estadual da Saúde, Ciro Simoni, e salientou a importância deste assunto para o Rio Grande do Sul. "Suicídio é um problema de todos porque atinge toda a população, enfim é um problema de saúde coletiva. Além disso, o Estado apresenta os maiores índices de casos do Brasil, e a nossa região tem os três municípios em pior situação: Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul e Candelária", afirmou Gomes.

O projeto piloto implantado nesses municípios está em plena execução e é referência de ações para todo o País. O evento também serviu para dar início ao trabalho das redes intersetoriais que corroboram com as ações dos agentes envolvidos no programa de prevenção ao suicídio.

Michele Wrasse
http://www.saude.rs.gov.br

terça-feira, 5 de junho de 2012

Banda de rock promove festival em favor da prevenção do suicídio


Seether cria festival em prol da conscientização e prevenção do suicídio entre adolescentes
 
Conscientização e prevenção do suicídio entre adolescentes será o foco da primeira edição do festival Rise Above Fest, com curadoria e apresentação principal da banda Seether e que acontece no dia 3 de setembro em Gilford, New Hampshire (EUA).

Inspirado no título da faixa "Rise Above This", que foi feita em homenagem ao irmão do vocalista Shaun Morgan que cometeu suicídio, o festival ainda contará com as bandas Buckcherry, Puddle of Mudd, Black Stone Cherry e Otherwise.

Uma parte da renda será revertida para a Aliança Nacional da Doença Mental (NAMI) de New Hampshire, mas Morgan disse à Billboard que "não haverá um monte de pregações ou que a questão será empurrada goela abaixo das pessoas", embora ele espere que o evento inspire o diálogo sobre algo que pare ele tem se tornando "uma epidemia".
"A esposa do nosso baterista (Josh Humphrey) trabalha na igreja local há um mês, mais ou menos, e três crianças entre 12 e 15 se mataram", diz Morgan. "Isso é uma loucura. Esse tipo de coisa está acontecendo e algo precisa ser feito. Algo precisa ser dito e alguém precisa dizer às crianças que há uma maneira melhor de resolver as coisas. E se podemos fazer nossa pequena parte da nossa maneira em um festival no meio da floresta, então eu ficarei feliz se salvar algumas vidas".
O Seether continua a turnê norte-americana do álbum "Hold on to Strings Better Left to Fray", de onde saíram três singles de sucesso na Rock Songs da Billboard – "Country Song," "Tonight" e "No Resolution" -, contando ainda com a presença do Nickelback.


04/06/12 às 16:23 Por: Wagner Ximenes
http://rockline.mtv.uol.com.br/seether-cria-festival-em-prol-da-conscientizacao-e-prevencao-do-suicidio-entre-adolescentes


domingo, 3 de junho de 2012

ALERTA: cyberbulling e suicídio juvenil em um caso concreto na Bahia


Adolescente morre após fim de namoro virtual com avatar

O que fazer quando são as palavras da pessoa que seu filho julga amar e que, a todo custo, quer proteger, que levam um adolescente de 15 anos a se matar? Essa é a pergunta que tentam responder os familiares do jovem C. M., que se suicidou no começo do mês passado, em Salvador, após iniciar namoro virtual por meio de um jogo. Os pais procuraram A TARDE para relatar o caso e alertar outras famílias sobre o risco. Este relato foi confirmado por uma fonte dentro da Justiça baiana. Informações como a identidade dos envolvidos foram preservadas para não prejudicar investigações policiais.

Familiares contaram que, desde a infância C. tinha dificuldade de expressar sentimentos. Chegou a fazer análise por duas vezes. “Era um menino muito tímido, mas depois da terapia melhorou”, lembra a mãe. Para a família, C. sempre foi introvertido, porém carinhoso, e apaixonado por música e tecnologia. “Lembro uma vez em que estava no computador e tudo travou. Ninguém conseguia dar jeito, mas em menos de cinco minutos, C. resolveu e, à época, ele era uma criança”, exclamou a avó. “Meu neto sempre gostou de computador, também aprendeu sozinho a tocar violão e a falar inglês”, acrescenta.

Talvez por isso, quando C., no final do ano passado, começou a se retrair ainda mais – não querer se alimentar nem ir à escola e a varar madrugadas em frente ao computador –, os pais pensaram que se tratava de apenas uma crise da adolescência. “Cheguei a falar em levá-lo ao psicólogo, mas ele disse que não queria”, lamentou o pai.

Ciúmes - Por trás da nova fase, estava o início de um namoro virtual com uma garota conhecida por meio da rede social IMVU – site que reúne salas de bate-papo com personagens em 3D e acúmulo de créditos a serem trocados por roupas, móveis, bebidas. Além disso, há interações que vão desde a troca de olhares até sexo virtual. Para usufruir da realidade alternativa, basta cadastrar e-mail, escolher idade, gênero e aparência. Foi o bastante para o jogo cair nas graças dos mais jovens: é comum encontrar nos ambientes virtuais – que simulam boates, praias, bares – avatares que dizem ter de 8 a 19 anos.

Um mundo atraente e fácil de dominar para C. M., conforme relata a mãe: “Descobrimos que ele era popular no jogo, tinha salas bem movimentadas e muitos créditos”. A situação ganhou contornos de problema quando, em novembro do ano passado, o jovem passou a namorar um avatar feminino que afirmava ter 14 anos. Após alguns meses de relacionamento, C. passou a ser acusado de traição por ter conversado com outras ‘garotas virtuais’.

Desde então, a menina começou uma série de ameaças de que o namoro estava terminado e de que ela iria se matar. Na manhã de 6 de maio, a família foi acordada pelo grito de um tio de C. ao ver o garoto enforcado na entrada do próprio quarto. “No dia da morte do meu filho, encontramos mensagens da garota dizendo que ele era um traidor, que iria queimar no inferno e que ela iria tirar a própria vida. Achamos que ele se matou por pensar que ela também havia feito o mesmo. A última mensagem dele dizia: 'vou provar meu amor por você'”, contou a mãe de C. Familiares ainda tentaram contato com o avatar. “Por mensagem, ela disse que ele tinha mesmo que 'queimar', por ser um traidor. Conseguimos ligar uma vez, mas a voz era distorcida. E ela não entrou mais no jogo”.

Para os pais, houve cyberbulling – perseguição e ataques sistemáticos por meio de novas tecnologias. O caso está sob investigação policial como possível incitação ao suicídio, crime que prevê pena de 2 a 6 anos de reclusão (dobrada se a vítima tiver menos de 18 anos).

http://atarde.uol.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5842384&t=Exclusivo:+Adolescente+morre+apos+fim+de+namoro+virtual+com+avatar

Mais sobre o caso (I):

Conversas e mensagens devem ser analisadas
Tássia Correia

Segundo o advogado Leandro Dissoli, especializado em direito digital, as conversas via internet e celular entre o adolescente C. M. e a namorada devem ser analisadas para descobrir se houve indução ao suicídio: “A pessoa tem que estimular ou ajudar a outra a se matar para configurar crime”, disse.

O especialista alerta ainda que pais devem estar atentos aos “cliques” dos filhos: “Os Termos de Acordo do IMVU , por exemplo, informam que menores de idade precisam de autorização dos pais para usá-lo. Isso é um indício importante”, acrescentou.

Centro de prevenção - Coordenadora do Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio (Neps), Soraya Carvalho, destacou que é preciso avaliar ainda a forma com que o adolescente se ligava a outras pessoas. “Quando uma relação se desfaz é natural que se sofra, mas existem os que passam a vida inteira buscando alguém que lhes diga quem eles são. Então, o fim do namoro, por exemplo, representa para alguns perda de identidade", explicou.

Contato do Neps: 0800 284 4343

http://atarde.uol.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5842390&t=Exclusivo:+Conversas+e+mensagens+devem+ser+analisadas

Mais sobre o caso (II):

Ambiente criado por site pode incitar confusão mental
Tássia Correia

Avatares acumulam, gastam créditos e interagem

O ambiente criado pelo jogo IMVU também estaria ligado ao suicídio de C. , segundo afirma o pai. “Com o tempo, ele se transfigurou em seu avatar. Pintou e alisou o cabelo, passou a usar alargador na orelha e roupas semelhantes às do personagem. Acho que, para ele, aquele dia representou a morte do avatar, porque meu filho não estava ali há muito tempo". O comunicólogo Felippe Thomaz, integrante do Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade da Universidade Federal da Bahia, explica que essa transposição é mais comum em jogadores com problemas de autoestima e falta de aceitação. “No mundo virtual, essa pessoa consegue se mostrar de forma distinta do real. É mais fácil controlar aparência e gerenciar a própria impressão perante os outros. Ali, ele não é reconhecido por características físicas, mas pela habilidade em ajudar os outros e realizar tarefas”, complementou.
Apesar disso, Thomaz destaca que o ambiente criado pelos jogos pode influenciar essa relação: “A maioria dos games que simulam realidade virtual possui classificação acima dos 16 anos, pois entende-se que, abaixo dessa faixa, a pessoa ainda não tem capacidade para diferenciar os mundos e se portar naquele ambiente”.

Proteja seu filho

Atenção - Desinteresse absoluto, distúrbios de sono e alimentares, variações de humor, interesse por sites sobre suicídio e frases como “Não aguento mais essa vida” são sinais de que um adolescente pode estar pensando em se matar

Diálogo  - A ideia de que seu filho pode estar cogitando um suicídio assusta, mas evite frases como “esqueça isso, que absurdo, eu jamais faria algo assim”. Experimente falar sobre como essa fase também foi difícil para você e como sofreu com fins de relacionamentos. Compartilhe suas falhas

Ajuda  - Mesmo que o jovem não demonstre interesse, fale sobre atendimento psicológico e procure um psicoterapeuta. Faça isso rápido, não espere o momento crítico da depressão

Fonte Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio/Sesab

http://atarde.uol.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5842388&t=Exclusivo:+Ambiente+criado+por+site+pode+incitar+confusao+mental